Lição 01 - 01 de Janeiro de 2017 - Editora Betel
Influenciando
gerações através da conduta e exemplo de vida
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TEXTO ÁUREO
Comentarista: Pastor
Manoel Luiz Prates
“Porém,
se vos parece mal aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem
sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou
os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e minha casa
serviremos ao SENHOR.” Js 24.15
VERDADE APLICADA
Servir ao Senhor é responder
positivamente ao Seu favor e reflete em bênçãos às futuras gerações.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
● Ensinar as responsabilidades de uma geração;
● Mostrar a influência de gerações futuras através de um bom
testemunho;
● Explicar que a base do sucesso de qualquer família principia no
lar.
GLOSSÁRIO
Oscilar: Ficar indeciso; hesitar;
Portentoso: Extraordinário;
Velar:
Tomar precauções; acautelar-se, livrar-se.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
2Tm 1.3 – Dou graças a Deus, a
quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, de que sem
cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia.
2Tm 1.5 – Trazendo à memória a fé
não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe
Eunice, e estou certo de que também habita em ti.
2Tm 1.6 – Por cujo motivo, te
lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas
mãos.
2Tm 1.7 – Porque Deus não nos deu o
espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.
HINOS SUGERIDOS
♫ 18,
186 e 432.
MOTIVOS DE ORAÇÃO
Ore para que os
filhos de Deus sejam sal e luz na Terra.
Introdução
Nas mais simples e nas mais complexas
situações de nossas vidas, seja o nosso exemplo de vida com Deus o mais
poderoso e valioso legado para as futuras gerações.
O legado para as gerações
Nosso
texto de referência está contido na segunda epístola de Paulo a Timóteo, capítulo
1, versículos 3, 5, 6 e 7. Especialmente no quinto versículo, Paulo faz alusão
ao legado que Timóteo recebeu de sua mãe Eunice e de sua avó Lóide.
Eunice
era judia, mas ao que parece, seu pai não foi muito ortodoxo, transgredindo um
dos mandamentos claros da Lei mosaica, ao dar sua filha em casamento a um
gentio (At 16.1). Quando seu filho, Timóteo, nasceu não foi circuncidado (At
16.3). Portanto, não somente o pai de Eunice, mas ainda seu marido, não
observavam o judaísmo.
Eunice,
no entanto, observava zelosamente os mandamentos da Lei de Deus e, mais ainda,
tinha fé no Salvador, Cristo Jesus (At 16.1). Paulo a elogia por sua fé não
fingida, fé autêntica, que Eunice tinha em comum com sua mãe, Lóide (2Tm 1.5).
Ela transmitiu essa fé a Timóteo e mais do que ninguém o preparou para uma vida
dedicada ao serviço do Senhor.
Eunice
é um incentivo, não só para as mulheres, mas para todos os pais e mães cristãos
que se veem diante da difícil tarefa de desenvolver a vida espiritual de seus
filhos, especialmente se não puderem contar com a ajuda dos cônjuges, por serem
gentios.
É
inegável, que vivendo em um mundo pós-moderno, que distorce completamente os
valores e a ética cristã da família, estejamos tendo tanta dificuldade em
educar nossos filhos dentro dos conceitos e fundamentos da Palavra de Deus.
Nessa
sociedade corrompida e imediatista os convites para extrapolar os limites saudáveis,
colocados pelo Senhor em nossas vidas são inúmeros. A sensualização dos meios
de comunicação, a instigação aos vícios lícitos e até ilícitos, a falta de
moral das autoridades institucionais e lideranças diversas, a corrupção que se
alastra contagiosamente em todos os setores da administração pública e privada,
tudo isso é um perigoso chamariz para desviar nossos filhos do Caminho Reto.
O
mundo chama para o caminho mais fácil, para a porta larga (Mt 7.13), mas a
Palavra de Deus garante que, se desde a mais tenra idade, instruirmos nossos
filhos no caminho em que se deve andar, eles não se desviarão (Pv 22.6).
A
família é o projeto mais poderoso e perfeito de Deus para nossas vidas (Mc
10.7,8). Uma vida equilibrada, pautada nos ensinamentos preciosos da Palavra do
Senhor, onde a família, abaixo de Deus é o patrimônio mais importante a ser
trabalhado e conservado puro, constituem o exemplo perfeito para a perpetuação
de nossas atitudes perante as novas gerações.
