Lição 11 – 09 de setembro
de 2018
– Editora BETEL
O
cativeiro babilônico
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Sobre o
cativeiro babilônico
O
reinado de Manassés foi o início do fim para Judá. Ao final de seu governo de
55 anos, ele ordenou “a Judá que servisse o Senhor, o Deus de Israel” (2Cr 33.16),
embora ele mesmo tenha conduzido o povo à profunda idolatria.
O
avivamento do reinado de Josias, neto de Manassés, não conseguiu trazer a nação
de volta para Deus.
Dois
profetas, Jeremias e Ezequiel, ministraram a Judá durante os últimos dias da
nação. Podemos deduzir que a situação espiritual de Judá tornou o exílio na
Babilônia uma necessidade se contrastarmos as palavras de ambos os profetas com
os eventos históricos.
Durante
o reinado de Manassés (2Cr 33.1-1-20), o Reino do Sul, apesar de ameaçado,
sobreviveu à invasão assíria que havia varrido Israel, o Reino do Norte, do
mapa. Além disso, havia ocorrido um avivamento espiritual nessa época sob
Ezequias. Porém Manassés, filho de Ezequias, conduziu Judá para o mesmo tipo de
idolatria que o Reino do Norte praticara sob Acabe e Jezabel. O Templo foi
profanado com altares pagãos, e o ocultismo foi patrocinado pelo próprio rei.
Houve até sacrifício de crianças ao deus Moloque, no vale de Hinom, próximo a
Jerusalém.
A
tradição diz que Isaías pronunciou-se contra o rei, e foi executado, como o
foram muitos outros líderes tementes a Deus que ousaram expressar seu protesto
(2Rs 21.16).
O reinado
de 55 anos de Manassés não trouxe prosperidade a Judá. Em 678 a.C., ele e 21
outros reis fizeram uma visita compulsória para jurar lealdade à Assíria. Mais
tarde, juntamente com Moabe e Edom, aparentemente envolveu Judá em uma rebelião
contra o domínio assírio, e por isso foi levado prisioneiro para a Assíria.
Ali, diz a Bíblia, Manassés “humilhou-se muito diante do Deus dos seus
antepassados” e foi conduzido de volta a Judá. “E assim”, continua o texto,
“Manassés reconheceu que o Senhor é Deus” (2Cr 33.12-13).
Após
ser libertado, o rei arrependido tentou instituir as próprias reformas.
Purificou o Templo, derrubou centros de idolatria em Jerusalém e ordenou “a
Judá que servisse ao Senhor, Deus de Israel” (2Cr 33.15-16).
Mas o
povo de Judá não correspondeu. A nação também havia passado do limite do juízo.
À frente haveria somente morte e destruição.
Em
primeiro lugar, o cativeiro não foi um evento único. Ocorreu por meio de uma
série de deportações de judeus para a Babilônia. Esses grupos foram levados em
605, 597 e 586 a.C. A primeira deportação levou a elite. A segunda,
provavelmente concentrou-se em artífices e líderes do povo. E a terceira, de
aproximadamente 70 mil pessoas, compunha-se dos demais, exceto os “pobres”, que
mais tarde fugiram para o Egito.
Em
segundo lugar, o “retorno” tampouco foi um evento único. Dois grandes grupos
vieram da Babilônia para a Terra Santa, o primeiro em 538 a.C., e o segundo,
cerca de oitenta anos mais tarde, em 458 a.C. Durante esse período e depois
dele, havia mais judeus fora da Terra Santa que nela própria.
Em
terceiro lugar, o foco da história havia mudado da terra da Palestina para os
poderes mundiais gentios que a controlavam. Daniel e Ester indicam que os
eventos que constituíram a experiência dos judeus na minúscula Judéia eram, na
verdade, forjados nos centros do poder mundial da época, e não na Palestina. A
terra tem significado religioso, mas não político.
Só os
mais fiéis e motivados, em termos religiosos, retornaram à Palestina para
estabelecer a presença judaica na terra que Deus prometera a Abraão muito tempo
atrás.
Deus
usou o cativeiro para eliminar do meio do povo, pelo processo de filtração,
aqueles cujos corações se haviam afastado dele.
Essa
filtração tinha dois aspectos. Primeiro, Ezequiel advertira que o pecador
morreria na invasão. Mas quem abandonasse o mal e se voltasse para o Senhor
sobreviveria ao terror daquele período (Ez 18). Assim, a própria morte eliminou
muitos que não deram ouvidos a Deus, deixando o remanescente mais disposto a
ouvir Suas palavras.
Segundo,
as bênçãos do cativeiro também serviram para separar os mais tementes a Deus
dos menos sintonizados com as coisas espirituais. Não houve na Babilônia
repetição da escravidão, que outra geração conhecera no Egito. Na verdade, a
prosperidade material que muitos experimentaram na Babilônia foi o modo que
Deus usou para distinguir entre os espirituais e os não tão espirituais. Ao
descrever a respeito do primeiro retorno, Esdras disse: “Então os líderes das
famílias de Judá e de Benjamim, como também os sacerdotes e os levitas, todos
aqueles cujo coração Deus despertou, dispuseram-se a ir a Jerusalém e a
construir o templo do Senhor.” (Ed 1.5). A espiritualidade motivou o retorno.
Aqueles cujas motivações eram materiais permaneceram na Babilônia onde a vida
era, a essa altura, confortável e segura.
O
cativeiro teve também impacto muito grande sobre as instituições judaicas. Três
coisas resultaram do cativeiro em benefício do povo.
Um
novo centro para a vida religiosa foi desenvolvido na Babilônia – a sinagoga,
palavra que simplesmente significa “ajuntamento”. Sem o Templo como centro de
adoração, os judeus começaram a reunir-se em grupos menores para a adoração e
para o estudo da Palavra escrita.
Em
segundo lugar, desenvolveu-se a classe dos escribas. O livro de Esdras conta
como ele “tinha decidido dedicar-se a estudar a Lei do Senhor e a praticá-la, e
a ensinar os seus decretos e mandamentos aos israelitas” (Ed 7.10).
Em
terceiro lugar, o cativeiro babilônico colocou fim à idolatria. Depois disso,
nunca mais a adoração a ídolos atrairia o povo judeu. Tentativas posteriores de
impor a idolatria sobre os israelitas conduziram à rebelião feroz contra os
invasores.
Cada
um de nós, cristãos, passa pelos seus momentos de cativeiro. Somos atormentados
por viver numa verdadeira Babilônia pós-moderna, somos pressionados a aceitar
valores que não os da Sã Doutrina, somos defrontados todo o tempo com os mais
atrativos manjares da mesa do príncipe desse mundo. Mas havemos que resistir ao
dia mau, assim como os israelitas do cativeiro babilônico resistiram até chegar
novamente à Jerusalém, e no nosso caso, a que nos espera é a derradeira e
sublime Jerusalém, aquela que descerá dos céus, onde estaremos junto com o
Senhor pela eternidade. Maranata, ora vem Senhor Jesus!
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2018, ano 28 nº 108 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano
divino de redenção – Pastor César Pereira Roza de Melo.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora
Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora
Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da
Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
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