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Lição 13 - Perseguido, mas não derrotado

 Lição 13 – 27 de setembro de 2020 – Editora BETEL

Perseguido, mas não derrotado

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Sobre Paulo

O Salmo 56, como ocorre em vários outros no Livro II, está associado a um episódio na vida de Davi. De acordo com o título, ele brotou da fuga de Davi para Aquis, rei da cidade filisteia de Gate, quando o fugitivo salvou sua vida fingindo-se de louco (1Sm 21.10-15). O salmo é dedicado ao “cantor-mor, sobre Jonate-elem-recoquim”, “a pomba nos terebintos distantes”, ou: “Uma Pomba Quieta entre Estranhos”, provavelmente o nome de uma melodia. Ele é um Mictão.

O salmo é um clamor decorrente do sofrimento, passando para a serenidade da confiança, “mais um testemunho da fé firme do israelita piedoso na justiça, misericórdia e amor de Deus”. Ele é dividido em duas partes semelhantes, com uma espécie de refrão no versículo 4 e nos versículo 10-11. Por causa da repetida ênfase na palavra de Deus, entende-se que esse salmo expressa “a mente de um profeta”.

Como é típico dos salmos de lamentação, o poema abre com um apelo a Deus por misericórdia. Devorar-me (1-2) significa pisotear-me constantemente (“oprimindo-me continuamente”). O medo encontra o seu antídoto na fé (3), porque em Deus pus a minha confiança e não temerei; que me pode fazer a carne? A fonte de coragem é a palavra de Deus. Homens perversos torcem as palavras de Davi. Eles espiam cada movimento seu, na esperança de apanhá-lo numa armadilha. A pergunta retórica: Porventura, escaparão eles por meio da sua iniquidade? significa: “Eles acreditam que escaparão com sua iniquidade”.

O salmista tira o seu olhar dos homens que armaram ciladas e o derrotaram e volta o seu olhar para Deus, em quem deposita a sua confiança. Tu contaste as minhas vagueações (8), ou: “Tu contas e registras as minhas vagueações” (AT Amplificado). Põe as minhas lágrimas no teu odre, possivelmente no sentido de que as orações dos santos são preservadas em salvas de ouro (Ap 5.8), certamente detectando a profunda angústia do salmista. Isto sei eu, porque Deus está comigo (9) pode ser corretamente entendido como: “bem sei isto: que Deus é por mim” (ARA). Assim é a nossa “Abençoada Garantia”. Em Deus louvarei... A Edição Revista e Corrigida traduz os versículos 10 e 11 da seguinte maneira:

Em Deus louvarei a sua palavra;

No Senhor louvarei a sua palavra.

Em Deus tenho posto a minha confiança;

Não temerei o que me possa fazer o homem.

Veja o paralelo no versículo 4. Nada pode derrotar um homem com uma fé semelhante a essa.

Os teus votos estão sobre mim (12) pode ser corretamente entendido como: “Cumprirei os votos que te fiz” (NVI). Eram votos para render ações de graças pelo livramento do Senhor. Tu livraste a minha alma da morte [...] os meus pés de tropeçarem (13) — também pode ser encontrado em Salmos 116.8. Na luz dos viventes é entendido por Moffatt como: “na luz solar da vida”. Nas Escrituras, a luz está ligada à vida e a escuridão à morte.

Quanto à segunda epístola de Paulo aos coríntios, nenhuma das suas outras cartas nos conduz tão profundamente ao coração do homem e do apóstolo como essa carta à igreja de Corinto. “Nessa obra”, escreve Hanson, “de modo abruptamente fragmentado, sem que nenhuma aresta tenha sido aparada, eis um pedaço da vida de Paulo - autêntico, espontâneo, desconcertantemente complicado, mas bastante interessante”.1 Assim como Filipenses nos surpreende ao revelar a qualidade do compromisso de Paulo como cristão, 2 Coríntios nos deixa perplexos pela revelação da qualidade radical do seu compromisso como apóstolo. O propósito desta carta representa o pulsar emocionado daquele ministério do evangelho que pertence a cada um dos membros de Cristo, tanto leigos como clérigos - seu comprometimento, seu conteúdo, seus recursos e seu caráter. Seu testemunho estava predestinado à inescapável verdade de que a missão da igreja, como corpo de Cristo, é continuar com o sofredor, abnegado e sacrificado ministério de Jesus.

Humanamente falando, esta carta tinha a finalidade de fazer a reconciliação pessoal de Paulo - como pai espiritual - com seus insolentes filhos na fé. Durante algum tempo, eles haviam se deixado seduzir por uma severa crítica dirigida à integridade do ministério apostólico de Paulo, instituída por alguns que estavam no meio deles. Paulo enfrentou esse ataque à sua vocação pessoal apelando ao próprio caráter do evangelho.

É interessante observar que em Gálatas, quando alguém tentava anexar um compromisso legal ao evangelho da graça, Paulo argumentava de forma reversa, da origem divina do seu apostolado à integridade do seu evangelho. Para ele, a mensagem e a maneira da sua comunicação eram inseparáveis. A forma do seu ministério era determinada pela natureza da sua mensagem. Portanto, à medida que Paulo defende o seu ministério somos novamente confrontados com um efetivo testemunho da realidade expressa pela vinda de Deus ao mundo “em Cristo”.

