LIÇÃO 2 – 13 de julho de 2014 – Editora BETEL
Maturidade, exigência para líderes cristãos
TEXTO AUREO
“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado,
excelente obra deseja”. lTm 3.1
VERDADE APLICADA
A maturidade e a experiência com Deus são imprescindíveis
no ato de liderar.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
►
Deixar claro que tipo de líderes a igreja precisa;
►
Demonstrar o perfil essencial dos líderes;
►
Apontar três principais aptidões de um líder na igreja.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1Tm 3.2 - Convém,
pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio,
honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
1Tm 3.3 - não
dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não
contencioso, não avarento;
1Tm 3.4 - que
governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia
1Tm 3.5 - (porque,
se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);
lTm 3.6 - não
neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
lTm 3.7 - Convém,
também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta
e no laço do diabo.
A ascensão e a queda de todas as coisas dependem da liderança,
quer se trate de uma família, quer de uma congregação local. O Espírito Santo
concede dons aos cristãos para o ministério na igreja local, dentre eles os de
"pastores e mestres" (Ef 4:11) bem como os de "socorros" e
de "governos" (1 Co 12:28). Conforme observamos anteriormente, apesar
de a igreja ser um organismo, é importante que seja organizada, pois de outro
modo, não sobreviverá. A liderança faz parte da organização espiritual.
Nesta
seção, Paulo descreve o bispo, o diácono e a igreja em si. Ao compreender essas
três descrições, poderemos liderar com mais excelência no ministério da igreja.
1. O pastor (1 Tm 3:1-7)
De
acordo com o Novo Testamento, os termos "bispo", "pastor" e
"presbítero" são sinônimos. A palavra bispo significa
"supervisor", e os presbíteros têm a responsabilidade de
supervisionar o trabalho da igreja (At 20:17, 28; 1 Pe 5:1-3),
"Presbítero" é a tradução do termo grego presbutes,
que significa "um ancião". Paulo usa o termo presbitério em
1 Timóteo 4:14, referindo-se não a uma denominação, mas ao conjunto de
presbíteros da assembleia que ordenaram Timóteo. Os presbíteros e bispos (dois
nomes para o mesmo cargo, Tt 1:5, 7) eram pessoas maduras, com sabedoria
espiritual e experiência espiritual. Por fim, o termo "pastor" também
tem o sentido de "pastor de ovelhas", aquele que conduz e cuida do
rebanho de Deus. Quando comparamos as qualificações apresentadas nesta passagem
para os bispos com aquelas apresentadas para os presbíteros em Tito 1:5-9,
vemos que, na verdade, todas se referem ao mesmo cargo. No período apostólico,
a organização da igreja era bastante simples: havia os pastores (bispos, presbíteros)
e os diáconos (Fp 1:1). Ao que parece, vários presbíteros supervisionavam o
trabalho de cada igreja, alguns deles encarregados de "presidir"
(trabalhar com a organização e o governo), outros, de ensinar (1 Tm 5:1 7). Mas
era necessário que esses homens fossem qualificados, É bom um cristão que está
crescendo na fé aspirar ao cargo de presbítero, mas a melhor maneira de
alcançá-lo e de desenvolver o caráter cristão é preencher os requisitos
discutidos a seguir. Tornar-se presbítero/bispo é uma decisão séria, que não
era tratada levianamente na Igreja primitiva. Paulo apresenta dezesseis
qualificações que deveriam estar presentes no homem que desejava servir como
presbítero/bispo/pastor.
irrepreensível
(v; 2a). Esse termo
significa, literalmente, "sem ter por onde pegar", ou seja, não deve
haver em sua vida qualquer coisa que Satanás ou um incrédulo possa usar como um
motivo para criticar ou atacar a igreja. Nenhum homem é impecável, mas devemos
nos esforçar para ser irrepreensíveis e não merecer qualquer censura.
