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Lição 01 - Prosperando em meio às crises

Lição 1 – 08 de julho de 2020 – Editora BETEL

Prosperando em meio às crises

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Sobre as crises de Isaque

No Livro de Gênesis, a vida de Isaque é ofuscada pela fé ousada de seu pai, Abraão, e pelas qualidades dramáticas da vida de seu filho, Jacó. Contudo, a primeira parte da vida de Isaque está longe de ser comum. Ele foi um presente milagroso de Deus aos idosos pais, cumprindo uma promessa há muito feita. No momento mais crucial de sua mocidade, ele se entregou docilmente ao pai, embora percebesse que ele estava a ponto de matá-lo. Não há dúvida de que o livramento da morte no monte Moriá causou um efeito permanente em sua perspectiva religiosa. Um incidente que poderia ter gerado medo de seu pai desencadeou uma confiança firme em sua sabedoria. Isaque reagiu confiantemente aos esforços de Abraão em obter uma esposa para ele e recebeu a noiva com gratidão que logo amadureceu em amor. O restante de sua vida está registrado principalmente em dois capítulos. Ele foi uma ponte sólida entre gerações.

Como Sara, Rebeca era estéril; e como Abraão, Isaque estava profundamente aflito por este infortúnio e orava para que o SENHOR lhes concedesse filhos. Uma comparação entre os versículos 20 e 26 mostra que passaram vinte anos para que os filhos nascessem. Durante a gravidez, Rebeca se afligiu por causa da atividade excessiva em seu ventre. Se assim é, por que sou eu assim?  Desesperada, ela buscou ajuda do SENHOR. Foi assim que ela ficou sabendo que tinha gêmeos, que eles eram de caráter diferente e que seriam genitores de dois povos distintos. Também lhe foi dito que os descendentes do mais novo (que o v. 26 indica que foi determinado pela sequência do nascimento) construiriam a nação mais forte. A mãe nunca esqueceu esta mensagem.

No nascimento, a diferença entre os bebês gerou reações de evidente admiração nos pais, levando-os a lhes dar nomes de acordo com a aparência. O primeiro menino era ruivo. Estas palavras hebraicas têm ligações óbvias com Edom e Seir, nomes comumente associados com a futura pátria dos descendentes deste menino. Igualmente, o nome Esaú significa “cabeludo”. O nome do segundo menino foi inspirado pelo fato incomum de estar agarrando o calcanhar do irmão quando nasceu. O nome Jacó significa “agarrador de calcanhar”.

A diferença entre os meninos se intensificou conforme cresciam. Sendo de constituição robusta, a caça foi o primeiro amor de Esaú. Ele apreciava a arte de atirar em animais selvagens. Jacó tinha prazer em cuidar de animais domesticados. Talvez seja esta a razão de ele ser chamado varão simples. A palavra hebraica é tam, traduzida por “reto” em Gênesis 6.9.

O caráter contrastante dos rapazes despertou gostos e desgostos nos pais, que tenderam a colocar uma cunha emocional entre eles. O distinto Isaque desenvolveu forte preferência pelo rude Esaú; a vivaz Rebeca concentrou a atenção no menos dinâmico Jacó.

Não há que duvidar que a mãe confiara a Jacó o teor da mensagem que Deus lhe pronunciou antes do nascimento dos meninos. Ambos deveriam saber que os costumes dos antepassados favoreciam o primogênito como herdeiro legal à posição tribal do pai. Jacó também sabia que, mediante acordo, o direito de primogenitura poderia ser transferido para um irmão mais novo.

Astuciosamente, Jacó escolheu a oportunidade e pegou Esaú em seu momento mais fraco, quando ele estava fisicamente exausto e faminto depois de caçada extenuante. Jacó era bom cozinheiro e preparou um guisado gostoso. Usou todos esses elementos como alavanca para barganhar com um Esaú demasiadamente faminto para se importar. Esaú, quase de forma irreverente, vendeu seu direito de primogenitura em troca do guisado. Jacó se aproveitou de Esaú, mas Esaú julgou mal o valor de sua primogenitura (cf. Hb 12.15,16).

Semelhante às relações de Abraão com os vizinhos pagãos, os contatos de Isaque com o povo de Canaã tinham um padrão alterado de desconfiança, paciência e reconciliação. Até as bênçãos de prosperidade concedidas por Deus ao patriarca pareciam impedir os esforços de Isaque em estabelecer uma paz amável com eles.

