Lição 02 – 14 de janeiro de
2018
– Editora BETEL
O
sacrifício da expiação
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Sobre o sacrifício da
expiação
Em muitas
ocasiões em que Deus falou com Moisés (Lv 1.1), Ele orientou o profeta a
repassar instruções a todo o povo. Mesmo quando a palavra se destinava apenas a
Arão, ou somente aos sacerdotes, era anunciada publicamente. O objetivo deste
procedimento era demonstrar que os sacerdotes, apesar do conhecimento que
possuíam acerca dos ritos de adoração e da autoridade que Deus lhes concedia,
também estavam sujeitos à Lei.
Qualquer
pessoa informada poderia avaliá-los, verificar se estavam realizando as
cerimônias de forma correta ou se estavam tirando vantagem da sua situação para
enriquecer ilicitamente, apropriando-se das coisas às quais tinham acesso.
Além disso,
alguém que possuísse conhecimento de todo o processo não poderia ser intimidado
com ameaças, como a ira de Deus ou a esconjuração, caso não fizesse exatamente
o que o sacerdote ordenava.
A história
registra muitos casos de abusos praticados pelas classes sacerdotais, visto que
estas detinham as instruções relativas às cerimônias e usavam-nas pera oprimir
e explorar as pessoas. Os deveres e os privilégios dos sacerdotes em outras
culturas no antigo Oriente Próximo eram praticamente segredos de Estado,
transmitidos apenas às linhas sucessórias das classes sacerdotais. Era por
causa dessas circunstâncias ocultas que os sacerdotes ou outras pessoas ligadas
a tal situação conseguiam manter seu poder. Israel foi diferente, pois seu Deus
era distinto de todos os outros deuses.
Quando o
Senhor ordenou a Moisés que transmitisse Suas orientações ao povo, Ele
generalizou Seu público-alvo usando o termo algum
de vós (hebraico ‘dm; compare com
adam, homem), que inclui as mulheres.
É provável que esses vocábulos também façam referência àqueles que não são
descendentes de Abraão, pois qualquer pessoa com fé em Deus pode adorá-lo com Seu
povo (Nm 15.14, 16, 29).
O holocausto (hebraico ‘ola, ascensão) era o único sacrifício
inteiramente consumido no altar. Ele prenunciava o sacrifício completo e
perfeito de Jesus. Também continha a ideia de que o fiel adorador não deveria
fazer nenhuma restrição quando se tratasse do Senhor: tudo de si seria dado no
relacionamento entre ele e Deus. Isso incluía a oferta do melhor animal do
rebanho, ou seja, do macho sem mancha.
O uso de
animais machos nos sacrifícios não ameaçava a extinção dos rebanhos israelitas,
pois apenas um macho era suficiente para fecundar cinco fêmeas e, assim, dar
continuidade à criação. Contudo, o macho sem defeito tinha grande valor para os
criadores, pois o animal gerava crias boas e saudáveis e também era uma
potencial fonte de lã e carne, ou dinheiro, caso fosse vendido. Assim, oferecer
esse tipo de animal no altar era um verdadeiro sacrifício. Este princípio ainda
é válido: as pessoas devem oferecer o que têm de melhor ao Senhor como um
símbolo de que estão ofertando tudo o que possuem.
O povo de Deus
precisava, também, ofertar de sua própria
vontade. O genuíno sacrifício ao Senhor deveria ser realizado com um
contentamento – não poderia haver meia-obediência.
O local
adequado para a prática desse ato era à
porta da entrada da congregação, pois
os pecados deveriam ser expiados antes que o indivíduo pudesse ficar diante do
Senhor. Deus estava em todo lugar, mas Sua presença era sentida de uma maneira
extraordinária no lugar da adoração santa, por isso o sacrifício era oferecido perante o Senhor.
Cada adorador
levava a própria oferta e punha a sua mão sobre a cabeça do animal. Ninguém
podia enviar outra pessoa em seu lugar para oferecer sacrifícios por seus
pecados. Da mesma forma, nenhum indivíduo hoje pode fazer com que outrem aceite
em seu lugar a propiciação que Jesus Cristo efetivou no Calvário.
No versículo 4
do primeiro capítulo de Levítico está a ideia-chave de expiação (do verbo
hebraico kaphar, que significa limpar, remir) traduzindo-se como expiar. A vida do animal sacrificado, em
troca da vida do pecador, expiava os pecados do penitente, afastando assim a
ira de Deus.
A verdadeira
adoração é ativa. O adorador não pode ser um observador passivo. Uma das
definições de adoração na Bíblia em
hebraico é semelhante ao significado do verbo servir (hebraico ‘abad).
Assim, era bastante apropriado que os procedimentos relativos à adoração
bíblica consistissem em ações de grande envolvimento e esforço.
Ainda hoje,
esses conceitos são absolutamente verdadeiros e eficazes. A verdadeira adoração
é uma forma dinâmica de comunicação com Deus, através de esforço e atitude,
redundando no melhor de cada um de nós perante o Senhor.
Não adianta
sermos meros expectadores diante do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do
Calvário. Temos que tomar posição definida e definitiva com relação a esse ato
grandioso do Senhor pela nossa vida, contribuindo efetivamente para a salvação
de mais almas, assim como um dia, ao conhecermos Jesus, fomos salvos por Sua
Palavra.
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2017, ano 27 nº 105 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Doutrinas Fundamentais da Igreja de Cristo – Bispo
Abner de Cássio Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora
Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da
Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
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