Esposo
de uma só
mulher (v. 2b). Todos as qualificações desta passagem são masculinas. Apesar de
haver amplo espaço para o ministério feminino na congregação local, o cargo de
presbítero não está aberto a mulheres. No entanto, a vida do pastor em casa é
importante, especialmente no que diz respeito a sua situação conjugal (o mesmo
requisito aplica-se aos diáconos, de acordo com 1 Tm 3:12). Significa que um
pastor não deve ser divorciado e casado pela segunda vez. Sem dúvida, Paulo não
está se referindo à poligamia, pois nenhum membro da igreja, muito menos um
pastor, seria aceito se tivesse mais de uma esposa. Também não está se
referindo ao segundo casamento de viúvos, pois, tendo em vista Gênesis 2:18 e 1
Timóteo 4:3, por que um pastor nessa situação seria proibido de se casar
novamente?
Por certo, os membros da igreja que haviam perdido o
cônjuge poderiam se casar de novo, então por que impor tal exigência ao pastor?
É evidente que a capacidade de um homem em conduzir
o próprio casamento e lar indica sua capacidade de administrar a igreja local
(1 Tm 3:4, 5). O pastor que se divorcia expõe a si mesmo e à igreja às críticas
de pessoas de fora e, dificilmente, membros da congregação que passam por
problemas no casamento se aconselharão com um pastor que não conseguiu manter a
integridade do próprio casamento. Não vejo motivo algum que impeça cristãos consagrados que tenham se divorciado e casado novamente de
servir em outros cargos da igreja, mas são desqualificados para os cargos de
presbítero e de diácono.
Tem
perante (v. 2c). Significa "sóbrio". "Que demonstra
temperança em todas as coisas" (2 Tm 4:5, tradução literal) ou "que
mantém a cabeça no lugar em todas as situações". O pastor precisa
exercitar o julgamento sóbrio e sensato em todas as coisas.
Sóbrio
(v. 2d). Deve ter seriedade em sua atitude e em seu trabalho.
Isso não significa que não possa ter senso de humor ou que deva ser sempre
taciturno e solene. Antes, indica que ele sabe o valor das coisas e não
vulgariza o ministério nem a mensagem do evangelho com um comportamento tolo.
Modesto
(v. 2e). Uma boa tradução para esse termo é
"ordeiro". O pastor devo ser organizado em sua forma de pensar e de
viver, bem como no ensino e na pregação. Trata-se do mesmo termo grego usado em
1 Timóteo 2:9 ("modéstia") com referência aos trajes das mulheres.
Hospitaleiro
(v. 2f). Literalmente, "que ama o forasteiro". Esse
era um ministério importante da Igreja primitiva, quando os cristãos que
viajavam precisavam de um Jugar para se hospedar (Rm 12:13; Hb 13:2; 3 Jo 5-8).
Mas mesmo nos dias de hoje, o pastor e a esposa que demonstram hospitalidade
são de grande ajuda para a comunhão da igreja local.
Apto
para ensinar (v. 2g). O ensinamento da Palavra de Deus é um dos principais
ministérios do presbítero. Na verdade, muitos estudiosos acreditam que
"pastores e mestres", em Efésios 4:11, se refere a uma só pessoa com
duas funções. Um pastor é, automaticamente, um mestre (2 Tm 2:2, 24). Phillips
Brooks, famoso bispo norte-americano do século xix, disse: "A aptidão para ensinar não é algo que se obtém por acidente nem por um
irrompimento de zelo ardente". O pastor deve ser um estudioso dedicado da
Palavra de Deus e de tudo o que o ajude a conhecer e a ensinar a Palavra. O
pastor que tem preguiça de estudar é uma calamidade no púlpito.
Não
dado ao vinho (v. 3a). O termo no original descreve uma
pessoa que passa um longo tempo com uma taça de vinho na mão e, portanto, bebe
em excesso. O fato de Paulo aconselhar Timóteo a usar vinho com fins medicinais
(1 Tm 5:23) indica que não se exigia a abstinência total dos cristãos.
Infelizmente, alguns dos membros da igreja de Corinto embebedavam-se até nas
refeições de comunhão que acompanhavam a Ceia do Senhor (1 Co 11:21). Os judeus
diluíam o vinho com água para que não ficasse forte demais. Naquele tempo,
sabia-se que a água não era pura, de modo que seria mais saudável beber com
moderação o vinho diluído. Existem, porém, diferenças enormes entre o uso
cultural do vinho nos tempos bíblicos e o subsídio da indústria do álcool hoje.
