LIÇÃO 4 – 24 de Julho de 2016 – Editora BETEL
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TEXTO AUREO
Comentarista: Bispo Dr. Manoel Ferreira
“Porque
não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” Hb 4.15
VERDADE APLICADA
Jesus obteve vitória
decisiva na tentação no deserto. Do mesmo modo, o cristão deve vencer suas
tentações.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
•
Mostrar que Jesus em tudo foi tentado;
•
Apresentar as três investidas do tentador em relação a Jesus;
•
Relembrar como Jesus enfrentou e venceu a tentação.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mt
4.1 - Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser
tentado pelo diabo.
Mt
4.2 - E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve
fome;
Mt
4.3 - E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de
Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
Mt
4.4 - Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão
viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.
Mt
4.11 - Então o diabo o deixou; e eis que chegaram os anjos e o
serviram.
Introdução
Através da narrativa da tentação de
Jesus no deserto, podemos entender como se caracteriza as investidas do diabo
com o intuito de fazê-lo pecar e desviá-lo assim do plano divino. Veremos,
porém, como Ele venceu.
1.1.
Local da tentação
O deserto foi o lugar da tentação. Foi
um lugar literal que Jesus se dirigiu a fim de se preparar para o início de Seu
ministério. Não se deve pensar que se tratou de uma luta interior do Senhor
Jesus instigada pelo tentador, ou que tal lugar seja simbólico. Aquele lugar
era de fato um lugar ermo, desabitado e solitário, para onde o Espírito Santo o
dirigiu. Por outro lado, não se deve pensar que depois daquela provação o
tentador o deixou definitivamente (Mt 16.23; Lc 4.13; Jo 6.70). Interessante é
que o Servo de Javé foi tentado e triunfou no mesmo lugar em que buscou a Deus
e por Ele foi orientado a permanecer algum tempo.
Mostre para os alunos que, antes do Senhor Jesus iniciar o Seu
ministério público, Ele precisou estar a sós com Deus. Comente com os alunos
que isto ocorreu longe da Sua carpintaria, da Sua família, da Sua sinagoga e
das Suas amizades por um pouco de tempo. Ressalte para os alunos que foi a solidão
do deserto o lugar direcionado por Deus para Jesus ali se preparar e planejar
estratégia, a fim de que tivesse êxito em Seu ministério público. Todavia, foi
ali, naquele lugar guiado por Deus, que Ele sofreu provações especiais. Reforce
para os alunos que, contudo, não houve espaço nEle para autocompaixão, lamentos
ou reclamações, o que é exemplo para todos nós.
1.2.
Tentação e tentador
A tentação chegou para Jesus
imediatamente ao término de Seu jejum de quarenta dias, quando ainda estava no
deserto. Evidentemente, não existe tentação sem tentador, isto é, o elemento
que vem para tentar. Percebe-se que a ida de Jesus ao deserto foi conduzida por
Deus para um teste. Todavia, o tentador tinha um propósito: acabar com Jesus e
o plano da redenção. Não é à toa que há certa ênfase na descrição do tentador
como diabo, que significa mentiroso, caluniador. Porém, ele nada conseguiu com
Jesus. Mesmo sofrendo diferentes tentações, Ele resistiu, pondo em fuga o
tentador.
Explique para os alunos que Deus em Sua soberania tem o direito
de provar o nível de fidelidade de Seus servos, e Jesus não foi exceção. Além
dele, nós temos outros exemplos, como Jó, Pedro e demais apóstolos que, sob a
permissão de Deus, foram peneirados pelo diabo. Comente com os alunos que, ao aplicar
Seus testes, Deus jamais tem a intenção de nos destruir, pois Ele é vida e isso
é contrário à Sua natureza. Enfatize para os alunos que não é o caso do
tentador que, em Mateus 4, é chamado de: diabo quatro vezes, tentador uma vez e
Satanás uma vez também.
1.3.
