LIÇÃO 4 – 28 de Abril de 2013
Precisamos
combater o pecado da avareza
TEXTO AUREO
“Porque o amor do dinheiro é
a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se
traspassaram a si mesmos com muitas dores”. lT m 6.10
VERDADE APLICADA
Os insensatos derrubam os
celeiros, constroem outros maiores, mas se esquecem de cuidar da própria alma.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Mostrar que as riquezas materiais cegam muitas pessoas no aspecto
espiritual;
► Explicar que a ganância por possuir bens materiais vai contra o
Evangelho de Jesus;
► Ressaltar que possuir riquezas não é pecado; o problema é deixar
descer para o coração a avareza, o orgulho, o egoísmo e a vaidade excessiva
enquanto despreza a Palavra de Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 12.15 -
E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de um homem
não consiste na abundância do que possui.
Lc 12.19 -
E direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens, para muitos anos;
descansa, come, bebe e folga.
Lc 12.20 -
Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens
preparado para quem será?
l Tm 6.9 -
Mas os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
l Tm 6.10 - Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie
de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si
mesmos com muitas dores.
A avareza é a sede
insaciável de uma quantidade cada vez maior de algo que acreditamos ser
necessário para nos fazer sentir verdadeiramente satisfeitos. Pode ser a sede de dinheiro ou das
coisas que o dinheiro pode comprar, pode também ser a sede de cargos e de
poder. Jesus deixou claro que a vida verdadeira não depende da abundância de
posses. Não negou que temos certas necessidades básicas (Mt 6:32; 1 Tm 6:17).
Apenas afirmou que não tornaremos a vida mais rica adquirindo mais
coisas.
Mark Twain certa vez definiu "civilização" muito
apropriadamente como "uma multiplicação ilimitada de necessidades
desnecessárias". De fato, muitos cristãos já foram contaminados pela
avareza e não sabem. Acreditam que a admoestação de Paulo em 1 Timóteo 6 aplica-se
apenas aos "ricos e famosos". Comparado ao padrão de vida do restante
do mundo, muitos cristãos brasileiros são, de fato, abastados.
Jesus contou essa parábola a fim de relevar os perigos que se
escondem num coração avarento. Ao lê-la, deve-se testar a própria reação às
diversas experiências desse fazendeiro.
De que maneira reagimos ao dilema dele? Eis um homem cujo problema era ter riquezas demais!
Caso exclamemos: "Gostaria de ter esse problema!", é possível que
estejamos mostrando a avareza de nosso coração. Se herdasse, de repente, uma
porção de bens, essa riqueza lhe traria complicações? Ou você simplesmente
louvaria a Deus e lhe pediria que mostrasse o que fazer com esses bens?
A prosperidade tem seus perigos (Pv 30:7-9). A riqueza é capaz
de sufocar a Palavra de Deus (Mt 13:22), de criar armadilhas e tentações (1
Tm 6:6-10, 17-19) e de dar uma falsa sensação de segurança. Dizem que o
dinheiro não traz felicidade, mas quem desejar viver nesse
nível, poderá encontrar satisfação no
dinheiro. Os que se contentam com as coisas que o dinheiro pode comprar correm
o risco de perder aquilo que o dinheiro não pode comprar.
Esse fazendeiro viu em sua riqueza uma oportunidade de
satisfazer a si mesmo. Não pensou em Deus nem nos semelhantes.
De que maneira reagimos às decisões desse homem rico? Dizemos: "Assim é que se faz
negócios! Economizando agora a fim de garantir o futuro!". Mas Jesus
considerou que as decisões do homem basearam-se em seu egoísmo e o chamou de
"Louco". A filosofia do mundo diz que devemos cuidar primeiro de nós
mesmos, mas Jesus não apoia essa filosofia.
Claro que não há nada de errado em seguir certos princípios
sólidos nos negócios nem em poupar para o futuro (1 Tm 5:8). Jesus não aprova o
desperdício (Jo 6:12), mas também não aprova o egoísmo da avareza.
