LIÇÃO 2 – 14 de Abril de 2013
A
parábola das dez virgens e a necessidade de vigilância
TEXTO AUREO
"As loucas, tomando as
suas lâmpadas, não levaram azeite consigo”. Mt 25.3
VERDADE APLICADA
Sem a vigilância e a
santificação os cristãos se tornam vulneráveis e despreparados para se
encontrar com Cristo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Explicar que para a caminhada cristã precisa-se de mais azeite do
que pensam os, pois a jornada é longa e a espera poderá ser demorada;
► Orientar que a reposição de azeite deve ser continuada e a
prudência exige levar azeite de reserva:
► Conscientizar de que ninguém poderá adquirir azeite depois que a
trombeta soar anunciando a chegada do Noivo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mt 25.2 -
E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas.
Mt 25.3 -
As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
Mt 25.4 -
Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
Mt 25.8 -
E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas
lâmpadas se apagam.
Mt 25.9 -
Mas as prudentes responderam , dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a
vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós.
Mt 25.10 -
E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas
entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
Naquele tempo, o casamento era realizado em duas etapas.
Primeiro, o noivo e seus amigos iriam até à casa da noiva buscá-la. Em seguida,
noiva e noivo voltavam para a casa do noivo onde era realizada a festa de
casamento. O texto aqui sugere que o noivo já havia buscado sua esposa e estava
voltando para sua casa. No entanto, não devemos forçar a imagem da Igreja como
noiva prematuramente, pois a maior parte desse conceito só foi revelada durante
o ministério de Paulo (Ef 5:22ss).
A Igreja sabe, há dois mil anos, que Jesus voltará, mesmo
assim, muitos cristãos continuam letárgicos e sonolentos. Não estão mais
empolgados com a vinda iminente do Senhor. Como resultado, dão pouco
testemunho eficaz de que o Senhor está voltando.
O óleo usado para combustível lembra o óleo especial usado nos
cultos do tabernáculo (Êx 27:20, 21). O óleo costuma simbolizar o Espírito de
Deus, mas, a meu ver, esse óleo em particular também parece simbolizar a
Palavra de Deus. A Igreja deveria estar "preservando a Palavra da
vida" neste mundo cruel e tenebroso (Fp 2:12-16). Cabe a nós manter a
palavra da perseverança (Ap 3:10) e continuar testemunhando sobre a volta de
Jesus Cristo.
Quando o noivo e a noiva apareceram, metade das damas de honra
não pôde acender suas lâmpadas, porque não tinha óleo. "Nossas lâmpadas
estão se apagando!" disseram. Mas as damas de honra que tinham óleo
conseguiram acender suas lâmpadas e mantê-las resplandecentes. Foram elas que
entraram na festa de casamento, não as insensatas que ficaram sem óleo. Essa
imagem parece indicar que nem todos os cristãos professos entrarão no céu, pois
alguns não creram de todo coração no Senhor Jesus Cristo. Sem o Espírito de
Deus e sem a Palavra de Deus, não há salvação verdadeira.
Jesus termina essa parábola com uma advertência que havia dado
anteriormente: "Vigiai" (Mt 24:42; 25:13). Isso não significa ficar
em pé no alto de uma montanha olhando para o céu (At 1:9-11), mas sim estar
desperto e atento (Mt 26:38-41).
Introdução
A
parábola das dez virgens é a continuação de uma série de mensagens escatológicas
sobre a expectativa do retorno de Cristo a esse mundo. Também aponta para a
necessidade de estarem prontos os cristãos para esse dia, pois na hora da vinda
de Cristo, serão revelados quais crentes estarão preparados para o encontro com
o Senhor nos ares. Por isso, todos os cristãos devem constantemente examinar
sua vida de peregrinação, tendo em vista que o dia e a hora do retorno triunfal
de Cristo ninguém sabe, senão o Pai celestial.
1.
A vigilância dos cristãos
A parábola não é dirigida a
quem nunca se preparou, mas àqueles que não se prepararam o suficiente. Não
foram vigilantes nas disciplinas espirituais. Deixaram acabar o azeite na
jornada rumo ao Noivo. A responsabilidade é individual, não há divisão de
azeite, não se empresta e não se vende. O azeite é intransferível (Mt 25.9).
