Lição 03 – 15 de Outubro de
2017
– Editora BETEL
A
maravilhosa e inefável graça de Deus
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HINOS SUGERIDOS
♫ Hino 18 ♫
♫ Hino 107 ♫
♫ Hino 205 ♫
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VÍDEO 2
VÍDEO 3
VÍDEO 4
VÍDEO 5
Comentarista: Bispo
Abner de Cássio Ferreira
TEXTO ÁUREO
“Porque
tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos,
faça abundar a ação de graças, para glória de Deus.” 2Co 4.15
VERDADE APLICADA
A
graça é o ato misericordioso de Deus pelo qual Ele oferece salvação e vida
eterna a todos os pecadores.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
● Apresentar
uma definição acerca da graça e contrastá-la com a lei;
●
Mostrar com a graça se desenvolve na vida cristã;
●
Revelar quem éramos, quem somos, e a nossa responsabilidade devido à graça.
GLOSSÁRIO
Deserção: Abandonar, deixar,
fugir, largar, retirar-se, rejeitar;
Detrimento: Dano moral ou
material; prejuízo, perda, quebra;
Excludente: Que exclui.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda: Terça: Quarta:
Rm 12.1-3
Rm
13.1-14 2Co
12.9
Quinta: Sexta: Sábado:
Ef 2.1-2 Hb
6.7-9 1Pe 2.10
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ef 1.3 - Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo,
Ef 1.4 - Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade,
Ef 1.5 - E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si
mesmo, segundo beneplácito de sua vontade,
Ef 1.6 - Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a
si no Amado.
MOTIVOS DE ORAÇÃO
No Dia do Professor, agradeça a Deus pelos
professores da Escola Bíblica Dominical.
Introdução
Não há como negar que todos nós somos pecadores.
Nossa natureza é corrupta e nossos pensamentos e ações, cheios de engano.
Porém, louvamos a Deus porque Ele não nos salva por nossas obras; e, sim, por
Sua graça (Ef 2.8-9).
Deus e a graça
A graça de
Deus é um dos temas dominantes em toda a Bíblia; aparece mais de 100 vezes no
Antigo Testamento e mais de 200 vezes no Novo Testamento. Além disso, ocorre dezenas
de vezes mediante palavras sinônimas, como o amor divino, Sua misericórdia e
bondade.
As Sagradas
Escrituras mostram que a graça de Deus envolve dois aspectos: o favor imerecido
de Deus, por Ele expresso a todos os pecadores. O outro se descreve melhor como
um poder ou força ativa divinos que refreia o pecado, atrai os homens a Deus e
regenera os crentes. Neste segundo aspecto, a graça de Deus opera juntamente
com o Espírito Santo, criando uma força ativa para a obra da salvação efetuada
no mundo.
Não se deve
confundir a graça de Deus como uma “obrigação divina”. Nada ou ninguém pode
obrigar ou exigir de Deus a redenção da humanidade caída. É somente o profundo
e íntimo amor de Deus que O constrange a providenciar a salvação, e até a
convencer o homem a aceitá-la. Este conceito aparece em João 1.16 que declara: “Porque todos nós temos recebido da sua
plenitude e graça sobre graça.”
O apóstolo
João está explicando que a graça recebida é baseada somente sobre a “graça”, e
mais nada. Em outras palavras, a razão de Deus nos amar não partiu de alguma
obrigação da Sua parte, ou de uma ação forçada sobre Ele, que “nos expressou o
Seu amor porque nos amou”.
Devido à
natureza depravada do homem, ele é incapaz de, por si mesmo, procurar agradar a
Deus. Por esse motivo, Deus tem concedido a graça comum ou universal a todo
homem. A graça comum é vista em várias formas: nas bênçãos materiais da
natureza; na maneira como Deus restringe o mal no mundo, e na fixação da
consciência do pecado dentro do coração humano (Rm 2.1-11).
