LIÇÃO 9 – 31 de agosto de
2014
– Editora Betel
Orientações bíblicas para delegação de poderes
TEXTO AUREO
“Escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel,
e os constituiu por cabeças sobre o povo: chefes de mil, chefes de cem, chefes de
cinquenta e chefes de dez”. Êx 18.25
VERDADE APLICADA
Uma das maiores lições que um líder precisa
aprender é que ninguém pode fazer tudo sozinho.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
►Compreender a importância de se delegar
poderes;
►Mostrar que um líder não é um fim em
si mesmo, por isso, deve delegar;
►Orientações como deve agir um líder antes
de delegar poderes.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ex 18.14 -
Vendo, pois, o sogro de Moisés tudo o que ele fazia ao povo, disse: Que é isto que
fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde
a manhã até ao pôr-do-sol?
Ex 18.15 -
Respondeu Moisés a seu sogro: É porque o povo me vem a mim para consultar a Deus;
Ex 18.16 -
quando tem alguma questão, vem a mim, para que eu julgue entre um e outro e lhes
declare os estatutos de Deus e as suas leis.
Ex 18.17 -
O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes.
Ex 18.18 -
Sem dúvida, desfalecerás, tanto tu como este povo que está contigo; pois isto é
pesado demais para ti; tu só não o podes fazer.
Ex 18.19 -
Ouve, pois, as minhas palavras; eu te aconselharei, e Deus seja contigo; representa
o povo perante Deus, leva as suas causas a Deus,
O conselho de Jetro (18.13-23). No dia seguinte, Jetro observou Moisés julgar o
povo (13). Moisés exercia a plena função de juiz para estes dois milhões ou mais
de pessoas, sem dividir a responsabilidade com os outros. Jetro questionou a sabedoria
de Moisés em servir só (14) e manter as pessoas esperando o dia todo para terem
seus casos resolvidos.
Moisés apresentou suas razões (15,16) para fazer
o trabalho assim: 1) Ele buscava a vontade de Deus para resolver as questões,
e 2) aproveitava a ocasião para ensinar ao povo os estatutos de Deus e as suas leis.
Considerando que ele era o único com quem Deus dava sua palavra, ele achava necessário
agir diretamente com as pessoas em relação a todos os problemas.
Mas Jetro não ficou satisfeito
com estas explicações. O que Moisés estava fazendo não era bom (17). Mesmo um homem
de sua força não podia esquecer que era humano e se cansaria (18) com este tipo
de procedimento. Jetro disse: Tu só não o podes fazer. Moisés deveria saber acerca
disso, mas ele, como tantos outros, precisava de um amigo para lhe mostrar. Este
método não só era trabalhoso em si, mas também causava dificuldades para as pessoas
que eram forçadas a esperar na fila.
Não podemos deixar de admirar
a cortesia e coragem de Jetro. Quem teria a ousadia de corrigir um homem que, sob
a direção de Deus, trouxera pragas ao Egito, abrira o mar, arranjara água e pão
no deserto e liderava mais de dois milhões de pessoas? Moisés, que recebia ordens
diretamente de Deus, agora tinha de ouvir uma mensagem de Deus para ele. Jetro não
negou a posição de Moisés como porta-voz de Deus; ele ainda estaria pelo povo diante
de Deus (19), quer dizer, representaria o povo perante Deus (ARA). Também continuaria
sendo tarefa de Moisés ensinar os estatutos e as leis (20) e dirigir o povo no caminho
em que deveriam andar e no que deveriam fazer.
Contudo, para cumprir sabiamente
os propósitos de Deus, Moisés deveria escolher homens capazes, tementes a Deus,
homens de verdade, que aborreçam a avareza, e colocá-los sobre o povo por maiorais
de mil, de cem, de cinquenta e de dez (21). Talvez estes números se refiram a famílias
e não a pessoas. Os homens serviriam na função de juízes de tribunal inferior e
tribunal superior, cada líder de grupo menor responsável a quem estava acima dele.
Quem não estivesse satisfeito com uma sentença de instância inferior poderia apelar
para um tribunal superior. Isto significaria que inumeráveis sentenças não chegariam
a Moisés (22).