Enquanto o noivo estava indo para a casa da noiva, a fim de trazê-la para a sua
casa; as moças ficavam esperando à porta da casa do pai dele, onde seria
realizada a festa do casamento. Mas o azeite acabou. Deixaram de vigiar a
quantidade de azeite em suas lamparinas e ficaram de fora da festa.
1.1. Vigilância e a santidade
A vigilância é um dos sustentáculos na vida cristã (Mt 25.13;
26.41; lPe5.8). Pois ela aponta para uma vida de santificação. A santificação é
tão fundamental na vida cristã, que sem ela ninguém jamais verá o Senhor (Hb
12.14). Ser santo implica em ser distinto, separado, para um relacionamento com
Deus. Por isso, pecamos se procedemos de modo contrário à santidade que devemos
manter, quando utilizamos a mente, o corpo ou as posses de maneira diferente a
vontade de nosso Senhor. No entanto, é preciso aprender que se o crente
depender apenas de seus esforços para santificar-se, fatalmente falhará (Rm
8.2,3; 7.14,22,23). Deve se lembrar de que a lei do instinto domina, mesmo
depois de ficar convencido do erro. Por isso, é determinante a assistência do
Espírito (Ef 5.18).
»Vigiai, pois...». A parábola
inteira tem esse ponto como lição central. O preparo e a vigilância, fazem
parte necessária do fato de alguém ser verdadeiro discípulo. Falta-nos o
conhecimento exato acerca do tempo da «parousia» ou segunda vinda de Cristo, e
por isso mesmo se faz necessária uma preparação contínua. A base de tal
prontidão consiste do recebimento das graças do Espírito, porquanto isso cria
em nós uma verdadeira inquirição espiritual, uma intensa expressão de
espiritualidade. Essa mesma prontidão é útil para enfrentarmos galhardamente a
morte, pois de certa maneira é através da morte que o crente vai ter com
Cristo; e essa prontidão também é útil para as nações e as comunidades
religiosas, em sua espera pela chegada do rei. Ora, a nação de Israel não
demonstrou tais qualidades, pelo que não reconheceu o Messias e teve de ficar
do lado de fora do salão do banquete.
ESSA ordem para que vigiemos,
isto é, para que nos mantenhamos despertos, é inserida aqui pelo autor deste
evangelho a fim de ligar a parábola com o vs. 42 do capitulo, anterior, que
expressa uma conclusão similar da ideia da «parousia», que ocorrerá logo em
seguida à tribulação. É verdade que todas as dez virgens sucumbiram ao sono e
isso parece mostrar a falta de vigilância da parte de todas; no entanto, a
vigilância de espírito foi a característica das cinco virgens prudentes; por
isso, quando se fez ouvir o grito, elas estavam de fato «preparadas» para
participar do cortejo nupcial. Talvez alguns tenham dado importância demasiada
ao fato de que todas as virgens dormiram, posto que a parábola apresenta as
prudentes como «preparadas».
Também aprendemos, por esta
parábola, que a ignorância acerca do tempo da segunda vinda de Cristo, não é
desculpa ou justificação aceitável para a negligência, mas é razão ainda maior
para que haja vigilância. Adam Clarke(in loc.) diz: «...infelizmente! Quão poucos
daqueles que se chamam cristãos realmente vigiam! A maioria dormita! Quantos
estão toscanejando! Quantos estão presos à letargia! Quantos estão praticamente
mortos!»
Essa parábola, naturalmente, fala
da «parousia», embora alguns estudiosos acreditem que, em sua forma original,
não tinha essa intenção. Mas, é perfeitamente claro que o uso da parábola em
Mateus faz referência definida à segunda vinda de Cristo, e que para isso
precisamos estar prontos e vigilantes.
1.2.
O azeite representa a presença do Espírito Santo
O azeite, nessa parábola,
representa a presença constante do Espírito Santo na vida do cristão. Ele
garante uma vida de iluminação permanente. Ele representa o passaporte para a
entrada das virgens no casamento. O Espírito Santo é o agente da santificação,
pois há no cristão, duas naturezas: a carnal, que continua mantendo seus
interesses, e a que é promovida pelo Espírito. Mesmo após a conversão, trava-se
uma feroz batalha no coração do crente, entre a carne e o Espírito (G1 5.17 PARTE 1). Por isso, quando
cedemos às tentações, realizamos as obras da carne, mas, se permanecemos
iluminados pelo Espírito, somos aperfeiçoados no temor do Senhor (2Co 7.1 PARTE 2).
