Lição 12 – 20 de dezembro de 2020 – Editora BETEL
A rotina em excesso é a porta da solidão
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Esta semana, excepcionalmente, estamos impossibilitados de postar o vídeo da pré-aula, por acúmulo de trabalho secular da Miss. Arlete. Semana que vem, se Deus quiser, estaremos postando a última pré-aula.
Sobre a ambição e
a rotina no capítulo 6 de Mateus
Estamos acostumados a dividir nossa vida em "espiritual" e
"material", mas Jesus não faz essa divisão. Em várias de suas
parábolas, deixa claro que uma atitude correta em relação à riqueza é a marca
da verdadeira espiritualidade (Lc 12.13; 16.1-31). Os fariseus eram cobiçosos
(Lc 16.14) e usavam a religião para ganhar dinheiro. Se temos a verdadeira
justiça de Cristo em nossa vida, também teremos uma atitude correta em relação
aos bens materiais.
Em momento algum Jesus exagera a pobreza ou critica o enriquecimento
legítimo. Deus fez todas as coisas, inclusive a comida, roupas e metais
preciosos, e declarou que todas as coisas que fez são boas (Gn 1.31). Deus sabe
que precisamos de certas coisas para viver (Mt 6.32). De fato, é Deus quem
"tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento" (1Tm 6.17).
Não é errado possuir coisas, mas é errado permitir que as coisas nos possuam. O
pecado da idolatria é tão perigoso quanto o da hipocrisia!
Encontramos várias advertências contra a cobiça ao longo Bíblia (Êx 20.17;
SI 119.36; Mc 7.22; Lc 12.15; Ef 5.5; Cl 3.5). Jesus adverte sobre o pecado de
viver em função dos bens materiais e chama a atenção para as tristes consequências
da cobiça e da idolatria.
Tornamo-nos escravos (Mt 6.19-24). O materialismo escraviza o coração (Mt
6:19-21), a mente (Mt 6:22-23) e a volição (Mt 6.24). Podemos nos tornar
prisioneiros de coisas materiais, mas devemos ser libertos e controlados pelo
Espírito de Deus.
Se o coração ama as coisas materiais e coloca o lucro nesta Terra acima
dos investimentos no céu, o único resultado possível é um trágico prejuízo. Os
tesouros da Terra podem ser usados para Deus, mas se ajuntarmos riquezas para
nós mesmos, perderemos esses bens - e, junto com eles, o nosso coração. Em vez
de enriquecimento espiritual, experimentaremos empobrecimento.
O que significa acumular tesouros no céu? Quer dizer usar tudo o que
temos para a glória de Deus, desapego às coisas materiais da vida. Também
significa medir a vida pelas verdadeiras riquezas do reino e não pelas falsas
riquezas deste mundo.
A riqueza não escraviza apenas o coração, mas também a mente (Mt 6.22-23).
A Palavra de Deus usa a imagem do olho com frequência para representar as atitudes
da mente. Se os olhos estão devidamente focados na luz, o corpo pode realizar
seus movimentos de maneira correta. Mas a visão desfocada e dupla resulta em
movimentos confusos. É extremamente difícil avançar enquanto tentamos olhar em
duas direções ao mesmo tempo.
Se nosso objetivo de vida é o enriquecimento material, experimentaremos
escuridão interior. Mas se nosso alvo é servir a Deus e glorificá-lo, haverá
luz interior. Quando há escuridão onde deveria haver luz, estamos sendo
controlados pelas trevas, pois as perspectivas determinam os resultados.
Por fim, o materialismo pode escravizar nossa vontade (Mt 6.24). Não
podemos servir a dois senhores ao mesmo tempo – ou Jesus Cristo é nosso Senhor,
ou o dinheiro.