Ficamos imaginando por
que Moisés não implementara esse processo antes ou usara um plano semelhante. Ele
já tinha anciãos e príncipes que representavam o povo em diversas ocasiões. Os conceitos
eram famosos no Egito e Jetro conhecia este tipo de organização. As qualificações
para estes juízes eram sensatas; tinham “de se preocupar somente com a aprovação
de Deus e não com a dos homens, ser imparciais nos veredictos e refratários a subornos”
(21).
Jetro teve o cuidado de
reconhecer a autoridade do homem com quem falava. Seu desejo era que fosse resolução
de Moisés: Se isto fizeres (23). Também não desconsiderava o fato de que Moisés
agia sob autoridade divina: E Deus to mandar. Se Moisés visse o bom senso neste
método e Deus o dirigisse em sua execução, então ele suportaria o cargo e o povo
teria paz.
A implementação do novo plano (18.24-27). Moisés percebeu a praticabilidade e sensatez do
plano sugerido por Jetro e fez tudo quanto tinha dito (24). Supomos que Moisés buscou
e obteve a permissão de Deus para praticar este método. Escolheu os homens necessários
e os pôs por cabeças sobre o povo (25). Estes homens eram maiorais e julgavam o
povo em todo tempo (26). Os assuntos mais difíceis traziam a Moisés, mas cuidavam
das questões menores.
Em Deuteronômio 1.9-18,
Moisés narrou detalhadamente a nomeação destes juízes, ali chamados “capitães” e
“governadores”. Foram nomeados na ocasião em que Israel estava a ponto de deixar
o monte Sinai após o recebimento da lei. Naquele texto, temos a impressão de que
as pessoas tinham voz ativa na escolha dos capitães e governadores (Dt 1.13). Esta
informação pode significar que, embora Jetro desse o conselho antes do monte Sinai
e do recebimento da lei, a organização só foi implementada em sua totalidade quando
Israel estava pronto para prosseguir viagem.
O ministério de Jetro estava
concluído. Moisés o despediu para sua terra (27). Pelo visto, Zípora e seus filhos
ficaram com Moisés.
Encontramos nos versículos
13 a 23 “As Qualificações para Líderes”. 1) Humildade no aconselhamento, 13-17;
2) Reconhecimento da fraqueza humana, 18; 3) Preocupação pelo melhor de Deus, 19,20,23;
4) Integridade de caráter, 21,22; 5) Boa vontade em obedecer, 24-26.
Fonte:
Comentário Beacon
Introdução
Não importa quão excelente seja um líder, a
unidade é tudo em um ministério aprovado. Uma das maiores lições que um líder precisa
aprender é que ninguém pode fazer tudo sozinho. Do mesmo modo que uma equipe necessita
de bons jogadores para ganhar, uma organização também necessita de bons líderes
para alcançar êxito.
OBJETIVO
►Compreender a importância de se delegar poderes;
1. O ato
de delegar
Já imaginou um jogador que bate o escanteio
e ao mesmo tempo corre para cabecear a bola? Impossível não é? Ele jamais daria
conta de fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Assim estava Moisés, solitário, prestando
assistência ao povo, desde a manhã até o pôr do sol (Ex 18.14). Uma fila enorme
de pessoas para atender e responder às suas necessidades, sem ter sequer um auxiliar.
Jetro, seu sogro, observou que não era bom o que Moisés fazia, e teve a preocupação,
e a ousadia de lhe dizer que era incorreto. Jetro, sem dúvida, demonstrou um tino
especial para liderança, apontando-lhe a solução, o ato de delegar.
1.1. O
que é delegar
Delegar é o ato de transmitir poderes, de conferir
a alguém representatividade, de incumbir alguém a julgar, resolver ou trabalhar
em alguma coisa. Nas Escrituras, encontramos inúmeros exemplos do ato de delegar:
Deus delegou Moisés para libertar o povo do governo egípcio; Moisés instituiu líderes
que julgassem o povo; Josué foi delegado para ser sucessor de Moisés; Jesus delegou
seus discípulos para evangelizarem a Israel (Lc 10.1,19 Depois disso o Senhor designou outros setenta
e dois e os enviou dois a dois, adiante dele, a todas as cidades e lugares para
onde ele estava prestes a ir. ... Eu lhes dei autoridade para pisarem sobre cobras
e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; nada lhes fará dano.); Paulo delegou muitos
obreiros para trabalharem em várias regiões, por exemplo, enviou Timóteo a Éfeso,
enviou Tito a Creta, Epafras a Colossos, etc. Quando um líder entende que é limitado
e que precisa expandir a visão além de si mesmo, ele delega poderes a outros. Assim
a sua capacidade se multiplica (2Tm 2.2 E as palavras que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie-as
a homens fiéis que sejam também capazes de ensinar outros.).
