Lição 05 – 03 de maio de 2020 – Editora BETEL
Celebrando a segurança do povo de Deus
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Sobre a
segurança do povo de Deus
O Salmo 46, como salmo de fé (veja o Sl 23),
expressa alegria pelo livramento concedido pelo Senhor ao Seu povo, durante uma
batalha ou um sítio terrível. Há motivos para crer que os Salmos 46 — 48 formam
uma trilogia sobre o amor dedicado de Deus a Jerusalém. O Salmo 46 serviu de
base a Martinho Lutero para o hino Castelo forte é o nosso Deus, da Reforma.
Este salmo possui três momentos, cada um deles indicado pela palavra de
encerramento Selá, notação que provavelmente assinalava um interlúdio musical
(v. 3,7,11). O salmo também se intitula Cântico sobre Alamote, palavra esta que
talvez se refira à voz de soprano. A estrutura do Salmo 46 é a seguinte: (1)
celebração de Deus como defesa, mesmo que a terra seja abalada (v. 1-3); (2)
celebração de Deus como defesa, mesmo que as nações se enfureçam (v. 4-7); (3)
celebração de Deus como defesa, mesmo quando o Senhor vier com Seu juízo (v.
8-11).46.1 — Refúgio e fortaleza pode ser reformulado como defesa impenetrável. Os Salmos usam muito a imagem de uma fortaleza para descrever Deus. No antigo Oriente Médio, as cidades eram construídas em lugares altos, com altas muralhas, para sua defesa. Ainda assim, não havia cidade ou estrutura defensiva impenetrável. O salmista fala aqui, no entanto, daquele que é o nosso porto inteiramente seguro.
46.2-3 — Terra se mude. Os termos dos versículos 2 e 3 elevam a ação a um nível cósmico. E se a batalha não fosse apenas uma guerra comum, com armas comuns? Se fizesse parte da guerra fazer as montanhas tremerem e os mares rugirem? Não faria diferença. Deus é o refúgio seguro para o Seu povo, contra tudo, real ou imaginário.
46.4-5 — Deus está no meio dela. O povo de Deus não tem um Redentor ausente, uma defesa que só está presente algumas vezes. O Senhor habita com Seu povo. Consequentemente, Sua proteção merece nossa confiança.
46.6-7 — O Senhor dos Exércitos está conosco. Estas palavras formam um refrão (v. 11). O emparelhamento das palavras Senhor dos Exércitos com Deus de Jacó é notável tanto neste versículo como no versículo 11. Este refrão louva ao Todo-poderoso, o Comandante dos exércitos celestiais, por haver escolhido habitar com os descendentes de Jacó, tornando-o Seu povo. Quem então poderia proteger melhor Seu próprio povo? Consulte Salmos 9.9 e 48.3 para outros usos da palavra refúgio.
46.8-11 — Desolações. Aqui é retratado o juízo final (SI 1; 110). Aquietai-vos. A ordem para nos aquietarmos ante o Senhor é de preparativo não para o louvor, mas para o juízo que está por chegar (Hc 2.20; Sf 1.7; Zc 2.13). Deus será exaltado. Toda a terra há de se curvar a ele.
O Salmo 47, salmo real atribuído aos filhos de Corá, apresenta a grande ascensão do Rei dos reis ao Seu trono. Apresenta também o júbilo das pessoas, porque Seu reinado significa o fim de toda a iniquidade, guerra e aflição (Is 11.3-5). Os poetas das Escrituras sabiam que Deus é o Rei e Criador do mundo (SI 93), que Ele é o Rei do Seu povo porque é o Seu Salvador (SI 99) e que Ele é 0 Rei que está por vir no futuro já profetizado. O Salmo 47 se concentra nesta última afirmativa. A estrutura do poema é a seguinte: (1) chamado para aclamação em triunfo quando vier o Rei (v. 1-4); (2) chamado para aclamar em triunfo quando o Rei for entronizado (v. 5-7); (3) conclamação para alegrar-se pelo reinado do Rei eterno (v. 8,9).
47.1-3 — Aplaudi com as mãos. Existem diversas formas pelas quais o povo de Deus pode expressar sua alegria nele; uma delas é bater palmas em adoração. Todos os povos. E principalmente o povo de Deus que irá louvar ao grande Rei; mas o chamado a todos os povos e nações faz parte do plano teológico geral dos salmos (SI 67; 117). Senhor Altíssimo. O nome divino normalmente traduzido por Senhor é aqui relevado pelo termo Altíssimo, que fala do poder de Deus sobre as nações (SI 7.17; 77.10; 78.17,35,56; 82.6; 107.11; Dt 32.8). Tremendo está ligado à palavra traduzida por temor, que sugere reverência pelo Deus Todo-poderoso (SI 147.11). Rei grande é a expressão principal deste salmo. Todos os reis possuem, de fato, autoridade secundária; somente o Rei, o grande Deus que está nos céus, possui poder e justiça absolutos. Ele nos submeterá. A promessa da vitória definitiva do povo de Deus sob a liderança de seu grande Rei é um tema básico da Bíblia (SI 2; 110; 1Co 15.24-28). O resultado da batalha final já está determinado desde muitíssimo tempo atrás por Deus.
47.4 — As palavras a quem amou talvez sejam a contribuição mais significativa deste poema à nossa compreensão dos propósitos de Deus. Amar significa fazer sua escolha em. Deus escolheu os israelitas para ser Seu povo sagrado e, desta forma, Ele o amou. Em seu diálogo com Nicodemos, Jesus explica que o amor de Deus se estendeu, porém, a todas as nações, além de Israel (Jo 3.16).
47.5-7 — Deus subiu. Este salmo fala da esperada entronização de Deus. Ao assentar-se o Senhor em Seu trono, todos os que o veem, nos céus e na terra, clamam em triunfo. Cantai louvores. A repetição desta ordem nos versículos 6 e 7 é semelhante ao canto das vozes angelicais exaltando a santidade de Deus em Isaías 6.3. E claro o motivo da convocação para cantar: Deus é o Rei de toda a terra; Ele merece toda a nossa adoração. Este salmo fala, enfim, da vinda do glorioso reinado de Jesus, quando irá estabelecer para sempre Seu santo governo.
47.8-9 — Deus reina. Deus é Rei único de toda a terra. Se há outras forças operando, só operam porque Ele assim o permite. Um dia, todo o mal, rebelião e opressão serão liquidados. O povo do Deus de Abraão. É uma ilustração poética do cumprimento absoluto do pacto abraâmico (Gn 12.1-3). Um dia, todos os povos da terra que tiverem fé em Deus mediante Jesus Cristo verão que são um único povo. São todos verdadeira semente de Abraão, pois, à semelhança de Abraão, têm fé em Deus (Gn 15.6; G1 3.5-8). Então todos os escudos pertencerão a Deus; não haverá qualquer outra força na terra ou no universo além do poder de Deus. Muito elevado vem de um termo que significa subir, com a mesma raiz empregada no versículo 5. A subida, a ascensão definitiva de Deus ao seu trono, acontecerá com a entronização de Jesus e o estabelecimento de Seu reinado na nova Jerusalém (Ap 20).
O Salmo 48 pode ser reunido com os Salmos 46 e 47 para formar três grandes salmos de louvor a Deus por Sua realeza e Seu amor pela cidade santa de Jerusalém. Esta ênfase em Jerusalém fez que muitos estudiosos se referissem a este grupo de salmos como Canções de Sião. Atribuído aos filhos de Corá, este salmo conclama as pessoas a louvar reverentemente ao Senhor. Pode ser assim dividido: (1) celebração da grandeza de Deus na cidade santa de Sião (v. 1-3); (2) descrição da assembleia dos reis e povos para testemunhar o reinado de Deus (v. 4-11); (3) celebração da grandeza de Deus na cidade santa de Sião (v. 12-14).
48.1 — Grande é usado frequentemente nos Salmos para descrever a pessoa de Deus (SI 21.5; 77.13; 95.3; 96.4; 145.3; 147.5). Cidade do nosso Deus. A cidade de Jerusalém tinha um lugar especial no coração do povo de Deus (1 Rs 14-21). A cidade era santa por causa da presença de Deus no templo.
48.2-3 — Alegria de toda a terra. Como é bastante enfatizado nos Salmos, a finalidade da obra de Deus em Israel era a de atrair todas as nações para Si (SI 117.1). Lados do norte. Esta expressão foi provavelmente tomada emprestada da poesia cananeia. No ideário cananeu, os grandes deuses residiam em uma remota localidade ao norte. Para Israel, a morada de Deus era a cidade terrena de Jerusalém. A cidade do grande Rei. Jesus cita estas palavras em Mateus 5.35, identificando tal cidade como Jerusalém. Deus é conhecido nos seus palácios. Estas palavras exprimem uma prece pelo presente e esperança no futuro, e a mensagem é clara: a beleza da cidade de Jerusalém provém da presença do Senhor, que fez dela Sua morada.
48.4-7 — Esta parte descreve, de outro ponto de vista, a batalha final mencionada nos Salmos 2 e 110. O Salmo 48 descreve a abordagem e a retirada rápida dos reis errantes. A ligação entre este texto e o do Salmo 2 é fortalecida pelo uso de uma palavra hebraica incomum para tremor — um termo que significa estremecer ou tremer de medo, encontrado em ambos os salmos (2.11).
48.8 — Como [...] o vimos. As pessoas que cantavam essa canção originalmente conheciam decerto a presença de Deus na adoração do templo. Sabiam que estavam na cidade onde Deus escolhera colocar Sua bênção.
48.9 — Lembramo-nos. Trata-se de um verbo hebraico pouco comum. Refere-se a fazer comparações mediante semelhanças e pensando e ponderando distinções. A mensagem aqui é que nada se compara ao amor fiel de Deus.
48.10-14 — Louvar a cidade de Sião é outra forma de louvar a Deus, cuja morada era ali. Ser guia refere-se ao trabalho de pastor (Sl 78.52).
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º Trimestre de 2020, ano 30 nº 115 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – A família natural segundo os valores e princípios cristãos –Salmos – Uma referência para a vida de adoração e oração do cristão – Pr. Adriel Gonçalves do Nascimento.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
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