Instrumentos da tentação
O diabo foi a Jesus assim que Ele sentiu
fome. Podemos então concluir que o diabo pode tentar a qualquer pessoa, se
aproveitando das suas carências físicas e apetites. Porém o seu alvo principal
era pôr dúvida a identidade divina de Jesus: “Se tu és o Filho de Deus” (Mt
4.3, 6). O diabo, nosso adversário, sempre vai nos tentar em momentos de
fragilidade, usando nossos apetites e tentando-nos com dúvidas. Ele não tem
pressa, está sempre à espreita, aguardando o melhor momento para desferir o seu
golpe, como fez com Eva, que caiu e levou seu marido à queda também. Porém, com
vigilância, oração e autoridade, assim como Jesus venceu, nós venceremos também
o tentador.
Ensine para os alunos que temos, no diabo, um inimigo real e
poderoso. Ele não temeu disparar os seus ataques nem mesmo contra o próprio
Senhor Jesus Cristo. Esclareça para os alunos que os instrumentos do diabo
sempre atacarão nossas necessidades e carências físicas. Comente com os alunos
que o tentador se aproximará estrategicamente quando o cristão estiver em
situação frágil e de extrema carência. Reforce para os alunos a necessidade de
orar e vigiar sem cessar.
2. Esferas da tentação
Não se deve confundir tentação com
pecaminosidade. Ser tentado não é pecar, pois, caso fosse assim, Jesus teria
pecado, mas não foi isso que aconteceu.
2.1.
Carências de natureza física
Jesus estava num lugar deserto. Ali, na
solidão, não haveria testemunhas de que Ele houvesse pecado. O Seu compromisso
com Deus e com Sua missão permaneceu firme, apesar de toda a provação. Ele não
pecou, mas recusou-se satisfazer a Sua fome ouvindo o diabo. Ao contrário,
Jesus concentrou-se na Palavra de Deus e fez uso dela para combater a tentação,
dizendo: “Está escrito”. Jesus não entrou em discussão com o diabo, nem afirmou
Sua fome ou a negou, porém disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a
palavra que sai da boca de Deus”. O segredo para vencer a tentação é confessar
a Palavra de Deus.
Mostre para os alunos que a Palavra de Deus deve habitar
abundantemente em nós. Este é o primeiro segredo que Jesus se utilizou para
vencer a tentação. Ressalte para os alunos que, assim, Cristo nos ensinou a
primeira base da nossa vitória sobre a tentação: a Palavra de Deus.
2.2.
Prazer nas coisas religiosas
Quando o diabo percebeu que, se fosse o
caso, Jesus morreria de fome, mas não cederia, decidiu tentá-lo pelo uso das
coisas religiosas, ou seja, pelo fanatismo. Nessa investida, o diabo se utiliza
de seu próprio poder para transportá-lo ao pináculo do Templo de Jerusalém.
Também se utiliza da passagem bíblica de Salmos 91.11-12 e insiste em que Ele
prove que é o Filho de Deus. A expressão “Se tu és” tanto era para que Jesus
provasse quem Ele era, quanto, para gerar dúvida. Jesus não tinha que provar
nada ao diabo. Deus falara com Ele ao sair da água do batismo no Jordão. Isso
por si só já bastava para Sua própria convicção. Mesmo assim, Jesus respondeu
ao tentador: “Não tentarás o Senhor teu Deus”.
Explique para os alunos que o diabo é insistente e pode usar de
vários artifícios ao mesmo tempo para tentar derrubar um servo de Deus: o
deserto, os apetites, as Escrituras e até o seu poder, como no caso do Senhor
Jesus. Enfatize para os alunos que, por esta razão, devemos orar e vigiar
sempre. Comente com os alunos que a segunda tentação tinha como objetivo
duvidar de que o Pai, que O havia chamado, realmente o capacitaria a ser fiel à Sua vocação
em face da ampla oposição e da constante recusa por parte dos homens a crer nEle, sem presenciarem sinais espetaculares
de Sua divindade. Reforce para os alunos que a sugestão diabólica foi de que
certamente seria tolice para Jesus entrar no ministério com a perspectiva de
possível fracasso.