A admoestação e exemplo de Paulo, em Romanos 14 (especialmente Rm 14:21), se
aplica, de modo especial, a nosso tempo. Um pastor piedoso certamente deseja
dar o melhor exemplo possível e não ser uma desculpa para o pecado na vida de
alguns irmãos mais fracos.
Não
violento (v. 3b). "Que não seja contencioso nem
procure briga." Charles Spurgeon dizia aos alunos do seminário: "Não
andem pelo mundo afora com os punhos fechados, prontos para lutar e carregando
um revolver teológico na perna das calças".
Cordato
(v. 3c). Uma tradução mais apropriada seria
"amável". O pastor deve ouvir as pessoas e ser capaz de aceitar
críticas sem reagir. Deve permitir que outros sirvam a Deus na
igreja sem fazer imposições.
Inimigo
de contendas (v. 3d). Os pastores devem sempre ser pacificadores, não agitadores. Isso
não significa fazer concessões indevidas em questões de fé, mas discordar sem
ser desagradáveis. Quem tem pavio curto, normalmente, não tem um ministério
longo.
Não
avarento (v. 3e). Paulo fala mais sobre o dinheiro em 1 Timóteo 6:3ss. Os que não
têm consciência nem integridade podem usar o ministério como um modo fácil de
ganhar dinheiro. (O que não significa que os pastores ganhem tão bem na maioria
das igrejas!) Os pastores cobiçosos sempre têm "negócios" paralelos,
e tais atividades corrompem seu caráter e servem de empecilho a seu ministério.
Os pastores não devem trabalhar "por sórdida ganância" (1 Pe 5:2). É
possível cobiçar muitas coisas além de dinheiro: popularidade, um ministério
grandioso que lhe dê projeção, cargos mais elevados dentro da dominação.
Uma
família temente a Deus (vv. 4, 5). Isso não significa que o pastor deva ser casado ou, se for
casado, que deva ter filhos. No entanto, é provável que o casamento e a família
façam parte da vontade de Deus para a maioria dos pastores. Se os próprios
filhos de um indivíduo não lhe obedecem nem o respeitam, dificilmente sua
igreja lhe obedecerá e respeitará sua liderança. Para os cristãos, a igreja e o
lar são uma coisa só. Devemos administrar ambos com amor, verdade e disciplina.
O pastor não pode ser uma pessoa em casa e outra na igreja. Se isso acontecer,
seus filhos perceberão, e haverá problemas. Os termos "governe" e
"governar", em 1 Timóteo 3:4, 5, significam "presidir sobre algo,
dirigir", e indicam que é o pastor quem dirige os negócios da igreja (não
como um ditador, obviamente, mas como um pastor amoroso cuidando de seu rebanho
- 1 Pe 5:3). O termo traduzido por "cuidar", em 1 Timóteo 3:5, indica
um ministério pessoal às necessidades da igreja. É usado na parábola do bom
samaritano para descrever o cuidado deste para com o homem ferido (Lc 10:34,
35).
Não
seja neófíto (v. 6). Neófito significa,
literalmente, recém-plantado e se refere aos cristãos novos na fé. Idade não é
garantia de maturidade, mas é bom um homem dar a si mesmo tempo para estudar e
crescer antes de aceitar uma igreja. Alguns homens amadurecem mais rapidamente
do que outros. Satanás gosta de ver o pastor jovem ser bem-sucedido e se
orgulhar; depois, tem prazer em destruir tudo o que foi construído.
Bom
testemunho dos de fora (v. 7). Ele
paga as contas? Tem boa reputação no meio dos incrédulos com os quais faz
negócio? (ver Cl 4:5 e 1 Ts 4:12).
Nenhum
pastor chega a um ponto em que acredita haver alcançado a plenitude de seu
potencial; assim, precisa sempre das orações dos membros de sua congregação.
Não é fácil servir como pastor/presbítero, mas é muito mais fácil exercer esse
cargo, se nosso caráter estiver de acordo com o ideal de Deus.