Não
nos conformemos, portanto, com esse mundo, mas, renovemos nossos votos com o
Pai Eterno para continuarmos experimentando a boa, agradável e perfeita vontade
de Deus no seio de nossas famílias (Rm 12.2).
Afinal,
esse é o mais importante e precioso legado que poderemos deixar para as novas
gerações.
Que o Poderoso Deus abençoe a
todos os irmãos e às suas famílias, lhes concedendo um ano novo repleto de
bênçãos, na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso - Colaborador
1.1.
A
responsabilidade de uma geração
Cada nova geração
deve empenhar-se em sua própria experiência com Deus; não pode continuar
vivendo às custas das experiências espirituais dos heróis do passado. É bem
claro que o paganismo nunca esteve longe do povo de Deus durante toda a
história de Israel. Quando Josué e seus companheiros morreram, a nova geração
não vivenciou suas experiências de fé, nem tinha lembrança dos grandes
livramentos que Deus lhes trouxera. “E foi também congregada toda aquela
geração a seus pais, e outra geração após eles se levantou, que não conhecia ao
Senhor, tampouco a obra que fizera a Israel” (Jz
2.10).
O período dos juízes veio após a conquista de Canaã sob a
liderança de Josué, o que trouxe relativa paz e estabilidade para os israelitas
(Js 21.43-45). No entanto, a geração seguinte fracassou em assegurar as bênçãos
de Deus e falhou em expulsar as nações remanescentes em Canaã. A consequência
deste fracasso foi um enfraquecimento frequente na vida dos filhos de Israel,
marcado por conflito entre as tribos, sincretismo religioso e a derrota diante
das nações estrangeiras. Precisamos compreender que uma geração sempre
influencia outra geração. Todas as gerações têm o seu propósito dentro de um
plano eterno de tornar conhecida a vontade de Deus. Infelizmente, a geração dos
juízes viveu oscilante, sem estabilidade e mergulhada na idolatria (Jz 2.8-13).
1.2. Uma geração deve ensinar à outra geração
É dever de cada geração fazer com que as
gerações futuras conheçam os atos portentosos de nosso Deus (Sl 145.4). Cada geração de discípulos de Jesus
Cristo precisa tornar conhecido o plano de salvação do Senhor em seu tempo. E,
assim, estará preparando o caminho para que a seguinte cumpra o seu objetivo e
se aproxime de Deus com sabedoria, reverência e dignidade. Que O conheça como
Deus e Senhor e que saiba como chegar-se a Ele, confiar em Sua administração e
obedecê-Lo de todo o coração. Ensinar isso não é uma tarefa fácil, pois só
ensina quem vivenciou experiências genuínas com Deus (Jo
2.10).
Uma
geração deve influenciar a outra com o que aprendeu de seus antepassados. Nossa
influência não deve estar limitada apenas ao período de nossas vidas, mas
devemos viver de maneira que nossa influência transcenda gerações. Nossas
maiores inspirações de fé não se originam somente de pessoas próximas a nós,
mas também daqueles que já passaram por essa terra, porque seus exemplos
inspiram outras gerações. Esse sempre foi o desejo do Eterno, pois o primeiro
lugar onde se aprende os princípios divinos é em casa e isso deve se estender
de geração a geração (Dt 6.3-9).
A Palavra de Deus é
bastante clara: a responsabilidade de educar os filhos é dos pais (Sl 78.5). É o pai que deve ensinar ao filho o
caminho em que ele deve andar (Pv 22.6).
Aqui está um grande alerta, porque se fracassarmos em nossos lares não teremos
sucesso na igreja (1Tm 3.5). Antes de
entregarmos nossos filhos para a escola, devemos ensinar-lhes em nossas casas
tudo o que aprendemos de Deus (Dt 5.7-23).
Nossos filhos precisam observar nossa conduta e serem atraídos por ela para
viver um relacionamento com Deus. Isso não se aprende na escola. Se todos
assumirem suas responsabilidades, o Reino de Deus avançará de forma sólida e
inabalável.
A Palavra de Deus não tem lugar neutro para a atitude dos pais
(Sl 78.5-8). A responsabilidade de educar os filhos foi dada aos pais. Não há
meio termo. São os pais que ensinam seus filhos a temer a Deus. Só é guiado
pelo Eterno quem conhece Seus preceitos e vivencia experiências com o Autor da
Vida. Quando um homem ama a Deus de maneira total, obedece alegremente às Suas
palavras (Dt 6.7-9). A exigência do amor a Deus implica em todas as outras. A
disposição de amar a Deus abrange tanto a disposição de obedecer aos Seus
mandamentos quanto à disposição de comunicar tais mandamentos às gerações
seguintes, de modo a preservar uma atitude de amor e obediência entre os povos
de Deus de todas as épocas.