Essa “graça
comum” não salva automaticamente o homem, mas revela-lhe a bondade de Deus e
restaura a cada ser humano a capacidade de responder favoravelmente ao amor de
Deus. À luz desta graça comum compreendemos que nenhum homem pode se esconder atrás
da desculpa de que ele não teve oportunidade de um encontro com Deus.
A “graça
comum” concede a cada homem a capacidade de buscar a Cristo. À medida que o
homem responder afirmativamente à graça que o atrai a Deus, ele é beneficiado
por uma “graça especial”, que o ajuda a chegar cada vez mais perto d’Ele. É
certo dizer que nenhuma pessoa pode vir ao Pai sem este poder adicional (esta
graça especial), que vence a escravidão decorrente da sua natureza humana
depravada.
Entretanto,
está claro que esta graça especial não garante a decisão da parte do homem
quanto à sua comunhão com Deus. Ao aproximar-se de Deus, o homem recebe mais
graça que o encoraja e o incentiva a aceitar a salvação. Uma experiência
paralela temos na cura dos dez leprosos, mencionada em Lucas 17.14: “... indo eles, foram purificados”.
Assim opera a graça. Porém, a qualquer momento, o homem pode escolher resistir
à Sua graça, o que naturalmente cancela a provisão de mais graça (At 7.51).
Enquanto o
homem continuar a responder afirmativamente à graça de Deus, esta será o agente
pelo qual ele receberá a justificação (Tt 3.7), a regeneração (Jo 3.3), a
santificação (At 26.18) e a segurança de Deus (1Pe 1.5). A quantidade de graça
que o homem recebe depende totalmente de sua própria decisão e não do interesse
ou vontade de Deus (que já é manifesta).
Apesar de Deus
nos amar e querer nos salvar, Ele não pode simplesmente nos declarar inocentes.
Pois Ele é não somente um Deus de amor, mas é também um Deus de justiça e
santidade. Deus declarar-nos inocentes sem que ocorra a nossa conversão seria
uma ofensa à Sua justiça. Entraria em conflito com a Sua santidade e em
contradição ante a Sua própria declaração que diz: “... a alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.4).
Então como
poderia Deus ser perfeitamente justo e ainda salvar pecadores? A resposta está
no fato de que Deus não desculpou o pecado, antes Ele o removeu. Para ajudar o
homem compreender o assombroso alcance do Seu repúdio ao pecado, Deus nos deu a
ilustração de um Cordeiro expiatório. Esse cordeiro simboliza o verdadeiro
Cordeiro de Deus, o único que pode remover o pecado.
Sendo assim,
de acordo com esse raciocínio embasado na Palavra Santa do Senhor, verificamos
que não existe salvação automática (determinismo) salvação inconteste (antinomismo)
nem salvação forçada (legalismo). Tudo provém de Deus, que providenciou todo o
projeto de redenção da humanidade através do envio de Seu Filho Amado para
propiciação de nossos pecados.
Ainda estamos
no mundo. Ainda vivemos rodeados de pecados e tentações. Ainda não ascendemos
aos céus com nosso Senhor Jesus, pois Ele ainda não voltou. Convém portanto
observar todos os mandamentos que nosso Salvador nos orientou a seguir, pois “o espírito está pronto, mas a carne é fraca”
(Mt 26.41).
A salvação nos
alcançou, mas a vitória final depende de um exercício diário de consciência, fortaleza,
disciplina, renúncia e santificação.
Que
os irmãos desfrutem de uma semana abençoada, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso - Colaborador
1.1.
Uma
definição bíblica a respeito da graça
De forma geral, a graça é um favor que não
merecemos. A palavra grega utilizada para graça é “charis”, e era empregada em
diferentes aspectos. Era usada para aquilo que causara atração, tal como a
graça na aparência ou na fala; era usada quanto à consideração favorável
sentida em relação a uma pessoa; era usada para significar gratidão, ou usada
quanto a um favor. Era usada adverbialmente em frases como: “por amor a alguma
coisa”. Porém, a graça Só assumiu seu significado pleno com a vinda de Cristo.