De que maneira reagimos aos desejos do fazendeiro? Dizemos: "Isso sim é que é vida! Ali
está um homem de sucesso, cheio de satisfação e de segurança! O que mais
poderia querer?". Mas Jesus não viu esse homem desfrutando a vida, e sim
encarando a morte! Quando chega nosso momento de morrer, não há riqueza que nos
mantenha vivos. A riqueza também não compra as oportunidades que perdemos
enquanto pensávamos em nós mesmos, ignorando Deus e os semelhantes.
Jesus deixou claro que a vida, o sucesso e a segurança
verdadeiros não se encontram na abundância de bens. Esse homem tinha uma visão
equivocada da vida e da morte. Pensava que a vida vem do acúmulo de coisas e
que a morte estava distante. No dia 11 de março de 1856, Henry David Thoreau
escreveu em seu diário: "O mais rico dos homens é aquele cujos prazeres
custam menos". E também: "Um homem é rico na proporção do número de
coisas sem as quais pode viver".
Por fim, de que maneira reagimos à morte
desse fazendeiro presunçoso?
Nossa tendência é pensar: "Que pena esse sujeito ter morrido justo quando
as coisas estavam indo tão bem para ele! Que tristeza não ter conseguido
terminar seus grandes planos!" Mas o mais triste de tudo não era o que o
homem havia deixado para trás, mas sim o que teria pela
frente: uma eternidade sem Deus! O homem
viveu sem Deus e morreu sem Deus, e sua riqueza não passou de uma circunstância
desta vida. Deus não se impressiona com nosso dinheiro.
O que significa ser
"rico para com Deus"? Significa reconhecer com gratidão que tudo o
que temos vem de Deus e nos esforçar para usar o que ele nos dá para o bem de
outros e para a glória de Deus. A riqueza pode ser desfrutada e usada ao mesmo
tempo se nosso propósito é honrar a Deus (1 Tm 6:10). Ser rico para com Deus
significa enriquecimento espiritual, não apenas prazer pessoal. Como é triste
quando as pessoas são ricas nesta vida e pobres na outra!
Introdução
O
pecado da avareza é basicamente composto de duas ideias: procurar obter
obcecadamente o que não se tem, e preservar, a todo custo, aquilo que possui.
Ela também é considerada um vício, que tem escravizado uma boa parte da
sociedade no mundo. No entanto é preciso dizer que obter as coisas, ou
desejá-las simplesmente, não há problemas. O pecado está no desejo pelas
possessões temporais sem controle, que passa a ser idolatria, ou seja, quando a
confiança nas dádivas de Deus, substitui a confiança no próprio Deus.
1.
O pecado da avareza
A pessoa que é possuída pelo
pecado da avareza tem em seu alvo maior a posse, a autoridade, o domínio e o
controle. A avareza se torna, na pessoa, uma espécie de edema
espiritual, impulsionando o avaro a uma sede insaciável de ter. Quanto mais o
indivíduo procura acabar com sua sede, mais ela aumenta. Esses homens e
mulheres dominados por esse pecado, são essencialmente tristes, pois muitas
vezes possuem casas abarrotadas de mobílias, enfartadas de objetos preciosos,
mas sem moradores que possam aproveitar como companhia. Na verdade, o avarento
é o causador de sua própria miséria.
(Dicionário Aurélio) edema: Substantivo
masculino. Acúmulo anormal de líquido em qualquer tecido ou órgão.
1.1. O avarento e seus bens
Jesus disse que a vida de um homem não pode se restringir à
quantidade de bens que ele possui (Lc 12.15). A teologia moderna diz que
riqueza é sinônimo de bênção de Deus na vida da pessoa e pobreza é o mesmo que
maldição. A verdadeira doutrina da prosperidade são os dízimos e as ofertas com
fidelidade ao Senhor. Quem faz esta semeadura atendendo ao que diz Malaquias
3.10 e outros textos bíblicos pode esperar bênçãos do Senhor. Tiago diz que
Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino
que prometeu aos que O amam (Tg 2.5-6).
O cristão que tem apego excessivo ao dinheiro, às riquezas, e que
não é generoso, pode ser chamado de avaro. É preciso cuidado (Lc 12.15), pois
avareza é idolatria (Cl 3.5). Evite este mal. O desejo demasiado e sórdido para adquirir e
acumular riquezas não é legítimo para um cristão, porque nenhum avaro e idólatra tem
herança no Reino de Deus (Ef 5.5). A orientação bíblica é para que os crentes não
fiquem obcecados por adquirir bens materiais, mas satisfeitos com o que já
possuem (Hb 13.5,6). Aqui o ensino é para que ninguém seja dominado pela
avareza, mas para que todos atentem pela possibilidade de crescimento pessoal.
1.2.
Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá
Jó disse que não tem como
levar nada daqui (Jó 1.21). “Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto
é que nada podemos levar dele” (lTm 6.7). No caixão, não existe gavetas para
levar ouro ou outros bens. O que se leva desta vida é a vida que se leva. Para
que tanto orgulho e desprezo pelas pessoas mais pobres? Pobreza não é defeito
nem tira a dignidade das pessoas. Jesus disse que os pobres sempre estariam
presentes entre os discípulos (Mt 26.11). Os bens conquistados e registrados em
nossos nomes nos dão apenas conforto provisório, pois somos apenas “mordomos”,
e nada é nosso, e, após a morte, passam-se as riquezas para outros
administrarem. Os bens vão passando de mão em mão, nada é permanente.
As hostes do céu e do
inferno ficaram observando a reação de Jó ao perder suas riquezas e seus
filhos. Ele expressou sua tristeza do modo costumeiro da época, pois Deus
espera que sejamos humanos (1 Ts 4:13). Afinal, até mesmo Jesus chorou (Jo
11:35). Mas, em seguida, Jó adorou a Deus e realizou uma profunda declaração
de fé (Jó 1:21).
Em primeiro lugar, olhou para o passado, para o dia de seu
nascimento: "Nu saí do ventre de minha mãe". Jó havia recebido tudo o
que possuía das mãos de Deus, e o mesmo Deus que lhe concedeu essas coisas
tinha o direito de tomá-las de volta. Jó simplesmente reconheceu ser um
mordomo.
Em seguida, Jó olhou para o futuro, para o dia de sua morte:
"e nu voltarei". Não voltaria ao ventre de sua mãe, pois isso seria
impossível. Voltaria para a "terra mãe", seria sepultado e tornaria
ao pó. (A ligação entre o "nascimento" e a "terra mãe"
também pode ser encontrada em Sl 139:13-15.) Nada do que ele havia adquirido
entre seu nascimento e sua morte o acompanharia ao outro mundo. Paulo escreve: "Porque nada temos trazido para
o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele" (1 Tm 6:7).
Por fim, Jó olhou para o alto e proferiu uma declaração
magnífica de fé: "o Senhor o deu
e o Senhor o tomou;
bendito seja o nome do Senhor!"
(Jó 1:21). Ao invés de amaldiçoar a Deus, como Satanás disse que Jó faria, Jó
abençoou o Senhor! Qualquer um pode dizer: "o Senhor o deu" ou "o Senhor o tomou"; mas é preciso fé
verdadeira para dizer, no meio da tristeza e do sofrimento: "Bendito seja
o nome do Senhor".
"Em tudo isto Jó não
pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma" (v. 22).
1.3.
A felicidade e o dinheiro
Com ou sem dinheiro,
precisamos estar convictos da nossa felicidade (salvação) e viver intensamente
para o Senhor, pois a felicidade não está na riqueza que se possui. Paulo
escrevendo a Timóteo diz: “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos,
nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que
abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos; que façam o bem,
enriqueçam em boas obras, repartam de boa mente e sejam comunicáveis, que
entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam
alcançar a vida eterna (lTm 6.3-10,17-19).
Paulo escreveu sobre o perigo do amor ao dinheiro, mas
acrescenta uma "ordem" especial para Timóteo transmitir aos ricos.
Ao contrário do que se pode imaginar, essa ordem aplica-se a nós. Afinal,
nosso padrão de vida hoje certamente nos faz "ricos" em comparação
com a congregação de Timóteo!
