LIÇÃO 1 – 7 de Abril de 2013
A
vida edificada sobre a Rocha
TEXTO AUREO
“Todo aquele, pois, que
escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente,
que edificou a sua casa sobre a rocha”. M t 7.24
VERDADE APLICADA
A vida cristã deve estar
fundamentada em Cristo e não nos alicerces humanos do dinheiro, da cultura, dos
títulos, da fama e da popularidade.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Mostrar que é prudente edificar sobre a Rocha que é Cristo;
► Explicar que edificar sobre a areia, significa não obedecer aos
ensinamentos de Cristo;
► Alertar para os resultados práticos da obediência a Cristo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mt 7.24 - Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica,
assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
Mt 7.25 - E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e com
bateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
Mt 7.26 - E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre,
compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
Mt 7.27 - E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e com
bateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
Depois da ilustração dos
dois caminhos e das duas árvores, Jesus encerra sua mensagem descrevendo dois
construtores e duas casas. Os dois caminhos ilustram o começo da vida de fé, e
as duas árvores ilustram o crescimento e os resultados dessa vida de fé aqui e
agora. As duas casas, por sua vez, ilustram o fim dessa vida de fé, quando Deus
julgará todas as coisas. Há
falsos profetas junto à porta que conduz para a estrada espaçosa, facilitando
a entrada de todos. Mas, no final desse caminho, há destruição. O teste final
não é o que pensamos de nós mesmos, ou o que os outros pensam de nós, mas sim:
o que Deus dirá?
Como se preparar para esse julgamento? Fazendo a vontade de
Deus. A obediência a sua vontade é a prova da verdadeira fé em Cristo. Tal
prova não consiste em palavras, não é dizer: "Senhor, Senhor" e não
obedecer a suas ordens. Como é fácil aprender um vocabulário religioso, até
memorizar versículos bíblicos e canções, e ainda assim não obedecer à vontade
de Deus. Quem é, verdadeiramente, nascido de novo tem o Espírito de Deus
habitando dentro de si (Rm 8:9), e o Espírito permite que conheça a vontade do
Pai. O amor de Deus em seu coração (Rm 5:5) motiva-o a obedecer a Deus e a
servir aos outros.
Nem palavras nem atividades religiosas substituem a obediência.
A pregação, a expulsão de demónios e a operação de milagres podem ter
inspiração divina, mas não garantem a salvação. É bem possível que até mesmo
Judas tenha participado de algumas ou talvez de todas essas atividades, mas,
mesmo assim, não era um cristão verdadeiro. Nos últimos dias, Satanás usará
"prodígios da mentira" para enganar as pessoas (2 Ts 2:7-12).
É preciso ouvir a Palavra de Deus e praticá-la (Tg 1:22-25). Não
se deve apenas ouvir (ou estudar) o que está escrito. O ouvir deve redundar em
ações. É isso o que significa construir a casa na rocha. Não se deve confundir
esse símbolo com a "rocha" de 1 Coríntios 3:9ss. Ao pregar o
evangelho e ganhar almas para Cristo, Paulo fundamentou a igreja local de
Corinto em Jesus Cristo, pois ele é o único alicerce verdadeiro da igreja
local.
O alicerce da parábola em questão é a obediência à Palavra de
Deus - obediência que comprova a fé verdadeira (Tg 2:14ss). Os dois homens da
história tinham vários aspectos em comum. Ambos desejavam construir uma casa e
ambos a fizeram de forma a parecer bela e forte. Porém, quando veio o
julgamento (a tempestade), uma delas caiu. Qual era a diferença? Por certo, não
era a aparência exterior. A diferença estava no alicerce: o construtor
bem-sucedido "cavou, abriu profunda vala" (Lc 6:48) e alicerçou sua
casa numa fundação sólida.
Uma falsa profissão de fé só dura até o julgamento. Algumas
vezes, esse julgamento manifesta-se nas provações da vida. Como é o caso da
pessoa que recebeu a semente da Palavra de Deus num coração sem profundidade
(Mt 13:4-9) e, quando vieram as provações, falhou em seu compromisso. Muitos
que declaram sua fé em Cristo acabam por negá-la, quando a vida torna-se espiritualmente
difícil e custosa.
