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Lição 07 - O desafio das novas teologias e modismos


Lição 07 – 19 de maio de 2019 – Editora BETEL

O desafio das novas teologias e modismos

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Sobre o desafio das novas teologias e modismos
            Em 31 de outubro de 1517, ocorria na Alemanha a Reforma protestante, que, entre outras coisas, combateu a comercialização de bênçãos e a supersticiosidade religiosa. Hoje, algumas igrejas ditas evangélicas se veem ameaçadas por inovações, modismos e crendices que solapam a genuína doutrina bíblica.
Muitas igrejas evangélicas estão reeditando as práticas da igreja medieval, quando aquelas vendiam a salvação por meio das indulgências. O apóstolo Pedro já fazia séria advertência neste particular, (1Pe 5.2,3; 2Pe 2.1-3).
A Bíblia denomina de mercenário aquele que usa das coisas sagradas em benefício próprio, visando tão somente tirar vantagem e lucro para si (Jo 10.11-13; Fp 3. 17-19).
Um exemplo do exposto anteriormente é o caso de Demas, ele era companheiro de Paulo na obra, mas abandonou o apóstolo e foi para Tessalônica, possivelmente em busca de maiores ganhos financeiros, pois Tessalônica era uma cidade próspera onde corria muito dinheiro (2Tm 4.10).
O apóstolo Paulo adverte que nos afastemos de homens fraudulentos que se infiltram na igreja com aparência de piedade, mas trazem ensinamentos contrários para tirar proveito da igreja (1Tm 6.3-5; 2Tm 3.5).
A obra de Deus precisa de dinamismo, criatividade, estratégia e fervor, mas é preciso cuidado com as práticas sem respaldo bíblico. Deus não aceita fogo estranho no culto (Lv 10.1-3)
Para colocar ordem na realização dos cultos da igreja em Corinto, Paulo foi muito específico ao ensinar que os Dons, ministérios e operações, são dados pelo Espírito a cada um para o que for útil (1Co 12.4-7); Quando no ajuntamento dos crentes para cultuar, cada um tem salmo, doutrina, revelação, línguas, interpretação, e que tudo seja feito para a edificação. Paulo observa que Deus não é de confusão, e que, portanto, faça-se tudo com decência e ordem (1Co 14.26,33,40).
Não seria esse o padrão a ser seguido pelas igrejas ditas evangélicas em nossos dias?
O temor de Paulo, já em seu tempo, era que a igreja se afastasse da simplicidade que há em Cristo, levada por uma pregação que nada tem que ver com o genuíno Evangelho (2Co 11.3,4). Paulo repreendeu os gálatas pelo fato destes terem passado para outro evangelho o qual transtorna o Evangelho de Cristo (Gl 1.6-8).
No meio evangélico o termo modismo tem um sentido objetivo de desvio doutrinário por não ser fundamentado na bíblia, ter levantes históricos controversos e apresentação teológica inconsistente para a vida da igreja. A prática modista descortinou propósitos de conveniência e táticas proselitistas entre os seus principais atores de proclamação. Enquanto alguns “movimentos” desenvolvem e espalham suas invenções e inovações quase sempre caracterizadas por exageros e tentativas da representação física e palpável do sagrado, os tradicionais sustentam uma posição restritiva a tais manifestações, exatamente por preservarem seu padrão litúrgico e doutrinário inalterados, e que tal firmamento em dogmas da tradição por si mesmo se constitui como oposição aos modismos.
A questão é que mesmo que “a ala do pentecostalismo clássico” não aprove os exageros das experiências emotivas, confusão litúrgica e homilia extra bíblica que compõem os “modismos” praticados na atualidade em nossas denominações; temos de admitir que fomos influenciados por ondas e modas “renovacionistas” que nos distanciaram de nossas origens, identidade e comportamento histórico. O motivo óbvio para tal declaração é que fomos dando cada vez mais ênfase às experiências como afirmações doutrinárias através da prática de campanhas, revelações, unções especiais e outras agregações de cunho heterodoxas.
Quem dera se os pontos críticos dos “modismos liturgizados e espiritualizados” fossem apenas um descontrolado ápice emocional ou uma explosão do extravasar sentimental praticado por membros das igrejas que assumem tais costumes. A incoerência maior é que estas tendências estabelecem crenças infundadas através de seu teologismo destorcido. Comprometem e corrompem a relação do crente com Deus desenvolvendo uma condução menos bíblica e mais emotiva da vida cristã. Estabelecem “novos e invertidos valores” da mordomia bíblica; elevam a autoridade do “dom de revelação” à própria inspiração das Escrituras, dando ênfase mais a essas “revelações pessoalmente dirigidas” do que aquelas eternamente comunicadas através da Bíblia para a vida comum da Igreja de Cristo na terra. Modismos geram manias e às vezes desenvolvem fobias naqueles que não os aderem.
Podemos finalizar observando que as inovações neopentecostalizadas não resolveram o problema do protestantismo norte americano e certamente sua importação para o nosso país menos bem tem feito a igreja evangélica brasileira. O sentimento desta última hora não é por novidades e despertamentos infundados, percebemos uma igreja inchada em seu “ego autoritário” (Ap 3.7) e vazia da autoridade do Espírito; composta por crentes que se acham ungidos para amaldiçoar e declarar coisas que nem medem as consequências se fossem realizadas. É tempo de voltarmos (Ap 2.4-5) à prática do simples Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo!
Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º Trimestre de 2019, ano 29 nº 110 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Enfermidades da Alma II – Buscando orientações divinas e bíblicas para o tratamento de distúrbios emocionais e outros transtornos - Pastor Israel Maia.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

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