Sejam humildes (v.
17a). Se a riqueza torna alguém orgulhoso, isso mostra que não
compreende a si mesmo nem sua riqueza. "Antes, te lembrarás do Senhor,
teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas" (Dt
8:18). Não somos proprietários, apenas despenseiros. Se temos riquezas, é pela
bondade de Deus, não por algum mérito especial de nossa parte. A posse de bens
materiais deve tornar a pessoa humilde e levá-la a glorificar a Deus, não a si
mesma.
É possível ser rico "(no) presente século (mundo)" (1
Tm 6:17) e pobre no mundo por vir. Também é possível ser pobre neste mundo e
rico no mundo por vir. Jesus falou sobre ambos os casos (Lc 16:19-31). No entanto,
um cristão também pode ser rico neste mundo e no outro, se usar o que tem para
honrar a Deus (Mt 6:19-34). Na verdade, uma pessoa pobre neste mundo pode usar
até seus limitados recursos para glorificar a Deus e ser grandemente
recompensada no mundo por vir.
Confiem em Deus,
não nas riquezas (v. 17b). O fazendeiro rico da parábola de
Jesus (Lc 12:13-21) pensou que sua riqueza representava segurança, quando na
realidade, era evidência de sua insegurança. Ele não estava confiando em Deus
de coração. As riquezas são incertas, não apenas em seu valor (que muda
constantemente), mas também em sua durabilidade. Os ladrões podem roubar os
bens, os investimentos podem desvalorizar e o tempo pode corroer casas e
carros. Se Deus nos der riquezas, devemos confiar nele, o Doador, não nas
dádivas.
Desfrutem o que
Deus lhes der (v. 17c). Sim, a palavra
"desfrutar" está na Bíblia! Na verdade, um dos temas que se repetem
ao longo de Eclesiastes é "desfrutar as bênçãos hoje, pois, um dia, esta
vida chegará ao fim" (ver Ec 2:24; 3:12-15, 22; 5:18-20; 9:7-10; 11:9,
10). Não se trata de "hedonismo" (Tendência a considerar que
o prazer individual e imediato é a finalidade da vida.)
pecaminoso nem de viver em função dos prazeres da vida, mas sim de aproveitar o que Deus nos dá para sua glória.
pecaminoso nem de viver em função dos prazeres da vida, mas sim de aproveitar o que Deus nos dá para sua glória.
Usem o que Deus lhes der (vv. 18, 19). Devemos usar as riquezas para fazer o bem a outros; devemos
compartilhar e também aplicar nosso dinheiro. Desse modo, enriquecemos a nós
mesmos espiritualmente e fazemos investimentos para o futuro (ver Lc 16:1-13).
"A fim de se apoderarem da verdadeira vida" (1 Tm 6:19) não
significa que essas pessoas não eram salvas. Um modo mais adequado de expressar
isso seria: "a fim de tomarem posse da vida que
é real". As riquezas podem atrair as pessoas a um mundo de fantasia,
repleto de prazeres superficiais. Mas as riquezas somadas
à vontade de Deus podem conduzir a uma vida real e
a um ministério duradouro.
A última frase de Paulo não é para Timóteo, pois o pronome está
no plural: "A graça seja convosco". Paulo pensava na igreja toda
quando escreveu essa carta e, sem dúvida, se dirigiu a todos os presbíteros,
não apenas a Timóteo. Como líder da igreja, Timóteo deveria atentar para as
palavras do apóstolo; mas todos os membros da igreja tinham a responsabilidade
de ouvir e obedecer. Temos a mesma responsabilidade hoje.
2. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males
Nessa cobiça, alguns se
desviaram da fé (lTm 6.10). A atenção demasiada ao dinheiro tira a visão divina
do crente, quanto mais formos atraídos pelo dinheiro, mais distantes vamos
ficando de Deus. Os nossos pensamentos não podem estar concentrados o tempo
todo em ganhar dinheiro e obter lucros financeiros. Não podemos deixar a
avareza crescer e a fome insaciável por riquezas dominar nossas vidas,
tornando-nos escravos. O que ama o dinheiro nunca se fartará dele (Ec 5.10).
