Lição 06 – 08 de novembro de 2020 – Editora BETEL
A importância do cuidado com a espiritualidade e as emoções
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Sobre Caim e
seu pecado
Um aspecto terrível do pecado é que ele não pode ser
isolado nem obliterado facilmente. Executa progressivamente sua obra
devastadora na sociedade, de geração em geração. O pecado de Adão e Eva não
causou infortúnio apenas para suas vidas; passou de pai para filho, de época
para época. A história no capítulo 4 ilustra dolorosamente este fato e as
genealogias ampliam as repercussões do mal por todas as gerações.
Na estrutura geral, a história de Caim e Abel é
muito semelhante à anterior descrita em Gn 3. Tem um cenário (4.1-5), um ato de
violação (4.8), uma cena de julgamento (4.9-15) e a execução da sentença
(4.16).
A história dos primeiros dois rapazes nascidos a
Adão e Eva (1) realça as repercussões do pecado dentro da unidade familiar. Os
rapazes, Caim e Abel (2), tinham temperamentos notavelmente opostos. Caim
gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar com animais
vivos. Ambos tinham uma disposição de espírito religioso.
Os filhos de Adão levaram sacrifícios ao Senhor (3),
o primeiro incidente sacrifical registrado na Bíblia.
Que Abel também trouxe dos primogênitos das suas
ovelhas e da sua gordura (4) não quer dizer necessariamente que animais são
superiores a plantas para propósitos sacrificais. Por que atentou o SENHOR para
Abel e para a sua oferta (5) fica evidente à medida que a história se
desenrola.
A primeira pista aparece quase imediatamente. Caim
não suportava que algum outro ficasse em primeiro lugar. A preferência do
Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só Caim podia ser o “número um”.
O Senhor não estava ausente da hora da adoração. Ele
abordou Caim e lhe deu um aviso. Deus não o condenou diretamente, mas por meio
de um jogo de palavras informou Caim que ele estava em real perigo. Em
hebraico, a palavra aceitação (7) é, literalmente, “levantamento”, e está em
contraste com descaiu (6). Um olhar abatido não é companhia adequada de uma
consciência pura ou de uma ação correta. O ímpeto das perguntas de Deus era
levar Caim à introspecção e ao arrependimento.
Se Caim tivesse feito bem (7), com certeza Deus o
teria graciosamente recebido. Mas, e se Caim não tivesse feito bem? Esta era a
verdadeira questão que Caim ignorava, pois ele lançava a culpa em Abel. A
ameaça à sua vida espiritual não estava longe. O pecado estava bem do lado de
fora da porta, pronto para levar Caim à ruína.
Precisamos examinar duas palavras no versículo 7. A
palavra traduzida por pecado (hatt’at) pode significar pecado ou oferta pelo
pecado. A última opção está fora de questão, porque a presença fora da porta
não parece ser útil; é sinistra. A palavra jaz (robesh) é um substantivo
verbal. O problema para o tradutor é: Esta palavra serve de verbo, jaz, ou de
substantivo, dando o sentido: “O pecado está de tocaia”?
E. A. Speiser destaca que o acádio, uma das origens
do hebraico bíblico, tem basicamente a mesma palavra, rabishum (note que as primeiras três consoantes são as mesmas), que
significa “demônio”. Esta história bíblica vem do mesmo local geográfico;
assim, se considerarmos que robesh é um empréstimo do acádio, a solução está à
mão. O texto descreve o pecado como um demônio malévolo, pronto para se lançar
sobre Caim se este sair da presença de Deus sem se arrepender. Deus
graciosamente ofereceu a Caim o poder de vencer o pecado: “Sobre ele dominarás”.
A última porção do versículo 7 pode ser
parafraseada: “Tu deixaste o fogo da
raiva arder por dentro; por conseguinte, quando tu deixares meu domicílio, o
pecado te tomará. É melhor dominares a raiva para que a destruição não te
vença”.
Mas Caim saiu da presença de Deus e a raiva se
transformou em ciúme, o qual, por sua vez, se tornou em ódio assassino junto
com um plano ardiloso. No campo, um dia a ação má foi executada — Caim matou
(8) Abel deliberadamente e sem provocação.
Mas Caim não pôde evitar o Senhor (9). Logo se
desenvolveu a cena de julgamento. “A voz
do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra” (10) é vívida expressão
idiomática que significa: “Tu podes tentar esquecer teu ato de violência, mas
eu não posso. O que quer que aconteça com meus filhos é questão de preocupação
pessoal para mim”. O privilégio de cultivar a vida vegetal foi tomado de Caim e
ele foi banido para o deserto, a fim de ser fugitivo e errante (12).
A exposição do seu pecado mudou Caim. O ódio
arrogante se tornou em medo covarde misturado com autopiedade. Ele estaria
suscetível do mesmo destino que desferiu ao irmão. Não pôde nem suportar o
pensamento. Mas Deus não escarneceu dele. Mais uma vez sua misericórdia suavizou
o castigo. “Pôs o Senhor um sinal em Caim”
(15). Assim, Caim partiu para enfrentar uma vida totalmente nova, longe de
Deus. A designação terra de Node (16) significa “terra de vagueação”, e não
parece ser o nome de uma região específica que não seja sua direção geral para
a banda do oriente do Éden.
A importância de Caim foi exaurida, e a linhagem de
sua posteridade rebelde é incompletamente apresentada em forma genealógica
abreviada.
Esse trecho bíblico nos mostra a mudança da
consciência humana após a queda. Caim, originalmente, não tinha motivos para se
voltar contra Deus, não tinha motivos para invejar seu irmão, Abel. Mas, a
influência demoníaca já se fazia presente de forma pesada na vida do
descendente de Adão. Deixando-se levar pela inveja, deixou que esse sentimento
se transformasse em ciúme, ira, e finalmente em ódio assassino.
É necessário um compromisso diário e constante com o
Senhor e Sua Palavra, pois, ao menor descuido, podemos perder nossa comunhão
com Ele, deixando de ouvir o Espírito Santo de Deus, tornando-nos propensos a
errar, a pecar, a prejudicar o próximo e a nós mesmos com nossas ações
inconsequentes, geradas por um coração enganoso que se corrompe facilmente.
Sejamos constantes em nosso vigiar e orar, estudando
e conhecendo a Palavra de Deus como forma de nos achegarmos a Ele, não
descuidando jamais de nossa saúde espiritual, pois é o nosso espírito são é que
mantém nosso corpo e mente sãos também.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e
na Paz do Senhor Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2020, ano 30 nº 117 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – A importância da Palavra de Deus para o bem estar do ser humano –
Pr. Isaqueu Mendes de Freitas.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo
Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD –
2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de
Art Farstad.
Estamos em era digital.então a editora poderir dispnibilar a lição para o membros que contribui para a igreja. Fique de alerta.
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