Lição 02 – 12 de julho de 2020 – Editora BETEL
As adversidades geram oportunidades
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Esta semana, excepcionalmente, não pudemos publicar a Pré-aula. Se Deus assim o permitir, semana que vem estaremos publicando normalmente. Agradecemos pela compreensão.
Sobre a livro
do Êxodo
Êxodo recebe seu nome pela Septuaginta, uma tradução
grega do Antigo Testamento em uso nos dias de Jesus Cristo. O título hebraico
era somente as primeiras palavras do texto: “Estes, pois, são os nomes dos
filhos de...”. A palavra êxodo dá o tema da primeira metade do livro, visto que
denota grande quantidade de pessoas saindo de uma região. A última metade do
livro descreve o estabelecimento das instituições, das leis e da adoração em
Israel.
O texto é bastante claro ao indicar que o autor foi
testemunha ocular dos acontecimentos descritos no livro. As vívidas descrições
das pragas do Egito, das trovoadas no monte Sinai e do maná no deserto requerem
a presença de uma testemunha. Os detalhes minuciosos relacionados com as fontes
de água e as palmeiras em Elim, as duas tábuas de pedra, a adoração do bezerro
de ouro e muitos outros elementos apontam uma testemunha ocular. Considerando
que há pouca ou nenhuma evidência de adições posteriores ao livro, presumimos
com segurança que o escritor de Êxodo compôs o material durante ou logo após as
experiências registradas no livro.
Tomando como certo que um israelita contemporâneo aos fatos tenha escrito as narrativas em Êxodo, é fácil deduzir que Moisés foi o autor. O autor não poderia ter sido um israelita comum; ele era altamente talentoso, educado e culto. Quem estava mais bem preparado entre todos estes escravos que Moisés? Jesus afirmou que a lei foi escrita por Moisés (Mc 1.44; Jo 7.19-22); seus discípulos também atestaram este fato Jo 1.45; At 26.22). Há evidências internas no próprio livro de que Moisés escreveu certos trechos (17.14; 24.4). Nada no livro entra em conflito com a afirmação de Moisés ser o autor. A menção frequente do nome de Moisés na terceira pessoa tem paralelos nos livros de Isaías e Jeremias. Além disso, o registro do seu chamado no capítulo 3 contém as mesmas marcas de autenticidade que as narrativas desses profetas.
O material encontrado em Êxodo segue com
naturalidade a narrativa do Livro de Gênesis. A palavra “pois” (1.1) une esta
narrativa com o relato que a antecede. O material em Êxodo não teria sentido
sem os relatos de Gênesis. Depois de breve referência ao que vem antes, o autor
descreve uma mudança da situação. O povo de Deus, outrora convidado e protegido
de Faraó, tornou-se uma nação de escravos. Jeová incumbe-se de libertar o povo
dos que o oprimem e fazer dele uma nação governada pelas instituições e leis de
Deus dadas por revelação divina. O Êxodo é um quadro das grandiosas operações
de Deus, redimindo e criando um povo para si mesmo.
O tema de Êxodo é claramente a redenção pelos atos
poderosos de Deus. O líder de Israel é o Todo-poderoso que opera em seu servo
Moisés e por meio dele. A tarefa de libertação parecia impossível, mas Deus a
realizou com mão poderosa. O estabelecimento deste povo difícil em nova pátria como
nação religiosa mostra-se impraticável, mas o livro termina com o triunfo da
graça de Deus. O foco está no caráter de Deus que é aquele que se revela como
poderoso e justo e, ao mesmo tempo, terno e perdoador. Israel rememoraria estes
acontecimentos por estas páginas da história, e veria — talvez com mais clareza
do que o Israel do Êxodo — o Deus que se revelou a seu povo.
O propósito em escrever o livro é evidente. Esta
narrativa dos atos de Deus em libertar seu povo do Egito e de lhe dar leis e
instituições seria lembrança constante do interesse especial de Deus por Israel
e fator de união na adoração. Israel nunca poderia ter se tornado e permanecido
como povo cujo Deus é o Senhor sem a consciência destas ocorrências divinas na
história de sua existência. Recontar estes eventos gerou fé nas gerações
posteriores de Israel. Estes mesmos eventos são espiritualizados na grande
redenção feita por Jesus Cristo na cruz do Calvário. Os cristãos olham estas
manifestações divinas como símbolos da obra de Deus a favor deles em Cristo
(ver Jo 1.29; Hb 8.5; 10.1).
Os eventos descritos nesse livro, demonstram o poder
do Grande Eu Sou para libertar o povo oprimido por Faraó no Egito, a
determinação do líder levantado pelo Senhor para guiar Israel rumo à libertação
e à Terra Prometida, são marcos épicos da saga do povo cujo Deus é o Senhor,
desde a escravidão, sua dura cerviz durante o trajeto no deserto, os
acontecimentos sobrenaturais testemunhados, a capacitada liderança de Moisés e
o estabelecimento da Lei e dos Mandamentos para guiar espiritualmente um povo
descaracterizado pelos anos de sofrimento e perseguição que desfiguraram as
tradições abraâmicas, restaurando a identidade dos hebreus e dando um novo
sentido e rumo, literalmente, em suas vidas.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e
na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2020, ano 30 nº 115 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – A família natural segundo os valores e princípios cristãos –Salmos
– Uma referência para a vida de adoração e oração do cristão – Pr. Adriel
Gonçalves do Nascimento.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
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