O Seu sacrifício é a graça propriamente dita (2Co 8.9). Quando recebida pelo
cristão, ela governa sua Vida espiritual compondo favor sobre favor. Ela capacita,
fortalece e controla todas as fases da Vida (2Co
8.6-7; Ef 4.29; 2Ts 2.16; 2Tm 2.1).
A graça do Senhor é absolutamente gratuita (Rm 6.14; 5.15-18; Ef
1.7; 2.8-9); é a dádiva das bênçãos diárias que recebemos d’Ele, sem merecê-las
(Jo 1.16); é ela quem dá capacitação divina ao cristão para realizar a obra de
Deus (1Co 15.10; Hb 12.28). A graça e' o poder sustentador de Deus, que nos
corrobora e condiciona a perseverar na fé depois de salvos (2Co 12.9).
1.2. A graça é
inexplicável
O
estado natural do pecador não o faz merecedor de nada, a não ser do juízo. Se
Deus nada fizesse pela humanidade, Ele não estaria sendo mau, nem tampouco
injusto. Todavia, a Bíblia nos ensina que Deus opera com Sua graça mesmo entre
os injustos (Mt 5.45). Teologicamente, a
ação de Deus em abençoar também as pessoas não regeneradas é identificada como
“graça comum”. Não há como explicar tal bondade manifesta, deve-se apenas crer
e desfrutá-la. Na vida do cristão, a graça provê diversos benefícios, como:
justificação (Rm 3.24); capacidade de
realizar a obra de Deus (Cl 1.29); dignidade
e uma nova posição (1Pe 2.5, 9), uma eterna
herança (Ef 1.3, 14).
O Novo Testamento destaca três razões porque Deus age com graça,
especialmente na salvação. Ele age com graça: para expressar Seu amor (Ef 2.4;
Jo 3.16); para que se conheçam nos séculos vindouros as riquezas de Sua graça
(Ef 2.7); e para que o homem redimido produza bons frutos (Ef 2.10). A graça
soberana é sempre intencional, pois a vida sob a graça é uma vida de boas
obras.
A Lei foi a revelação de Deus para Israel
acerca de como manter o relacionamento com Deus. Esta lei que Deus impôs
mostrou a santidade do Senhor, a imperfeição do Seu povo e a necessidade de um
Salvador. Assim se expressou Agostinho: “A lei foi concedida por Deus para que
busquemos a graça, e a graça nos é oferecida para que possamos cumprir a lei”.
A Lei nos conduziu a Cristo, para crermos n’Ele (G1
3.23-24). Como escreveu o apóstolo Paulo: “Porque o fim da lei é Cristo
para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
O mesmo Deus que nos pede algo, também nos capacita a realizá-lo (2Co 3.5).
Na aliança da graça, Deus é quem toma a iniciativa, e, por Sua
graça, Ele não se apresenta apenas como um Deus soberano e bondoso, mas também,
e especialmente, como um Pai misericordioso e perdoador, disposto a perdoar o
pecado e a restaurar os pecadores à Sua bem-aventurada comunhão (Ef 2.4-8).
Segundo Shedd, Deus concede rica misericórdia aos rebeldes (Ef 2.2-4), e
oferece livre graça (salvação ou favor imerecido) aos perdidos (filhos da ira).
Não é nada mais, nada menos do que o Seu grande amor e a suprema riqueza da Sua
graça demonstrando uma bondade tão infinita.
2. O mover da graça
na vida cristã
Em
Tito 2.1 1-12, encontramos que a graça de Deus se manifesta para trazer
salvação e para nos ensinar a viver neste mundo. Assim, a graça divina nos
acompanha ao longo de toda a caminhada cristã.
2.1. A graça nos
ensina
Interessante notar a
ação da graça de Deus entre duas manifestações divinas: “se há manifestado” (Tt 2.11); e “aguardando... o aparecimento” - a
manifestação (Tt 2.13). Assim, carecemos
desta graça para salvação e para vivermos neste mundo enquanto aguardamos a
volta de Jesus Cristo. Após o novo nascimento, a graça salvadora torna-se a
graça de um Mestre, pois nos instrui. Bem aventurados todos os que, tendo
iniciado a nova vida em Cristo, tornam-se matriculados na “Escola da Graça”,
como designou o escritor inglês Canon Hay Aitken, em 1880.