Mas o julgamento ilustrado nessa passagem provavelmente se
refere ao juízo final de Deus. Não se deve tentar encontrar nessa parábola
toda a doutrina ensinada nas epístolas, pois Jesus estava apenas ilustrando um
ponto principal: a declaração de fé será testada de uma vez por todas diante de
Deus. Os que creram em Cristo e provaram sua fé pela obediência não terão coisa
alguma a temer, pois sua casa está alicerçada na rocha e resistirá. Mas os que
dizem crer em Cristo e não obedecem à vontade de Deus serão condenados.
Como testar a profissão de fé? Não é pela popularidade, pois o
caminho espaçoso que conduz à destruição está cheio de gente. Também há muitos
que dizem: "Senhor, Senhor", mas isso não lhes garante a salvação.
Nem mesmo a participação em atividades religiosas numa igreja é garantia de
salvação.
Introdução
Essa parábola é mais um extraordinário exemplo da maneira
poética que o Senhor Jesus Cristo usou em grande parte de seus sermões. Nesta
parábola, em especial, Mateus destaca a doutrina de que no âmbito espiritual,
acima de todas as demais, ser apenas ouvinte não possui valor algum se o
discurso não resultar em atitudes. E salienta que a maneira do cristão viver
não será bem sucedida se ele não tiver sua vida fundamentada sobre a Rocha, que
e Cristo.
1.
A construção sobre a Rocha (Mt
7.24,25)
Essa parábola também é conhecida como a
dos Dois Construtores. Ela é o final de uma série de discursos feitos
por Jesus, no conhecido Sermão da Montanha, e tanto cristãos, quanto não
cristãos, reconhecem igualmente como uma das declarações mais importantes, em
todos os tempos, do caráter moral da raça humana. É nesse memorável discurso,
que encontramos as qualidades que Deus conclama a seus filhos a porem
em prática na vida. Construir sobre a Rocha é fazer exatamente como
Jesus ensinou.
1.1. É prudente construir sobre a Rocha
Jesus começa dizendo que ‘“todo aquele que escuta essas minhas
palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente". O prudente não
procura o perigo, é cauteloso, é sensato e ajuizado. Suas atitudes são
louváveis. É admirado por todos e caminha na segurança de suas decisões. Sabe
viver e ensinar de modo bom e justo, e busca saber o entendimento verdadeiro do
sentido da vida. Por isso, o Senhor Jesus é bem claro em afirmar que todo o
homem que ouve e pratica as suas palavras pode ser denominado como prudente.
1.2.
É ouvinte e praticante quem
constrói sobre a Rocha
Ouvir e praticar. Sem dúvida o maior desafio dos
discípulos de Jesus em todos os tempos. Tiago 1 22-25 diz: "E sede cumpridores
da palavra e não somente ouvintes enganando-vos com falsos discursos. Porque,
se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor é semelhante ao varão que
contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e
foi-se, e logo se esqueceu de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a
lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas
fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito”. Então, aquele que
edifica sobre a Rocha (Jesus), é comparado a alguém que dá a devida atenção à
mensagem do Senhor e a vive na prática, e nela se firma sem ser mero ouvinte.
Se
ouvíssemos um sermão a cada dia da semana e um anjo do céu for o pregador, não
nos conduziria nunca para o céu se nos apoiarmos somente no ouvir. Os que são
somente ouvidores enganam-se a si mesmos; e o engano de si mesmo será achado,
afinal, como o pior engano. Se nos elogiarmos a nós mesmos é nossa própria
falta. A verdade não lisonjeia a ninguém, tal como está em Jesus. a palavra da
verdade deve ser cuidadosamente ouvida, com atenção, e exporá diante de nós a
corrupção de nossa natureza, as desordens de nossos corações e de nossa vida;
nos dirá claramente o que somos. Nossos pecados são as manchas que a lei deixa
ao descoberto; o sangue de Cristo é o lavamento que ensina o evangelho, mas
ouvimos em vão a Palavra de Deus e em vão olhamos para o espelho do Evangelho
se vamos embora e esquecemos nossas manchas em lugar de tirá-las lavando-as, e
esquecemos nosso remédio em vez de recorrer a ele. isso acontece com os que não
escutam a palavra como deveriam. Ao ouvir a palavra, olhamos dentro dela em
procura de conselho e guia, e quando a estudamos, torna-se nossa vida
espiritual. Os que se mantêm na lei e na palavra de Deus são e serão abençoados
em todos seus caminhos. Sua recompensa de graça no além estará relacionada com
sua paz e consolo presentes.