2. Um legado para outra geração
A influência de uma geração pode ser tanto
positiva quanto negativa. Neste ponto, analisemos alguns tipos de influência,
inclusive a que se estende por gerações (1Tm 3.4,5).
2.1. Um lar alicerçado é um lar influente
No terceiro capítulo da primeira epístola de
Paulo a Timóteo, encontramos muitos ensinamentos para uma boa conduta,
principalmente na família. O apóstolo Paulo ensina que nossa conduta tem como
finalidade alcançar uma esfera maior de influência (1Tm
3.11-13). Ele diz que aquele que administra bem sua casa receberá de
Deus uma graduação mais alta de confiança e honra. Sua influência não somente
crescerá porque as pessoas veem seu exemplo. Crescerá porque sua casa está
alicerçada e essa casa produzirá uma segunda geração com influência, os filhos.
Uma pessoa que educa bem sua família transmite para a próxima geração o mesmo
legado de honra no qual viveu (2Tm 1.13; 2Ts 3.9).
Tudo o que fazemos, seja na igreja ou qualquer outro lugar, o
maior e melhor trabalho que podemos realizar é em nossa casa. De que nos serve
estar de posse de grande herança, ganhando muito dinheiro, se ao mesmo tempo
estamos perdendo a família? (Mt 16.26; Lc 9.25).
2.2. A fé verdadeira começa em casa
Muitos pensam que uma forma de dedicar-se à
família é limitar-se a realizar cultos nos lares. Isso é ótimo e recomendável,
todavia, o ideal é compartilhar esse tempo através de diálogos e assim
transmitir o Evangelho, que já vivemos como conduta. As famílias necessitam de
pais (ou um parente próximo) que sejam uma boa influência para as gerações
seguintes. Precisamos dar nossos filhos a Deus. Devemos motivá-los a amar a
Deus e chegar-se a Ele. Devemos trabalhar de tal maneira que as gerações
seguintes recebam a influência correta do Evangelho de Cristo. Timóteo herdou
isso de sua mãe Eunice, a qual também havia herdado de sua mãe Lóide (2Tm 1.5; Tg 4.8).
O desejo de Deus é que não sejamos um grupo de evangélicos a
mais, mas que tenhamos a fé de Jesus Cristo como prática diária. Que sejamos
uma geração que não se compromete com as coisas desse mundo (2Tm 2.4). Vale
ressaltar que a maior herança deixada a Timóteo por sua mãe e avó foi a fé em
Deus.
2.3. Uma geração edifica a outra
O apóstolo Paulo observou em Timóteo uma fé
não fingida, a mesma que demonstraram sua avó e sua mãe. Todavia, Paulo tinha
receio de que Timóteo oscilasse na fé, e, por esse motivo, o anima para que
lance fora o espírito de covardia, pois, do contrário, não seria capaz de
transmitir essa mesma fé para a seguinte geração (2Tm 1.6,7). A covardia pode
parar um avivamento. A pressão, a crítica e o medo do sistema podem tentar nos
parar. Devemos ter cuidado com influências negativas. Nossa missão é sempre
formar uma geração que conheça o Senhor e levá-la a ter experiências com Ele.
Devemos velar para que nossos filhos, netos e bisnetos herdem nossa fé e desejo
de servir ao Senhor.
Timóteo sofreu uma grande influência de sua avó, de sua mãe e do
apóstolo Paulo. Devemos ter bastante cuidado com os agentes de difamação e com
as influências negativas. É bom ressaltar que o conselho do apóstolo Paulo a
Timóteo vale para todos nós: “Por cujo motivo, te lembro que despertes o dom de
Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos” (2Tm 1.6). “E que de mim,
entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos
para também ensinarem os outros (2Tm 2.2).
Uma das coisas que o coração humano mais
deseja é formar uma família. A Palavra de Deus diz que o que encontra uma
esposa acha o bem e alcança a benevolência do Senhor (Pv
18.22). Devemos aprender a viver em família, ser boa influência para
esta e para as futuras gerações.
