Lição 02 – 13 de janeiro de
2019
– Editora BETEL
Enfrentando
o sentimento de solidão
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Sobre a solidão
Trecho de um artigo de A. W.
Tozer
“A solidão do cristão resulta do fato de ele andar com Deus num
mundo que não quer nada com Deus, um andar que o leva forçosamente para longe
do companheirismo do mundo não regenerado. Seus instintos, recebidos de Deus,
clamam pela companhia dos outros da sua espécie, outros que possam entender os
seus anseios, as suas aspirações, a sua absorção no amor de Cristo; e porque em
seu círculo de amigos há tão poucos que compartilham suas experiências
interiores, ele é forçado a andar só.
O homem verdadeiramente espiritual é na verdade esquisito. Ele
não vive para si, mas, para promover os interesses do outro. Procura persuadir
o povo a dar tudo ao Senhor, e não pede nenhuma parte, nenhuma porção para si
mesmo. Deleita-se em não receber honra, mas em ver o seu Salvador glorificado
aos olhos dos homens. Sua alegria é ver o seu Senhor ser o objeto de promoção e
ele próprio ser esquecido. Encontra poucos que cuidam de falar daquilo que
constitui o supremo objeto do seu interesse, pelo que muitas vezes fica em
silêncio e preocupado no meio do ruidoso bate-papo religioso. Por isso ele
ganha a reputação de ser maçante e sério demais, e assim é evitado, e o abismo
entre ele e a sociedade se alarga. Procura amigos em cujas vidas possa detectar
o mais profundo desejo de santidade diante do Senhor, e encontrando poucos, ou
nenhum, guarda isto em seu coração.
É esta verdadeira solidão que o lança de volta a Deus. “Se meu pai e minha mãe me desampararem, o Senhor me acolherá” (Sl 27:10). Sua
impossibilidade de encontrar companheirismo humano leva-o a encontrar em Deus o
que não consegue em nenhuma parte. Na solidão interior aprende o que não
poderia aprender em meio à multidão – que Cristo é tudo em todos, que Ele foi
feito para nós sabedoria, justiça, santificação e redenção, que Nele temos e
possuímos o Grande Tesouro da Vida, Cristo em nós a esperança da Glória (Col.
1:26).
A fraqueza de tantos cristãos modernos consiste em que se sentem
demasiamente à vontade no mundo. Em seu esforço para conseguir repousante
“ajustamento” à sociedade não regenerada, perderam seu caráter de peregrinos e
se tornaram parte essencial da mesma ordem moral contra o qual fomos enviados a
protestar. O mundo os reconhece e os aceita pelo que eles são. E esta é a coisa
mais triste que se pode dizer deles. Não são solitários, mas também não estão
em busca da santidade.
Os mais puros santos, são aqueles dos quais, muitas vezes, a
ruidosa igreja menos ouve. A vida piedosa não é mais considerada importante, a
não ser quanto aos muito velhos ou aos mais que mortos. As almas pias são abafadas
no turbilhão das atividades religiosas. Os ruidosos e auto afirmativos, os
divertidos são procurados e recompensados de todos os modos, com presentes,
multidões, oferendas e publicidade. Os que se assemelham a Cristo, os que se
esquecem de si mesmos, os que vivem como se já estivessem no mundo por vir são
empurrados para um lado para darem lugar ao último farrista convertido,
geralmente não convertido muito bem e tendo muito ainda de farrista. Toda
filosofia de vista curta, que ignora as qualidades eternas e dá valor as
trivialidades, é uma forma de incredulidade. Os “cristãos” que encarnam essa
filosofia anseiam pela recompensa atual; são impacientes demais para esperar o
tempo do Senhor. Não subsistirão no dia em que Cristo fizer conhecido o segredo
do coração de todos os homens e recompensar cada um de acordo com as suas
obras. O verdadeiro santo enxerga mais de longe, dá pouca importância aos
valores transitórios; com os olhos postos no futuro, aguarda anelante o dia em
que as realidades eternas virão aos que lhes fazem jus, e se verá que a vida
santa é tudo que importa.
Estranho quanto for, as almas mais santas que já viveram ganharam
a reputação de pessimistas. Sua sorridente indiferença para com as atrações do
mundo e sua firme resistência às tentações que elas exercem têm sido mal
compreendidas por pensadores superficiais e atribuídas a um espírito
antissocial e à falta de amor à humanidade. O que o mundo não foi capaz de ver
é que esses homens contemplavam uma cidade invisível, andavam dia a dia a luz
de outro reino, de um reino eterno.
O cristão sábio contentar-se-á em esperar por esse dia. No dia a
dia, servirá a sua geração, segundo a vontade de Deus. Se ele for deixado de
lado nas lutas por popularidade religiosa, dará a isto atenção mínima. Ele sabe
a QUEM está procurando agradar e está disposto a deixar que o mundo pense dele
o que quiser. De qualquer forma não estará aqui por muito tempo, e para onde
ele vai, os homens não serão reconhecidos pelos valores que o mundo aprecia.”
Decidi reproduzir integralmente esse texto de Alden Wilson Tozer
porque, de forma magistral, sintetizada mas, ao mesmo tempo, ampla, o escritor
conseguiu descrever o sentimento de solidão que incomoda o verdadeiro cristão,
em contrapartida ao sentimento de solidão experimentado pela humanidade que não
conhece a Cristo, que não é nada mais nada menos que a falta de Deus em suas
vidas.
Se esse é o sentimento de solidão verdadeiro que nós, cristãos, sentimos,
regozijemo-nos, é saudades de nossa Pátria Celestial e, como tal, deve ser
suportado até que alcancemos a coroa da vida, que nos dará o Senhor.
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º
Trimestre de 2019, ano 29 nº 110 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Enfermidades da Alma II – Buscando orientações divinas
e bíblicas para o tratamento de distúrbios emocionais e outros transtornos - Pastor
Israel Maia.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução:
Gordon Chown.
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