Cada
parte da revelação divina tem seu uso, levando o pecador a Cristo para
salvação, e guindo-o e exortando-o a andar em liberdade pelo Espírito de
adoção, conforme aos santos mandamentos de Deus. Note-se a distinção: o homem
não é abençoado por suas obras, senão em sua obra. Não é falar
senão andar o que nos levará ao céu. Cristo se tornará mais precioso para a
alma do crente que, por Sua graça, se tornará mais idônea para a herança dos
santos em luz.
1.3.
Está preparado para o dia da angústia
Jesus continuou dizendo que “Desceu a chuva, e correram
rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava
edificada sobre a rocha”. Quem ouve e pratica os ensinos maravilhosos de Jesus
não é derrotado pelas angústias dessa vida. As palavras de Cristo se tornam
alicerces, sendo a base da própria vida. São verdadeiros construtores
competentes, que edificam suas casas sobre a solidez da Rocha.
R.N. Champlin diz que:
ventos, chuvas, rios, são turbulências. Outros intérpretes fazem desses
símbolos de turbulência, comparações com as tentações, com as perseguições, com
as heresias da igreja, etc. Outros ensinam que estão subentendidas três provas
diversas, como: 1. Chuva: as aflições temporais; 2. Rio: as provas que resultam
no maltrato por parte de outros homens; 3. Vento: as tentações e as provas que
se originam em Satanás ou nos demônios. Mas, provavelmente, Jesus falou em
termos gerais, que incluem essas ideias, mas sem fazer referência exata ou
intencional a essas coisas.
2. A edificação sobre a areia (Mt 7.26)
Esse texto foi descrito em paralelismo clássico:
revelando a sabedoria de quem constrói sobre a rocha (Jesus) e a insensatez de
quem constrói sobre a areia (alicerces humanos). “E aquele que ouve estas
minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou
a sua casa sobre a areia”. Um “homem insensato” tem seu sentido principal de
alguém que é embotado, pesado e estúpido. E para efeito de comparação, pode ser
aplicado à alma e a mente do ser humano que ouve a mensagem do evangelho, mas
não consegue praticar os ensinos da Palavra de Deus.
2.1.
Edificar sobre a areia é
desobedecer à Palavra
Em Mateus 7.21-23 está escrito que nem todo que diz:
“Senhor, Senhor” entrará no Reino de Deus, porque pregou a Palavra, expulsou
demônios, orou pelos enfermos, mas não provou a fé salvadora que leva à
obediência a Deus. Fazer uso da Palavra para edificar e orientar a outros e não
praticá-la é um a grande insensatez. Em l Coríntios 9.27, Paulo diz: “Antes
subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu
mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”.
Paulo se distancia
nitidamente desse cristianismo acomodado ao dizer “Eu de minha parte”. Essa
diferença está inequivocamente clara em toda a sua atitude de vida, que causava
tanta espécie nos coríntios. Na sequência Paulo formula com uma aspereza
assustadora: “Esbofeteio meu corpo e o trato como escravo.”
Será que, apesar de tudo,
aparece aqui em Paulo a hostilidade ao corpo, comum no final da Antiguidade?
Paulo, no entanto, permanece também agora na ilustração do esporte, no qual
justamente o corpo é especialmente valorizado. Contudo, fazem parte do esporte
o treinamento e a ascese. Afinal de contas, no esporte se ―esbofeteia o corpo
com suas demandas e sua frouxidão; ele é transformado em ferramenta
absolutamente obediente, em ―escravo do atleta. Paulo, porém, não é apenas
―atleta. Como apóstolo ele é até “arauto”, que “chama outros para a luta”. O
que aconteceria se ele próprio fracassasse e fosse ―desaprovado, pessoalmente
“desqualificado”? Isso não pode ocorrer em circunstância alguma. Por essa razão
ele exercita o treinamento e a ascese com máxima dureza. Faz parte disso tudo
aquilo que os coríntios estranham em Paulo. Quando, diferente de outros
apóstolos, segue pelo mundo solitário, sem casamento, quando não aceita
dinheiro das igrejas, mas ganha o sustento com o trabalho de suas mãos, além de
realizar todo o serviço de apóstolo, então está levando uma vida exteriormente
pobre e cheia de renúncias. Seu corpo inúmeras vezes se rebela e apresenta suas
reivindicações de cuidado e descanso. Então, porém, ele esbofeteia esse mendigo
inoportuno, mostrando a seu corpo que não lhe compete ser ―senhor, mas escravo
servidor. É precisamente assim que sua vida deve ser. Quem chama outros ―para a
luta tem de estar diante deles como lutador exemplar. Ao mesmo tempo, porém,
está em jogo a salvação do próprio apóstolo. A frase final deixa mais uma vez
claro o que Paulo havia dito no v. 23 com relação a todo o seu ministério:
―Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar participante dele.