1.2. Clareza
de objetivos na delegação
Não basta a um líder apenas entender que possui
limitações, e que precisa ser representado para aumentar seu raio de ação. Um líder
precisa ser claro quanto ao que o seu representante vai fazer. Jetro interveio na
liderança de Moisés, dando-lhe claras explicações de como deveria interagir. “E
tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade,
que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem,
maiorais de cinquenta, e maiorais de dez; Para que julguem este povo em todo o tempo;
e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem;
assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo (Ex 18. 21-22 Mas escolha dentre todo o povo homens capazes,
tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos de ganho desonesto. Estabeleça-os
como chefes de mil, de cem, de cinquenta e de dez. Eles estarão sempre à disposição
do povo para julgar as questões. Trarão a você apenas as questões difíceis; as mais
simples decidirão sozinhos. Isso tornará mais leve o seu fardo, porque eles o dividirão
com você.).
Jetro aconselhou e Moisés seguiu o que havia dito. Moisés ganhou e pode servir melhor,
os liderados se ocuparam, e todos passaram a trabalhar num objetivo comum. Diferente
desse modelo, hoje, em muitas igrejas, encontramos dois grupos de pessoas nomeadas:
os que não sabem o que fazer, e os que querem fazer o que não lhes foi determinado.
1.3. Cuidados
no ato de delegar
Todo líder precisa compreender a responsabilidade
que está sobre seus ombros ao dar poder a alguém para agir. O poder pode mudar a
mentalidade de uma pessoa (At 8.19-21 e disse: “Deem-me também este poder, para que a pessoa sobre quem eu
puser as mãos receba o Espírito Santo”. Pedro respondeu: “Pereça com você o seu
dinheiro! Você pensa que pode comprar o dom de Deus com dinheiro? Você não tem parte
nem direito algum neste ministério, porque o seu coração não é reto diante de Deus.). Um líder precisa
observar se além de capacidade, o tal também possui uma chamada da parte de Deus.
A posição pode mudar o status, mas pode não resolver o problema para o qual foi
designado. Um certificado de médico não resolve o problema de um doente. O conselho
de Jetro era para que Moisés buscasse pessoas capazes, e os nomeasse conforme a
capacidade de cada um: “põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes
de cinquenta e chefes de dez; para que julguem este povo em todo tempo”. Se a capacidade
dos encarregados for negligenciada bem como outras qualidades o prejuízo será de
todos.
Note que o Senhor Jesus foi criterioso ao
enviar seus discípulos representantes. Além de instruí-los Ele os enviou aos pares, pois a solidão é desagradável e traz consigo as suas tentações.
E mesmo dentro desses pares, Jesus também utilizou critérios ligados ao
temperamento, afinidade e aptidão de cada um. Observe atentamente como ficou estabelecidos
os pares: Simão Pedro e André, esses dois eram irmãos; Tiago e João, ambos
filhos de Zebedeu; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho
de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que traiu Jesus. Note, por
exemplo, que Simão, o Zelote e Judas, o Iscariotes, eram pessoas que tinham ambições
e diálogo mais político.
OBJETIVO
►Mostrar que um líder não é um fim em si mesmo, por isso, deve
delegar;
2. Por
que alguns não delegam
Como já sabemos, numa administração, se alguém
deixar de delegar ou delegar negligentemente isso acarretará prejuízo a todos. Em
muitos casos, a sucessão só acontece quando alguns líderes já não suportam mais,
estão em desespero, ou à beira da morte. Vejamos alguns motivos que podem impedir
a delegação:
2.1. A
insegurança impede a progressão
Há poucos dias, os jornais trouxeram a realista
notícia: “Por falta de profissionais qualificados, aposentados estão sendo recontratados”.
