Lição 08 – 24 de novembro
de 2019
– Editora BETEL
Evidências
da realidade histórica de Jesus Cristo
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Sobre a realidade
histórica de Jesus Cristo
Flavio
Josefo (37 d.C. – 100 d.C.), foi um historiador e apologista judaico-romano,
descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in
loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano
Vespasiano, comandadas por seu filho Tito, futuro imperador. Em seu livro
“Antiguidades Judaicas”, escrito no século I, Josefo cita Jesus:
“Nesse mesmo tempo apareceu Jesus, que era
um homem sábio, se todavia devemos considera-lo simplesmente como um homem,
tanto suas obras eram admiráveis. Ele ensinava os que tinham prazer em ser
instruídos na verdade e foi seguido não somente por muitos judeus, mas mesmo
por muitos gentios. Ele era o Cristo. Os mais ilustres da nossa nação
acusaram-no perante Pilatos e ele fê-lo crucificar. Os que o haviam amado
durante a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu
ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas o tinham predito e
que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, que vemos ainda
hoje, tiraram seu nome”.
Celso
(em grego: Κέλσος) foi um filósofo grego do século II, lembrado como opositor
do Cristianismo. Sua obra A Verdadeira Palavra foi contestada por Orígenes,
numa polêmica famosa, em sua obra Contra Celsum. O filósofo pagão acusa Maria e
Jesus:
“Ele [Celso]
o [Jesus] acusa de ‘inventar seu nascimento de uma virgem’ e o censura como
sendo ‘nascido em uma determinada vila judaica, de uma mulher pobre de seu
país, que ganhava a vida como costureira, e que foi expulsa de casa por seu
marido, um carpinteiro por profissão, por que ela fora condenada por adultério;
após ter sido expulsa por seu marido, e vagueando por uns tempos, ela
desgraçadamente deu a luz a Jesus, um filho ilegítimo, que fora empregado como
serviçal no Egito em função de sua pobreza, e tendo aí adquirido alguns poderes
mágicos, nos quais os egípcios tanto se orgulham, e [então] retornou ao seu
país, sendo exaltado por conta deles, e por meio deles se proclamou como um
deus” (Origens, Contra Celsum, 1.28; IN: ROBERTS, Alexander, DONALDSON, James,
Ante-Nicene Fathers, VOL 4, pp.408)
Sobre
Jesus e os discípulos:
“Jesus reuniu próximo a si mesmo dez ou onze
pessoas de caráter notório, o mais doentio dos cobradores de impostos,
marinheiros, e com eles fugiu de lugar em lugar, e obteve sua sobrevivência de
um modo vergonhoso e inoportuno” (Origens, Contra Celsum, 1.62; IN: ROBERTS,
Alexander, DONALDSON, James, Ante-Nicene Fathers, VOL 4, pp.423)
Em outra citação, ele faz outras declarações
sobre Cristo e seus discípulos, que também confirmam detalhes interessantes
apresentados pelas escrituras, observe:
“[Ele foi] abandonado e entregue por esses
mesmo com quem tinha se associado, que o tinham como professor, e que
acreditavam que ele era o salvador, o filho do Altíssimo Deus (…) Esses com
quem se associou enquanto estava vivo, que ouviram sua voz, que apreciaram suas
instruções como seus professor, ao verem-no sujeito a punição e morte, nem
mesmo morreram por ele (…) mas negaram que foram seus discípulos”.
Cornélio
Tácito (55 d.C. – 120 d.C.), foi um historiador, orador e político romano. É
considerado um dos maiores historiadores da Antiguidade. Robert E. Van Voorst o
considera como o maior historiador Romano. Tácito fala de Jesus e sua morte:
“Mas nem todo o socorro que um pessoa
poderia ter prestado, nem todas as recompensas que um príncipe poderia ter
dado, nem todos os sacrifícios que puderam ser feitos aos deuses, permitiram
que Nero se visse livre da infâmia da suspeita de ter ordenado o grande
incêndio, o incêndio de Roma. De modo que, para acabar com os rumores, acusou
falsamente as pessoas comumente chamadas de cristãs, que eram odiadas por suas
atrocidades, e as puniu com as mais terríveis torturas. Christus, o que deu
origem ao nome cristão, foi condenado à extrema punição [i.e crucificação] por
Pôncio Pilatos, durante o reinado de Tibério; mas, reprimida por algum tempo, a
superstição perniciosa irrompeu novamente, não apenas em toda a Judéia, onde o
problema teve início, mas também em toda a cidade de Roma”.
