Lição 10 – 02 de setembro
de 2018
– Editora BETEL
A
monarquia em Israel
SLIDES / VISUALIZAR / BAIXAR
HINOS SUGERIDOS
♫ Hino 88 ♫
♫ Hino 166 ♫
♫ Hino 440 ♫
VÍDEO 1
VÍDEO 2
Sobre a
monarquia em Israel
O
primeiro livro de Samuel reconta o rápido crescimento do poder e da influência
do rei Saul, bem como a sua subsequente e trágica queda. Neste sentido, o livro
segue o enredo de uma clássica tragédia grega.
A boa
aparência de Saul, sua altura e seu porte físico, bem como seu sucesso na
guerra, fizeram dele uma óbvia escolha para ser o primeiro rei de Israel. No
entanto, o autor de 1 Samuel põe em evidência o erro trágico de Saul, sua
desobediência às ordens de Deus (1Sm 13.7-12; 15.10-26). Por causa disso, o
Senhor o rejeitou. Abandonado por Deus, Saul rapidamente perdeu a coragem,
invejou o sucesso de Davi e, finalmente, perdeu a cabeça.
Das
cinzas dessa tragédia, Deus levantou outro rei, Davi, que viria a obedecer as
diretrizes do único e verdadeiro Rei, o Deus de Israel.
O
livro 1 Samuel foi adequadamente chamado assim por causa da principal
personagem das narrativas anteriores, o homem de Deus que ungiu os dois
primeiros reis de Israel: Saul e Davi. Originalmente, 1 e 2 Samuel eram um
livro só; o Livro de Samuel, nas escrituras hebraicas. Quando estas foram
traduzidas para o grego (a versão Septuaginta), por volta do ano 150 a.C., os
livros de Samuel e Reis foram agrupados para completar a história da monarquia
hebraica. Essa unidade das Escrituras era dividida em quatro partes: primeiro,
segundo, terceiro e quarto reinados. Os livros de Samuel e Reis foram separados
novamente mais tarde, mas as divisões da tradução grega persistiram. Com isso,
temos em nossas versões modernas os livros de 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis.
Durante
o tempo dos juízes, com o abusivo e corrompido poder exercido por eles sobre o
povo de Deus, os israelitas começaram a ficar insatisfeitos sobremaneira.
Queriam as glórias de uma monarquia como as que viam nas nações vizinhas. Deus
lhes permitiu ter um rei igual ao das outras nações: o bonito e alto rei Saul
(1Sm 10.1). Embora ele parecesse estar bem preparado para liderar a nação, seu
reinado acabou tragicamente porque Saul ignorou a Palavra do Senhor. Assim, boa
parte dos acontecimentos narrados em 1 Samuel está associada à queda, ao
reinado e à vida tumultuosa de Saul, em contraste com rápida ascensão do jovem
e fiel Davi.
Durante o primeiro período da monarquia de
Israel (1050-970 a.C.), os grandes impérios do Oriente Médio estavam em um
estado de fraqueza. Os povos escravos da Ásia Menor tinham se tornado
insignificantes. A Assíria estava em declínio, e o Egito estava enfraquecido
pelos conflitos internos. Os filisteus constituíam a maior ameaça contra Israel
durante esse período. A habilidade que eles possuíam para lidar com o ferro
deu-lhes uma decisiva vantagem militar e econômica sobre Israel. Apesar disso,
a ameaça dos filisteus teve um impacto positivo na situação política de Israel,
pois levou o exército desta nação a unir-se sob a liderança dos seus primeiros
reis, Saul e Davi.
É
evidente e inegável o fato de que o próprio Deus escolheu Davi para ocupar o
trono. A princípio, o filho de Jessé foi uma escolha surpreendente, pois ele
pertencia a uma família de camponeses. Porém, sua notável fé no Senhor o fez
destacar-se de seus companheiros israelitas e de Saul. Deus moldou o caráter de
Davi enquanto ele fugia da ira infundada de Saul. Neste período de tribulações,
Davi aprendeu a confiar em Deus e em Seus livramentos. Ainda que Davi cometesse
erros, ele sempre se voltava para Deus, pedindo misericórdia. Por essa razão
foi chamado um homem segundo o coração de
Deus (1S. 13.14).