Essa manchete nos ensina como algumas pessoas podem ser egoístas e insensatas, enquanto
outras são desmotivadas. Uns não ensinam para não serem superados e substituídos,
outros não aprendem porque não se interessam por aprender. Dois exemplos nos deixariam
satisfeitos quanto à questão: Eliseu sucedeu Elias com honras e méritos; mas Geazi,
além de não suceder Eliseu, ainda foi capaz de adquirir a lepra de Naamã (2Rs 5.25-27
Depois entrou e apresentou-se ao seu
senhor Eliseu. E este perguntou: “Onde você esteve, Geazi?” Geazi respondeu: “Teu
servo não foi a lugar algum”. Mas Eliseu lhe disse: “Você acha que eu não estava
com você em espírito quando o homem desceu da carruagem para encontrar-se com você?
Este não era o momento de aceitar prata nem roupas, nem de cobiçar olivais, vinhas,
ovelhas, bois, servos e servas. Por isso a lepra de Naamã atingirá você e os seus
descendentes para sempre”. Então Geazi saiu da presença de Eliseu já leproso, parecendo
neve.).
O conselho de Jetro apresenta um Moisés responsável, mas ainda imaturo nas questões
de liderança. Ele estava só, e isso é muito ruim para um líder. Ao distribuir as
tarefas Moisés tanto pode respirar quanto dar aos homens a oportunidade de tornarem-se
líderes. Se um líder morre sem passar o bastão à organização, sucumbe juntamente
com sua infrutífera liderança.
Moisés já estava consolidado como líder, seu
problema não era insegurança, era inexperiência. Jetro aparece com conselhos sábios
visando o crescimento de missão de Moisés. Se Moisés continuasse daquele jeito o
rumo de sua liderança seria complicado, cansativo e deprimente. Muitos não encarregam
outros, porque são inseguros. Afinal, delegar é transmitir e investir alguém de
poderes que antes se encontrava i apenas em sua mão. O medo de repartir autoridade
pode ser tão grande que muitos preferem afundar a organização em vez de liderar
com outros.
2.2. Perfeccionistas
e centralizadores
Moisés tinha um perfil muito ativo, mas de temperamento
predominantemente melancólico, um tipo reflexivo. Isso é demonstrado pelo seu gosto
de escrever tão apropriadamente e compor poemas (salmos) com tanto lirismo. Ele
era um homem dado a certo perfeccionismo, algo próprio do seu temperamento. Supomos
que talvez por isso tinha dificuldade em pensar em delegar autoridade. Todavia,
ele, sob a orientação de Deus, com o tempo, foi se aperfeiçoando, alargando a visão,
e instituindo mais delegados (Nm 11.16-17 E o SENHOR disse a Moisés: “Reúna setenta autoridades de Israel, que
você sabe que são líderes e supervisores entre o povo. Leve-os à Tenda do Encontro,
para que estejam ali com você. Eu descerei e falarei com você; e tirarei do Espírito
que está sobre você e o porei sobre eles. Eles o ajudarão na árdua responsabilidade
de conduzir o povo, de modo que você não tenha que assumir tudo sozinho., 24-30). Alguns líderes
são perfeccionistas, e, por isso, acham que alguns jamais farão certas coisas como
eles mesmos fazem. Por causa disso se tornam centralizadores, achando que sem eles
nada se pode fazer. Quem lidera e administra deve ser tolerante com os outros e
consigo. Ficar com tudo na mão por excesso de zelo trará prejuízo ao líder e a organização
como um todo.
2.3. Líderes
controladores
Existe outro tipo de líder que não tem dificuldade
em delegar poderes, mas teme e fica chateado quando as coisas fogem ao seu controle.
Nenhum líder deve pensar que todas as coisas ligadas a sua liderança devem acontecer
com seu consentimento (Lc 9.50 “Não o impeçam”,
disse Jesus, “pois quem não é contra vocês, é a favor de vocês.”). Líderes inseguros,
perfeccionistas ou muito controladores, precisam entender que tal comportamento,
além de prejudicial, poderá se tomar opressivo. Nenhuma liderança com esse perfil
determinará que as coisas saiam certas. Mesmo que façam tudo certo, ou controlem
o possível, ainda assim haverá margens para o insucesso. Nenhum líder deve ter medo
de se arriscar em confiar nas pessoas, porque tanto os erros quanto os acertos são
normais numa liderança. E bom saber que grande parte do sucesso em equipe dependerá
de como ela foi escolhida para trabalhar.
