Lição 11 – 17 de março de
2019
– Editora BETEL
Esgotamento
físico e mental: prevenção e tratamento
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Sobre a
Síndrome de Burnout
Dentro
do contexto dessa sociedade pós-moderna, aonde as exigências profissionais
exercem grande pressão sobre nosso dia-a-dia, e tudo passa de maneira
extremamente rápida durante nossa jornada de trabalho, às vezes nos vemos
dentro de um quadro de esgotamento momentâneo, parece que não conseguimos mais
produzir nada, nossa capacidade criativa e operacional fica como que travada.
São episódios comuns hoje em dia, principalmente para profissionais que exercem
certos tipos de trabalhos essencialmente estressantes, como controladores de voo,
policiais, médicos, enfermeiros, bombeiros, socorristas, professores e até
pastores, enfim, gente que tem que lidar com situações que exigem constante
atenção redobrada, soluções rápidas e, principalmente, relacionamento com
pessoas problemáticas ou grupos sociais heterogêneos.
Quando
chegamos ao limite desse quadro de pressão psicológica que a sociedade, a
profissão, o trabalho e as pessoas nos impõem, a tendência é desenvolvermos
essa enfermidade da alma, tão comum nos dias de hoje: A Síndrome de Burnout.
O termo Burn, vem do inglês e significa queimar, já o termo Out, também do inglês, significa fora. A junção das duas palavras é
traduzida literalmente como esgotamento.
Burn Out está associado a um estado
de estresse crônico elevado, misturado à depressão. Há pesquisadores, porém,
que consideram o burnout apenas uma
forma de depressão no trabalho e não uma doença distinta.
Sensação
de exaustão completa no trabalho, inferioridade em relação aos outros,
isolamento, angústia para ir trabalhar e a impressão de que nada do que se faz
é satisfatório. O conjunto desses sintomas define, de uma forma geral a pessoa
portadora da Síndrome de Burnout.
Esse
distúrbio representa um desgaste no desempenho e no desenvolvimento das
qualidades físicas, psicológicas, mentais do ser humano, tais como
autoconfiança, criatividade, perseverança, dedicação e prazer laboral. Muitas
vezes, a estrutura do local de trabalho, a carga horária e o modo como os
gestores conduzem seus comandados não favorecem o melhor aproveitamento das suas
competências.
O início
dos sintomas pode se dar pelo acúmulo de tarefas, responsabilidades, exigências
e pressões sofridas pela alta demanda de trabalho. Há três componentes
principais desencadeados por essa enfermidade: esgotamento físico e mental, sensação
e impotência e falta de expectativas. Pode-se dizer que é um colapso físico e
emocional e em muitos casos há a necessidade de atenção médica especializada.
Não é
possível ainda determinar com exatidão a origem da síndrome nem o seu processo
de desenvolvimento. Apesar disso, existem três características que ajudam os
profissionais a diagnosticar a enfermidade:
Primeiramente,
a quantidade de trabalho é maior do que os recursos materiais e humanos e isto
provoca uma situação de estresse à qual o indivíduo tende a não aceitar.
Em
seguida, ocorre uma sobrecarga de trabalho e o indivíduo responde de forma
inadequada, começando, a partir daí, a aparecerem os primeiros sintomas que
são, ansiedade, fraqueza, irritabilidade e alterações emocionais em seu ambiente
laboral. Por último, aparece o enfrentamento defensivo que acarreta mudanças de
conduta e atitudes a fim de que a pessoa possa se defender ativamente para
resistir às diversas tensões negativas ali geradas.