O diabo estrategicamente deixou por
último a maior tentação: a ambição pelo poder. O tentador oferece a Jesus os
reinos do mundo e a glória deles como se pertencessem a ele em troca de
adoração. Jesus não discorda de Satanás, mas sabe que se trata de um blefe. O
Filho de Deus jamais aceitaria qualquer coisa que viesse das mãos do seu
adversário, muito menos receber poder temporal. Além do mais, seria
inconcebível Jesus se prostrar diante de qualquer criatura. Por isso, Ele o
expulsa da Sua presença imediatamente, citando a Escritura (Dt 6.13). Ao contrário
de Jesus, outros caíram nesse pecado, como Adão e Eva (Gn 3.1-7).
Explique para os alunos que ter I ambição não é pecado, mas quando a
pessoa se dispõe afazer qualquer coisa por causa do desejo desenfreado isso é
pecado. Chamamos esse pecado de ganância. Comente com os alunos que, por causa
disso, muitos caem no laço do diabo (ITm 6.7-12). Reforce para os alunos que o
diabo mostrou a Jesus Cristo os reinos do mundo e a glória dele sob o seu ponto
de vista. O tentador fez saltar diante do Filho de Deus várias telas com
imagens de reinos e seus reis, pessoas, riquezas e a glória deles. Mas Jesus
recusou sua oferta, repelindo-o de Sua presença.
3 O
triunfo sobre a tentação
Ser tentado não significa pecar contra
Deus, mas sim um estado incômodo que precisa ser vencido. A seguir, veremos que
os passos que conduziram a Jesus à vitória foram descritos por Tiago (Tg 4.7).
3.1.
Sujeitando-se a Deus
Sujeitar-se a Deus é submeter-se a Ele.
E obedecê-lo como servo dócil. Foi dessa maneira que Jesus se colocou, isto é,
na condição de servo obediente de Deus, como profetizado acerca dele por Isaías
(Is 42.1). O Servo de Deus operaria com prudência, seria elevado e mui sublime
(Is 52.13). Embora o Jesus seja o Filho amado de Deus, condicionou-se a si
mesmo à posição de servo até Deus o exaltá-lo. Assim, Jesus deixou o exemplo,
para que seguíssemos as Suas pegadas (Mt 3.17; Fp 2.5-11).
Ensine para os alunos a real condição em que Jesus Cristo se
colocou. Embora fosse Senhor, elevado e mais sublime que os céus, Jesus se colocou
como Servo de Deus. Comente com os alunos que esta atitude significou absoluta
sujeição a Deus, absoluto prazer na vontade de Deus e absoluta resignação até
subir a cruz e descer ao inferno. Porém, Deus o exaltou soberanamente.
3.2.
Resistindo ao diabo
A provação de Jesus não se restringiu ao
deserto, mas durou todo o período em que aqui esteve. Todavia, ali no deserto,
tratou-se de uma provação diferenciada, que precedeu o início de Seu ministério
público. O diabo foi insistente, mas Jesus o resistiu e não cedeu um centímetro
sequer à vontade do seu adversário. De igual modo, devemos resistir ao diabo,
permanecendo firme em nossa fé, pois as mesmas tentações também sucedem aos
servos de Deus ao redor do mundo (lPe 5.8-9). Assim como Jesus venceu o diabo e
as tentações, se determinarmos em nossos corações, venceremos as tentações de
cada dia e isso já basta até chegarmos ao céu.
Desafie os alunos a serem pessoas firmes e constantes na fé.
Comente com os alunos que, embora o diabo, nosso adversário, esteja ao nosso
redor, devemos resisti-lo até o dia da nossa partida desse mundo. Reforce para
os alunos que, assim como Jesus Cristo foi Filho Amado do Pai, obedecendo-o em
todas as circunstâncias, de igual forma devemos nós também imitá-lo. Ensine
para os alunos que a principal arma que devemos usar para resistir a Satanás é
a Bíblia. Por nada menos que três vezes o nosso adversário apresentou tentações
diante do nosso Senhor. Por três vezes o oferecimento diabólico foi repelido,
sempre mediante o emprego de algum texto bíblico como motivação: “Está
escrito”. Enfatize para os alunos a necessidade de sermos leitores diligentes
das Sagradas Escrituras, pois a Palavra de Deus é a espada do Espírito Santo
(Ef 6.17). Ela é nossa principal arma de ataque e defesa.