3.1. Referenciais dentro e fora de casa
“Palavras do rei Lemuel, a profecia que lhe
ensinou sua mãe” (Pv 31.1). A influência dos
pais é determinante sobre a conduta de uma família. Observe que o provérbio
diz: “a profecia que lhe ensinou sua mãe”. Pais sábios deixam um bom legado
para seus filhos, deixam uma fé forte e genuína, pois têm bastante cuidado com
a herança que o Senhor lhes confiou. Que nossos filhos não precisem buscar em
outros aquilo que compete a nós, pais, oferecer. Que sejamos referenciais para
suas vidas, dando-lhes não somente o conhecimento da Palavra, mas a prática da
mesma em ações e palavras, dentro e fora de casa.
A vida e a morte estão no poder da língua (Pv 18.21). Devemos
usar nossa boca para abençoar nossos filhos e não para amaldiçoá-los. Os filhos
devem ser influenciados de forma positiva. A mãe do rei Lemuel assim o fez.
Filhos não devem ser chamados de estúpidos, néscios, lesados, ou qualquer outra
palavra torpe. Que fique bem claro aos nossos corações: os filhos são herança
do Senhor, e uma herança deve ser cuidada para valorizar-se a cada dia.
3.2. O poder da influência dos pais
Maria e José foram
exemplos de bons pais, pois tinham experiência com Deus (Mt 1.18-25). Eram guiados pelo Senhor (Mt
2.13-14; 20-22); levaram o menino Jesus a Jerusalém, cumprindo assim a
lei de Moisés (Lc 2.21-24); conduziram Jesus
à festa da Páscoa, quando este completou doze anos (Lc
2.39-42); e, ainda, ensinaram a Jesus uma profissão (Mc 6.3).
Mães e
pais devem influenciar da forma positiva os seus filhos. Os filhos crescem
observando quais são os princípios aos quais seus pais se submetem. Que possamos
sempre dizer para os nossos filhos: “Sede imitadores, como também eu, de
Cristo” (1Co 11.1).
3.3. Lâmpada e luz
“Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e
não deixes a lei de tua mãe” (Pv 6.20). Os
mandamentos e ensinamentos (leis) estão associados aos pais. Para que um lar
cresça sadio, deve ter mandamentos e ensinamentos (leis). Os pais não alcançam
recompensas imediatas, mas, se semearem corretamente e corrigirem seus filhos
para que trilhem no caminho da luz, mais tarde, eles se lembrarão do que disseram
seus pais e não se desviarão dos caminhos do Senhor (Pv
6.22,23).
Em nossa casa deve haver regras, que devem ser cumpridas para
que a educação seja efetiva. O que os pais não ensinam com amor aos seus
filhos, infelizmente, o mundo ensinará com dores. Por isso, pai e mãe devem
sempre trabalhar em conjunto. Vale aqui ressaltar que o livro de Deuteronômio
dá importância especial à tarefa de ensinar a Lei do Senhor para a família (Dt
4.9; 6.7-9, 20-25; 11.19). Precisamos entender que as exigências da aliança do
Eterno Deus devem ser o assunto da conversa a todo o tempo, em casa, no
caminho, de noite e de dia. Assim como os filhos de Israel deveriam ensinar
diligentemente a Lei a seus filhos, falar dela constantemente, atá-la como
sinal em várias partes do corpo e escrevê-la, assim nós, a Igreja, devemos
ensinar aos nossos filhos os princípios da Palavra de Deus. Mais do que nunca,
precisamos compreender que o amor de Deus e as exigências de Sua aliança devem
ser o interesse central e absorvente de toda a vida do homem.
É bem verdade que o ensino da Palavra de Deus
deve começar dentro do lar. O trabalho de uma família prospera quando feito no
temor do Senhor, o Eterno Deus (Sl 128).
Pais devem semear corretamente e filhos devem fazer boas escolhas, para que a
colheita seja abundante (Sl 102.18).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º
Trimestre de 2017, ano 27 nº 102 – Jovens e Adultos – Professor – Aprendendo
com as gerações passadas – a importância, responsabilidade e o legado de uma
geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e os desafios da
pós-modernidade.
Muito bom! Excelente conteúdo!
ResponderExcluirsobre a afirmativa de que os pais sendo um exemplo de como servir a Deus influenciam na escolha dos filhos em servir tb, tenho uma certa duvida, pois não vejo isso em alguns personagens bíblicos de grande influencia, tais como Samuel, Davi, entre outros....mas o exemplo vindo de cima sempre é bem vindo e necessário.
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