Lição 10 – 08 de dezembro
de 2019
– Editora BETEL
Bíblia:
infalível revelação de Deus
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Sobre a Bíblia,
a infalível revelação de Deus
Alguns têm sugerido que as Escrituras sempre podem
ser confiáveis em questões de ordem moral, mas que nem sempre são corretas em
questões históricas. Eles confiam na Bíblia no campo espiritual, mas não na
esfera da ciência. Se isso fosse verdade, entretanto, negaria a autoridade divina
da Bíblia, já que o espiritual, o histórico e o científico então frequentemente
interligados.
Um cuidadoso exame das Escrituras revela-nos que as
verdades científicas (fatuais) e as espirituais são muitas vezes inseparáveis.
Por exemplo, não se pode separar a verdade espiritual da ressurreição de Cristo
do fato de que o seu corpo deixou para sempre vazio o seu túmulo e que depois
ele apareceu fisicamente (Mt 28:6; 1Co 15:13-19).
Da mesma forma, se Jesus não tivesse nascido de uma
mulher biologicamente virgem, então ele não seria diferente do resto da
humanidade, sobre quem recai o estigma do pecado de Adão (Rm 5:12). Também a
morte de Cristo por nossos pecados não pode ser separada do fato de que ele
derramou literalmente o seu sangue na cruz, pois "sem derramamento de
sangue, não há remissão" (Hb 9:22).
A existência e a queda de Adão tampouco podem ser um
mito. Se não tivesse havido literalmente um Adão, e se não tivesse havido de
fato a queda, então o ensino espiritual quanto ao pecado herdado e quanto à
morte física, dele decorrente, estaria errado (Rm 5:12). A realidade histórica
e a doutrina teológica juntas permanecem ou juntas caem por terra.
Além disso, a doutrina da encarnação é inseparável
da verdade histórica de Jesus de Nazaré (Jo 1:1,14). E ainda, o ensino de
caráter moral de Jesus quanto ao casamento baseou-se no que ele ensinou quando
disse que Deus juntou literalmente um Adão e uma Eva em matrimônio (Mt 19:4-5).
Em cada um destes casos, o ensino moral e o
teológico perdem totalmente o sentido se desconsiderado o evento histórico e
fatual. Negando-se que aquele evento ocorreu literalmente no tempo e no espaço,
fica-se então sem uma base para crer na doutrina bíblica construída sobre ele.
Com frequência, Jesus comparou eventos do AT
diretamente com importantes verdades espirituais. Por exemplo, ele relacionou
sua morte e ressurreição com Jonas e o grande peixe (Mt 12:40). Da mesma forma,
sua segunda vinda foi comparada com os dias de Noé (Mt 24:37-39).
Tanto as circunstâncias como as características de
tais comparações deixam claro que Jesus estava afirmando que aqueles eventos
foram fatos históricos, que realmente aconteceram. De fato, Jesus afirmou a
Nicodemos: "Se tratando de coisas terrenas não me credes, como crereis, se
vos falar das celestiais?" (Jo 3:12).
Em resumo, se a Bíblia não falasse com verdade a
respeito do mundo físico, então ela não poderia ser digna de confiança ao
referir-se ao mundo espiritual. Os dois mundos acham-se intimamente
relacionados.
A inspiração inclui não apenas tudo o que a Bíblia
explicitamente ensina, mas inclui também tudo a que ela se refere. Isso é
verdade quando a Bíblia se reporta à história, à ciência ou à matemática. Tudo
o que a Bíblia declara é verdadeiro - podendo ser tanto um ponto de maior como
também de menor importância. A Bíblia é a Palavra de Deus, e Ele não se desvia
da verdade em nenhum momento. Todas as partes das Escrituras são verdadeiras,
assim como o todo que elas formam.
A inerrância é uma decorrência lógica da inspiração.
Porque inerrância significa verdade total, sem erros. E o que Deus profere (inspira)
tem de ser completamente verdadeiro e sem erros (inerrante). Contudo, convém
especificar com maior clareza o que significa "verdade" e o que
constitui um "erro".
Verdade significa aquilo que corresponde à realidade.
Um erro, então, é o que não corresponde à realidade. A verdade é dizer o que de
fato é. Um erro é não dizer o que é. Consequentemente, nenhuma coisa errada
pode ser verdadeira, mesmo que o autor pretendesse que o seu erro fosse algo
verdadeiro. Um erro é um erro, não simplesmente alguma coisa que nos faça
errar. De outro modo, toda expressão sincera poderia ser considerada verdadeira
ainda que se tratasse de um erro grosseiro. Da mesma forma, algo não é
verdadeiro simplesmente porque realiza o propósito que havia sido estabelecido,
já que muitas mentiras são bem-sucedidas.
A Bíblia vê claramente a verdade como aquilo que corresponde
à realidade. O erro é entendido como sendo uma falta de correspondência à
realidade, não como algo causado intencionalmente. Isso é evidente pelo fato de
que a palavra "erro" é usada no caso de erros não-Intencionais (Lv
4:2). Na Bíblia inteira está implícita a visão de que a verdade baseia-se numa
correspondência entre duas coisas. Por exemplo, quando os Dez Mandamentos
declaram: "Não dirás falso testemunho" (Êx 20:16) significa que deturpar
fatos está errado. Este mesmo conceito de verdade foi usado quando os judeus foram
ao governador para falar a respeito de Paulo: "Tu mesmo, examinando-o,
poderás tomar conhecimento de todas as coisas de que nós o acusamos".
E, ao fazer isso, é como se eles estivessem dizendo:
"É verdade, tu podes facilmente verificar os fatos" (At 24:8).
Fonte: Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e
"Contradições" da Bíblia - Norman Geisler - Thomas Howe – Editora
Mundo Cristão – São Paulo – 1999.
Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do
Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2019, ano 29 nº 113 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Apologética Cristã – A importância da defesa da fé
diante dos desafios da sociedade atual – Pr. Joabes Rodrigues do Rosário.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
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