3.3. Ser servido pelos anjos
O que significa Jesus ser servido pelos
anjos ao término da tentação? Sabemos que os anjos de Deus operam as causas de
Deus junto aos Seus servos de diversas maneiras. Ao fim daquela provação
especial, Jesus estava faminto e fraco, então os anjos de Deus trataram de
servi-lo em Suas necessidades. Aquela manifestação angelical vem significar o
cuidado de Deus para com aqueles que o servem. Lembremos que Jesus estava em
missão. É muito possível que também os anjos trouxessem para Ele alguma
mensagem de Deus, pois anjo significa “mensageiro” e ali foram enviados alguns.
A presença dos anjos naquele deserto com Jesus não era em absoluto uma
recompensa pela Sua resistência viril ao diabo, mas uma assistência para que
Jesus continuasse a Sua missão. Com isso, aprendemos que se formos fiéis a
Deus, teremos a assistência de Seus anjos (Hb 1.14).
Mostre para os alunos que, na condição de humilhação que o nosso
Senhor Jesus Cristo se encontrava, era necessário que os anjos o servissem, pois
foram muitos dias de fome e provação que tinham, enfim, chegado ao fim, para
que Jesus iniciasse a seguir o Seu ministério público.
Conclusão
Ao longo da narrativa do livro de
Mateus, vemos como Jesus venceu o tentador, deixando-nos o Seu exemplo. O tentador
procurou desviá-lo do propósito divino da redenção, mas Ele o venceu,
permanecendo irredutível, até chegar a cruz e descer ao inferno, mas Deus o
exaltou soberanamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora
Betel 3º Trimestre de 2016, ano 26 nº 100 – Jovens e Adultos - “Dominical”
Professor –
Melhor site, sem dúvida, DEUS É FIEL! Que o TODO PODEROSO continue abençoando este ministério, pois tem contribuído e somado para o REINO DE DEUS! Ajudando assim professores e alunos da EBD! Com lições postadas sempre em tempo hábil!
ResponderExcluirAdmirável, isso é imprescindível para o professor, que Deus abençoe grandemente essa idéia, estou muito feliz.
ResponderExcluirAdmirável, isso é imprescindível para o professor, que Deus abençoe grandemente essa idéia, estou muito feliz.
ResponderExcluirA distinta definição de tentação e provação.
ResponderExcluirA provação pode terminar numa tentação, e consequentemente à tentação pode tornar uma provação, isto é definido no grau de aceitação na vida eclesiástica de cada um. A provação nos leva para o caminho da verdade, enquanto que a tentação nos leva ao caminho mentira, bom! Uma complementa a outra, quero tentar explicar: Ao se submeter a tentação, esta nos levará a ser provado, provando assim a nossa fidelidade para com Deus e o nosso chamado, e ao submeter à provação, também precisaremos a ser irredutível quando a fidelidade para com Deus e o nosso chamado. O que muda aqui é a origem de cada um delas; tentação vem do inimigo de Deus, e a provação vem de um Deus, que tem propósitos para com suas criaturas; A distinção uma da outra é esta. As duas têm interferências do inimigo; o inimigo tenta, permitindo Deus nos provar. E Deus nos prova ao ponto do inimigo aproveitar da situação, para assim tentar oferecendo-nos algo melhor terrenamente falando. Tentação nos leva a rejeitar o que Deus tem para nós, enquanto que provação nos leva a aceitar, tudo que Deus faz em nossas vidas. Esta definição dependerá o discernimento de cada um, ou seja, uma é que a tentação nos leva a pecar contra Deus, e a outra que é a provação, reforçará nossa comunhão, e amor a Deus, se mantermos fieis a ELE. Resumir a tentação enaltece o ego de cada um, sendo que a provação tem finalidade de honrar o Senhorio de Cristo em nossas vidas, como foi com Jesus no deserto. Deuteronômio 6;13. Amarás o Senhor teu Deus, e a Ele servirás, e pelo seu nome jurarás. Oh! Glória!