Lição 08 – 22 de novembro de 2020 – Editora BETEL
O drama do suicídio
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EXCEPCIONALMENTE ESTA SEMANA NÃO PUBLICAREMOS A PRÉ-AULA
Sobre o drama do
suicídio
A palavra suicídio deriva do latim, sui (si mesmo) e caederes
(ação de matar), sendo utilizada pela primeira vez em 1737 pelo abade
Desfointaines. Essa palavra foi incorporada posteriormente pela comunidade
científica no século XIX, buscando-se explicações psiquiátricas e sociológicas
para o tema (Moron, 1987).
Segundo Venco e Barreto (2010), a visão do suicídio ganhou novas
concepções ao longo dos anos. Desde a Grécia Antiga, já era um tema discutido,
sendo considerado como morte voluntária e não como um ato condenável caso
existissem boas razões para executá-lo. Kalina e Kovadloff citados por Kovács
(1992, p. 169), afirmam que, na Antiguidade greco-romana, "os suicidas não
tinham direito a uma sepultura regular, e suas mãos eram enterradas
separadamente".
Já na Europa, no século XVII, o ato era considerado um crime e, se a
tentativa de suicídio falhasse, o sobrevivente poderia ser encarcerado (Venco
& Barreto, 2010).
Discussões sobre a aceitação do ato do suicídio são recorrentes em
diferentes períodos e sociedades, e estão diretamente interligadas à cultura, à
visão moral, o que dificulta um consenso geral. Atualmente, o suicídio se
insere no campo dos transtornos mentais, é um tema relacionado a
psicopatologias, investigam-se suas verdadeiras causas e a prevenção,
associando-as a fatores biológicos e psicológicos (Venco & Barreto, 2010).
Segundo Cassorla (1991, p. 20), "Não existe uma causa para o
suicídio. Trata-se de um evento que ocorre como culminância de uma série de
fatores que vão se acumulando na biografia do indivíduo". A história do
suicídio ganha vozes múltiplas e diversas explicações de ordem psicológica,
sociológica, filosófica, biológica e, principalmente, espiritual,
multiplicidade que confere ao fenômeno a devida complexidade.
Para a Psicologia, o suicídio pode ser compreendido como resultado de uma
intensa dor psíquica, um ato inserido no campo da psicopatologia. A palavra patologia
derivada do grego pathos, que significa "sofrimento", mas
também se relaciona às palavras "paixão" e "passividade".
Desse modo, uma tentativa de suicídio pode ser compreendida e pensada com base
nessa mescla de palavras: sofrimento, paixão, passividade, sendo extremamente
fundamental considerar a singularidade do ato e seus efeitos no psiquismo.
Ao analisar o suicídio sob a ótica da psicopatologia, esse pode ser
considerado como uma saída para uma crise, para um intenso sofrimento, em que
sentimentos ambivalentes, de desamparo estão presentes na vida do sujeito.
Muitas pessoas com as quais Jesus se encontrou em sua caminhada de amor,
homens, mulheres e até mesmo crianças, talvez já não tivessem mais esperança de
vida em seus corações. Sem dignidade alguma e humilhados social e moralmente,
eles talvez pensassem em, com as próprias mãos, acabar com todo o sofrimento
que a cada dia definhava a vontade de viver.
Eram pecadores, leprosos, prostitutas, endemoniados, surdos, cegos,
atrofiados de corpo e alma, pobres e ricos, sábios ou incrédulos. Porém, diante
de todos esses dolorosos encontros de Jesus que nos narram os evangelhos é
possível perceber algo bem em comum e primordial próprio da pessoa de Nosso
Senhor: a valorização da essência da vida e o seu resinificado.
Contemplar como Ele tinha um olhar atento e totalmente voltado para o
outro, fraco e excluído, é algo extraordinário. O zelo e a preocupação em
resgatar a vida de cada um, reinserindo-os na sociedade, na comunidade e em
suas famílias, tudo isso com a máxima sabedoria e o cuidado de curar antes o
caos interior e depois as feridas expostas ao preconceito, hipocrisias e
julgamentos.
Depressão, abandono, solidão, vazios, medos, síndromes e vícios, os
atuais males da alma são os que mais afetam as pessoas que da mesma forma têm
sentimentos de desânimo e falta de sentido de vida. Jesus é o mesmo de ontem,
hoje e amanhã, e por isso é possível testemunhar encontros pessoais entre Ele e
os que trazem sua cruz exposta ou não.
Somente o próprio Senhor da vida, que deu sua vida por todos, tem a
capacidade de alcançar o mais profundo das almas isoladas, silenciosas e
atormentadas, realizando, assim, um processo libertador e curador do peso
esmagador do sofrimento. Dando vigor ao que não tem.
Encontrar com o Criador do dom da vida, o grande gerador e promovedor da
dignidade humana e da paz dos verdadeiros filhos de Deus, cumula de graças
sobrenaturais aqueles que estão fragilizados. Movido pela misericórdia e pelo
Espírito de amor, enche-os de coragem, de esperança e de fortaleza para vencer
as batalhas de cada dia! Um suporte gratuito d’Aquele que sabe que tão preciosa
é a vida de cada um.
Vale alertar que a pessoa de Jesus também está presente em nossos irmãos,
familiares, amigos e profissionais. Palavras, escuta, oração, tratamento e
cuidados são de grande auxilio principalmente nos momentos de tristeza,
pensamentos negativos, baixa autoestima ou de angustia.
O
verdadeiro sentido do existir passa pela partilha de vida de cada um, pois
somente juntos é possível alcançar a gratidão e valorizar com alegria, amor e
louvor este grande milagre chamado vida!
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor
Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2020, ano 30 nº 117 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – A importância da Palavra de Deus para o bem estar do ser humano –
Pr. Isaqueu Mendes de Freitas.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo
Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD –
2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de
Art Farstad.
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