PARTE 1
G1 5.17 Pois
a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à
carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
A velha natureza é como o
porco e o corvo, sempre procurando algo imundo para se alimentar. Nossa nova
natureza é como a ovelha e a pomba, ansiando por aquilo que é limpo e santo.
Não é de se admirar que ocorra tamanho conflito dentro da vida do cristão! A
pessoa não salva não experimenta essa batalha, pois não tem o Espírito Santo
(Rm 8:9).
Convém observar que o
cristão não é capaz de vencer a carne simplesmente pela força de vontade:
"porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja
do vosso querer" (Gl 5:17). É justamente desse problema que Paulo trata em
Romanos: "Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois
não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Porque não faço o bem que
prefiro, mas o mal que não quero, esse faço" (Rm 7:15, 19). Paulo não nega
que há vitória. Simplesmente ressalta que não se pode alcançá-la com as
próprias forças e pela própria vontade.
PARTE 2
2Co 7.1 Ora,
amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a impureza
tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santificação no temor
de Deus.
Nossa purificação é apenas
metade da responsabilidade; também devemos “(aperfeiçoar) a nossa santidade no
temor de Deus" (2 Co 7:1). Trata-se de um processo constante, à medida que
crescemos na graça e no conhecimento (2 Pe 3:18). É importante ser
equilibrados. Os fariseus eram zelosos quanto à purificação, mas não se
dedicavam a aperfeiçoar sua santidade. Mas é tolice tentarmos aperfeiçoar a
santidade, se ainda há pecados manifestos em nossa vida.
Paulo pediu apreciação e
separação e, agora, faz um último apelo em sua tentativa de recuperar o amor e
a devoção dos cristãos de Corinto.
1.3.
Vigilância, mas com muito azeite
Paulo disse: “E não vos
embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” (Ef
5.18). Para ser cheio do Espírito, é necessário purificação de todas as coisas
que entristece ou apaga o Espírito (Ef 4.30). Quem alimenta o próprio ego, certamente
ficará vazio de Deus. Deus resiste ao soberbo (lPe 5.5). A comunhão com o mundo
e a participação do crente nos prazeres efêmeros impede a atuação do Espírito
Santo (2Co 6.14-7.1). E preciso prudência na maneira de andar (Ef 5.15). O
incoerente, pelo prazer de alguns minutos, perde tudo que vale a pena possuir,
mas o sábio procura se sacrificar por valores eternos.
Precisamos
estar preparados não só para o arrebatamento, mas para a chamada individual ao descanso
eterno. A morte chega quando menos se esperar
(Mt 25.13). Muitos querem viver aqui eternamente
ou escolhem quanto tempo querem viver de acordo com os desejos de seus
corações, mas se esquecem de que Deus é soberano sobre nós, Ele está no comando
das nossas vidas. Observe um detalhe: ninguém ficará aqui para semente.
Portanto, preparemos o suficiente, renunciemos a ganância por bens materiais,
prazeres mundanos e vaidade excessiva (Lc 12.15,20,21; 14.33).
2. As aparências podem enganar
A vida de aparências é uma
vida vazia. Em todos os aspectos, não faz sentido representar uma pessoa que
não existe. As moças da parábola eram parecidas, mas diferentes em seu caráter.
Um grupo delas tinha a prudência a seu favor, enquanto que as outras eram
insensatas. A vida cristã é impactante pela sua autenticidade, e não pela
hipocrisia. Dissimular os verdadeiros sentimentos, camuflar o caráter só
causará escândalos contra o evangelho. E determinará o futuro condenatório para
o hipócrita (Lc 11.44).
2.1.
Todas as moças eram virgens
Virgem como sinal de pureza,
ou seja, a Igreja de Cristo, sem mancha e sem mácula (Ef 5.27). Paulo diz:
“Porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um
marido, a saber, a Cristo” (2Co 11.2). Dentro das igrejas, todos parecem
virgens, mas alguns vivem em namoro com as coisas mundanas, amando o mundo, o
presente século com os seus prazeres, participando da igreja e do mundo como se
fosse normal (l Jo 2.15-17). Que comunhão têm os dois? (2Co 6.14).
