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Lição 06 - O deserto: uma escola divina


Lição 06 – 05 de agosto de 2018 – Editora BETEL

O deserto: uma escola divina

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Sobre o povo de Israel no deserto
O grande milagre operado pelo Senhor dos Exércitos, abrindo o mar Vermelho, libertando o povo de Israel de tão dura e longa escravidão, eliminando o exército de Faraó e conduzindo-os pelo deserto não foi o suficiente para que, com as mentes tão arraigadas pela vida no cativeiro egípcio, os hebreus confiassem firmemente em Deus.
Obstinado e genioso, cambaleando, tentava pegar em tudo que não devia. Assim, como uma criança imberbe e teimosa, o povo hebreu se comportava diante do Deus Altíssimo. O infante Israel logo esqueceu os grandes atos pelos quais o Senhor havia libertado o povo e recaiu em amarga murmuração.
Três dias depois de atravessar o mar Vermelho, o povo estava em um deserto sem água. Foram conduzidos até lá pelo próprio Deus por meio de uma coluna de nuvem, durante o dia, ou de fogo, durante a noite, que sempre era visível (Êx 13.21). Quando acharam água, não era potável e o povo reclamou contra Moisés. O Senhor purificou a água e prometeu que se fossem sensíveis à Sua voz, seria sempre para eles “o Senhor que os cura” (Êx 15.22-26). Logo depois, Deus os conduziu a Elim, um oásis com doze fontes e setenta palmeiras, onde puderam descansar da jornada no deserto e refrescar-se.
Na continuação da jornada o povo murmurou novamente contra Moisés. Dessa vez, reclamavam da fome. Os suprimentos que haviam trazido do Egito escasseara. Deus atendeu-os enviando codornizes para o acampamento ao pôr-do-sol. E, pela manhã, produziu o primeiro maná, que alimentaria Israel durante todo o período em que estiveram no deserto (Êx 16.1-15). O maná eram “flocos finos semelhantes a geada” que cobriam a superfície do deserto com o orvalho. O povo só podia ajuntar o necessário para comer durante o dia, a não ser no dia anterior ao sábado, quando deveriam colher porções para dois dias. Nos dias de semana, qualquer porção extra que fosse colhida apodrecia. No sábado, porém, isso não acontecia.
Apesar de Moisés adverti-los de que murmuravam contra o Senhor e que a ordem divina era que não ajuntassem mais do que o necessário para um dia, eles “não deram atenção a Moisés” (Êx 16.20).
Prosseguindo em passos curtos, Israel foi conduzido novamente a um lugar em que não havia água. O povo entrou em pânico e acusou Moisés de tê-los trazido do Egito para mata-los de sede no deserto. Cegos de ira, estavam prontos para apedrejar Moisés. Mas Deus agiu mais uma vez com graça para suprir água, e dessa vez, a água jorrou de uma pedra.
Que quadro, portanto, nos é apresentado do infante Israel? O quadro de um povo imaturo demais para corresponder à liderança. Deus constantemente demonstrava tanto Seu amor quanto Sua capacidade de satisfazer cada uma das necessidades de Israel. No entanto, a cada crise o povo entrava em pânico, incapaz de confiar nele. À medida que eram pressionados, reagiam de forma cada vez mais violenta.
Esse primeiros episódios acontecidos no deserto demonstram claramente a infantilidade de um povo despreparado para servir ao Deus Altíssimo e as consequências que dali adviriam.
Enquanto Moisés recebia as instruções acerca da construção do Tabernáculo, um fato paralelo que ocorria ao pé do Sinai, revelava claramente a necessidade que Israel tinha da provisão divina.
Moisés estava no monte havia dias. Durante todo esse tempo, relâmpagos e trovões davam testemunho constante da presença de Deus. Mas, como os dias estavam passando e Moisés não voltava, o povo começou a ficar impaciente. Uma comitiva procurou Arão, irmão de Moisés, e insistiu em que este lhes fizesse um ídolo. Arão tomou o ouro deles e fundiu-o na forma de um bezerro. Então conclamaram “uma festa dedicada ao Senhor”. O bezerro de ouro foi apresentado ao povo com o anúncio: “Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!” (Êx 32.4).
Quando Moisés retornou, os que pecaram foram severamente julgados, e os que não haviam participado foram em parte responsabilizados. Como Deus iria se identificar com um povo tão pecador?
A presença de Deus no deserto foi a marca indelével que selou o compromisso do Senhor com o povo escolhido, apesar de tanta desobediência, rebeldia e ignorância. Compassivo, mas, às vezes, exercendo Sua justiça de forma impecável e pontual, Deus continuou orientando e admoestando Seu povo, dando-lhes a Lei e ensinando-os de forma minuciosa e maravilhosa como deveriam se comportar como povo, como nação e como verdadeiros adoradores.
Quanto ao que se sucedeu após os eventos no deserto, o resultado final são quarenta anos de peregrinação infrutífera e a morte de toda a primeira geração que saiu do Egito com a exceção de Josué e Calebe.
Com as lições do deserto, aprendemos que:
1.    Deus é paciente, mas não complacente.
2.    Deus é provedor, mas não mais do que necessitamos.
3.    Deus é varão de guerra, mas desde que marchemos junto a Ele.
4.    Deus é amoroso, mas desde que sejamos a Ele obedientes.
5.    Deus nos abençoa, mas desde que não murmuremos.
6.    Deus nos acompanha, mas desde que o procuremos.
7.    Deus nos dá vitória, mas desde que nos esforcemos.
Cada um de nós, hoje em dia, passa por seu deserto pessoal. São os conflitos de um Egito moderno contra a esperança de uma Canaã celestial que nos afligem neste presente século. São as “cebolas” da corrupção, da vaidade, da sensualidade, da ambição, do egocentrismo, contra o maná celestial da Palavra de Deus.
Resta-nos a escolha, uma constante escolha. Resta-nos a resistência, uma constante resistência. Resta-nos a mesma firme convicção e fé que moveu Josué e Calebe, só que fortalecida pela graça santa que Nosso Senhor Jesus Cristo nos concedeu com o sacrifício supremo na cruz do Calvário.

Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2018, ano 28 nº 108 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano divino de redenção – Pastor César Pereira Roza de Melo.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

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