Fonte:
Comentário Warren W. Wiersbe
Introdução
Liderança é uma necessidade para a vida
de qualquer grupo ou organização. Tanto as organizações eclesiásticas quanto as
seculares clamam por líderes devotos. Não há nenhuma instituição mais poderosa
que a Igreja de Cristo na terra (Mt 16.18b ...e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.). Ela conta com
os maiores recursos existentes, sejam eles materiais ou espirituais. Mesmo
assim, carece de liderança espiritual autêntica que faça a diferença no mundo.
Vejamos que tipos de líderes ela precisa.
OBJETIVO
► Deixar claro que tipo de
líderes a igreja precisa;
1.
Pessoas que tenham aspiração
Aspiração é o desejo profundo de atingir
uma meta, um sonho, um desígnio. Nenhum sonho de se alcançar uma liderança no
campo espiritual e eclesiástico deve ser desestimulado (lTm 3.1 Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja
o episcopado, excelente obra deseja.), ao contrário, deve ser visto com
cuidado e apontada as duas vertentes: das carências e das exigências, como fez
Paulo. Vejamos então algumas:
1.1. Aspiração priorizada
O
aspirante a liderança religiosa como qualquer outra, pode ter boas ou más
motivações. Há aqueles que desejam liderança por vaidade pessoal, como mero
desejo de sucesso e reconhecimento (Fp 1.15 Verdade
é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa
mente;). Outros
gostariam de ostentar um título com suas credenciais, salário, etc. Esse desejo
é impuro e como tal precisa ser purificado pelo sangue de Jesus, e pelo fogo da
Palavra de Deus. Jesus ensinou o que deve motivar a liderança no Reino de Deus:
O desejo sincero de ser servo, e de compartilhar a própria vida (Jo 15.13 Ninguém
tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.).
Quando alguém se destaca com tais qualidades podemos deduzir que tal pessoa
possui uma autêntica chamada ministerial, para a liderança.
A Igreja precisa de
edificadores de almas. Liderar é mentorear; edificar pessoas, e não prédios. O
próprio Jesus não deixou nenhuma edificação, como herança, mas discípulos para darem
continuidade à Sua missão. Então, o mais importante é encontrar a pessoa que
vai substituí-lo e treiná-la. Se tudo o que o líder fez desaparecer quando ele
morrer, então a liderança dele foi um fracasso.
1.2.
Aspiração
resignada
Se alguém deseja servir a Deus como
bispo ou pastor, excelente obra almeja (lTm 3.1 Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente
obra deseja.).
Vemos que o desejo de servir como líder é historicamente incentivado na igreja
local. E claro o apreço no N.T. por parte daqueles que têm tal aspiração,
todavia, devemos lembrar que, na época em que Paulo escreveu a primeira carta a
Timóteo, já havia indícios de uma perseguição generalizada à igreja.
Candidatar-se à liderança ministerial era um sério risco pessoal e para a própria
família (ICo 7.26-27 Tenho,
pois, por bom, por causa da instante necessidade, que é bom para o homem o
estar assim. Estás ligado à mulher? Não busques separar-te. Estás livre de
mulher? Não busques mulher.,32 E bem
quisera eu que estivésseis sem cuidado. O solteiro cuida das coisas do Senhor,
em como há de agradar ao Senhor;). Isso nos deixa claro que, diferente
de hoje, na época, desejar ser líder não traria recompensas materiais, nem
tampouco projeção, visto que a igreja cristã no mundo pagão era hostilizada e
perseguida (At 8.1 E
também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande
perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos
pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos.).
1.3.
Aspiração inquebrantável
Esse tipo de aspiração traz consigo um
desejo ministerial capaz de suportar todo tipo de provação possível. Quem
almeja se tornar ministro de Cristo e liderar na obra de Deus, deve suportar os
desapontamentos, as frustrações, e os desencantos da chamada (2Tm 3.12 E também todos os que piamente querem
viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.). “Não entre no ministério se
puder passar sem ele” foi uma citação de Spurgeon, para depois dizer: “Se
alguém neste recinto puder ficar satisfeito sendo redator de jornal,
fazendeiro, médico, advogado, senador ou rei, em nome do céu e da terra, siga o
seu caminho”. Por outro lado, servir como líder no Reino de Deus, implica em
sofrer tribulações (2 Tm 3.11 perseguições
e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio e em Listra;
quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou.).
Todo aquele que se candidata a líder será observado e provado
até finalmente ser aprovado. O preço, na verdade, é bastante elevado para o
encargo na liderança eclesiástica. Liderança espiritual tem o preço de
resignação em muitos sentidos. O salário não é o que se imagina. Lidar com o
ser humano exige paciência, sensibilidade e fé no chamado que se recebe. Assim,
somente alguém bem consciente de seu chamado suportará as provações peculiares
ao encargo.
OBJETIVO
► Demonstrar o perfil essencial
dos líderes;
2.
Líderes que tenham caráter
Falaremos agora do significado da
liderança espiritual. Uma liderança espiritual é servidora tanto ao Reino de
Deus como aos homens, segundo os dons concedidos por Ele (Rm 12.6-8 De modo que, tendo diferentes dons,
segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou
o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade;
o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.). Todavia essa
liderança com esses dons são governados pelo Espírito Santo, visando glorificar
a Cristo. Aquele que se submeter ao Espírito será impregnado pelo caráter de
Jesus Cristo, chamado de fruto do Espírito, o que veremos a seguir.
2.1.
O
caráter exigido
Se os homens na terra procuram para
serem seus diretores, funcionários com caráter digno de confiança, o que se
dirá de Cristo para sua igreja na terra? Com certeza, ele procura homens de
caráter sublime, íntegros e que possam inspirar a outros o seguir (2 Tm 2.2 E o que de mim, entre muitas testemunhas,
ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os
outros.).
Os encargos de liderança estão aí à disposição daqueles que provarem que são
dignos dele. Se alguém analisar as exigências paulinas (lTm 3.1-14) e, ainda
assim, continuar desejando engajar-se no ministério cristão, deverá
enquadrar-se nelas. Liderança cristã vai além de estar bem informado, ter
formação superior, ser bem relacionado na igreja onde serve, etc. Líder cristão
além de possuir essas qualidades deve ser alguém de caráter ilibado e dirigido
pelo Espírito, como a Bíblia recomenda (At 6.3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este
importante negócio.).
2.2.
Caráter
amadurecido
Um neófito não deve servir como líder.
Neófito quer dizer recentemente plantado. Logo, está implícito que um novo
convertido ainda não teve tempo suficiente para provar o seu caráter e
exercitar os seus dons devidamente. Ainda que um novo cristão pareça ter tais
qualificações, é precoce e precipitado chegar a essa conclusão. Facilmente um
neófito se envaidecerá e, diante de seu narcisismo, sucumbirá e, ainda, no seu
orgulho, tornar-se-á estúpido e confuso. A isso Paulo chama de incorrer na
condenação do diabo, (lTm 3.6 não
neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.). Quem pensar
que o diabo não passa de doutrina, logo perceberá, na prática, o seu engano
ante a realidade das provações e tentações.
2.3.
Caráter
atestado
Toda liderança cristã deve trabalhar com
cuidado e não impor as mãos precipitadamente sobre ninguém (lTm 5.22 A ninguém imponhas precipitadamente as
mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.). Não obstante,
alguns líderes no afã de crescimento e sob a pressão de alcançar sucesso
imediato, impõem as mãos para sua própria decepção e dão legalidade no mundo
espiritual para que os tais perturbem a paz do Reino. É comum esses tais
novatos se envolverem em escândalos, abandonando seus precursores, vindo a
desejar formar um ministério próprio. Tudo isso sem possuir qualquer
experiência. Leva tempo para um caráter assertivo ser reconhecido (Gl 1.18 Depois, passados três anos, fui a
Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias.;2.1 Depois, passados catorze anos, subi outra
vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.). Nesse aspecto
da chamada ministerial os candidatos deverão ser pacientes, e até o momento do
reconhecimento público, permanecer na vocação que foram chamados.
É triste, mas, em nossos dias, estamos vendo um número
incontável de pessoas despreparadas e de dúbio caráter. É muito sério eleger
alguém como um líder; está comprovado que o candidato ao ministério ainda
precisa passar pelo fogo depurador da experiência com Deus. Um chamado não
acontece da noite para o dia. Moisés passou longos anos, e, mesmo sabendo que
era o escolhido para a função, quase se perde por sair antes do tempo. Quando
Deus o chamou ele já tinha oitenta anos, todavia, tudo foi mais
fácil, porque Deus estava com ele, e era chegado seu tempo de agir.
OBJETIVO
► Apontar três principais
aptidões de um líder na igreja.
3. Líderes que tenham
aptidões
Algumas aptidões são fundamentais para o
exercício da liderança cristã (At 6.3 Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação,
cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este
importante negócio.).
Embora elas sejam também exigidas no campo secular para determinados tipos de
liderança, são de igual forma exigidas na igreja. Tais aptidões poderão ser desenvolvidas,
exercitadas e amadurecidas ao longo de toda uma vida. Vejamos as principais:
3.1.
Aptidão para liderar
Parece imprópria e repetitiva esta
exigência, mas a verdade é que nem todos desejam e talvez possuam aptidão para
algum tipo de liderança. Por exemplo: algumas pessoas foram chamadas para
servir apenas como diáconos (ITm 3.13 Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa
posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.). Elevar sua
função poderá influir tanto em sua vocação, que em vez de destacar-se, irá se
anular completamente. Será que alguém sabe que destino tomou Matias, o que
havia sido escolhido para ocupar o lugar Judas? (At 1.26 E, lançando-lhes sortes, caiu a sorte
sobre Matias. E, por voto comum, foi contado com os onze apóstolos.). Devemos ter
cuidado, porque nem sempre a vontade dos homens é a escolha de Deus. Até
apóstolos erram! Isso é um sinal para que pensemos melhor antes de impor as
mãos sobre alguém.
Aqueles que têm o dom de liderar devem fazê-lo com diligência
(Rm 12.8). O contrário de diligência é desleixo e quanto a isso Jeremias
escreveu: “maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente” (Jr
48.10). Liderar com diligência é o empenho dedicado em atingir metas, é a
dedicação solícita em relação aos liderados, própria de um pastor em relação ás
suas ovelhas.
3.2.
Capacidade para ensinar e doutrinar
Junto à aptidão de liderar é importante
que um líder seja apto a ensinar (ITm 3.2c apto para ensinar;). Como tal, dependendo do tipo de liderança
que exerce e as necessidades apresentadas, deverá ensinar em muitas áreas
diferentes da igreja. Por exemplo, ao abrir uma nova frente de trabalho, esse
líder precisará ensinar a novos convertidos e a crianças acerca da fé. Numa
igreja já estabelecida também, desempenhará muitos papéis no ensino, como
também num culto doutrinário, escola dominical, curso para obreiros, seminário,
etc. Não existe evangelho genuíno sem ensino bíblico (Mt 28.20a ensinando-as a guardar todas as coisas que
eu vos tenho mandado;),
e quanto a este se deve convergir todas as energias por causa dos falsos
ensinos e ensinadores que a Bíblia nos adverte (ITm 4.1-2 Mas o Espírito expressamente diz que, nos
últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores
e a doutrinas de demônios, pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo
cauterizada a sua própria consciência,).
3.3.
Habilidade
para disciplinar
Intimamente ligado ao ensino, está o ato
de disciplinar. Na verdade, disciplinar é uma forma de ensinar, mas também de
colocar ordem (Tt 1.5 Por
esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que
ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te
mandei:)
Contudo, o ato de disciplinar quando se faz necessário é uma forma de amar,
ainda que quem esteja sob a vara da disciplina não goste (Hb l2.10-11 Porque aqueles, na verdade, por um pouco
de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito,
para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda correção, ao
presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um
fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.). Em toda e
qualquer organização a disciplina é imprescindível (lTs 5.14 Rogamo-vos também, irmãos, que admoesteis
os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos e sejais
pacientes para com todos.). Mas disciplina deve ser sempre motivada pela
verdade, misericórdia e autovigilância (Gl 6.1 Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa,
vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando
por ti mesmo, para que não sejas também tentado.). Observe que
Paulo escreve a Timóteo no tocante ao assunto nos seguintes termos: “Não repreendas ao homem idoso; antes,
exorta-o como a pai; aos moços, como a irmãos; às mulheres idosas, como a mães;
às moças, como a irmãs, com toda a pureza” (ITm 5.1-2).
