Lição 03 – 21 de janeiro de
2018
– Editora BETEL
A
oferta de manjares
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Sobre a oferta de
manjares
O capítulo 2
de Levítico define os procedimentos para a oferta de manjares e diz o que era
ou não aceito. As ofertas de animais vivos enfatizavam o aspecto da
substituição na adoração sacrificial de Israel: a vida do animal era trocada
pela vida do ofertante.
A oferta de
manjares dizia respeito à dependência de Israel em relação a Deus para sua
sobrevivência. O pão era, tanto antes como agora, o sustento da vida.
Apresentar uma oferta do alimento diário mais importante indicava agradecimento
a Deus pela provisão. Também expressava a confiança do povo em que o Senhor
continuaria a providenciá-la.
No primeiro
versículo desse capítulo, vemos citada alguma
pessoa (do hebraico nephesh,
geralmente traduzido como alma),
termo inclusivo que enfatiza que o homem e a mulher, israelitas nativos ou
convertidos, poderiam levar a Deus uma oferta. Esta consistia na melhor
farinha, flor de farinha, feita de
grãos de qualidade superior e livre de impurezas. Ela era própria para a mesa
do rei (1Rs 4.22; Ez 16.13) e servia aos mais honrados visitantes (Gn 18.6). Como
no sacrifício dos animais, a oferta deveria ser o melhor que o adorador
possuísse.
O azeite de
oliva, um produto importante na Terra Prometida, era fundamental na dieta das
pessoas e era um símbolo proeminente de bênção e prosperidade, não apenas em
Israel, mas em toda a área do Mediterrâneo.
O incenso, de um tipo especial e caro de
especiaria, provinha do sul da Arábia e do leste da África. Sua fragrância e
seu valor engrandeciam a oferta. Visto que era um artigo de luxo, o incenso
deveria ser comprado com dinheiro. Ao incluir o incenso nesta oferta, a
prosperidade do israelita se tornava parte do que ele ou ela oferecia a Deus.
O punhado da
oferta queimado no altar incluía todo o
seu incenso. Isso ajudava a fazer com que ela fosse de cheiro suave ao Senhor. Notemos que o incenso simboliza as orações
dos santos que sobem até o trono de Deus (Ap 5.8; 8.3-4).
Grande parte
do alimento diário dos sacerdotes derivava da oferta de manjares, por isso foi
dito que o excedente seria de Arão e de
seus filhos, coisa santíssima. Somente os sacerdotes consagrados podiam
comer as ofertas e apenas no tabernáculo (Lv 6.16). O que é santo deve ser
usado em um lugar santo, por pessoas santas e de maneira santa.
Nos versículos
de 4 a 7 vemos listados três tipos de ofertas de manjares: (1) cozidas no forno, (2) cozidas na caçoula, isto é, num
utensílio de louça ou metal, e (3) da
sertã, ou seja, cozidas numa panela. Todas deveriam ser preparadas com a
mais fina farinha e misturadas com o azeite.
Visto que a maioria dessas ofertas era consumida pelos sacerdotes, o incenso
era deixado de fora, pois se espalharia nos pães e bolos se cozido dentro
destes.
A apresentação
das ofertas cozidas, feita pelos sacerdotes no altar, era essencialmente a
mesma para as ofertas não cozidas.
Uma porção
memorial da oferta de cereal era uma parte pequena queimada no altar
representando toda a oferta. O que sobrava era um presente para o sacerdote,
para auxiliá-lo em seu ministério.
A expressão porção memorial (NVI) está relacionada
ao verbo hebraico zakar, que
significa relembrar. Isto demonstra
que o adorador se recordava do caráter gracioso e da generosidade de Deus,
principalmente de como o Senhor se havia lembrado dele e o abençoado.
Alguns
legisladores e outras pessoas que trabalham com o comportamento humano
frequentemente baseiam-se na ideia de que as pessoas são essencialmente boas.
Em Levítico,
Deus mostra uma visão mais realista. Então, em vez de perdoar as ofensas, o
que, conforme a visão atual seria o resultado de uma má-criação, e propor uma
melhor educação com finalidade de prevenção, Ele instituiu um sistema de
sacrifícios por causa do pecado praticado pelo ofensor e o pagamento de
restituição à parte ofendida (Lv 6.1-7).
É fácil
perceber porque tais leis eram necessárias. Israel era uma nação refugiada
peregrinando pelo deserto. Todos os dias as pessoas se deparavam com recursos
limitados. Assim, os israelitas poderiam achar mais fácil praticar roubos e
fraudes. As tentações eram muitas, e, mais cedo ou mais tarde, o povo sucumbiria.
Para tratar
desse problema, Deus chamou o pecado de pecado
e transmitiu orientações ao povo para que houvesse o perdão e a
restituição. Se alguém enganasse outra pessoa em uma negociação, era exigido
que o perpetrador sacrificasse um carneiro e pagasse pela perda com um
acréscimo de 20%.
O conceito por
trás da restituição era de que cada pessoa tinha que amar seu vizinho como
amava a si própria (Lv 19.18). Séculos mais tarde, os cristãos transpuseram
este princípio-guia para as questões morais e sociais (Mt 5.43-44; 19.19).
Notamos,
portanto, o princípio da sabedoria divina em todas as vezes nas quais o povo de
Israel foi instruído sobre sua legislação. Deus é o mesmo, ontem hoje e sempre.
Desde a eternidade, de geração em geração, o Senhor quer que procedamos com
retidão de caráter, e isso não se limita somente ao ser humano social, mas ao
ser humano espiritual, como forma de aproximação com o Ser Santo que Ele é. “Fala a toda a congregação dos filhos de
Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo." (Lv 19.2).
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2017, ano 27 nº 105 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Doutrinas Fundamentais da Igreja de Cristo – Bispo
Abner de Cássio Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora
Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da
Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
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