Talmude
é a transliteração da palavra hebraica que significa “instrução, aprendizado”,
proveniente da raiz do termo que significa “ensinar” ou “aprender”. O Talmude é
composto por dois diferentes compêndios: (1) com a produção de citações
anteriores ao ano 200d.C., e provavelmente posteriores a 70d.C., é conhecida
como Mishná; (2) com a produção possivelmente posterior ao ano 500dC, que é
conhecida como Gemará, que nada mais é do que o comentário à Mishná.
Segundo
Habermas, a Mishná é resultado de uma tradição oral judaica transmitida de
geração a geração e que foi “organizado por temas pelo Rabi Akiba antes de sua
morte em 135 d.C. Seu trabalho foi revisado pelo Rabi Meier. O projeto ficou
pronto por volta de 200 d.C. pelo Rabi Judá” (HABERMAS, Gary, Historical Jesus,
College Press, 1996; pp.202). Sobre a
produção do Talmude, F.F. Bruce, com mais detalhes, afirma:
“O
vultoso corpo de casuística legal, ‘a tradição dos anciãos’ referida no Novo
Testamento, havia sido legado oralmente de geração a geração, avolumando-se
mais e mais com o correr dos anos. O primeiro passo no sentido da codificação
de todo esse material foi dado agora [pouco após a queda de Jerusalém]. O
segundo deu-o o grande Rabino Akiba, o primeiro a sistematiza-lo consoante com
os assuntos. Após a morte heroica de Akiba, por ocasião do fracasso da revolta
de Bar Cocbá contra Roma, em 135 d.C., procedeu a revisão e lhe continuou a
obra seu discípulo, Rabino Meier. A obra de codificação chegou ao termo final
por volta do ano 200, mercê do Rabino Judá, presidente do sinédrio de 170 a
217, Esse código completo de jurisprudência religiosa assim compilado é
conhecido pelo designativo de Mishná” (BRUCE, F.F., Merece Confiança o Novo
Testamento. Vida Nova, 1965, pp.131)
Em
função do caráter da Mishná, um compêndio jurídico judaico feito por fariseus,
não é de se esperar que muitas citações fossem feitas a Jesus ou a seus
seguidores, afinal, esse não é o tipo de literatura para apresentação de
histórias. Entretanto, em pouquíssimas citações que se faz, ou a Cristo ou aos
cristãos, encontramos comentários hostis, porém, servem para atestar a
historicidade de Cristo. Na Mishná, na 43ª seção do Sanhedrin, encontramos a
seguinte declaração a respeito de Jesus Cristo:
“Na véspera da Páscoa eles penduraram Yeshu
e antes disso, durante quarenta dias o arauto proclamou que [ele] seria
apedrejado ‘por prática de magia e por enganar a Israel e fazê-lo desviar-se.
Quem quer que saiba algo em sua defesa venha e interceda por ele’. Mas ninguém
veio em sua defesa e eles o penduraram na véspera da páscoa”.
Todas
essas evidências apontam para a certeza histórica da vida e da obra salvífica
de nosso Senhor Jesus Cristo. Não existem dúvidas na mente e no coração do
verdadeiro cristão de que só o Filho de Deus poderia nos resgatar do pecado e
da morte, mas para os leigos e descrentes esses argumentos acima descritos, de
inegáveis fontes históricas críveis, porém, alheias ao cristianismo, chancelam
a passagem do Mestre por nosso mundo e nossa existência.
Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do
Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2019, ano 29 nº 113 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Apologética Cristã – A importância da defesa da fé
diante dos desafios da sociedade atual – Pr. Joabes Rodrigues do Rosário.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
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