Ef 5.27 O
casamento é uma experiência de crescimento constante quando Cristo é o Senhor
do lar. O amor sempre cresce e enriquece, enquanto o egoísmo faz justamente o
contrário.
A Igreja de hoje não é
perfeita; tem máculas e rugas. As máculas são causadas pela contaminação
exterior, enquanto as rugas vêm da deterioração interior. Uma vez que a Igreja
é contaminada pelo mundo, precisa ser sempre purificada, e o agente dessa purificação
é a Palavra de Deus. "E a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo"
(Tg 1:27). Estritamente falando, não deve haver rugas na Igreja, pois elas são
evidência de envelhecimento e de deterioração interior. À medida que a Igreja é
nutrida pela Palavra, essas rugas devem desaparecer. Como uma linda noiva, a
Igreja deve ser pura e jovem, o que é possível por meio do Espírito de Deus aplicando
a Palavra de Deus. Um dia, quando Cristo voltar, a igreja será apresentada no
céu como uma noiva imaculada (Jd 24).
2Co 11.2 O
zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único
marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura.
Semelhantemente, um pai
(ou mãe) zela pelos filhos procura
protegê-los de qualquer coisa que possa lhes fazer mal.
Vemos aqui a imagem de um pai amoroso, cuja filha está noiva e prestes a se casar. Sente que
é seu privilégio e dever mantê-la pura, a fim de poder apresentá-la a seu marido
com alegria, não com pesar. Paulo vê a igreja local como essa noiva, prestes a
se casar com Jesus Cristo (ver Ef 5:22ss e Rm 7:4). Esse casamento só ocorrerá
quando Cristo voltar para buscar sua noiva (Ap 19:1-9). Enquanto isso, a igreja
- e isso significa os cristãos como indivíduos - deve manter-se pura e se
preparar para o encontro com seu Amado.
l Jo 2.15-17 Não
se Deve Amar o Mundo
As
coisas do mundo podem desejar-se e possuir-se para os usos e propósitos que
Deus concebeu, e devemos usá-las por sua graça e para sua Glória; mas os
crentes não devem buscá-las nem valorizá-las para propósitos em que o pecado
abusa delas. O mundo afasta de Deus o coração e quanto mais prevaleça o amor
pelo mundo, mais decai o amor a Deus. As coisas do mundo se classificam
conforme com as três inclinações reinantes da natureza depravada:
1)
A concupiscência da carne, do corpo: os maus desejos do coração, o apetite de
dar-se o gosto com todas as coisas que excitam e inflamam os prazeres sensuais.
2)
A concupiscência dos olhos: os olhos deleitam-se com as riquezas e as
possessões ricas; esta é a concupiscência da cobiça.
3)
A soberba da vida: o homem vão anseia a grandeza e a pompa de uma vida de
vanglória, o qual compreende uma sede de honras e aplausos. As coisas do mundo
esvaecem rapidamente e morrem; o mesmo desejo desfalecerá e cessará daqui a
pouco, mas o santo afeto não é como a luxúria passageira. O amor de Deus nunca
desfalecerá.
Muitos
vãos esforços foram feitos para esquivar a força desta passagem com limitações,
distinções e exceções. Muitos têm tratado de mostrar quão longe podemos ir
estando orientados carnalmente e amando o mundo; mas não resulta fácil errar a
respeito do significado evidente destes versículos. A menos que esta vitória
sobre o mundo comece no coração, o homem não tem raízes em si mesmo e cairá ou,
no melhor dos casos, será um professante estéril. De todos modos, estas vaidades
são tão sedutoras para a corrupção de nossos corações que, sem vigiar e orar
sem cessar, não podemos escapar do mundo nem conseguir a vitória sobre seu deus
e príncipe.
2.2.
Todas as moças tinham lâmpadas
Possuir dons espirituais,
talentos, ministérios não qualifica as pessoas para o encontro com o Noivo.
Tudo isso é para servir à igreja enquanto estivermos aqui na terra. Não adianta
ter a lâmpada que simboliza a Palavra e não ser praticante e, sim, ouvinte
esquecido (Tg 1.22-27). Não podemos ser trapos embrulhados em papel de presente
nem uma bela lâmpada faltando azeite.
Se
ouvíssemos um sermão a cada dia da semana e um anjo do céu for o pregador, não
nos conduziria nunca para o céu se nos apoiarmos somente no ouvir. Os que são
somente ouvidores enganam-se a si mesmos; e o engano de si mesmo será achado,
afinal, como o pior engano. Se nos elogiarmos a nós mesmos é nossa própria
falta. A verdade não lisonjeia a ninguém, tal como está em Jesus, a palavra da
verdade deve ser cuidadosamente ouvida, com atenção, e exporá diante de nós a
corrupção de nossa natureza, as desordens de nossos corações e de nossa vida;
nos dirá claramente o que somos. Nossos pecados são as manchas que a lei deixa
ao descoberto; o sangue de Cristo é o lavamento que ensina o evangelho, mas
ouvimos em vão a Palavra de Deus e em vão olhamos para o espelho do Evangelho
se vamos embora e esquecemos nossas manchas em lugar de tirá-las lavando-as, e
esquecemos nosso remédio em vez de recorrer a ele. isso acontece com os que não
escutam a palavra como deveriam. Ao ouvir a palavra, olhamos dentro dela em procura
de conselho e guia, e quando a estudamos, torna-se nossa vida espiritual. Os
que se mantêm na lei e na palavra de Deus são e serão abençoados em todos seus
caminhos. Sua recompensa de graça no além estará relacionada com sua paz e
consolo presentes.
Cada
parte da revelação divina tem seu uso, levando o pecador a Cristo para
salvação, e guindo-o e exortando-o a andar em liberdade pelo Espírito de
adoção, conforme aos santos mandamentos de Deus. Note-se a distinção: o homem
não é abençoado por suas obras, senão em sua obra. Não é falar
senão andar o que nos levará ao céu. Cristo se tornará mais precioso para a
alma do crente que, por Sua graça, se tornará mais idônea para a herança dos
santos em luz.
Quando
os homens se esforçam por parecer mais religiosos do que realmente são, é um
sinal de que sua religião é vã. Não refrear a língua, a prontidão para falar
das faltas do próximo, ou para diminuir sua sabedoria e piedade, são sinais de
religião vã. O homem que tem uma língua caluniadora não pode ter um coração
verdadeiramente humilde e bondoso.
As
religiões falsas podem conhecer-se por suas impurezas e falta de caridade. A
religião verdadeira nos ensina a realizar cada coisa como estando na presença
de Deus. uma vida imaculada deve ir unida ao amor e a caridade não fingidas.
Nossa religião verdadeira é igual a medida em que estas coisas ganhem lugar em
nosso coração e conduta. Lembremo-nos que nada presta em Cristo Jesus salvo a
fé que opera pelo amor, que purifica o coração, que submete as luxúrias carnais
e que obedece aos mandamentos de Deus.
2.3.
Todas as moças estavam
esperando o noivo
A grande diferença entre
elas era internamente, azeite dentro da vasilha. Não basta esperar o noivo sem
se preparar, escondendo a real situação diante de Deus e não se preocupando com
a própria vida interior. Muitos esperam o Noivo, mas as coisas temporais,
efêmeras e passageiras ainda os fascinam. Carregar a Bíblia, ir à igreja,
entregar os dízimos, cumprimentar com saudação cristã, estar em cima do púlpito
e até pastorear igreja não garante sucesso na chegada do Noivo (Mt 7.21-23). O
importante é conservar a vida no altar e ter intimidade e comunhão com o
Senhor.
Esconder
a verdadeira identidade confunde muita gente, mas não a Deus. As aparências
enganam, pode ter tudo parecido, mas se não tiver o azeite não adianta. O
azeite simboliza o Espírito Santo; não o deixe faltar na sua vida (Ef 4.30). A
salvação é individual. Portanto, não confie no azeite
dos outros, pois pais não levarão filhos; filhos não levarão pais; ovelhas não
levarão pastores; pastores não levarão ovelhas; nem ninguém levará os amigos
(Jo 14.6; At 4.12; Rm 14.12).
