Lição 10 – 11 de março de
2018
– Editora BETEL
O dia
da expiação
SLIDES / VISUALIZAR / BAIXAR
HINOS SUGERIDOS
♫ Hino 257 ♫
♫ Hino 292 ♫
♫ Hino 322 ♫
VÍDEO 1
VÍDEO 2
VÍDEO 3
Sobre o dia da expiação
O capítulo 16
do Livro de Levítico gira a respeito do Dia da Expiação figura no centro do
livro mencionado e no centro do Pentateuco. O Dia da Expiação marcava a mais
importante e a mais abrangente aproximação de Deus de todo o ano feita por
Israel. Os rabinos o chamam de o dia ou
o grande dia. Uma importante parte da
Mishná (primeira grande redação escrita da tradição oral judaica) é dedicada a
ele, e o Dia da Expiação continua sendo o dia mais sagrado da fé judaica. Lucas
chamou a data de o jejum (At 27.9).
Muito do seu simbolismo remete à morte propiciatória de Cristo.
Nos versículos
2 e 3 temos a ordem de Deus para não
entrar no santuário em todo o tempo, pra dentro do véu. Isso alude à atitude
arrogante tomada pelos filhos do sacerdote ao se aproximarem do Senhor para
oferecer uma oferta não autorizada (Lv 10.1). O Santíssimo, o compartimento
mais recôndito do tabernáculo, era separado de um cômodo maior (o lugar santo)
por um véu de linho fino trançado de fios de tecido azul, roxo e vermelho (Êx
26.31). A sentença para que não morra
demonstra que a aproximação descuidada da presença de Deus podia ser fatal.
As vestes
mencionadas nos versículos 4 e 5 não são os acessórios e o manto descritos em
Êxodo 28. Essas são vestimentas simples de linho que os sacerdotes usavam ao
cumprir o seu dever no altar. Neste dia, o sumo sacerdote deveria adornar-se
com simplicidade e humildade. Ele oferecia a expiação por si próprio primeiro,
depois por sua família e, então, por todo o Israel.
Após oferecer
o sacrifício pelo seu próprio pecado, o sacerdote estava apto a ofertar os
sacrifícios expiatórios pelas pessoas. O autor de Hebreus dá grande ênfase a
esse ponto ao examinar o sacerdócio superior de Jesus (Hb 7.26-28. 9.11; 28.10;
19.22).
Nos versículos
de 8 a 10 temos a figura do bode
emissário. É importante ressaltar que esse bode não era sacrificado para
Satanás. Enviar o animal para o deserto significava que os pecados das pessoas
eram levados para longe destas e de volta às sua origem maligna, onde nunca
mais poderiam fazer-lhes mal.
Apenas neste dia
do ano o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos. Ele levava um recipiente
com o sangue do novilho (de sua própria oferta pelo pecado) junto com o
incensário cheio de brasas do altar e dois punhados de incenso aromático moído. Não fica claro se o sacerdote
colocava o incenso no incensário antes ou depois de entrar no Santo dos Santos.
Mas, era o aroma do incenso queimando que o protegia.
As instruções
que envolviam este sacrifício deixavam claro que os pecados das pessoas tinham
um efeito maculador sobre o tabernáculo. Se não fossem removidas, as ofensas
poderiam causar ineficácia no ministério em relação à propiciação dos pecados.
Mesmo que em
outros dias qualquer sacerdote pudesse entrar na tenda da congregação, nesta data específica apenas o sumo sacerdote
(Arão) estava autorizado a transpor a área sagrada, incluindo o lugar santo e o
santíssimo.
Enviar o bode
para o deserto era uma cerimônia pública. Todos podiam ver Arão simbolicamente
colocando todas as iniquidades, as transgressões e os pecados contra Deus sobre a cabeça do bode, que os levava para
longe das pessoas e do Senhor. O homem
designado para conduzir o animal era um indivíduo que estava preparado e
aguardava para cumprir sua tarefa.
No versículo
22 temos a expressão levará sobre si
todas as iniquidades, o princípio que deu origem à expressão bode expiatório. O animal não era
culpado dos pecados que carregava, mas era enviado para longe, permitindo que
os ofensores se sentissem perdoados por suas ofensas. Quando Jesus carregou os
pecados da humanidade, e morreu fora da cidade (fora do acampamento), Ele
cumpriu a cerimônia do Dia da Expiação. Cristo não foi apenas o perfeito sumo
sacerdote; Ele também foi o sacrifício perfeito.
É importante
que seja ressaltada a figura do sacrifício de Jesus Cristo, nosso Salvador, de
forma perfeita e definitiva, nos libertando de vez do jugo do pecado. Uma vez
purificados pelo Seu precioso sangue, não temos mais preocupação com nosso
destino final, estamos salvos. Mas observemos que, como Arão deveria se portar
com humildade, simplicidade, reverência, temor e tremor diante de Deus todos os
dias e, em especial, no Dia da Expiação, assim deve ser nossa atitude
constante.
Revestidos de
simplicidade, devemos adentrar no Santo dos Santos, não uma só vez por ano, mas
todos os dias, com a reverência que é devida ao Deus Altíssimo, com vestes
alvas e limpas de toda e qualquer impureza do mundo. Somos sacerdócio real,
levantados pelo ato sacrificial do Senhor Jesus e devemos fazer jus a tão nobre
distinção.
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2017, ano 27 nº 105 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Doutrinas Fundamentais da Igreja de Cristo – Bispo
Abner de Cássio Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora
Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da
Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário