Lição 09 – 26 de agosto de
2018
– Editora BETEL
Juízes:
os altos e baixos da nação de Israel
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Sobre o
período dos Juízes
O
livro de Juízes cobre o período de alguns séculos, segundo algumas fontes entre
trezentos e cinquenta e quatrocentos anos. Durante esse tempo, o povo de Deus
afastou-se do Senhor repetidas vezes, seduzido pelas religiões dos povos que
deveriam ter expulsado de Canaã.
Os
juízes desse período eram líderes carismáticos que, via de regra, conduziam uma
ou mais tribos à vitória sobre o opressor. Em seguida, serviam como líderes
civis e religiosos, e, durante sua vida, o povo que governavam mantinha-se fiel
ao Senhor.
Os
juízes cativaram a imaginação no povo de Israel e na era cristã. No entanto,
ainda podemos aprender muito com o estudo da biografia desses homens e mulheres
de fé.
Pelo
estudo dessa seção de Juízes, podemos nos orientar por um princípio de
interpretação que chamamos “seleção e ênfase”.
Todos
os eventos que Deus decidiu registrar na Sua Palavra estão ali por alguma
razão. Porém, as histórias de alguns eventos recebem mais ênfase que outras.
Isso atrai nossa atenção para os relatos que a Bíblia ressalta.
Enquanto
Otoniel é contemplado com 5 versículos no livro, Sangar merece somente 1.
Débora e Baraque são alvos de 55 versículos e Gideão recebe 100. Finalmente,
Sansão é comtemplado com 96 versículos.
Quanto
ao impacto sobre o povo, todos esses juízes podem ter tido a mesma importância.
Mas com relação à mensagem que queremos aprender com a vida deles, é evidente
que Débora, Gideão, Jefté e Sansão são mais importantes.
As
civilizações antigas eram patriarcais em sua estrutura. O papel do homem era
ressaltado naquelas sociedades. Em muitas culturas, as mulheres não eram nada
mais do que propriedades sem nem mesmo ter o direito de herdar os bens do
marido. Além disso, não tinham autoridade alguma.
Israel
também tinha estrutura patriarcal, mas as mulheres não eram oprimidas como nas
outras nações. Há mulheres até entre os profetas do Antigo Testamento, as quais
foram chamadas por Deus para ser seus porta-vozes.
Débora
era uma dessas mulheres especiais, que mesmo antes da vitória militar “julgava”
Israel na cidade de Ramá.
O termo
“julgar” é importante para entendermos a importância dessa mulher. O juiz era
mais que um mediador de disputas. O juiz de Israel exercia todas as funções do
governador: tinha autoridade executiva e legislativa e muitas vezes também
autoridade militar. Podemos observar a autoridade de Débora, quando mandou
buscar Baraque, e este atendeu ao pedido. Somente depois da chegada de Baraque
é que ela falou como profetiza e contou-lhe que Deus ordenara que ele levasse
um exército ao monte Tabor.
Débora
foi uma daquelas poucas pessoas que Deus escolheu como porta-voz para comunicar
Sua vontade ao povo. Débora era uma profetiza. O relacionamento especial de
Débora com Deus foi reconhecido por todos e conquistou-lhe o respeito do povo.
Nos
dias de Gideão os israelitas eram oprimidos pelos midianitas. A razão, exposta
por um profeta enviado pelo Senhor ao povo, cujo nome não é mencionado, era que
haviam se negado a obedecer a Deus e passado a adorar deuses e deusas pagãs
daquela terra.
O
jovem Gideão estava cético quando o Anjo do Senhor lhe apareceu, chamando-o
“poderoso guerreiro”, e anunciou que o Senhor estava com ele. Gideão começou a
pensar em voz alta, primeiro a respeito da presença de Deus. Na ocasião,
malhava o trigo às escondidas na sua propriedade, com medo de que algum bando
de midianitas lhe roubasse a colheita. Como Israel podia encontrar-se em tal
situação se o Deus dos milagres era com ele?
Gideão
também não confiava na própria capacidade. Longe de ser um “poderoso
guerreiro”, considerava-se um joão-ninguém, o mais insignificante do clã mais
nobre de Manassés. Seu ceticismo o fazia duvidar até das promessas de Deus!
De
modo respeitoso, Gideão pediu um sinal, ou seja, uma evidência miraculosa de
que o estranho dizia a verdade. Isso não deve ser considerado falta de fé.
Deuteronômio 18 indica que os profetas de Israel – os que diziam falar a
verdade e nome de Deus – podiam e deviam ser testados.
Gideão
preparou um cabrito e farinha como oferta e, depois de tudo colocado sobre uma
pedra, o anjo fez cair fogo de maneira miraculosa sobre a oferta, e tudo foi
consumido.
Gideão,
consciente agora da natureza sobrenatural do visitante, adorou e honrou ao
Senhor.
Infelizmente,
após suas vitórias sobre os midianitas, sob o comando e a orientação do Senhor
dos Exércitos, Gideão, apesar de recusar a oferta para governar Israel como
rei, corrompeu seu coração, confeccionando um manto sacerdotal e guardando-o
não no Tabernáculo, mas em Ofra.
Jefté
ilustra o fato de que ser proscrito da sociedade não é indicação de ausência de
fé verdadeira em Deus. A criança com uma infância triste não se torna
necessariamente adulto frustrado.
Filho
de uma prostituta, Jefté foi rejeitado e expulso pelos irmãos por parte de pai,
apesar de aparentemente terem crescido juntos.
Por
ser rejeitado, tornou-se líder de uma pequena comunidade militar.
Posteriormente, quando sua terra natal foi ameaçada pelos amonitas, os líderes
o convidaram a retornar e ser seu comandante. Ninguém viera em seu auxílio,
para proteger-lhe os direitos, quando foi expulso pela família. Mas agora,
diante do perigo, o povo queria fazer uso de suas habilidades.
Sansão,
comparado a Jefté, começou a vida com larga vantagem. Seu nascimento foi
anunciado por um anjo, e recebeu educação espiritual dos pais, muito amorosos.
Na verdade, foi separado para Deus desde o nascimento. Deveria viver sob o mais
especial dos votos do AT, o de nazireu.
Entretanto,
se observarmos a história de Sansão, ainda que superficialmente, perceberemos
que sua vida foi trágica. Mesmo que o Senhor tenha abençoado Sansão, ele foi,
apesar de todas as regalias espirituais, um fracasso.
Ao
passarmos essa rápida pincelada sobre o livro de Juízes, percebemos toda a
condição caída de nossa humanidade pecaminosa nos mais diversos personagens que
passeiam pelo livro. Também não deixamos de notar a onipresente mão do Senhor,
pesando sobre todos os inimigos do Seu povo, apesar das diversas falhas de
caráter moral e espiritual que os israelitas apresentavam nessa época.
Ficam
para nós algumas lições que podemos retirar do livro de Juízes: Deus é presente
na nossa angústia, é amoroso apesar de toda nossa falta de fé e de nossas
dúvidas constantes, capacita-nos, mesmo que não acreditemos em nossas próprias
habilidades, torna-se nossa força, desde que por ele clamemos e fala através de
nós para que Sua vontade possa prevalecer sobre o Seu povo.
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2018, ano 28 nº 108 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano
divino de redenção – Pastor César Pereira Roza de Melo.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora
Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da
Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
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