No
segundo livro de Samuel estão registrados os triunfos e as derrotas do rei
Davi. Desde a sua ascensão até suas famosas últimas palavras, sua biografia
descreve um notável líder inspirado por Deus. Davi assumiu Israel como um reino
derrotado e dividido, resultado da má administração de seu antecessor, Saul, e
construiu uma nação proeminente.
Durante
os quarenta anos do seu reinado, Davi uniu as tribos que estavam separadas,
transformando-as numa forte monarquia e numa nação jovem, com força militar
capaz de dominar as nações vizinhas.
No
fim de seus dias, ao orientar seu filho e sucessor ao trono, Salomão, Davi o
fez de uma maneira muito comum aos pais do mundo antigo, ao passarem adiante um
legado aos seus sucessores. As últimas palavras de Davi proveram um excelente
modelo para os pais de hoje darem instruções finais aos seus filhos. As ordens
de Davi continham vários elementos.
1. Um claro reconhecimento e aceitação da morte (1Rs
2.2).
2. Um desafio a Salomão de agir com responsabilidade
(1Rs 2.2).
3. Uma revisão da aliança de Deus com a nação de Israel
(1Rs 2.3) e com a casa de Davi (1Rs 2.4).
4. Instruções de como servir com justiça e honrar os
compromissos de Davi (1Rs 2.5-9).
Salomão, filho e sucessor de Davi no
trono de Israel, ao ter a grata e preciosa oportunidade de pedir algo a Deus,
em vez de pedir riqueza, saúde ou felicidade, demonstrou notável sabedoria ao
pedir um coração entendido.
Ele estava seguindo as pegadas de um
homem notável (1Rs 3.6). Ele era jovem e considerava-se inexperiente (1Rs 3.7).
Ele tinha a responsabilidade de liderar o povo de Deus (1Rs 3.8), um povo que
se mostrou, em inúmeras ocasiões, teimoso, rebelde e duro com os seus líderes.
Além disso, Salomão tinha acabado de sair de uma verdadeira luta para sentar em
seu trono (1Rs 1.2). A maioria de seus inimigos tinha sido eliminada. Mas
poderia ele se esquecer da toda a intriga que tais eventos causaram a ele? Da
mesma forma, poderia ele se esquecer de todos os atentados que o seu pai
sofrera? Outrossim, o que dizer sobre as circunstâncias que envolveram o seu
próprio nascimento (2Sm 11.12)? Dadas as condições em que Salomão se
encontrava, ele tinha muitas razões para pedir a habilidade de discernir entre
o bem e o mal (1Rs 3.9).
Saul, Davi e Salomão foram os
primeiros três reis de Israel. Segundo suas limitações humanas, cada um teve
seus sucessos e fracassos. Saul, bem mais fracassos do que sucessos. Davi, mais
sucessos, pois respeitava, adorava e obedecia ao Deus Vivo na maioria das
vezes, porém sem deixar de errar e pecar perante o Senhor. E Salomão, o homem
mais sábio e justo durante boa parte de seu reinado, abdicou de sua sabedoria,
e mais, de sua comunhão com Deus, rendendo-se aos casamentos políticos e
passando a adorar aos deuses de suas esposas e concubinas.
Todos, simples homens. Porém, cada um
com características próprias, personalidades marcantes, grandes
responsabilidades adquiridas ao reinar sobre o povo de Deus. Exemplos
diferenciados, excelentes personagens para o estudo cristão de hoje em dia.
Se formos obedientes a Deus,
alcançamos Sua misericórdia, mesmo se, arrependidos do erro O procurarmos. Se
seguirmos nosso próprio entendimento, sem a ajuda e orientação do Senhor,
caímos em nosso próprio redil, armado pelas nossas ambições. Se começarmos com
a rota traçada por Deus para nossa vida, e depois de grandes vitórias, esquecermo-nos
de nossa comunhão e dependência do Altíssimo, a vida perde o sentido e torna-se
nada mais do que vaidade das vaidades.
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2018, ano 28 nº 108 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano
divino de redenção – Pastor César Pereira Roza de Melo.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora
Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da
Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário