Enfrentando
os traumas da vida
SLIDES / VISUALIZAR / BAIXAR
HINOS SUGERIDOS
♫ Hino 140 ♫
♫ Hino 178 ♫
♫ Hino
246 ♫
VÍDEO 1
VÍDEO 2
Sobre o
transtorno do estresse pós-traumático
Como
reagem as pessoas quando algo terrível acontece? Cada um tem sua própria forma
de reagir a situações de risco de vida ou experiências inesperadas. Podemos nos
sentir com medo e impressionados enquanto alguém que passa pela mesma
experiência pode se sentir chocado e agradecido por estar vivo. Esses
pensamentos e sentimentos podem ser intensos e difíceis de lidar mas, para a
maioria de nós, as reações a eventos traumáticos são completamente normais,
temporárias, e desaparecem com o tempo.
Se uma pessoa tem dificuldade de se recuperar e suas sensações
sobre a experiência permanecem presentes ou pioram com o tempo, ela pode ter um
distúrbio mental chamado Transtorno de Estresse Pós Traumático (TEPT).
Transtorno de estresse pós traumático é uma reação extrema a um trauma, que pode
alterar a forma como a pessoa pensa, sente e se comporta, e causa uma angústia
considerável ou afeta sua capacidade de agir.
À medida em que temos novas experiências na vida, nosso cérebro
precisa decidir se uma situação é ou não estressante ou perigosa. Se nosso
cérebro percebe algo como uma ameaça à vida, ele ativa imediatamente uma
resposta de emergência em todo seu corpo. Essa resposta, chamada de luta ou
fuga, coloca o nosso corpo em estado de alerta e libera hormônios como
adrenalina e norepinefrina. A luta ou a fuga aumentam a nossa chance de
sobrevivência porque direcionam o foco e esforço do corpo para lidar com a
situação estressante. Quando nossa segurança não está mais em risco e a ameaça
passou, o cérebro interrompe esse ciclo.
Até pouco tempo atrás não era comum falar de estresse pós
traumático. Foi somente na década de 1980 que os profissionais de saúde mental
reconheceram o estresse pós traumático como um transtorno que causa grava
sofrimento para a pessoa e afeta de forma significativa a qualidade de vida.
O estresse pós traumático é definido como um sofrimento psíquico
que a pessoa passa devido à exposição a uma experiência traumática que tenha
vivenciado em algum momento de sua vida. Geralmente, o indivíduo vivenciou,
assistiu, testemunhou ou foi confrontado com uma ou mais situações negativas
envolvendo um sofrimento real ou uma situação ameaçadora na qual reagiu com
intenso medo, horror ou impotência.
Aqui vemos uma diferença bem distinta entre o transtorno do
pânico e o transtorno do estresse pós traumático. No caso do pânico, devido ao
caráter nebuloso e indistinto das origens do aparecimento da síndrome, não está
claro quais são os fatores que desencadeiam as crises. No caso do transtorno do
estresse pós traumático, a origem está bem delineada, configurada por um
episódio incomum, doloroso, traumatizante, aonde não houve capacidade ou
possibilidade de reação por parte do indivíduo, suscitando uma primeira reação
de incapacitação frente ao acontecimento, e, posteriormente, a recordação
vívida e traumática do fato, às vezes de forma nebulosa, às vezes de forma bem
clara, sempre ocasionando muito sofrimento, depressão e até sintomas análogos
às crises de pânico.
Na verdade, podemos afirmar que as duas síndromes tem
similaridades, só diferindo na causa primordial do seu aparecimento, e no
desenvolvimento da doença, que pode ter características de crises de pânico ou
de vivência depressiva recorrente (distimia) em face de fato constantemente
revivido.
De qualquer forma, ou para uma ou para outra síndrome, o único
remédio eficaz, aliás, o único Médico eficaz é o Senhor Jesus, o Médico dos
médicos. Só a presença d’Ele pode nos afastar desse ciclo vicioso de
pensamentos malfazejos que tanto prejuízo trazem à nossa consciência e, por que
não dizer, à nossa lucidez.
Inegável o fato de que o acompanhamento médico e psicoterápico é
extremamente eficaz e age como coadjuvante importante para enfrentarmos as
crises e os momentos de depressão, geralmente contíguos aos episódios. A
medicação age como um freio diante da aceleração dos pensamentos insinuantes e
deletérios que experimentamos normalmente diante dos gatilhos que ocasionam os
episódios piores desses transtornos. A psicoterapia age como espelho,
principalmente a cognitiva-comportamental, pois o profissional estimula a
narração de nosso estado de espírito diante de nossas mazelas, fazendo com que
nos apercebamos de detalhes que podem nos ajudar a lidar com nossas
deficiências psíquicas. Melhor munidos dessas ferramentas, fica mais fácil
enfrentarmos a doença e procurar dentro de nós próprios e, principalmente em
Deus, nossa cura.
Na semana passada testemunhei como pessoalmente sofri durante
muito tempo com a síndrome do pânico. Foram momentos terríveis e só eu posso
aquilatar os prejuízos que, durante muito tempo, essa enfermidade me causou.
Escrevendo sobre o transtorno do estresse pós traumático me apercebi como, com
o decorrer dos anos e depois de aceitar Jesus Cristo em minha vida, havia sim
um gatilho inicial para todo esse sofrimento.
Na verdade eu desenvolvi o quadro da síndrome do pânico devido a
um acontecimento extremamente traumático ocorrido em minha juventude, ligado ao
luto. E luto de uma pessoa muito querida. Constato, não agora, mas já ciente
disso há um certo tempo, que as duas síndromes, a do pânico e a do estresse pós
traumático, no meu caso em especial se confundem.
Durante muito tempo tive todos os sintomas de uma com a causa de
outra. Mas agora, com a preciosa ajuda e companhia do Espírito Santo de Deus em
minha vida, posso falar sobre isso de maneira normal, sem temer recaídas ou
crises, tudo posso n’Aquele que me fortalece.
Toda honra e toda a glória sejam dadas ao Senhor Jesus, meu
Salvador e Senhor!
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º
Trimestre de 2019, ano 29 nº 110 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Enfermidades da Alma II – Buscando orientações divinas
e bíblicas para o tratamento de distúrbios emocionais e outros transtornos - Pastor
Israel Maia.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução:
Gordon Chown.
Nenhum comentário:
Postar um comentário