Os
sintomas físicos da Síndrome de Burnout envolvem a fadiga (o indivíduo sente-se
desanimado, angustiado e cansado), mialgia (apresenta dores, principalmente na
região cervical, nos ombros e na coluna), alterações no sono (pode apresentar
insônia e pesadelos), dores de cabeça (na maioria dos casos é do tipo
tensional, mas pode até ser intensa, do tipo enxaqueca, com hipersensibilidade
à luz e a barulhos), alterações gastrointestinais (perda ou aumento de ingestão
de alimentos, distúrbios gástricos variando de queimação estomacal à gastrite,
sendo os mais relatados: diarreia, vômitos e náuseas), deficiência imunológica
(o organismo se torna menos resistente, podendo apresentar episódios e gripes,
resfriados, alterações na pele e alterações capilares como queda e/ou
aparecimento de cabelos brancos), alterações cardiovasculares (pode haver
aumento da pressão arterial, arritmia ou até mesmo infarto), alterações
respiratórias (dispneia, bronquite e asma), disfunções sexuais (dificuldade de
ter relações ou até impotência, no caso do homem e alterações menstruais e
frigidez, no caso das mulheres).
Nos
sintomas psíquicos verificamos alterações na memória (dificuldade de fixação e
lapsos de memória), falta de concentração (a pessoa fica distraída e tem
dificuldade em concentrar-se em seus afazeres), pensamento lento, sentimento de
alienação e solidão (a pessoa sente-se distante do mundo em vive, sozinha,
incompreendida), impaciência, impotência (sente que não pode fazer nada para
mudar sua situação atual), distúrbios emocionais (alterações bruscas de humor),
redução da autoestima, alterações de humor (dificuldades em realizar atividades
rotineiras, fraqueza e depressão).
Nos
sintomas comportamentais nota-se desatenção, descontrole emocional (a pessoa se
irrita com facilidade), aumento da agressividade, incapacidade para relaxar (o
sistema nervoso está sempre estimulado, gerando contração muscular contínua e
impossibilitando a distração e o relaxamento), dificuldade em aceitar mudanças
(prefere situações rotineiras), perda de iniciativa, aumento do consumo de
substâncias (bebidas alcoólicas, café, ou até mesmo drogas), comportamento de
alto risco (prática de atividades que colocam a vida em risco visando minimizar
o sentimento de impotência, podendo chegar até mesmo ao suicídio).
Por
último, temos os sintomas defensivos que compreendem o isolamento, perda de
interesse (pelo trabalho, pelo lazer, pelas pessoas e por fim até pela vida),
absenteísmo (as faltas ao trabalho passam a ser a saída ideal ou a
possibilidade de alívio), vontade de abandonar o trabalho, ironia e cinismo
(tanto com colegas de profissão quanto com as pessoas a quem presta serviços).
Terrível
coisa é cair nesse laço, com certeza, tramado pelo inimigo de nossas almas para
nos atormentar, fazer-nos perder o rumo, o norte e deixar-nos à beira do
Caminho que o Senhor traçou para nós com Seu inestimável carinho e amor
incondicional.
A
Palavra do Senhor é muito clara quando nos admoesta com relação a todo e
qualquer tipo de fraqueza que nos acomete. Todos nós estamos fadados a, mais
dia ou menos dia, apresentar episódios de certa forma semelhantes aos acima
descritos. Diz a Palavra de Deus em Isaías 40.28 a 31 (NVI):
“Será que você não sabe? Nunca ouviu falar?
O Senhor é o Deus Eterno, o Criador de toda a terra. Ele não se cansa e nem
fica exausto, sua sabedoria é insondável. Ele fortalece o cansado e dá grande
vigor ao que está sem forças. Até os jovens se cansam e ficam exaustos e os
moços tropeças e caem; mas aqueles que esperam no Senhor renovam suas forças.
Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se cansam.”
Descansemos,
pois, no Senhor nosso Deus, pois Ele tem solução para todas as nossas mazelas
da alma. É certo que, por serem instituídos pelo próprio Deus para nos
tratarem, os médicos podem nos ajudar, e isso não é demonstração de fraqueza
para ninguém. Porém, nossa confiança deve estar, acima de tudo no Deus poderoso
que criou os céus e a terra (Sl 146.5-6).
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º
Trimestre de 2019, ano 29 nº 110 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Enfermidades da Alma II – Buscando orientações divinas
e bíblicas para o tratamento de distúrbios emocionais e outros transtornos - Pastor
Israel Maia.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
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