OBJETIVO
►Orientações como deve agir um líder antes de delegar poderes.
A visão de Reino é diferente de uma visão particular.
Quando se pensa no Reino, se é capaz de viver acima dos caprichos e da ignorância.
Um líder centrado sabe que, para o crescimento e expansão do Reino, é preciso que
surjam novos líderes e novas ideias. É claro que isso deve ser visto com cuidado
e se promova outros líderes com critérios. Observemos o conselho de Jetro, ele pode
em muito nos instruir.
3.1. “Procure
homens” (capazes, tementes, de verdade)
Quando Jetro aconselhou a Moisés a procurar
homens que tratassem das questões legais entre o povo, ficou claro que, para o desempenho
daquela função, não caberia qualquer pessoa. Antes deveriam ser pessoas com perfil
adequado para aquela função. Jetro demonstrou um excelente tino administrativo ao
dizer: “procure homens...”, visto que é necessário um olhar investigativo, observador
para identificar a pessoa adequada para a função auxiliar. Antes, porém, Moisés
os deveria preparar, declarar, ensinar-lhes os estatutos. Dentre esses ensinados,
Jetro falou de homens capazes, cujo alcance de liderança deveria se ajustar à capacidade
de cada um. Deveria haver, dentre eles, chefes de mil, cem, cinquenta, e dez. Mas
a aptidão ainda não era tudo! Era necessário que fossem homens de caráter probo:
tementes, pessoas de verdade e que aborrecessem a avareza. Tais critérios são aplicáveis
na maioria das organizações e principalmente nas igrejas.
A escolha deve ter um foco e também preencher
alguns requisitos. Se desejamos ver qualidade em nossas organizações, devemos passar
o bastão para aqueles que além de qualificações especiais, possuam também a visão
de dar continuidade.
3.2. “Ponha-os
por chefes”
A seleção destes homens previamente instruídos,
capazes, etc., deveria ser seguida por uma investidura pública: “põe por chefes...
será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo”. A investidura não
deveria ser privada e sim pública, todos deveriam ver quem foram os escolhidos.
Afinal se tratava de homens que deveriam ser vistos como “chefes” delegados por
Moisés. Esses seus legítimos representantes levariam a carga junto com ele. Ser
apenas reconhecido como líder não é tudo, é necessário que leve também a carga de
seu líder maior, que cumpra sua missão, que ame o que se faz. A prévia de nossos
dias é que muitos são nomeados para o desempenho de determinadas funções quer seja
na igreja ou noutra organização, mas nada fazem. São pessoas que apenas ostentam
títulos para o cargo designado, contudo, são inoperantes, inúteis.
3.3. “Estes
julgarão o povo”
Assim que aqueles homens tiveram o reconhecimento
público cumpriram a sua missão, “julgaram o povo”. Há muitas verdades nessa pequena
expressão supracitada. A expressão: “julgaram o povo” significa que eles atenderam
as necessidades do povo. É claro que elas não deixaram de existir, mas eles prestavam
seus serviços dia a dia. Também significa que aliviaram a carga de Moisés, deixando-o
mais suavizado. E ainda, significa que muitos homens puderam realizar-se em seu
encargo fazendo algo útil ao próximo. Veja quanta coisa boa acontece quando uma
liderança ou administração delega poderes, divide responsabilidades - TODOS GANHAM!
Se para alguns é difícil delegar autoridade
pense nos resultados e formule critérios. Aqui chamaremos de: as peneiras de Jetro:
1) Ensine, prepare liderados sempre, 2) Dentre os ensinados procure pessoas capazes,
3) Adeque o encargo ao potencial de liderança de cada um, 4) Faça uma investidura
pública para que tanto sejam responsabilizados quanto honrados, 5) Acompanhe os
resultados, mas deixe-os à vontade. Observe que não será tão difícil assim.
