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Lição 05 - Vencendo o desespero e o medo


Lição 05 – 03 de fevereiro de 2019 – Editora BETEL

Vencendo o desespero e o medo

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Sobre o transtorno do pânico
            Nesta semana estaremos estudando o transtorno ou síndrome do pânico. A síndrome do pânico é um transtorno mental caracterizado por ataques agudos de ansiedade intensa, em que a pessoa acha que algo catastrófico pode lhe acontecer a qualquer momento. O ataque de pânico ocorre de forma abrupta e inesperada, começa com um breve período de medo ou mal-estar intenso e atinge o seu pico em poucos minutos.
A duração de um ataque de pânico varia entre 15 e 30 minutos. Durante a crise, a pessoa apresenta sintomas físicos e mentais. Os sintomas físicos da síndrome do pânico incluem respiração ofegante, batimentos cardíacos acelerados, falta de ar ou sensação de asfixia, boca seca, tonturas, náuseas, tremores, transpiração intensa, desconforto na barriga e no peito, podendo até ocorrer vômitos ou desmaios no pico da crise.
O início repentino e rápido dos sintomas, associado ao aumento da frequência cardíaca, muitas vezes leva o indivíduo a pensar que vai ter um ataque cardíaco.
Os sintomas psicológicos que caracterizam a síndrome do pânico incluem desespero, medo de morrer, medo de enlouquecer, sensação de que algo trágico vai acontecer, sensação de morte iminente. Também já se sabe que mais da metade das pessoas com síndrome do pânico apresentam também sintomas de depressão.
            Enquanto nas fobias a pessoa teme uma situação ou um objeto específico fora dela, como na fobia de altura, por exemplo, na Síndrome do Pânico a sensação é de que o perigo vem de dentro.  Frente ao corpo aparentemente descontrolado, há uma interpretação catastrófica destas reações corporais, como se fossem perigosas.
As crises de pânico podem tanto começar com uma reação inesperada do corpo ou a partir de pensamentos negativos. Nas crises surge o medo da perda de controle e os pensamentos catastróficos que vão acentuam a ansiedade, intensificando a crise.
Há quatro tipos principais de pensamentos catastróficos que aparecem nas crises de pânico: (1) de perda do controle, (2) de que se vai desmaiar, (3) que vai morrer e/ou (4) que está enlouquecendo. Ao acreditar nestes pensamentos catastróficos negativos, a pessoa fica aprisionada na dinâmica da Síndrome do Pânico.
Com a repetição das crises surge um medo de ter novos ataques de pânico, um fenômeno chamado ansiedade antecipatória. É comum a pessoa começar um processo de evitação, restringindo sua vida para tentar evitar que “aquilo volte”. Ela começa evitando ir a certos lugares e a fazer determinadas coisas, o que vai limitando sua vida pessoal e profissional.
Muitas pessoas com pânico também apresentam sintomas de agorafobia. A agorafobia é um estado de ansiedade relacionado a estar em locais ou situações onde escapar ou obter ajuda seria ser difícil caso a pessoa tenha um ataque de pânico. É mais comum ocorrer em espaços abertos, em ambientes cheios de gente, em lugares pouco familiares e quando a pessoa se afasta de casa. Pode incluir situações como estar sozinho, estar no meio de multidão, estar preso no trânsito, dentro do metrô, num shopping, etc.
As pessoas que desenvolvem agorafobia geralmente se sentem mais seguras com a presença de alguém de sua confiança e acabam elegendo alguém como companhia preferencial. Este acompanhante funciona como um “regulador externo” da ansiedade, ajudando a pessoa a se sentir menos vulnerável a uma crise de pânico.
Estas são as características centrais da Síndrome do Pânico: desregulação emocional, interpretação catastrófica das reações do corpo, comportamento de evitação e ansiedade antecipatória
            Nesta semana especialmente, posso dar um testemunho pessoal sobre esse transtorno, pois fui vítima da Síndrome do Pânico por mais de 30 anos. É, sem dúvida nenhuma, um quadro psicopatológico extremamente desgastante e que causa grande sofrimento, pois deixa a pessoa inapta para as atividades laborais mais corriqueiras, uma vez que os sintomas e o ataque em si podem chegar a qualquer momento.
            Durante essa penosa jornada tive que recorrer a médicos psiquiatras e a psicólogos que me deram suporte psicoterapêutico e medicamentoso, nem sempre eficaz. Por várias vezes, quando achava que estava livre das crises, elas voltavam com redobrada força.
            Mas, para honra e glória do Senhor Jesus, encontrei refúgio aos pés do Senhor, que me aliviou de todos esses sofrimentos que vêm no bojo dessa síndrome, e hoje estou curado, graças ao bom Deus.
            É bom frisar que a ajuda especializada, através dos medicamentos prescritos pelo psiquiatra, e a psicoterapia cognitivo-comportamental têm sua eficácia comprovada, pois conhecendo melhor a nós mesmos dentro de um prisma da psicologia e cuidando de tomar os remédios certos nas horas certas existe uma estabilização do quadro, o que propicia que, nos momentos de serenidade, possamos trabalhar nossa cura de forma mais efetiva, através do autoconhecimento.
            Sim, a cura depende de nós mesmos, sempre abaixo da direção do Senhor, procurando levar uma vida produtiva, valorizando nossos familiares que sempre estão nos apoiando, limpando a mente de pensamentos negativos e trabalhando nossa ansiedade de forma que, apesar de saber que ela existe, possamos ter ela sobre controle.
            Como dito acima, a ansiedade generalizada, um dos sintomas da Síndrome do Pânico, com o passar do tempo pode gerar um quadro de distimia (depressão recorrente) e esse é um ponto que, apesar de pouco abordado em estudos requer atenção especial. A pessoa que desenvolve a distimia além da Síndrome do Pânico, passa a viver debaixo de uma sombra de tristeza e falta de expectativa de vida, além de estar mais sujeita aos episódios críticos de pânico. É um círculo vicioso que leva os indivíduos com essa sintomatologia cada vez mais para o fundo do poço.
  Muitas pessoas creditam esse tipo de doença, classificada por CID 10 F-41.0, a uma fraqueza de personalidade, uma sensibilidade momentânea a certas situações, ou a episódios estressantes que podem ser facilmente superados. Mas poucos sabem o mal que causa ao indivíduo esse transtorno. A terrível sensação de sobreviver entre uma crise e outra, não sabendo ao certo se vai ocorrer um verdadeiro colapso do coração, sobrecarregado de adrenalina inútil, ou se vamos perder a razão por tanto pensar em situações catastróficas é uma cruz muito difícil de carregar.
Mas Jesus Cristo, nosso Senhor disse:
Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Mt 11.28-30.
E, realmente, em Cristo Jesus minha alma encontrou descanso. A estrada foi longa, o trajeto foi pontilhado de sofrimento, mas agora, firmado na Rocha, encontrei descanso para minha mente, meu corpo e minha alma. Só Cristo salva! Só Cristo cura! Glória a Deus!
Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º Trimestre de 2019, ano 29 nº 110 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Enfermidades da Alma II – Buscando orientações divinas e bíblicas para o tratamento de distúrbios emocionais e outros transtornos - Pastor Israel Maia.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.


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