2.1.
Os que querem ficar ricos
caem em tentação e em laço
Os que almejam a riqueza
caem também em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os
homens na ruína e perdição (lTm 6.9). A vontade de ficar rico escraviza os
desejos e leva a pessoa a vender coisas ilícitas, subir na vida prejudicando
outros, vender o próprio corpo, matar membro da família por causa de herança,
participar de tramoias, subornos e lavagem de dinheiro, sonegar impostos,
superfaturar produtos e fraudar a concorrência pública. Até o dízimo é retido
por quem ama demais o dinheiro. Muitos deixam de honrar e preservar o próprio
nome; colocam suas dignidades em jogo para obter vantagens financeiras (Pv
22.1).
A tradução exata é:
"os que ficarão ricos" e descreve pessoas que precisam de cada vez
mais coisas para ser felizes e se sentirem bem-sucedidas. Mas as riquezas são
uma armadilha; conduzem à escravidão, não à liberdade. Em vez de saciar, as
riquezas criam outras concupiscências (desejos) a serem satisfeitas. Paulo dá
uma descrição vívida dos resultados: "muitas concupiscências insensatas e
perniciosas [...] afogam os homens na ruína e perdição" (1 Tm 6:9). Vemos
aqui a imagem de um homem se afogando! Ele confiava em suas riquezas e navegava
tranquilamente pela vida, quando veio a tempestade e o afundou.
É perigoso usar a religião
como fachada para obter riquezas. Por certo, o obreiro de Deus é digno de seu
salário (1 Tm 5:17, 18), mas sua motivação para trabalhar não é o dinheiro. Se
fosse, ele seria apenas um "mercenário", não um verdadeiro pastor
(Jo 10:11-14). Não devemos perguntar: "Quanto vou ganhar com isso?",
mas sim: "Quanto posso dar?"
2.2.
Onde estiver o vosso tesouro aí estará também o
vosso coração
O coração não pode estar
alienado aos tesouros (Lc 12.34). O jovem rico colocou o seu coração na
riqueza, mesmo “guardando” os mandamentos de Deus. Após Jesus lhe pedir para
vender o que tinha e repartir com os pobres, ele ficou triste, porque era muito
rico (Lc 18.22-23). A riqueza em si não é má, mas pôr o coração no dinheiro e
deixar o Reino de Deus em segundo plano é atitude condenada por Deus. Muitos
preferem as riquezas a manter uma vida consagrada e de comunhão com o Senhor. Confiar
no dinheiro é um grande engano, apegar-se a ele uma ilusão.
Os prazeres de Deus e nossos
tesouros devem andar juntos. Devemos olhar para a Terra do ponto de vista do
céu e ter certeza de que colocamos o reino de Deus em primeiro lugar em todas
as coisas. A grande pergunta é: "Onde está seu coração?" Se nosso
coração está nas coisas passageiras deste mundo, passaremos os dias
preocupados. Mas, se estamos voltados para o que é eterno, a paz de Deus
guardará nossa mente e coração (Fp 4:6-9). Em se tratando das coisas deste
mundo, não devemos "esquentar a cabeça", estando dispostos até a
vender o que temos para ajudar a outros (At 2:44, 45; 4:34, 35). Não é errado
possuir coisas, desde que elas não nos possuam.
2.3.
O dinheiro atrai coisas
boas, mas também coisas ruins.
Quantas pessoas estão
escravizadas, porque o dinheiro as fascinou e fê-las envolver-se com coisas
ilícitas! O que tem muito dinheiro e o que corre atrás dele precisam ter muito
cuidado, pois as tentações são enormes nesta área. No meio eclesiástico, muitos
têm maculado os seus ministérios, manchado seus nomes e perdido as suas
dignidades por colocar o dinheiro como alvo em suas vidas.