Conclusão
O tempo de qualquer pessoa é precioso, mas principalmente
quando se trata de um líder de uma organização eclesiástica. Por isso, ele deve
se concentrar em buscar, treinar e empossar pessoas adequadas para essa organização,
para aliviarem a sua carga. Ele não estará livre das decepções, todavia, encontrará
grande realização juntamente com a sua equipe.
QUESTIONÁRIO
1. O que é delegar poderes?
R. E o ato de transmitir poderes, de conferir
a alguém representatividade.
2. Segundo o tópico 1.3
por que um líder precisa observar as qualidades de quem escolhe?
R. Porque o poder pode mudar a mentalidade
de uma pessoa.
3. Como deveria ser, segundo o conselho de Jetro,
a posição de chefia?
R. Conforme a capacidade de cada um.
4. Por que alguns não delegam autoridade a outros?
R. Porque se sentem inseguros, perfeccionistas,
e controladores.
5. Descreva uma vantagem em delegar poderes
a outrem?
R. Homens se podem realizar, fazendo algo
útil ao próximo.
REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2014, ano 24 nº 92 – Jovens e Adultos - “Dominical”
Professor – LIDERANÇA CRISTÃ Conhecendo os segredos
da liderança eficaz
Pastor Dr. Abner
de Cássio Ferreira
DELEGAÇÃO DE PODERES: É O PROCESSO DE TRANSMITIR CERTAS TAREFAS E OBRIGAÇÕES DE UMA PESSOA PARA OUTRA; DE UM SUPERIOR PARA UM QUE COLABORE.DELEGAÇÃO TAMBÉM É A ESSÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE UMA IGREJA BEM LIDERADA.É AI QUE O LÍDER SE TORNA CONSISTENTE E COMPLETO EM SEU CARÁTER.É ATRAVÉS DESSA FUNÇÃO QUE O LÍDER ORIENTA , INSTRUI, MOTIVA, AVALIA, CORRIGE;ENFIM EDUCA SEUS LIDERADOS.NESTA FORMA QUEM DELEGA, PODER DE TOMAR DECISÕES, PASSA A RECEBER UMA MEDALHA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO; COMO ACEITAÇÃO DE RESPONSABILIDADE. PROFESSORA:SONIA MARQUES.
ResponderExcluirENFIM, A CADA RESPONSABILIDADE CORRESPONDEM PODERES E DEVERES EQUIVALENTES DE UM LÍDER DELEGADO ESPIRITUAL COMO MANDATO E COMISSÃO REPRESENTATIVA,CRIANDO CONDIÇÕES PARA A REALIZAÇÃO, ESTIMULANDO O EFEITO DE RESULTADOS ATRAVÉS DA EQUIPE EM CONSCIENTIZAÇÃO E UNIÃO; AVALIANDO OS RESULTADOS. PROFESSORA : SONIA MARQUES.
ResponderExcluirTodo líder precisa ter companheiros, que o ajudem a fazer a obra de Deus; porém precisam nomear pessoas qualificadas por meio da orientação de Deus, e que possam de igual modo conduzir o povo de Deus, com respeito e responsabilidade e espiritualidade; então passo a colocar algumas características que devem ter os novos líderes; Primeiro; precisam ter humildade, para tratar com as pessoas, não julgando ser o santarrão; Segundo; ser simples, ou seja, não é o anel no dedo que o fará um bom líder, mas sim o seu procedimento; Terceiro; Aquele que procura estar no centro da vontade de Deus, confirmando a sua aptidão para com a obra de Deus; servindo-o com alegria e temor; Quarto; o novo líder precisa ter também integridade, isto é conquistado no dia a dia, caindo assim na graça do povo; Quinto; é ser submisso, passando a obedecer, e respeitar os que estão acima dele, aguardando o seu melhor posicionamento no reino de Deus, não visando o titulo em si, mas sendo honrado pelas atitudes, que assim são aplicadas com respeito, e graça para com os seus lideres e liderados; para que o Senhor o dono supremo da obra, seja assim glorificado, porque assim diz a bíblia, que precisamos dar bom testemunho, afim de não escandalizarmos a obra de Deus, por isso que, os novos lideres, precisam ser respaldados no conceito bíblico, porque quanto mais tarefas é dada, mais será cobrada, é esta responsabilidade que o novo líder precisa ter. Lucas 12:48 p/b.
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