Lição 11 – 15 de setembro
de 2019
– Editora BETEL
A
Páscoa desejada
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Sobre a Páscoa
No
calendário judaico, o primeiro dia do ano foi estabelecido pelo Senhor em
comemoração à festa da Páscoa. “Este mesmo mês vos será o princípio dos meses;
este vos será o primeiro dos meses do ano.” (Êx 12.2). É o mês de “abibe”,
posteriormente chamado de “Nisã”. O Senhor deu todos os detalhes de como Israel
deveria fazer para ser livre da morte que passaria sobre o Egito na noite da
última praga de Moisés.
“Falai a
toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si
um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família […] O
cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das
ovelhas ou das cabras. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e
todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do
sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que
o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com
ervas amargosas a comerão.” (Êx 12.3,5-8).
É
belíssimo o significado dessa festa nacional sob a luz do Novo Testamento. O
cordeiro tipifica Jesus. Seria macho, sem defeito. Somente Jesus Cristo entrou
para a humanidade e viveu sem “defeito”, isto é, sem pecado. Somente ele
poderia cumprir toda a “justiça” de Deus.
Em Êxodo 12.46 e Números 9.12
ficou determinado que nenhum dos ossos do cordeiro pascal deveria ser partido,
este detalhe foi cumprido de maneira impressionante na crucificação de Jesus
(Jo 19.36).
O
seu sangue seria derramado para que a morte não penetrasse nas casas onde
houvesse sua marca nas duas ombreiras e na verga das portas. É interessante
perceber que a verga, de acordo com o dicionário, constitui-se em peça que se
põe horizontalmente sobre as ombreiras de porta. Ou seja, o sangue do cordeiro
era colocado no sentido vertical e também passado no horizontal. Isto nos lembra
a cruz com suas duas hastes: vertical e horizontal…
O cordeiro seria imolado no
“crepúsculo da tarde”, isto é entre meio dia e o pôr-do-sol. A morte de Jesus
se deu exatamente nesse horário, por volta da hora nona (três da tarde) – Mt 27.45-46;
Mc 15.33-34; Lc 23.44.
A
família deveria comer a carne do cordeiro assada, sem nada deixar para o dia
seguinte. Todos juntos e prontos para partir a qualquer momento: vestidos com
suas roupas de viagem, de sandálias nos pés e cajado na mão. Com toda a mudança
pronta para partir para outra nação. Outro lugar. Outra língua. Outros costumes
completamente diferentes do Egito. Aquele seria o último dia sob escravidão. Ao
partir, naquela noite, estariam livres. Liberdade para sempre! Canaã os
aguardava. Egito, nunca mais…
O
Evangelho é para a família: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a
tua casa.” (At 16.31). A Páscoa nos fala de salvação para a família. Todos
juntos dentro de casa, salvos pelo sangue colocado nos umbrais (ombreiras) e na
verga das portas. E Moisés ensinou como a família deveria comemorar esse dia:
“E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Então
direis: Este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos
de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então
o povo inclinou-se, e adorou.” (Êx 12.26-27).
“E era a
preparação da Páscoa, e quase à hora sexta; e (Pilatos) disse aos judeus: Eis
aqui o vosso Rei.” (Jo 19.14). Jesus foi entregue para a morte exatamente no dia
da Páscoa. No dia do sacrifício do cordeiro pascal, o “Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo” foi “imolado”. E Ele tinha dito aos discípulos que Ele
era o “Pão vivo” que descera dos céus, e que deveria ser o “alimento” para
todos os que desejassem a salvação… (Jo 6.51) “Eu sou o Pão Vivo que desceu do
céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a
minha carne, que eu darei pela vida do mundo.” O Senhor anunciou o seu
sacrifício por nós. Ele tomou sobre si o nosso castigo, isto é, a nossa morte,
por causa do nosso pecado e nos deu a sua própria vida. Ele se fez o “filho do
homem” para nos fazer “filhos de Deus”.
O
significado completo desse evento teria de esperar pela vinda de Jesus. Seu
sacrifício na cruz do Calvário foi a morte do Cordeiro de Deus pelos pecados do
mundo. Mas o crente do AT pôde aprender lições vitais com a experiência do
cordeiro pascal.
a) O
relacionamento com Deus é questão de vida ou morte. Somente a identificação com
o povo de Deus poupava a vida da pessoa.
b) A
redenção traz liberdade à custa de morte. Não foi possível quebrar a servidão
do Egito enquanto não houve pena de morte. A liberdade de Israel custou um alto
preço.
c) Só é
possível livrar-se da pena de morte por meio do sacrifício. De certa maneira, o
sangue do cordeiro sacrificial protegeu as casas dos hebreus, que creram na
palavra. Mais tarde, Deus explicaria isso a essa mesma geração da seguinte
maneira: “A vida da carne está no sangue, e eu o dei a vocês para fazerem
propiciação por si mesmos no altar; é o sangue que faz propiciação pela vida.”
(Lv 17.11). Bem mais tarde, no NT o autor do livro aos Hebreus veria no
sacrifício a necessidade da morte de Jesus: “Sem derramamento de sangue não há
perdão” (Hb 9.22). Sacrifício e perdão, a morte de um substituto e a liberdade
espiritual estariam, assim, para sempre ligados.
Pois
bem, o sacrifício supremo de Cristo Jesus na cruz do Calvário foi consumado.
Estamos livres da escravidão do Egito pós-moderno e aptos para a liberdade com
Deus. O Espírito Santo nos guia pelo deserto dessa vida, de maneira que somos
constantemente protegidos, quer do calor de um dia de emoções, quer do frio de
uma noite sem sentido, com amor e compaixão.
Resta-nos
abraçar essa salvação tão poderosa e perfeita, servindo a nosso Deus de melhor
maneira possível, sem se preocupar com os exércitos do faraó atual ou com a
profundidade do mar vermelho em nossa caminhada.
Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do
Senhor Jesus!
Arlete Tavares / Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2019, ano 29 nº 112 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Lucas – Uma exposição bíblica e cristocêntrica do
Evangelho, da misericórdia e do amor de Deus pela humanidade, através da vida e
obra de Jesus, o Filho do homem – Bispo Samuel Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Gostei muito da sua aula irmã também sou professora da EBD e gostaria muito de ensinar tão bem como vc ensina.
ResponderExcluirMiss Arlete como.amo suas licoes assisto todas
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