A graça nos ensina a renunciar “à
impiedade e às concupiscências mundanas” e a viver “sóbria, e justa, e
piamente”, ou seja, uma vida prudente (moderada), correta e dedicada a Deus. A
superabundante graça de Deus se manifestou para salvar, ensinar e capacitar a
vivermos uma vida agradável ao Senhor até “o aparecimento da glória do grande
Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”, abrangendo os relacionamentos conosco mesmo,
com nosso próximo e com Deus.
2.2. A graça nos
fortalece
No
segundo livro de Timóteo, capítulo um, o apóstolo Paulo faz menção à prisão,
padecimento e deserção de cristãos na Ásia. Eram dias difíceis e trabalhosos.
Neste contexto, Paulo escreve a Timóteo: “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na
graça que há em Cristo Jesus.” (2Tm 2.1).
Não importa o que os outros estão pensando, falando ou fazendo: “fortifica-te”!
Não se trata de sermos fortes em nós mesmos, mas por meio da graça que está em
Cristo Jesus. Não encontraremos esta força em nós mesmos, mas em Cristo! O
mesmo favor gratuito de Deus que se manifestou para salvação, também intervém
para fortalecer-nos e, assim, podermos prosseguir.
É possível vencer, avançar e perseverar mesmo nos dias difíceis
e de sofrimento. Quando o apóstolo Paulo pediu a Deus que o livrasse do
“espinho na carne”, o Senhor lhe disse: “34 minha graça te basta, porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza”, (2Co 12.9). Hernandes Dias Lopes assim declarou:
“Deus sabe equilibrar; em nossa vida, as bênçãos e os fardos, o sofrimento e a
glória...”. A graça de Deus é melhor do que a vida. A graça de Deus é que nos
capacita a enfrentar vitoriosamente o sofrimento. A graça de Deus é o tônico para
a alma aflita, o remédio para o corpo frágil, a força que põe de pé o caído”.
2.3. A graça nos capacita para o serviço
É
importante refletir em Hebreus 12.28: “retenhamos a graça, pela qual sirvamos a
Deus agradavelmente, com reverência e piedade”. Notemos que a graça de Deus
atua nos diversos aspectos da vida cristã: salvação, ensino, fortalecimento,
serviço. Não há motivos para sermos inoperantes e nem indiferentes ao serviço
cristão. O início do versículo 28 relata que estamos herdando um Reino
inabalável. Portanto, se fomos alcançados por tão grande dádiva divina, temos
mais responsabilidades ainda de retermos, perseverarmos e sermos ativos
participantes servindo ao Senhor.
O apóstolo Paulo escreveu que trabalhava porque a graça de Deus
estava com ele (1Co 15.10). Logo, a graça do Senhor também se manifesta fortalecendo-nos
para o serviço cristão. Um serviço que agrada ao Senhor. Não trabalhamos para
receber a graça, mas, sim, porque ela já está atuando em nós. Que não a recebamos
em vão (2Co 6.1).
Há
um alerta bíblico para que não nos deixemos ser levados “por doutrinas várias e
estranhas” (Hb 13.9), para tanto se faz
necessário que busquemos o fortalecimento espiritual por meio da graça de Deus.
Ao longo da história da Igreja, várias doutrinas sem fundamentação bíblica, ou
baseadas em distorções do texto bíblico, têm surgido.
3.1. Antinomismo
É
um termo de origem grega que significa “contra” (anti) a “lei” (nomos).
Trata-se de uma antiga heresia que distorce a doutrina bíblica da graça e
dissemina a ideia de que todos os que foram alcançados pela graça de Deus estão
livres para viver sem regras ou princípios morais. O apóstolo Paulo refuta esse
pensamento em Romanos 6. A manifestação da graça salvadora não é “passaporte”
para continuar vivendo em pecado. Ao contrário, quando a graça domina, ela proporciona
vida em Cristo Jesus (Rm 5.1) e a pessoa
está morta para o pecado (Rm 6.2).
