Título: A Verdadeira Prosperidade — A vida
cristã abundante
Comentarista: José Gonçalves
Lição
12: O
propósito da verdadeira prosperidade
Data: 18 de Março de 2012
TEXTO ÁUREO
“[...] o que
semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância
também ceifará” (2 Co 9.6).
VERDADE PRÁTICA
O principal propósito da verdadeira prosperidade é atender as
urgências do Reino de Deus no mundo.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Romanos
10.8-14.
8 - Mas que diz? A palavra está junto
de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,
9 - a saber: Se, com a tua boca,
confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou
dos mortos, serás salvo.
10 - Visto que com o coração se crê
para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
11 - Porque a Escritura diz: Todo
aquele que nele crer não será confundido.
12 - Porquanto não há diferença entre
judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que
o invocam.
13 - Porque todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo.
14 - Como, pois, invocarão aquele em
quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, não
há quem pregue?
INTERAÇÃO
Quem não deseja ser bem-sucedido em sua vida material? Não
existe nada de errado em querer ter uma vida próspera e abençoada. A Igreja
necessita dos recursos financeiros para que possa cumprir a sua missão
integral. Todavia, temos visto que a equivocada Teologia da Prosperidade tem
levado muitos crentes a perderem o foco da verdadeira prosperidade? Estes
acabam tornando-se egoístas e extremamente consumistas. Que jamais venhamos
perder o nosso alvo: Jesus Cristo e a vida eterna que Ele prometeu nos dar.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Compreender que Deus é a fonte de toda a prosperidade.
·
Conscientizar-se de que todos têm carências e que estas podem
ser supridas pelo Senhor.
·
Explicar porque devemos ajudar os necessitados e carentes.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, sente-se em círculo com seus alunos. Em seguida, leia
juntamente com a turma o texto bíblico de 1 Timóteo 6.9,10. Depois, faça a
seguinte pergunta: “Como podemos nos manter afastados do amor ao dinheiro?”
Explique que existem algumas maneiras. Escreva a relação abaixo no quadro de
giz e discuta com a classe.
1. Nunca se esqueça que as riquezas são passageiras (1 Tm
6.7,17). Não levaremos nada deste mundo.
2. Lembre-se de que tudo que possuímos vem do Senhor. Nossa suficiência
está nEle.
3. Invista no Reino de Deus e ajunte tesouros nos céus (Mt
6.19,20).
4. Seja grato a Deus por tudo que você tem. Contente-se o seu
salário (Lc 3.14).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra
Chave
Propósito: “Aquilo a que alguém se propôs ou
por que se decidiu; decisão, determinação, resolução”.
Nesta lição, veremos que a verdadeira prosperidade possui um
propósito que vai muito além dos interesses pessoais. Infelizmente, o modelo de
prosperidade apresentado em algumas teologias é meramente material e divorciado
da ética cristã. Tal prosperidade, além de fomentar o egoísmo, incita o crente
a fazer pouco caso do seu próximo, achando-se superior ou “mais abençoado” que
este. Além disso, semelhante sentimento impede-nos de participar mais direta e
ativamente na obra do Senhor.
I. A PROSPERIDADE NÃO É UM FIM EM SI MESMA
1. Deus, a fonte de todo bem. Na cultura pós-moderna, Deus foi transformado
em um objeto e o homem em uma mera mercadoria. A busca pelo poder, fama e
riqueza converteram-se no principal objetivo desta geração. Com o homem
coisificado, não foi difícil transformar o desejo por uma vida próspera em um
fim em si mesmo. A “felicidade”, então, passou a ser buscada a qualquer preço.
Contudo, para nós, a verdadeira felicidade não vem em razão da posse de bens
materiais, mas porque a fonte de todo o nosso contentamento encontra-se em Deus
(Fp 4.11).
O Criador não é um objeto. Ele é o Todo-Poderoso Deus digno de
toda a honra e de todo o louvor. Por conseguinte, devemos servi-lo não por
aquilo que Ele nos dá, mas em razão daquilo que Ele é (Jo 6.26,27). Deus é
santo, justo, misericordioso e maravilhoso (Sl 8.1-9). Nesse princípio, deve
residir toda a nossa alegria e satisfação.
2. Despenseiros de Deus. A Escritura não é contrária à verdadeira
prosperidade. Há muitas passagens que mostram o próprio Deus concedendo bênçãos
materiais aos seus filhos (Gn 13.2; Jó 42.12). Mas para que a prosperidade não
se converta num fim em si mesma, o cristão deve agir como um bom despenseiro
daquilo que lhe foi confiado e não se comportar tirânica e arbitrariamente em
relação ao que o Senhor lhe concedeu tão bondosamente (2 Co 6.1-10; 1 Co 4.1).
Afinal, a autêntica prosperidade bíblica não se resume no acúmulo de bens, mas
na suficiência divina.

