Lição 13 – 28 de junho de 2020 – Editora BETEL
Orando pela intervenção divina
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Sobre o Salmo
144
Este salmo é muitas vezes classificado como um salmo
régio e trata, como outros salmos do seu tipo, de algumas das questões da vida
nacional. O título ou sobrescrito o atribui a Davi, possivelmente pela sua
semelhança com o Salmo 18 e pelo uso do nome de Davi no versículo 10. E um
poema que tem muito a ver com os nossos dias, visto que expressa algumas das
condições morais e espirituais sobre as quais o verdadeiro bem-estar dos homens
e nações está alicerçado.
1. O
Senhor, nossa Força (144.1-2)
O Senhor é saudado como a rocha do salmista (1), sua
benignidade (2; “misericórdia”, ARA; “aliado fiel”, NVI), sua fortaleza, seu
alto retiro, seu libertador, seu escudo, o objeto da sua confiança, e Aquele
que dá ao salmista a lealdade do seu povo. Estes são todos elementos tirados de
18.1-2, 34, 47. Eles são expressões naturais de alguém acostumado a guerrear em
um terreno rochoso e montanhoso. O salmista atribui suas habilidades militares
à instrução do Senhor. Embora, sem dúvida, esses elementos sejam bastante
literais, essas ideias podem ser aplicadas à batalha espiritual do cristão (cf.
2Co 10.3-5; Ef 6.10-17).
2. A
Fraqueza e a Maldade do Homem (144.3-8)
O versículo 3 tem uma relação óbvia com 8.4, mas
visa aqui principalmente ressaltar a natureza frágil e transitória da vida.
Semelhante à vaidade (4) é literalmente: “um sopro”; “um sopro de vento”
(Harrison); tão irreal como a sombra que passa. Em contraste com a fraqueza do
homem está o poder de Deus manifesto na natureza. Abaixa [...] os teus céus (5)
provavelmente refere-se aos céus sombrios antes da tempestade. Outras manifestações
impressionantes de poder lembradas são a erupção vulcânica de montes e raios
(6) que flamejam como as flechas da ira divina para destruir o homem e suas
obras.
A fraqueza do homem é equiparada somente com a sua
maldade, da qual o salmista ora para ser liberto. “Tua mão” (NVI) representa o
poder de Deus. Muitas águas é uma figura de uma inundação de tribulações.
Filhos estranhos significa estrangeiros ou forasteiros. Aboca do homem fala
vaidade, e mesmo o seu juramento não deve ser levado em conta (8). A mão
direita é a destra da falsidade: refere-se à mão levantada para jurar
falsamente; ou, de acordo com Harrison: “cujas mãos negociam traição”. Em vez
de a palavra de um homem ser tão forte quanto um contrato, nem sua palavra nem
o contrato que ele firma são dignos de confiança!
3. Um
novo Cântico (144.9-10)
A vitória sobre cada inimigo é esperada com tanta
certeza que o poeta se compromete a cantar um cântico novo ao Senhor (9)
acompanhado por um saltério e por um instrumento de dez cordas; literalmente:
“uma harpa de dez cordas” (cf. comentário em 32.2). O âmbito do uso de
instrumentos e dos cânticos no AT é mais claramente visto em Salmos 150.3-5.
Deus dá a vitória e livra seu servo, da espada maligna (10), “espada cruel”
(Harrison), “espada mortal” (NVI). A nota de rodapé da versão Berkeley faz crer
que esse texto pode se referir à espada de Golias. Ela representa, ainda mais
amplamente, qualquer espada ou poder militar a serviço do mal.
4. Uma
Nação feliz (144.11-15)
O versículo 11 é associado com a estrofe anterior
por muitos comentaristas nas versões mais recentes. Da forma como a KJV formula
a estrofe, ela se torna a condição prévia para o bem-estar da nação, e é assim
que nós a consideramos aqui. Esta estrofe é uma repetição do conteúdo dos versículos
7-8 (cf. comentários). As bênçãos da vida nacional estão relacionadas
diretamente com o bem-estar dos filhos e filhas (12) e a prosperidade temporal
(13-14). Filhos [...] como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade (12) pode
significar: “plantas que se desenvolvem rapidamente nos seus estágios iniciais”
(Moffatt). Filhas [...] como pedras de esquina certamente significa mulheres
jovens tão bonitas quanto os ornamentos de um palácio, possivelmente no sentido
de “altas e imponentes”. “A primeira consideração do salmista em uma sociedade
ideal é dirigida às pessoas. Só então ele fala acerca de celeiros cheios e campos
cobertos de rebanhos”.
A cena retratada nos versículos 13-14 é natural para
um povo rural cuja riqueza consiste em campos, rebanhos e manadas. Em nossas
ruas (14) ou “em nossos pastos” (Berkeley). Despensas cheias (13), rebanhos (de
ovelhas) e bois fortes (14) representam uma economia próspera, uma sociedade
afluente. No entanto, mesmo assim, a paz é necessária, e os fundamentos morais
são vitalmente importantes. Para que não haja nem assaltos, nem saídas
significa: “sem invasões hostis no país: ou, sem brechas nos muros da cidade
por onde o inimigo pudesse entrar (Ne 6.1). [...] Sem a necessidade de sair
para render-se ao inimigo (Am 4.3; 2Rs 24.12), ou ir para o cativeiro (Jr
29.16), ou sair repentinamente para repelir uma força invasora”. Nem clamores
em nossas ruas tem sido interpretado como: “Que não haja perturbação nas ruas
da nossa cidade” (Harrison).
Esta é a compreensão do AT sobre a “grande
sociedade”. Bem-aventurado o povo a quem assim sucede (15). Mas felicidade, ou
bem-aventurança, é o destino apenas do povo cujo Deus é o Senhor. Mais
importante do que as bênçãos da abundância e de uma sociedade estável são as
bênçãos da lealdade ao Deus vivo e verdadeiro. Os alicerces sobre os quais toda
a estrutura da vida nacional devem estar apoiados são colocados sobre a rocha
sólida da lei santa de Deus. Continua sendo verdade que “a justiça exalta as
nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos” (Pv 14.34).
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e
na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2020, ano 30 nº 115 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – A família natural segundo os valores e princípios cristãos –Salmos
– Uma referência para a vida de adoração e oração do cristão – Pr. Adriel
Gonçalves do Nascimento.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
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