O povo de Deus precisa estar alerta, pois as Escrituras Sagradas
exortam a combatermos a favor da fé (incluindo aí as doutrinas bíblicas).
Infelizmente, pessoas sem temor a Deus procuram influenciar os discípulos de
Jesus, por intermédio de ensinos que distorcem a pura mensagem bíblica acerca
da graça de Deus, para justificar uma vida imoral: “convertem em dissolução a
graça de Deus” (Jd 4). A palavra “dissolução”, no grego, admite vários
sentidos: “perversão em geral”; “falta de moderação”; “libertinagem”, entre
outros. Como diz o texto sagrado, os que assim vivem “negam a Deus, único
dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo”.
3.2. Legalismo
É o oposto do antinomismo. Trata-se do outro
extremo. Enfatiza a lei em detrimento da graça (G1
2.16). Considera e concentra toda a atenção no comportamento humano, não
como resultado da ação da graça de Deus na vida humana, mas como requisito para
alcançar mérito diante de Deus; como se fosse necessário “completar” o processo
de salvação. O texto sagrado afirma que a salvação é pela graça, “por meio da
fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém
se glorie” (Ef 2.8-9). Lembremo-nos de
Cornélio, que era piedoso, temente a Deus, fazia esmolas, orava a Deus, jejuava
(At 10.1-2, 30), porém não era salvo (At 11.14).
O apóstolo Paulo instruiu as igrejas acerca do perigo do legalismo
(Cl 2.20-22; Gl 2.16; 4.9-10), e afirma que, aqueles que não creem na
suficiência de Jesus Cristo para justificação por meio da fé n’Ele, “da graça
tendes caído” ( GL 5.4). O legalismo enfatiza o dever e a ação do Espirito
Santo nos nascidos de novo opera o querer. Russell
Shedd declarou: “Qualquer ação, atitude ou esforço aceitável a Deus resulta da
atuação do Espírito no filho de Deus”.
3.3. A falta do uso da disciplina na Igreja
Eis
um tema bíblico, mas que não tem sido muito exposto na igreja. Será que há
incompatibilidade entre a graça e a disciplina? São ações excludentes? A
sensação é que muitos evitam este assunto por considerá-lo não apropriado em
nossos dias. Contudo, biblicamente, a disciplina é um exercício de amor e graça
(Hb 12.1-15). A ausência de disciplina pode
resultar em alguém abandonar a graça de Deus (Hb
12.15). A disciplina na igreja visa corrigir para aperfeiçoar o caráter
e conduta do discípulo de Cristo. Visa restaurar o faltoso e manter a pureza espiritual,
pois contribui para que haja temor na igreja local.
O
Senhor Jesus instruiu Seus discípulos quanto a lidar com o pecado de um irmão
(Mt 18.17-19). O apóstolo Paulo também tratou deste assunto nas epistolas (1Tm
5.20; Gl 6.1; 2Co 2.5-8; 2Ts 3.14-15). Observando os diversos termos usados nos
textos bíblicos referenciados, concluímos que a aplicação da disciplina, de
acordo com as orientações bíblicas, está repleta de atitudes de graça: “ir-
mão”; “produzir temor”; “mansidão”; “perdão”; “consolo”. Assim, a ausência da
aplicação da disciplina na igreja contribui para a distorção da doutrina
bíblica da graça de Deus.
Louvemos a Deus por Sua superabundante graça, que se
manifestou em Cristo Jesus para nos trazer salvação, pois não há méritos em
nós. Por nossos próprios recursos não conseguimos satisfazer a justiça divina.
Esta graça que trouxe salvação, também é suficiente para nos sustentar até o
dia final.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2017, ano 27 nº 105 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Doutrinas Fundamentais da Igreja de Cristo – Bispo
Abner de Cássio Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora
Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da
Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
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