Lição 11 – 13 de dezembro de 2020 – Editora BETEL
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Sobre o
ressentimento
O ser humano é uma complexa criação de Deus, complexo em sua
inteligência, consegue vislumbrar as obras do Criador de forma única. Complexo
com relação a seus sentimentos, tem a sensibilidade de relacionar-se com seu próximo
e mesmo com Deus de forma diferente do resto da criação.
A humanidade, depois da queda, conserva a mesma complexidade anterior,
porém carregando o resultado do pecado original, isto é, corrompida em suas relações
com o Pai Celestial e com seus semelhantes. Ainda consegue, de forma míope,
mensurar a grandeza da Obra do Senhor diante de seus olhos, mas nem sempre
reconhece o Autor dessa magnifica Obra.
Como resultado desse status atual, os homens perderam a capacidade
de gerenciar suas relações, tanto com o próximo como consigo mesmos, mas
principalmente com Deus. Apesar da obra redentora de Jesus Cristo no Calvário,
nos libertando de nossos grilhões, ainda milhares e milhares de almas relutam
em receber a salvação e o perdão de seus pecados, aceitando ao Senhor como Seu
único e suficiente Salvador, retardando a cada dia a possibilidade de enxergar
a vida com verdadeiramente ela é, sem o embaçamento moral do pecado, usando as
Sagradas Escrituras como a lente da fé.
Mesmo para nós, os já salvos por aceitar a oferta redentora do Senhor
Jesus, há um longo caminho a percorrer para nos livrarmos de nosso velho homem,
do eu interior que teima em ser egoísta e pecador. É um caminhar, às vezes
doloroso, às vezes íngreme demais, mas que nos leva cada vez mais para perto do
cume de nossas existências, de onde poderemos enxergar melhor as maravilhas que
nosso bom Deus tem preparado para cada um daqueles que verdadeiramente o amam.
Nessa jornada, o Espírito Santo de Deus, companheiro fiel e verdadeiro do
cristão genuíno, nos orienta e dirige nossos passos, evitando que caiamos nas
ciladas que o inimigo constantemente prepara para nós. O Santo Espírito nos
molda pacientemente, à medida em que nos deixamos trabalhar por Ele,
transformando-nos em pessoas melhores, mais amorosas, mais dispostas, mais
caridosas, mais longânimes, sempre prontas para disseminar as verdades do
Evangelho do Senhor, seja através de nossos atos, seja através de nosso testemunho.
Um dos grandes entraves para que possamos alcançar a graça maravilhosa
que nos é ofertada por Deus, através de Seu Santo Espírito é o egoísmo que nos
acompanha por um longo período de nossas vidas. Somos seres egoístas por
natureza, por essa natureza caída que carregamos. E isso torna muito difícil,
em primeiro lugar, aceitarmos nossos defeitos, colocados a descoberto, e
aceitarmos também que os que nos cercam também são falhos de entendimento e
limitados em seus conceitos e crenças.
Nesse ponto entra o cerne da questão estudada nesta lição específica: o ressentimento.
Todos nós temos nossas crenças, nossas opiniões, nossos pontos de vista referentes
aos mais diversos assuntos. Cada um de nós tem uma visão única do mundo, apesar
de, como cristãos, compartilharmos de uma cosmovisão unificada. E é nos
detalhes, nas pequenas coisas, na definição de pequenos conceitos ou mesmo no
embate de grandes ideias que nos defrontamos com opiniões diversas que nos levam
a discordar dos outros. Muitas vezes essa discordância atinge um grau que torna
difícil a aceitação de que estamos errados, ou mesmo convencer as pessoas de
que estão erradas e nós certos, e com certeza, neste ponto, se não tivermos
habilidade, teremos atritos. Cabe a nós a longanimidade de gerenciar essas situações
constrangedores de forma que não haja a quebra de harmonia, que não haja abalo
nas relações que mantemos com nossos irmãos, nossos próximos, e mesmo com quaisquer
outras pessoas com as quais possamos interagir.
Nem sempre vencemos todas as batalhas, seja no campo prático da vida,
seja no campo teórico dos conceitos e ideias. Temos que ter humildade para reconhecer
quando estamos sem a razão, quando o oponente está certo, quando a mão do
Senhor nos adverte que estamos nos desviando do reto caminho. A falta desse
reconhecimento, a falta de lucidez para enxergar o todo e os detalhes de forma
cristalina nos levam a teimar e digladiar-se sem necessidade conosco mesmo e
com outras pessoas também. Às vezes, esses embates nos trazem como consequência
a sensação de que fomos ofendidos, e mesmo isso pode acontecer realmente.
Nessas horas, se não temos o discernimento necessário, nos indispomos com
nossos opositores ou ofensores de forma definitiva, carregando o peso do ranço,
da raiva, do desejo de retribuir o “mal” que porventura nos tenham infligido.
É o ressentimento, tomando conta de nosso pensamento, deixando com que
nos ocupemos com esse mesquinho sentimento em detrimento de tantas coisas mais
importantes que o decorrer de nossas vidas nos impõe a resolver. Deixamos de
pensar nos benefícios de graça maravilhosa de Deus para ocupar a mente
perturbada com formas de machucar quem hipoteticamente nos machucou. Deixamos,
na verdade, de pensar nas coisas do alto, de nos conectarmos ao Senhor, para
pensarmos de forma mesquinha e ofensiva nas coisas de baixo, nas coisas que vem
do inimigo de nossas almas.
Os ressentimentos são, de forma definitiva, pensamentos que devem ser
extirpados de nosso interior, não há lugar para guardar mágoas no templo do
Espírito Santo, que é o nosso coração cristão. Como diz o apóstolo Paulo, em
sua carta aos filipenses, pondo um ponto final ao embate ressentido entre
Evódia e Síntique:
“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações
e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” Filipenses 4.7.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor
Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2020, ano 30 nº 117 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – A importância da Palavra de Deus para o bem estar do ser humano –
Pr. Isaqueu Mendes de Freitas.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo
Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD –
2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de
Art Farstad.
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