3. A vida pessoal e o trabalho executado
A preocupação não está no
trabalho desenvolvido, pois muitos servem incansavelmente, fazem muitas obras,
dedicam-se de corpo e alma, mas a vida pessoal não condiz com aquilo que fazem.
O trabalho eclesiástico não substitui a preparação da vida de integridade
diante de Deus.
3.1.
Esta parábola diz de arrebatamento e não de
galardão
As obras só servem para quem
já estiver salvo, só quem for salvo chegará ao Tribunal de Cristo para receber
a recompensa (2Co 5.10 Pois
todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um
receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas
quer sejam más.). A chamada é para o arrebatamento, para receber o passaporte
para a festa de casamento. A passagem para as bodas precisa estar carimbada com
o azeite da preparação. O convite está formulado só não sabemos o dia nem a
hora (Mt 24.36).
Aqui a ênfase é sobre o
fato de que o povo não sabia o dia em
que viria o julgamento. Noé e sua família na arca ilustram o milagre de Deus em
preservar Israel durante esse tempo terrível de tribulação (Enoque representa o
arrebatamento antes da tribulação - Gn 5:21-24; Hb 11:5; 1 Ts 1:10; 5:1-10).
O que impediu as pessoas
de ouvir a mensagem de Noé e obedecer? Os interesses comuns da vida: comer,
beber, casar e dar-se em casamento. Ao viver em função das coisas boas da vida,
perderam o melhor. É
perigoso tornar-se tão absortos com as coisas da vida a ponto de esquecer que
Jesus está voltando.
3.2.
Esta parábola diz quando a punição será feita
A revelação de quem é quem
só será feita quando se ouvir: “Aí vem o esposo” (Mt 25.6). O grande problema é
que, após a chamada, não haverá tempo para se preparar. Mas Ele respondeu em
verdade vos digo que não vos conheço (Mt 25.12). Servir a Deus tanto tempo e
ter a porta fechada em sua frente será grande surpresa e decepção. Muitos dirão
naquele dia: “Fiz isto no teu Nome. Senhor”, e receberão a resposta: “Nunca vos
conheci" (Mt 7.21-23). Mas o que perseverar fiel até o fim será salvo (Mt
10.22; 24.13).
3.3.
Esta parábola diz que ainda há tempo de adquirir
azeite
Hoje é dia oportuno, a
chamada está feita, a porta ainda está aberta, o vendedor é o Senhor Jesus, Ele
ainda oferece: “Vinde e comprai-o sem dinheiro e sem preço” (Is 55.1). Depois
que a porta da graça se fechar, não adiantará bater, chorar ou espernear, esta
é a única porta que não se abrirá mais. Portanto vigiai, porque não sabeis o
dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir (Mt 25.13).
Não
compensa aceitar os “pratos” oferecidos pelo
mundo. Não podemos deixar prevalecer a vontade da carne, precisamos mortificá-la. Esperar sem desvanecer é necessário,
mesmo que alguns tenham a volta de Cristo por tardia, mas o Senhor não tarda,
Ele virá na hora certa (2Pe 3.9). Evitar as iguarias como Daniel propôs em seu
coração é o papel do crente que espera ansiosamente a vinda do seu Senhor (Dn
1.8). Não adianta ser crente só de aparência ou de conveniência, há necessidade
de buscar a santificação, lavar as vestes no sangue do Cordeiro para
eliminar o pecado e não deixar faltar o óleo sobre a cabeça que é o símbolo do
Espírito presente em cada momento da vida cristã (Ec 9.8).
Conclusão
“Vigiai,
pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à
meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que vindo de improviso,
não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai!” (Mc
13.35-37). “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao
ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.27).
QUESTIONÁRIO
PARTE 1
1. O que as insensatas esqueceram?
R. De
levar azeite suficiente para esperar o noivo.
PARTE 2
PARTE 3
2. Qual o perigo de não se preparar o suficiente?
R: A porta das bodas se
fechar na nossa frente.
3.
Cite três semelhanças das virgens entre
si.
R: Todas eram virgens, todas
tinham lâmpadas, todas estavam esperando o noivo.
4.
Qual é a ênfase da parábola?
R: A vida de integridade diante de Deus.