A verdadeira disciplina não é nem desagradável nem cruel. É uma
questão de amor - amor a Deus, amor à santidade, amor à verdade, amor
ao testemunho de Cristo na igreja, amor aos irmãos, e amor aos não salvos que
estão observando o testemunho da Igreja e que podem tropeçar e serem ofendidos
e, portanto, não serem salvos se o pecado não for disciplinado. “Enquanto
as igrejas falharem em preservar uma membresia pura, e se recusarem a purificar
os pequenos pedaços de fermentos óbvios, haverá pouca esperança para qualquer
melhoria na condição das igrejas, e boas razões para esperar que as igrejas se
movam no sentido oposto”.
Conclusão
A autêntica liderança espiritual é a que
fará diferença onde for desenvolvida. Para que isso aconteça, é necessário
respeitar o desejo daqueles que aspiram ao ministério, orientando e
encaminhando-lhes ao treinamento. A preparação, nesse sentido, deve acontecer,
até que, finalmente, cheguem ao pleno exercício da função. Na verdade, muitos
são ocultamente por Deus.
QUESTIONÁRIO
1.
De acordo com Fp 1.15 qual é a forma incorreta de se desejar a liderança?
R. Por vaidade
pessoal, como mero desejo de sucesso e reconhecimento.
2.
Como se define a Aspiração inabalável?
R. Um desejo
ministerial capaz de suportar todo tipo de provação.
3.
Que tipo de risco corre quem ousa a candidatar-se a liderança?
R. Um sério risco
pessoal e para a própria família, (ICo7.26-27,32).
4.
De acordo com 2Tm 2.2qual é o perfil do homem confiável para liderança?
R. Homens de
caráter sublime, íntegro e que possa inspirar a outros o seguir.
5.
O quê está Intimamente ligado ao ensino?
R. O ato de
disciplinar.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2014, ano 24 nº 92 – Jovens e Adultos -
“Dominical” Professor –LIDERANÇA CRISTÃ Conhecendo os segredos da liderança
eficaz.
Pastor Dr.
Abner de Cássio Ferreira
COMO ESTÁS SE PREPARANDO PARA VOLTA DE JESUS? ANUNCIE SEMPRE NA SUA PREGAÇÃO; NOS CULTOS, NA ESCOLA DOMINICAL, NAS VISITAS, NA EVANGELIZAÇÃO ENFIM, EM QUALQUER LUGAR AONDE CHEGAR. DEUS VOS ABENÇOE!
ResponderExcluirDIACONISA: SONIA MARQUES, MEMBRO DA AD DE TOMAZINHO, PR MANOEL PEREIRA DA SILVA ( HOMEM DE DEUS).
O líder precisa de antemão, reconhecer que sua autonomia vem de Deus, e que a responsabilidade deste oficio, não executado com humildade, e reverencia para com Deus, pode colocar não só sua vida em risco, como a dos outros. E pior, será cobrado caro, se a fizer despreparado; por isso que precisa somar experiências com Deus na sua vida, e condicionar a viver em busca destas experiências, se a qual não poderá promover nenhum tipo de conforto, e esperança para os seus liderados; sendo que ele mesmo se depara com dificuldades, que devido a não buscar essas experiências, acaba ficando descontrolado, e desesperançoso, e então, não só será reprovado pelos seus liderados, como também o será do próprio Deus; E digo que, o episcopado é uma obra excelente, a se desejar; mas que venhamos a se preocupar, em estar preparados. 2 TM. 2. 15. Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, e que maneja corretamente a palavra da verdade.
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