A
teologia da prosperidade é uma inversão de valores, pois a atenção aos bens materiais está mais em evidência do que
os bens espirituais e eternos, principalmente o Projeto de Redenção. Em muitas
igrejas, só
se pregam vida abundante para o lado do dinheiro e das realizações
materiais neste mundo. Muitos acumulam tanta riqueza que não podem nem andar
livremente pelas ruas com medo de sequestro. Não é porque se tem muito dinheiro
que se pode fazer o que bem quer com ele, somos “mordomos” e não podemos
aplicá-los em coisas espúrias.
3. Devemos ajuntar tesouros aonde o ladrão
não chega
O melhor lugar para guardar
dinheiro é onde a traça não consome (Lc 12.33). O homem parece insaciável por
natureza, quanto mais tem mais quer. Não é correto ser preguiçoso, pois todos
precisam sobreviver do suor dos seus rostos, mas também não precisam ser
gananciosos para ajuntar tesouros nesta vida a ponto de impedir o verdadeiro
relacionamento com Deus. As melhores riquezas são aquelas que depositamos nos
céus, não as passageiras que podem ser roubadas a qualquer momento.
3.1. O
dinheiro conseguido de forma desonesta atrai maldição
Quem planta desonestidade
colherá frutos da mesma natureza da semente, pois a lei da semeadura não falha.
Nunca se viu pessoas viverem felizes por conseguirem dinheiro de procedência
duvidosa. Até um troco recebido a mais deverá ser devolvido ao seu dono.
Pessoas que enganam e passam os outros para trás não ficarão impunes. Tiago diz
que o salário dos trabalhadores retido com fraude está clamando, enquanto os
patrões vivem deliciosamente. Mas as riquezas deles estão apodrecidas e as
vestes comidas de traça (Tg 5.1-6).
Subtrair
objetos ou valores de alguém, fazer negócios desonestos ou passar um coitado
para trás geram consequências. Não podemos usar aquele ditado que diz que “o mundo
é dos espertos”, isso não é coisa de cristão. A Lei de Gérson - levar vantagem
em tudo - deve ser deixada de lado. Participar de negócio desonesto, desviar
verba, sonegar impostos, superfaturar licitações, tudo isso atrai maldição, é
pecado e prejudica a obra de Deus.
3.2.
O dinheiro adquirido de forma lícita não deve ser
usado de forma ilícita
Quem tem dinheiro não deve
menosprezar os que não tem nem deve ser avarento ou orgulhoso, pouco ainda deve
se omitir de ajudar os necessitados; não deve usá-lo na prostituição, nas
bebidas alcoólicas, no fumo, nas drogas, nos jogos de azar, nem na vaidade
excessiva. Não se deve gastar dinheiro com aquilo que não é pão, isto é, fora
da vontade de Deus (Is 55.2). Não seja esbanjador, seja econômico.
3.3.
Quem confia na riqueza tem dificuldade para entrar no Reino dos Céus
Jesus alertou que é mais
fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino
de Deus, porque a maioria deles está muito apegada ao dinheiro que possui e
confia nas suas posses, são avarentos, egoístas e orgulhosos. Mas, quando a
morte chega, ela não distingue o pobre do rico, mas leva todos. A riqueza não é
capaz de deixar o rico para semente. Preste atenção: tudo ficará aqui! (Lc
18.24-25). O materialismo está evidente até no meio cristão, o dinheiro tem
falado mais alto, as pessoas valem pelo que têm e não pelo que são. Este é o
pensamento mundano.
Ser rico não é
pecado. O pecado está em: 1) colocar o coração na riqueza; 2) tornar-se
orgulhoso, arrogante, exaltado e soberbo; 3) considerar-se autossuficiente e
que não depende de ninguém; 4) deixar de priorizar o Reino de Deus; 5)
desprezar os pobres; 6) ajuntar tesouros ilicitamente; 7) usar as riquezas nos
prazeres carnais; 8) sonegar os dízimos e não dar ofertas.
Esse acontecimento levou
Jesus a fornecer aos seus um ensinamento sobre o perigo da riqueza. Um rico
dificilmente entra no reino de Deus, porque o coração pecaminoso se apega
demais à propriedade terrena. A fim de incutir mais firmemente essa verdade em
seus ouvintes, o Senhor acrescenta ao que foi dito até agora um provérbio: “É mais
fácil que um camelo passe pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no
reinado de Deus.” O ponto de comparação desse provérbio é o humanamente
impossível. Com certeza não é condizente imaginar aqui a pequena entrada no
muro de Jerusalém pela qual um camelo carregado passava apenas com dificuldade.