2.2.
O portunistas de plantão
Muitos homens e mulheres estão
fazendo uso da Palavra de Deus, mas visando o seu próprio benefício, iludindo
os fieis e se aproveitando dos incautos. Esses são oportunistas de plantão que
usam o Evangelho como trampolim para galgar posições de destaque na sociedade,
dizendo se preocupados com as ovelhas, mas são os seus nomes e bens que crescem
a cada dia. Mas nada ficará encoberto. Não se deve brincar com a verdade, pois
o nosso Deus é um fogo consumidor (Hb 12.29). Muitos ignoraram o que o Apóstolo
Paulo ensinou em Gálatas 6.7: “Não erres: Deus não se deixa escarnecer, porque
tudo o que o homem semear isso também ceifará”.
A exortação é
intensificada: Não vos enganeis: de Deus não se zomba (Deus não se deixa
escarnecer [RC])! A mesma exclamação também se encontra em 1Co 6.9 e 15.33,
dirigindo-se, como aqui, não contra zombadores de fora, nem contra o escárnio
aberto de Deus por meio de palavras. Atitudes desse tipo também eram rejeitadas
pelos gálatas. Em sua opinião eles justamente estavam no ponto de aumentar
decisivamente a sua devoção. Contudo, por meio daquilo que realizavam com seus
mestres, zombavam de Deus. O mais tardar no juízo final Deus resgatará a honra
que lhe cabe e dará a resposta pertinente. A Bíblia fala do juízo muitas vezes
pela metáfora da colheita. É o que faz também a frase proverbial seguinte, que
todo agricultor poderá confirmar: pois aquilo que o homem semear, isso também
ceifará. Toda a série de obras da carne de Gl 5.19-21, as brigas de Gl 5.15, as
gabolices de Gl 5.26, o esquecimento de Deus de Gl 6.7 são sementes que
produzirão uma colheita correspondente. Não há como esquivar-se disso.
2.3.
A ilusão de construir sobre
a areia
A vida de um cristão deve
estar pautada nas palavras de Jesus. Cristo é o seu maior mestre, pois Ele
abalou os alicerces da história humana através de sua própria história. Seu
viver e pensamentos atravessaram gerações, varreram os séculos, embora nunca
tenha sido essa a sua preocupação. A cultura humana construída há milênios tem
o seu valor para humanidade, no entanto, a experiência humana tem revelado que
muitos se firmaram em princípios que não foram aprovados por Deus. Ignorando a
maior necessidade, o alicerce na Rocha (Jesus Cristo).
A “casa” são todas as
nossas realizações como cristãos. Com essa semelhança, fica claro que não podem
os negligenciar a obediência e os princípios que, na realidade, são verdadeiros
sustentáculos. Vale tanto para a vida espiritual quanto para a secular. Sem o
princípio do alicerce, as edificações não terão firmeza diante dos desafios dos
vendavais. Ouvira Palavra e cumpri-la é o verdadeiro alicerce para todo crente
fazer sua edificação.
3. Resultados práticos da obediência a
Cristo
Muitos cristãos procuram atalhos para viver o evangelho.
Na verdade, o “mundo evangélico” está transbordando de métodos e fórmulas para
uma vida bem sucedida. No entanto, a vida cristã autêntica só poderá ser
experimentada a partir da obediência aos ensinos de Jesus. Ensinos que
modificam a ética e o comportamento morais das pessoas, que se tornam íntegras,
honestas e incorruptíveis, cujos atos e atitudes são irrepreensíveis,
contagiando o ambiente em que vivem com honestidade e retidão.