Trata-se de uma questão de volição. "Ora, os que querem ficar ricos
caem em tentação, e cilada" (1Tm 6.9). Se Deus concede riquezas, e as
usamos para a glória dele, então as riquezas são bênção. Mas se desejamos enriquecer
e vivemos de acordo com essa perspectiva, pagaremos um alto preço pelas
riquezas que buscarmos. Vivemos ansiosos (Mt 6.25-30). A cobiça não apenas
desvaloriza nossa riqueza, como também nos deprecia como pessoas! Enchemo-nos
de preocupações e somos tomados de ansiedade anormal, não espiritual.
Quem busca riquezas pensa que o dinheiro resolverá todos os problemas,
quando, na realidade, trará ainda mais problemas! As riquezas materiais criam
uma sensação falsa e perigosa de segurança, a qual termina em tragédia. Os
pássaros e os lírios não se preocupam nem se inquietam e, ainda assim, têm uma
riqueza de Deus que o ser humano não consegue reproduzir. A natureza toda
depende de Deus, e ele nunca falha.
Só o homem mortal depende do dinheiro, e o dinheiro sempre falha. Jesus
afirma que a preocupação é pecado. Podemos dar nomes mais bonitos à preocupação,
chamando-a de aflição, fardo, cruz a ser carregada, mas os resultados são os
mesmos. Em vez de nos ajudar a viver mais, a ansiedade apenas encurta a vida (Mt
6.27). No grego, "andar ansioso" significa ''ser atraído para
direções diferentes".
A ansiedade causa desintegração interior. Quando o ser humano não
interfere, a natureza trabalha de maneira plenamente integrada, pois toda a
natureza confia em Deus.
O ser humano, por sua vez, tenta viver na dependência das riquezas
materiais e acaba se desintegrando. Deus alimenta os pássaros e veste os lírios,
e fará o mesmo por nós. E nossa "pequena fé" que impede Deus de
trabalhar da forma como gostaria. Se nos sujeitarmos a Deus e vivermos para as
riquezas eternas, ele revelará as grandes bênçãos que estão reservadas para
nós.
Perdemos nosso testemunho (Mt 6.31-33). A preocupação com as coisas
materiais nos faz viver como pagãos! Quando colocamos a vontade e a justiça de
Deus em primeiro plano em nossa vida, ele cuida de todo o resto. É triste
quando não praticamos essa verdade. Mas o cristão que decide viver de acordo
com Mateus 6:33 dá um testemunho maravilhoso para o mundo!
Perdemos a alegria com o dia de hoje (vers. 34). A preocupação com o
amanhã não ajuda nem o dia de hoje nem o dia de amanhã. Antes nos priva de
nosso vigor no dia de hoje - o que significa que teremos ainda menos energia no
dia de amanhã. Alguém disse que a maior parte das pessoas se crucifica entre
dois ladrões: os remorsos de ontem e as preocupações de amanhã. É correto planejar
e até mesmo economizar para o futuro (2Co 12.14; 1Tm 5.8), mas é pecado preocupar-se
com o futuro e permitir que o amanhã nos prive das bênçãos de hoje.
Nesta seção, encontramos três palavras que mostram o caminho para a
vitória sobre a ansiedade: (1) fé (Mt 6.30) - a confiança de que Deus suprirá
nossas necessidades; (2) o Pai (Mt 6.32) - saber que ele se preocupa com seus
filhos, e (3) primeiro (Mt 6.33) - colocar a vontade de Deus em primeiro lugar
em nossa vida a fim de glorificá-lo. Se tivermos fé em nosso Pai e o colocarmos
em primeiro plano, ele suprirá nossas necessidades.
Hipocrisia e ansiedade são pecados. Se praticarmos a verdadeira justiça
do reino, evitaremos esses pecados e viveremos para a glória de Deus.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor
Jesus Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 4º
Trimestre de 2020, ano 30 nº 117 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – A importância da Palavra de Deus para o bem estar do ser humano –
Pr. Isaqueu Mendes de Freitas.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo
Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD –
2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William
MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento –
Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.
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