Além das sessões mais pessoais (1.1-11; 6.11-16; 13.11-14) e da sua preocupação como o projeto da coleta de contribuições (8.1-9.15), esta carta está dividida em duas sessões principais. A primeira (1.12-6.10) contém a defesa feita por Paulo da sua integridade apostólica em relação aos seus motivos e métodos de operação junto aos coríntios. A segunda (10.1-13.10) trata da defesa da sua autoridade apostólica à luz dos ataques que haviam sido dirigidos contra ela. A necessidade de defender a integridade da sua existência em tais dolorosas circunstâncias pessoais revela a fundamental força motriz do homem. Dessa situação chegou até nós um pungente testemunho da penetrante dinâmica do evangelho de Cristo na vida do apóstolo.

A carta afirma ter vindo da mão de Paulo. “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo... à igreja de Deus que está em Corinto” (1.1). Todas as indicações nela contidas confirmam essa afirmação. Na igreja antiga não havia qualquer dúvida quanto à autoria de Paulo, e ela permanece indiscutível nos mais reputados círculos da igreja moderna.

Entretanto, alguns consideram 6.14-7.1 como uma interpolação, de outra autoria, dentro dessa carta. Esse argumento inclui 1) o grande número de palavras que não foram encontradas em nenhum outro lugar dos escritos de Paulo ou no NT, 2) combinações de palavras raramente empregadas por Paulo (cf. 6.14; 7.1) e 3) um íntimo relacionamento com a comunidade de Qumran.  Embora essas objeções não possam ser comprovadas como inválidas, elas também não constituem uma prova decisiva de que Paulo não poderia ter escrito essas passagens. Até que provas conclusivas sejam apresentadas não existe uma razão determinante para negar sua autenticidade em 6.14-7.1.

A cidade de Corinto, capital da província romana da Acaia, era uma cidade comercial próspera localizada no Istmo de Corinto. Através dela passavam as principais rotas terrestres entre o Ocidente e o Oriente, assim como inúmeras rotas marítimas. Sua população era constituída por uma cosmopolita mistura de romanos, gregos, orientais e judeus. Embora não chegasse a ser uma rival cultural de Atenas, essa cidade se orgulhava da sua sofisticação intelectual. Ali se realizavam a cada dois anos os jogos Ístmicos. Era também o centro do culto à deusa Afrodite, em cujo templo inúmeras mulheres serviam como atração na vida noturna da cidade. Tudo isso produzia uma cidade cheia de vícios e licenciosidade sob uma aparência de sofisticação. A cidade de Corinto ficou tão conhecida por sua licenciosidade moral que seu nome se tornou uma expressão desse comportamento - “corintianizar”.

Foi para esse estratégico centro que o apóstolo se dirigiu em sua segunda viagem missionária, depois de uma visita um pouco frustrante feita à cidade de Atenas (At 18.1-22). Em Corinto, ele se hospedou na casa de dois judeus exilados de Roma, Áquila e Priscila, e trabalhou ao lado deles no ofício de fabricar e comercializar tendas. Todo sábado, Paulo comparecia à sinagoga a fim de persuadir os judeus e os gregos de que Jesus era o Cristo. Logo surgiu uma oposição por parte dos judeus; assim, ele procurou os gentios e continuou sua atividade evangelística na casa de Tito Justo, que ficava ao lado da sinagoga. Crispo, o líder da sinagoga, juntamente com muitos coríntios, cria no Senhor. Assim, a igreja era composta de crentes gentios e judeus. Silas e Timóteo se tornaram os companheiros de Paulo na evangelização em Corinto (2Co 1.19). Durante sua permanência na cidade, Paulo foi levado pelos judeus perante Gálio, o procônsul romano. Ele, entretanto, se recusou a processar Paulo, defendendo-o em grande parte de outros ataques declarados dos judeus. Ajudado por uma coragem divinamente recebida, Paulo permaneceu em Corinto durante um ano e meio, a fim de ali estabelecer uma igreja. Quando o apóstolo deixou Corinto, ele foi para Antioquia, através de Éfeso, e não teve mais nenhum contato com essa igreja, até sua missão de três anos em Éfeso durante sua terceira viagem missionária.

A igreja de Corinto, formada por uma amostra dos habitantes locais, havia sido afetada pela lassidão moral e pelo orgulho intelectual do seu ambiente pagão. Ela deu a Paulo mais problemas e mais momentos de ansiedade que qualquer outra igreja. Em suas cartas encontramos como ele tratou desses problemas (1 Coríntios) e do seu próprio relacionamento com eles (2 Coríntios) e temos uma rara visão do íntimo de uma antiga comunidade cristã.

Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 3º Trimestre de 2020, ano 30 nº 116 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – Transformando as adversidades em cenários de milagres e vitórias – Bispo Abner Ferreira.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora CPAD – 2005 – Comentário Bíblico Beacon.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento -  William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

3 comentários:

  1. Em meio a tudo isso devemos ter a unica visao, jesus e igreja, quem tem jesus prrcisa ter igreja.

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  2. Gloria a Deus, ensino maravilhoso. Estou em uma fase muito abençoada e quero muito continuar crescendo na graça e no conhecimento.
    Deus abençoe a todos!

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