3.1.
Alcança a felicidade plena (Mt 5.1-12)
As bem-aventuranças, que representam a primeira parte do
Sermão da Montanha, resumem e destilam as qualidades que Deus deseja para os
seus filhos na vida diária, de sua jornada rumo ao Céu. São características que
produzem felicidade no interior dos cristãos. A prática dessas virtudes faz
nascer, nos crentes, o caráter ideal que Jesus pretendia para eles ao
convidá-los a segui-lo, pois pretendia iniciá-los num período de transformação
interior necessária. Aqui descobrimos a imagem do Filho de
Deus (Rm 8.29) e a perfeição que o Pai exige de seus
filhos (Mt 5.48). Na verdade, esse é o caráter que produz felicidade plena, que
conscientiza o cristão, que 'ser’ e não ‘ter’ é primordial para ser feliz.
O evangelho sempre
valorizou mais o caráter do que talento, embora a igreja de hoje, tenha feito
ao contrário. Os cristãos precisam entender que, embora ele não utilize todos
os talentos que existem no mundo, precisará de todos os aspectos do caráter
quando colocar seus talentos em ação.
Ninguém
achará felicidade neste mundo ou no vindouro se não buscar em Cristo pelo
governo de sua palavra. Ele
ensinou qual era o mal que eles deviam aborrecer, e qual é o bem que deviam
buscar e no qual abundar.
Aqui
nosso Salvador dá oito características da gente bem-aventurada que para nós
representam as graças principais do cristão.
1) Os
pobres de espírito são bem-aventurados. Estes
levam suas mentes a sua condição quando é baixa. São humildes e pequenos segundo seu próprio critério. Vêem sua necessidade, se lamentam por
sua culpa e têm sede de um Redentor. O
reino da graça é desses tais; o reino da glória é para eles.
2) Os que
choram são bem-aventurados. Parece
ser que aqui se trata dessa tristeza santa que opera verdadeiro arrependimento,
vigilância, mente humilde e dependência contínua para ser aceito pela
misericórdia de Deus em Cristo Jesus, com busca constante do Espírito Santo
para limpar o mal residual. O céu
é o gozo de nosso Senhor; um monte de gozo, rumo ao qual o nosso caminho
atravessa um vale de lágrimas. Tais
doentes serão consolados por seu Deus.
3) Os
mansos são bem-aventurados. Os
mansos são os que se submetem silenciosamente a Deus; os que podem suportar
insultos; são calados ou devolvem uma resposta branda; os que, em sua
paciência, conservam o domínio de suas almas, quando escassamente têm possessão
de alguma outra coisa. Estes
mansos são bem-aventurados ainda neste mundo. A
mansidão fomenta a riqueza, o consolo e a segurança, ainda neste mundo.
4) Os que
têm fome e sede de justiça são bem-aventurados. A justiça está aqui colocada por todas as bênçãos
espirituais. Estas são compradas
para nós pela justiça de Cristo, confirmadas pela fidelidade de Deus. nossos desejos de bênçãos espirituais
devem ser fervorosos. Embora
todos os desejos de graça não são graça, contudo, um desejo como este é um
desejo dos que são criados por Deus, e Ele não abandonará a obra de Suas mãos.
5) Os
misericordiosos são bem-aventurados. Devemos
não somente suportar nossas aflições com paciência, senão que devemos fazer
tudo o que pudermos por ajudar os que estejam passando misérias. Devemos ter compaixão pelas almas dos
próximos, e ajudá-los; compadecer-nos dos que estão em pecado, e tratar de
tirá-los como brasas fora do fogo.
6) Os
limpos de coração são bem-aventurados, porque verão a Deus. aqui são plenamente descritas e unidas
a santidade e a felicidade. Os
corações devem ser purificados pela fé e mantidos para Deus. Cria em mim, oh Deus, um coração limpo.
Ninguém senão o limpo é capaz de
ver a Deus, nem o céu é prometido para o impuro. Como Deus não tolera olhar para a iniqüidade, assim eles não
podem olhar para Sua pureza.