Uma fome forçou Isaque a sair da terra semiárida do sul e oeste de Canaã para buscar pastagem ao longo da planície costeira a leste do mar Mediterrâneo. Era território de Abimeleque, rei dos filisteus, perto da fronteira do Egito. Mas logicamente a região mais rica do delta do Egito estava atraindo Isaque para essa direção. Foi então que apareceu-lhe o SENHOR.

Deus disse a Isaque que ficasse longe do Egito. Renovou as promessas dadas a Abraão, e as aplicou a Isaque. Canaã seria a casa de Isaque e lá ele conheceria a presença de Deus. Novamente, Deus destacou a ideia da semente como as estrelas dos céus e ressaltou a garantia de que todas as nações da terra colheriam bênçãos dos seus descendentes. A promessa de Deus foi passada para Isaque, porquanto Abraão obedeceu à minha voz.

Este incidente ocorreu provavelmente antes do nascimento de Esaú e Jacó. A história narrada nos versículos 6 a 11, onde Isaque diz que Rebeca é sua irmã, seria improvável se meninos inquietos estivessem brincando ruidosa e descomedidamente pelas tendas de Isaque. As palavras referentes a semente indubitavelmente compuseram a súplica de Isaque por um filho (25.21).

Isaque permaneceu no território fazendo bom uso dos poços cavados no tempo de Abraão. A produção extraordinária das colheitas era resultado de irrigação possibilitada pela água tirada dos poços. Este feito é reproduzido amplamente em Israel nos dias de hoje. O aumento da riqueza do patriarca, por causa da bênção de Deus sobre ele, gerou inveja no coração dos filisteus, que entulharam todos os poços e expulsaram Isaque.

Reabrindo outros poços de Abraão em área diferente, Isaque tentou preparar novos campos para plantação. Em vez de aprenderem os novos e importantes métodos de agricultura com Isaque, os filisteus tolamente continuaram entulhando os poços e expulsando o patriarca para outro lugar. Eseque significa “disputa, rixa”; Sitna é “inimizade, hostilidade”; Reobote quer dizer “lugar, espaço, alargamento”. Em vez de brigar, Isaque se mudava, cavava outros poços, os quais eram repetidamente entulhados na sua presença, e depois se retirou definitivamente da região, acabando por se estabelecer em Berseba.

Pela segunda vez, Deus apareceu a Isaque e reafirmou as promessas do concerto reveladas primeiramente a Abraão e concernentes a uma posteridade abundante. O Senhor se empenhou em acalmar seus temores e lhe garantir da permanente presença divina. Isaque respondeu com grata adoração num altar recentemente construído.

Agora Abimeleque, com o amigo Ausate e Ficol (provavelmente título militar), visitaram Isaque em Berseba. Isaque estava desconfiado e os acusou de odiá-lo. O patriarca ficou surpreso quando os visitantes testificaram que estavam impressionados com a paciência de Isaque e lhe disseram que tinham se convencido de que o SENHOR estava com ele. Pediram que queixas antigas fossem postas de lado e que somente os aspectos bons de suas relações fossem reconhecidos. O pedido era um tanto quanto a regra de ouro modificada: “Trata-nos com base nas coisas boas que te fizemos”. Queriam fazer um pacto para governar as relações futuras entre as partes.

Isaque respondeu sem hesitação dando um banquete. Na manhã seguinte, concluíram o pacto de amizade fazendo promessas solenes uns aos outros na forma de juramentos. Este é exemplo dramático de que, se duas partes de um conflito mutuamente perdoam e esquecem, a paz pode ser uma realidade.

O clímax foi a descoberta feliz de água em um poço recentemente cavado, fato que deu ensejo para Isaque ratificar o nome que Abraão dera ao lugar: Berseba (33; ver 21.30,31). A primeira parte do nome (ber) significa “poço”. A última parte (seba) quer dizer “sete” ou “juramento”.

Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2020, ano 30 nº 115 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – A família natural segundo os valores e princípios cristãos –Salmos – Uma referência para a vida de adoração e oração do cristão – Pr. Adriel Gonçalves do Nascimento.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora CPAD – 2005 – Comentário Bíblico Beacon.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.


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