Um ditado semelhante ocorre no Alcorão (Surata 7,38) e no Talmude (neste caso,
com um elefante). Alguns manuscritos gregos trazem em lugar de kamelos =
“camelo” uma corda marítima ou de ancoragem, que se chama kamilos. Essa última
explicação na verdade foi frequentemente questionada, porém ela expressa muito
bem a total impossibilidade.
A declaração do Senhor
ensinou os ouvintes a lançar um olhar sincero para seu próprio coração.
Consternados eles perguntam quem, então, poderá ser salvo? A pergunta não é
“que pessoa rica pode tornar-se bem-aventurada?”, como consta no título do
livrinho de Clemente de Alexandria, mas: “que pessoa realmente pode tornar-se
bem-aventurada?” Não obstante, tornar-se bem-aventurado, ser salvo, algo
impossível a partir do ser humano, pode ser viabilizado por Deus. Nenhuma
pessoa é capaz de transformar seu coração por força próprio, para não se apegar
mais às coisas terrenas. A onipotência da graça de Deus, porém, consegue
renovar o coração, para que abra mão de tudo o que é terreno por causa do reino
de Deus, para que busque, ao invés de bens terrenos, o tesouro celestial.
Conclusão
Paulo
declara, em Filipenses 4.12,13, que aprendeu a passar necessidade e também a
ter abundância. Todos os momentos por que passou, aprendeu tanto a ter fartura,
como a ter fome, tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. “Posso
todas as coisas em Cristo que me fortalece” diz o apóstolo, no versículo 13.
Diferentemente, muitos estão mais preocupados com o dia de amanhã do que em se
relacionar com Deus, o Dono da prata e do ouro.
QUESTIONÁRIO
PARTE 1
PARTE 2
1. O amor ao dinheiro é a raiz de
quê?
R: De toda espécie de
males.
2.
O que acontece com os que querem ficar ricos?
R:
Caem em tentação e em laço.
PARTE 3
3.
Onde devem os ajuntar tesouros?
R:
Onde o ladrão não chega, no céu,
4.
O que o dinheiro conseguido de forma desonesta atrai?
R:
Maldição.
5.
Possuir riquezas é pecado? Justifique.
R: Não. A confiança nas
riquezas, o egoísmo e o orgulho em que os ricos caem é que são pecados.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º Trimestre de 2013,
ano 23 nº 87 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor - Pontos salientes da
nossa fé, doutrinas essenciais para a prática de uma vida cristã sadia e
equilibrada.
Comentário Bíblico
Expositivo – Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento
Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança -
Novo Testamento
Comentário Bíblico Matthew
Henry - Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B.
Meyer
Bíblia – THOMPSON
(Digital)
Bíblia de Estudo
Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição
revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores
– CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade
QUE BOM QUE ENCOTRAMOS ESTUDO COMO ESSE PARA ABRIR O ENTENDIMENTO DAS PESSOAS.É UM GRANDE REMEDIO PARA CURAR DOENÇAS DA HUMANIDA QUE ENTESOURA AQUI NA TERRA.
ResponderExcluirAmei irmãos estas lições, pois dá me melhor entendimento, pois se todos podessem estudar as as lições antes seria melhor o entendimento, E Deus continue vos abençoando.
ResponderExcluirmuito rico esse etudo amei essa lição é maravilhoso aprender de Deus q Ele abençoa grandemente o comentadorm
ResponderExcluirSou professora da EBD, e dou graças a Deus, pelo o empenho do prezado irmão, em comentar a lição na internet, assim ampliando o nosso conhecimento, e fazendo a obra de Deus acontecer. Que Deus te abençoe. Elizabeth Duarte
ResponderExcluirembora eu seja espírita adorei as ponderações do texto acima. muito claro, objetivo e sintético. obrigado por estas belas linhas
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