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Lição 06 - Enfrentando os traumas da vida

Lição 06 – 10 de fevereiro de 2019 – Editora BETEL

Enfrentando os traumas da vida

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Sobre o transtorno do estresse pós-traumático
            Como reagem as pessoas quando algo terrível acontece? Cada um tem sua própria forma de reagir a situações de risco de vida ou experiências inesperadas. Podemos nos sentir com medo e impressionados enquanto alguém que passa pela mesma experiência pode se sentir chocado e agradecido por estar vivo. Esses pensamentos e sentimentos podem ser intensos e difíceis de lidar mas, para a maioria de nós, as reações a eventos traumáticos são completamente normais, temporárias, e desaparecem com o tempo.
Se uma pessoa tem dificuldade de se recuperar e suas sensações sobre a experiência permanecem presentes ou pioram com o tempo, ela pode ter um distúrbio mental chamado Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT). Transtorno de estresse pós traumático é uma reação extrema a um trauma, que pode alterar a forma como a pessoa pensa, sente e se comporta, e causa uma angústia considerável ou afeta sua capacidade de agir.
À medida em que temos novas experiências na vida, nosso cérebro precisa decidir se uma situação é ou não estressante ou perigosa. Se nosso cérebro percebe algo como uma ameaça à vida, ele ativa imediatamente uma resposta de emergência em todo seu corpo. Essa resposta, chamada de luta ou fuga, coloca o nosso corpo em estado de alerta e libera hormônios como adrenalina e norepinefrina. A luta ou a fuga aumentam a nossa chance de sobrevivência porque direcionam o foco e esforço do corpo para lidar com a situação estressante. Quando nossa segurança não está mais em risco e a ameaça passou, o cérebro interrompe esse ciclo.
Até pouco tempo atrás não era comum falar de estresse pós traumático. Foi somente na década de 1980 que os profissionais de saúde mental reconheceram o estresse pós traumático como um transtorno que causa grava sofrimento para a pessoa e afeta de forma significativa a qualidade de vida.
O estresse pós traumático é definido como um sofrimento psíquico que a pessoa passa devido à exposição a uma experiência traumática que tenha vivenciado em algum momento de sua vida. Geralmente, o indivíduo vivenciou, assistiu, testemunhou ou foi confrontado com uma ou mais situações negativas envolvendo um sofrimento real ou uma situação ameaçadora na qual reagiu com intenso medo, horror ou impotência.
Aqui vemos uma diferença bem distinta entre o transtorno do pânico e o transtorno do estresse pós traumático. No caso do pânico, devido ao caráter nebuloso e indistinto das origens do aparecimento da síndrome, não está claro quais são os fatores que desencadeiam as crises. No caso do transtorno do estresse pós traumático, a origem está bem delineada, configurada por um episódio incomum, doloroso, traumatizante, aonde não houve capacidade ou possibilidade de reação por parte do indivíduo, suscitando uma primeira reação de incapacitação frente ao acontecimento, e, posteriormente, a recordação vívida e traumática do fato, às vezes de forma nebulosa, às vezes de forma bem clara, sempre ocasionando muito sofrimento, depressão e até sintomas análogos às crises de pânico.
Na verdade, podemos afirmar que as duas síndromes tem similaridades, só diferindo na causa primordial do seu aparecimento, e no desenvolvimento da doença, que pode ter características de crises de pânico ou de vivência depressiva recorrente (distimia) em face de fato constantemente revivido.
De qualquer forma, ou para uma ou para outra síndrome, o único remédio eficaz, aliás, o único Médico eficaz é o Senhor Jesus, o Médico dos médicos. Só a presença d’Ele pode nos afastar desse ciclo vicioso de pensamentos malfazejos que tanto prejuízo trazem à nossa consciência e, por que não dizer, à nossa lucidez.
Inegável o fato de que o acompanhamento médico e psicoterápico é extremamente eficaz e age como coadjuvante importante para enfrentarmos as crises e os momentos de depressão, geralmente contíguos aos episódios. A medicação age como um freio diante da aceleração dos pensamentos insinuantes e deletérios que experimentamos normalmente diante dos gatilhos que ocasionam os episódios piores desses transtornos. A psicoterapia age como espelho, principalmente a cognitiva-comportamental, pois o profissional estimula a narração de nosso estado de espírito diante de nossas mazelas, fazendo com que nos apercebamos de detalhes que podem nos ajudar a lidar com nossas deficiências psíquicas. Melhor munidos dessas ferramentas, fica mais fácil enfrentarmos a doença e procurar dentro de nós próprios e, principalmente em Deus, nossa cura.
Na semana passada testemunhei como pessoalmente sofri durante muito tempo com a síndrome do pânico. Foram momentos terríveis e só eu posso aquilatar os prejuízos que, durante muito tempo, essa enfermidade me causou. Escrevendo sobre o transtorno do estresse pós traumático me apercebi como, com o decorrer dos anos e depois de aceitar Jesus Cristo em minha vida, havia sim um gatilho inicial para todo esse sofrimento.
Na verdade eu desenvolvi o quadro da síndrome do pânico devido a um acontecimento extremamente traumático ocorrido em minha juventude, ligado ao luto. E luto de uma pessoa muito querida. Constato, não agora, mas já ciente disso há um certo tempo, que as duas síndromes, a do pânico e a do estresse pós traumático, no meu caso em especial se confundem.
Durante muito tempo tive todos os sintomas de uma com a causa de outra. Mas agora, com a preciosa ajuda e companhia do Espírito Santo de Deus em minha vida, posso falar sobre isso de maneira normal, sem temer recaídas ou crises, tudo posso n’Aquele que me fortalece.
Toda honra e toda a glória sejam dadas ao Senhor Jesus, meu Salvador e Senhor!
Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º Trimestre de 2019, ano 29 nº 110 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Enfermidades da Alma II – Buscando orientações divinas e bíblicas para o tratamento de distúrbios emocionais e outros transtornos - Pastor Israel Maia.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.


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