7) Os
pacificadores são bem-aventurados. Eles
amam, desejam e se deleitam na paz; e lhes agrada ter quietude. Mantêm a paz para que não seja perdida
e a recuperam quando é quebrantada. Se
os pacificadores são bem-aventurados, aí dos que quebrantam a paz!
8) Os
perseguidos por causa da justiça são bem-aventurados. Este ditado é peculiar do cristianismo; e se enfatiza com
maior intensidade que o resto. Contudo,
nada há em nossos sofrimentos que possa ser mérito ante Deus, mas Ele verá que
os que perdem por Ele, ainda a própria vida, não percam finalmente por
causa dEle.
Bendito
Jesus, quão diferentes são tuas máximas das dos homens do mundo! Eles chamam
ditoso ao orgulhoso, e admiram o alegre, o rico, o poderoso e o vitorioso. Alcancemos nós misericórdia do Senhor;
que possamos ser reconhecidos como seus filhos, e herdemos o reino. Com estes deleites e esperanças,
podemos dar as boas-vindas com alegria às circunstâncias baixas e dolorosas.
3.2.
Aprende a ser sal da terra e luz do mundo (Mt
5.13-16)
Nas palavras de Jacques Ellul, ser sal da terra se refere
de forma precisa ao livro de Levítico 2.13 (Temperem com sal todas as suas ofertas de cereal. Não
excluam de suas ofertas de cereal o sal da aliança do seu Deus; acrescentem sal
a todas as suas ofertas.), onde nos
é dito que o sal é o símbolo da Aliança. O cristão é então, diante dos homens e
da realidade espiritual de nosso mundo, símbolo visível da Nova Aliança que
Deus fez através de Jesus Cristo com este mundo. Com a capacidade de temperar e
preservar a vida neste planeta, ou seja, que em suas vidas e em suas palavras
ele faça aparecer essa Aliança aos olhos dos homens. E como luz do mundo deve
prevalecer e dominar sobre as trevas. Dando sentido à história com a sua
presença como igreja. Acrescentando que, por ser luz, tem a capacidade de
trazer revelação sobre este mundo, além do testemunho de salvação de que os
cristãos são os instrumentos.
Como sal e luz no mundo, o
cristão deve criar elos de forma autêntica, ser guiado pela verdade que é
Cristo, abraçar, encarar e lidar com situações negativas, superando os
problemas, resolvendo-os ou transformando-os. Ser voltado para o crescimento,
que nos leva a progredir. E por fim, que nos leve a transcender, ou seja, enxergar
melhor a nós mesmos e as situações como um todo.
Vocês são
o sal da terra. A humanidade, na
ignorância e maldade, era como um monte enorme, prestes a apodrecer, mas Cristo
enviou seus discípulos para sazoná-la, por suas vidas e doutrinas, com o
conhecimento e a graça. Se não
são como deveriam ser, são como sal que perdeu seu sabor. Se um homem pode adotar a confissão de
Cristo e, contudo, permanecer sem graça, nenhuma outra doutrina, nenhum outro
médio o faz proveitoso. Nossa luz
deve brilhar fazendo obras tais que os homens possam vê-las. O que há entre Deus e nossas almas deve
ser guardado para nós mesmos, mas o que, de si mesmo, fica aberto à vista dos
homens, devemos procurar que se conforme a nossa profissão e que seja
elogiável. Devemos apontar à
glória de Deus.
3.3.
Vida cristã transformada (Mt 5.17-7.1-28)
Com os ensinos de Cristo, o crente passa entender as
Escrituras e busca cumprir a Lei de Deus (Mt 5.17-20), porque aprende que ela é
mais real e duradoura que as estrelas do céu. Valoriza os sentimentos e o valor
das palavras diante dos homens (Mt 5.21-26); protege o coração para não ser
corrompido pelo desejo ardente do corpo (Mt
5.27-32); compreende que as
palavras não devem ser manipuladoras, um sim e um não é suficiente (Mt 33-37);
que amar aos inimigos e os que os perseguem em atitude de oração é ser
semelhante ao Altíssimo (Mt 5.43-48); que o mundo não é um palco (Mt 6.1-4);
que a oração deve ser simples (Mt 6.5-18); que a vida deve ser um culto a D eus
(Mt 6.19-34); que a conduta simples (Mt 7.1-12), e a autenticidade os guiará a
uma vida bem sucedida (Mt 7.13-23).
Conclusão
Quando o Senhor Jesus concluiu o Sermão
do Monte com a parábola dos dois construtores, do prudente e o insensato, a
multidão maravilhada se entusiasmou pela sua autoridade de mestre. Pois Ele não
ensinava como os seus oponentes religiosos, que citavam outros rabinos para a
fim de apoiar seus ensinos particulares. Jesus na verdade falava com autoridade
divina. Naquele dia, foi como a melhor aula que o povo já havia ouvido.
Portanto, que possamos fundamentar as novas vidas nos ensinos incomparáveis de
Jesus, que é a Rocha verdadeira.
QUESTIONÁRIO
PARTE 1
1. Cite uma definição da palavra prudente que mais lhe chamou atenção: (Livre)
R. Sabe viver e ensinar de
modo bom e justo, e busca saber o entendimento verdadeiro do sentido da vida.
2. O que as palavras de Cristo se tornam no dia
da angústia?
R: As palavras de Cristo se tornam alicerces, sendo a
base da própria vida.
PARTE 2
3.
Como é denominada a pessoa que edifica e
orienta aos outros, mas não é praticante da Palavra de Deus?
R: Pessoa que comete insensatez.
PARTE 3
4.
O que diz o Sermão da Montanha na parte das bem-aventuranças?
R: Resumem e
destilam as qualidades que Deus deseja para os seus filhos na vida diária, de
sua jornada rumo ao Céu.
5. Conforme Levítico 2.13 o que representa o sal na tradição cristã?
R: E o símbolo da Aliança entre Deus e os
homens. Na realidade espiritual de nosso mundo, símbolo visível da Nova Aliança
entre Deus e a humanidade através de Jesus.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º Trimestre de 2013,
ano 23 nº 87 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor - Pontos salientes da
nossa fé, doutrinas essenciais para a prática de uma vida cristã sadia e
equilibrada.
Comentário Bíblico
Expositivo – Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento
Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança -
Novo Testamento
Comentário Bíblico Matthew
Henry - Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B.
Meyer
Bíblia – THOMPSON
(Digital)
Bíblia de Estudo
Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição
revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores
– CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade
PQ VCS NAUN POSTA REVISTAS DAS CRIANÇA
ResponderExcluirPOIS AS CRIANÇAS TAMBEM PRECISAM DE UM BLOG MARAVILHOSO IGUAL ESSE QUE E PARA ADULTO POIS EXISTE MUITOS BLOGS DESATUALIZADOS.
Muito obrigado irmao sou professor da ebd e estudei aqui no blog pois estou sem a revista ainda... Deus abencoe
ResponderExcluirMeus parabens por este site abençoado, gostei muito mesmo, que Deus continue abençoando as vossas vidas, dando a cada um de vc's um coração sábio e entendido em tudo que diz respeito a palavra de Deus. Um grande abraço!
ResponderExcluirIrmãos DEUS abençõe vcs por esta iniciativa! Tenham a certeza que estão ajudando a muitos, compartilhando assim, suas idéias. Muito obrigada. Fik na paz de Cristo Jesus.
ResponderExcluirNeusa
A PAZ DO SENHOR irmao Deus te abençoe pois estudei aqui a lição da ebd sou professor pela misericódia de Deus e aprendi muito com essas lições vou passar para os alunos .que Deus de a vc cada vez mais sabedoria .....ass irmão Kelvin
ResponderExcluirQuero parabeniza-los pela iniciativa, pelo riquissimo comentario.Aprendi muito e quero compartilhar com meus alunos amanha na EBD.Q DEUS continue lhes dando mais e mais da sua Graca... A Paz do Senhor Jesus.
ResponderExcluirA Paz do Senhor. querido EUDES sou grato a Deus em esta acompanhando e aprendendo com seus comentarios das licoes biblicas. Que Deus continue te usando para abencoar muitos dos nossos professors de EBD.
ResponderExcluirQue Deus continue abençoando ricamente os irmãos. Nao só me ajudou, me edificou.
ResponderExcluirgostei muito deste blog é melhor pra estudar.
ResponderExcluirGostei muito deste Site.Tenho certeza que vai edificar muito a minha vida e também dos meus alunos da E.B.D, da qual eu pertenço.
ResponderExcluirObrigado e que Deus continue os abençoando.