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Lição 04 - Orientações bíblicas sobre a intimidade do casal


Lição 04 – 26 de janeiro de 2020 – Editora BETEL

Orientações bíblicas sobre a intimidade do casal

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Sobre a intimidade do casal
Fomos feitos para o casamento e para a relação sexual. As formas de nossos corpos, as regiões erógenas, o fato de que nos reproduzimos por meio dessa relação, tudo isso aponta a vontade de Deus de que homem e mulher se relacionem sexualmente.
Como já vimos, há um modo correto para isso. Não é só uma questão de não adiantar as coisas antes do casamento, mas também de mantê-las na linha durante o casamento. Devendo ocorrer no casamento a união física de um homem com uma mulher, o que faz com que os dois tornem-se uma só carne diante de Deus, a primeira regra é que a relação sexual não pode faltar. A própria sociedade fala em casamento que “não se consumou”, quando não ocorreu entre marido e mulher essa união física. Há, contudo, duas questões a serem levantadas: a exposição ao pecado e a manutenção do casamento.
Em 1 Coríntios 7.5, Paulo reconhece a importância do sexo na relação conjugal. O texto não nega nem tenta suprimir os desejos sexuais, pelo contrário, ele os descreve como legítimos e, menciona que impróprio, sem motivo justo, privar o cônjuge de relações sexuais. Tal privação seria uma exposição desnecessária às artimanhas do inimigo; é provocar uma tentação, já que o casamento é o ambiente para o sexo.
Isso nos leva à segunda questão: a manutenção do casamento. Cântico dos Cânticos 2.15 traz a figura das raposinhas que destroem os vinhedos, uma metáfora do relacionamento. Devemos lembrar que sempre há raposas prontas para destruir vinhedos. O exercício da intimidade física é essencial para se manter o desejo sexual dentro de um ambiente próprio.
O livro de Cântico dos Cânticos está repleto de descrições a respeito do desejo eda satisfação de um casal. A demonstração de amor é intensamente demonstrada por contatos físicos e de carinho, cujas práticas contínuas, no relacionamento do casal, são o caminho para afastar as “raposinhas” das “vinhas”. O relacionamento sexual, como prática comum da vida do casal, é uma bênção de Deus para a satisfação do casal, a fim de que o interesse sexual se mantenha em seu devido lugar.
Como visto, há uma relação de direito no casamento; essa relação é tão profunda que Deus olha marido e mulher como se fossem apenas um. Por isso o casamento não pode ser conduzido em meio a disputas de poder e nem pode ser baseado em uma constante troca de favores: “Você faz o que quero e eu faço o que você quer”.
Como templos do Espírito que somos, nosso corpo deve ser instrumento de santidade para ser utilizado com a mesma disposição de amor e dedicação, como Cristo fez com seu próprio corpo. Quando a Escritura compara a relação marido e mulher com a relação de Cristo e a igreja, ela está se referindo à entrega. A entrega do Redentor pelo bem de sua igreja é uma amostra da entrega graciosa que deve existir no matrimônio. O cônjuge não deve considerar apenas seu bem-estar, mas deve pensar nas necessidades e agir para o bem-estar do outro.
1 Coríntios 7 fala sobre a autoridade (poder) que um cônjuge tem sobre o corpo do outro. Efésios 5.21 destaca que há uma relação de constante sujeição de um em relação ao outro. Sexo, cuidado, amor, carinho e proteção se constituem modos de sujeição que um ser humano, antes cheio de si e que vivia para si, pratica em relação a seu cônjuge. Por amor, Cristo humilhou-se como servo, abriu mão de sua glória, sujeitou-se à forma humana, à lei e à morte. Ele não chantageou a igreja, não negociou sua entrega, mas entregou-se espontaneamente (Jo 10.18).
Usar o sexo como um prêmio pelas boas ações, ou como punição pelos erros, é desvalorizar o próprio corpo. Enquanto Cristo o utilizou como meio de graça, perdão e vida, muitas pessoas o utilizam como meio de vingança, ira e condenação. Isso é tirar a sublimidade do corpo e deixar de reconhecer que a entrega tem de ter um significado; ela deve ser ligada ao amor e não à troca.
O movimento feminista, por exemplo, prega que a mulher deve ter poder sobre o próprio corpo (a ponto de decidir pelo aborto, por exemplo). O cristianismo luta para que o corpo seja utilizado, na relação entre marido e mulher, como um instrumento de bênção, intimidade, entrega, misericórdia e outras marcas que externem Cristo.
É evidente, contudo, que em um relacionamento de amor deve haver espaço para que cada coisa ocorra no momento e do modo certo. O marido ou a esposa, por exemplo, não podem passar o dia humilhando, magoando o outro e depois querer que o parceiro sinta desejo e se entregue. Uma ferida precisa ser tratada. O perdão, no casamento, deve ser trabalhado, deve haver sujeição da humilhante confissão do erro e pedido de perdão, não como moeda de troca pelo sexo, mas para vivenciar o amor, a entrega e a sujeição mútua, e não uma ação unilateral e solitária.
Devemos lembrar que somos fracos e temos muito a caminhar, até chegarmos à estatura de Cristo.
Estudo publicado originalmente na revista Nossa Fé, da Editora Cultura Cristã.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º Trimestre de 2020, ano 30 nº 114 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – A família natural segundo os valores e princípios cristãos – Instituição idealizada por Deus para a perpetuação de relacionamentos harmoniosos e uma Igreja sadia – Bispo Abner Ferreira.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

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