SINOPSE DO
TÓPICO (I)
Na atualidade, a busca pelo poder, fama e riqueza converteu-se no
principal objetivo de vida de muitas pessoas.

II. A PROSPERIDADE E O SUSTENTO PESSOAL
1. As carências humanas. Todos nós possuímos necessidades e carências
(Lc 4.18). Na Oração do Pai
Nosso, Jesus ensinou os discípulos a rogar a Deus: “O pão nosso de cada dia
dá-nos hoje” (Mt 6.11). O texto bíblico mostra que o Senhor está ciente de
todas as nossas precisões. Portanto, não devemos andar ansiosos, pois Ele nos
garante a provisão diária.
Paulo, que aprendeu a viver contente em toda e qualquer
situação, escreveu: “Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos
com isso contentes” (1 Tm 6.8). Esse “sustento” o Pai Celeste garante a cada um
de seus filhos (Mt 6.25-34). Paulo não insinua que os crentes serão todos
ricos, mas faz questão de mostrar claramente que Deus deseja que vivamos digna
e honradamente.
2. O cuidado divino. Jesus exorta-nos a não andarmos ansiosos, pois
Deus, além de conhecer todas as nossas necessidades, é poderoso para suprir
cada uma delas (Lc 12.22-34). Durante a peregrinação dos israelitas no deserto,
o Senhor sustentou-os com o maná diário durante quarenta anos (Êx 16.22-35). Os
filhos de Israel, portanto, deveriam crer de todo o coração na suficiência
divina e não fazer nenhum estoque daquele alimento, pois Deus era responsável
por seu sustento cotidiano. Portanto, não ande ansioso quanto ao comer e ao que
vestir: o Pai Celeste está atento a todas as nossas necessidades.

SINOPSE DO
TÓPICO (II)
Devemos rogar ao Pai Celeste e confiar nEle a fim de que supra as
nossas necessidades.

III. A PROSPERIDADE NA AJUDA AO PRÓXIMO
1. Um mandamento divino. A Escritura é taxativa ao afirmar: “amarás o
teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19.19b). A Bíblia realça que esse cuidado não
pode ser abstrato ou contemplativo; tem de ser prático. Os apóstolos João e
Tiago tratam do assunto com muita ênfase.
Para João, o amor não deve ser apenas de palavras, mas tem de
ser traduzido em obras (1 Jo 3.18). O chamado “apóstolo do amor” chega a dizer
que se alguém “tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado”,
fechar-lhe o coração, não tem o amor de Deus no coração (1 Jo 3.17).
Para Tiago, a fé sem as obras mantém-se no campo da teoria e
para nada serve: “Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e
necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em
paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o
corpo, qual é o proveito disso?” (Tg 2.15,16 — ARA).
2. Uma necessidade cristã. Faz parte de nossa natureza sensibilizarmo-nos
com a situação de nossos semelhantes. Isso identifica-nos como irmãos e
fortalece os laços fraternais da grande família humana. Todavia, o pecado
distorceu nossa imagem e fez-nos egoístas, mudando o nosso foco do “tu” para o
“eu”. O salmista tristemente constata: “Não há quem faça o bem” (Sl 53.3). Esse
é o estado do homem que vive sob o império do pecado (Rm 11.32; Gl 3.22). Em
Cristo, porém, fomos regenerados e o domínio do mal foi destruído (2 Co 5.17).
Por isso o apóstolo Paulo exorta-nos a praticarmos o bem e a sermos ricos em
boas obras (1 Tm 6.18).

SINOPSE DO
TÓPICO (III)
Ajudar ao próximo é uma ordenança divina para o cristão.