5. Qual
o prêmio dado às virgens prudentes?
R: O passaporte para a
festa de casamento.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º Trimestre de 2013,
ano 23 nº 87 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor - Pontos salientes da
nossa fé, doutrinas essenciais para a prática de uma vida cristã sadia e
equilibrada.
Comentário Bíblico
Expositivo – Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento
Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança -
Novo Testamento
Comentário Bíblico Matthew
Henry - Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B.
Meyer
Bíblia – THOMPSON
(Digital)
Bíblia de Estudo
Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição
revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores
– CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade
muito boa gostei Deus abençoe sua vida amado
ResponderExcluirQue liçào abençoada eu recebi muita sabedoria de Deus aqui glória aleluia. que Jesus possa te usar cada vez mais na face da terra passarei para os alunos essas benças glória Deus aleluia .Deus te abençoe varào. ora por mim irmâo kelvin ..............
ResponderExcluirParabéns pela dedicação, seus comentários contribui muito e nos ajuda melhorar as nossas aulas que DEUS continue abençoando a sua vida e o seu ministério.
ResponderExcluireu tenho o dom de dicernimento espiritual e um pouco de conhecimento teologico e pratico... e oque vejo e que nas liçoes da escola dominical com algumas exeçoes,se prega verdadeiramente a palavra; porem nos pupitos e nos bastidores e eu tive o privilegio de conhecer e conviver com alguns pr e obreiros e crentes do circulo de oraçao e/ou de oracoes e,vejo nitidamente que nao tem a palavra em si mesmos/ou o entedimento da mesma;a boca fala do que coraçao esta cheio,eu vou ser mais objetivo,nao tem o fruto do Espirito. ex: temos o costume de profetisar nos pupitos. porem na biblia para tal,ou se tem o dom de profecia ou e profeta.noa se pode brincar com a palavra e pior ainda dizer que Deus falou sem que Ele tenha falado pv 30,5. entre outras passagens. jesus sujeitou todas as coisas e tronos e poderes ierarquicos das trevas e ceus debaixo de seus pes, por ordem do Eterno. entao porque alguns se esquecem de hb principalmente do cp 7 e dizem que dizimo e que vai fazer Deus expulsar demonios da minha vida,jesus disse que tem certas castas de demonios q sao mais dificil de se expulsar porem ,com jejum e oraçoes todas tem q se render a autoridade da igreja de cristo.pregar a passagem do jovem rico e facil dificil e dizer que isso e uma farsa,se arrepender vender tudo o que tem e dar aos pobres e depois sim poder seguir o mestre.mais pra isso e preciso crer que vale a pena negar a si-mesmo .a disculpa de todos os q conheci e como se manterar os templos a resposta e obvia pregando 2 co:9 e claro se vc crer que jesus pode nos abençoar por fazer-mos a vontade Dele.[falar a verdade,viver a verdade e morrer pela verdade;para por fim se salvo na verdade;disse jesus:Eu sou o caminho a verdade e a vida! tu podes crer nisso??? eu os amo por favor voltemos ao evangelio q jesus,e os apostolos pregaram. lebremo-nos Deus nao se deixa escarnecer,conecereis a verdade e a verdade vos libertara.a paz do Senhor.
ResponderExcluirMuito obrigado, por você colocar suas palavras com muita clareza porque nem todas as nossas alunas tem bacharel em teologia, elas precisam entender e muitas vezes, tem assunto que fica muito difícil, mais agradeço a Deus que tem usado homens como o senhor. Parabéns que Deus continue te abençoando! Eu adorei.
ResponderExcluirParabéns pelo excelente trabalho! Finalmente, os professores da EBD possuem um auxílio à altura dos assuntos propostos.
ResponderExcluirpaz de cristo a todos.Teologicamente falando creio que na passagem das 10 virgens não se trata de vigilancia,pq as 10 dormem.talvez seria o caso de prudencia.Fique na paz
ResponderExcluirMelhor estudo que já li sobre este tema. E, olha que já procurei muito, pois minha intenção era me aprofundar sobre este assunto.
ResponderExcluirQue Deus o abençoe!
Shalom
A Paz do Senhor Jesus Cristo, gostaria de saber como fazer o download dos slides
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