IV. A
PROSPERIDADE NA EXPANSÃO DO REINO DE DEUS
1. A realidade do Reino. No Sermão do Monte, o Senhor ensinou aos seus
discípulos a buscar o Reino de Deus: “Venha o teu reino” (Mt 6.10). Em o Novo
Testamento, o Reino de Deus possui uma realidade presente e outra futura. Ele
já está em nosso meio, mas ainda não em sua plenitude (Lc 17.20,21). Por
conseguinte, o crente tem de participar ativamente da expansão da obra de Deus
até aos confins da terra. Para que isso aconteça é necessário
conscientizarmo-nos de que nossos recursos e bens devem ser postos à disposição
de Deus. Ele fez-nos prósperos e espera que nos mostremos agradecidos,
investindo em seu Reino (2 Co 9.6,7).
2. A expansão do Reino. Como o Reino de Deus expandir-se-á se não
estivermos dispostos a investir em tal ação? Infelizmente, muitos cristãos
ainda não se conscientizaram de que a obra de Deus é feita também com dinheiro
(Fp 4.10-19). Infelizmente, há muitos projetos missionários interrompidos
simplesmente porque não há quem esteja disposto a mantê-los financeiramente. O
que seria de nós se irmãos de outras nações não tivessem investido em nossa
evangelização? Portanto, não podemos esquivar-nos de nossa responsabilidade
diante de Deus.

SINOPSE DO
TÓPICO (IV)
O crente tem de participar, com seus dízimos e ofertas, para que
haja expansão da obra de Deus.

CONCLUSÃO
Nesta lição, aprendemos que não podemos perder o foco da
verdadeira prosperidade. A questão não é somente prosperar, maspara quê prosperar! Será que o nosso trabalho,
dinheiro e bens estão de fato atendendo aos propósitos divinos ou estão apenas
servindo ao nosso regalo pessoal? Qualquer ideia de prosperidade para manter-se
dentro do padrão exposto na Bíblia deve levar em conta o Reino de Deus e a
responsabilidade social que temos com o nosso próximo.
VOCABULÁRIO
Abstrato: O que não é concreto.
Coisificado: Redução do homem e sua consciência a objeto.
Contemplativo: Relativo a contemplação; ato de concentrar longamente a vista em algo.
Regalo: Prazer, contentamento, presente.
Coisificado: Redução do homem e sua consciência a objeto.
Contemplativo: Relativo a contemplação; ato de concentrar longamente a vista em algo.
Regalo: Prazer, contentamento, presente.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
RICHARDS,
L. O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed.,
RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. A Escritura é contrária à prosperidade?
R. Ela não é contrária à prosperidade.
2. Cite duas referências bíblicas que mostra o
próprio Deus concedendo bênçãos materiais aos seus filhos.
R. Resposta livre, porém sugerimos Gênesis 13.2 e Jó
42.12.
3. Transcreva um texto bíblico que mostre que o Pai
está ciente de todas as nossas precisões.
R. “Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto
à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto
ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o
mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?” (Mt 6.25).
4. Para João, como o amor deve ser traduzido?
R. Ele deve ser traduzido em obras (1 Jo 3.18).
5. Qual ensino você pode extrair para sua vida
pessoal depois de estudar esta lição?
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
Subsídio
Devocional
“Vida abundante
Ser um cristão não significa ser um cidadão de segunda classe.
Cristo veio para que tivéssemos ‘vida com abundância’.
A moral das histórias de Salomão e Sansão é esta: Deus é a fonte
do dinheiro, ou da fama, ou da autoridade, ou da força física que possuímos.
Você tem estas coisas porque Deus permitiu que as tivesse, por uma razão: para
utilizá-las como ferramentas a fim de implementar o que Ele tem planejado para
a sua vida, e para glorificá-lo. Ele não deseja que você fique sobrecarregado
em seus esforços, que o perca de vista ou a vida para a qual Ele o tem chamado.
Preocupações excessivas por posição social (status) ou poder são iguais em
relação ao dinheiro. Todas elas podem levar ao descontentamento, à inveja, à
tentação, ao roubo da parte que pertence a Deus, tanto de seu tempo como de
recursos, impedindo-o de ocupar o lugar central em sua vida.
Deus quer que você seja livre das influências que o mundo exerce
sobre você, para que Ele possa, então, abençoá-lo.
Deus deseja reorientar a sua vida completamente, para que você
possa ser bem-sucedido do modo certo, pelas razões certas. Talvez os resultados
não sejam imediatos. A jornada poderá não ser tão agradável e fácil. Seja
paciente” (SALE, F. Você &
Deus no trabalho: A ética
profissional do cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 2001, p.181).
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