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Lição 05 - O bem contra o mal: conflitos na caminhada

  Lição 05 – 31 de janeiro de 2021 – Editora BETEL

O bem contra o mal: conflitos na caminhada

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Sobre o conflito entre o bem e o mal

Acompanhemos os passos do perverso Hamã na execução de seu plano para destruir o povo judeu. Hamã e alguns astrólogos da corte lançaram sortes a fim de determinar o dia para a destruição dos judeus.

Isso foi feito em secreto, antes de Hamã abordar o rei com seu plano. Desejava, com isso, certificar-se de que seus deuses estariam com ele e de que seu plano seria bem-sucedido.

Naquele tempo, os povos do Oriente tomavam poucos passos importantes sem consultar as estrelas e os agouros. Um século antes, quando o rei Nabucodonosor e seus generais chegavam a um impasse quanto à estratégia a ser usada numa campanha, faziam uma pausa para consultar seus deuses:

"Porque o rei da Babilônia para na encruzilhada, na entrada dos dois caminhos, para consultar os oráculos: sacode as flechas, interroga os ídolos do lar, examina o fígado." (Ez 21.21).

O termo babilônio puru significa "sorte", e é dele que vem o nome que os judeus deram a sua festa: Purim (Et 9.26). É interessante que Hamã começou esse procedimento no mês de nisã, justamente o mês no qual o povo de Israel comemorava sua libertação do Egito. Ao lançarem sortes sobre o calendário, mês após mês e dia após dia, os astrólogos chegaram à data mais propícia: o décimo terceiro dia do décimo segundo mês (v. 13). Essa decisão foi, sem dúvida, do Senhor, pois dava aos judeus um ano inteiro para se preparar e também dava a Mardoqueu e Ester o tempo necessário para agir.

"A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda decisão." (Pv 16.33).

Hamã ficou decepcionado com essa escolha? É possível que seu desejo fosse agir de imediato, pegando os judeus desprevenidos e satisfazendo seu ódio sem maiores delongas. Por outro lado, teriam quase um ano para alimentar seu rancor e para saborear a vingança, o que também seria agradável.

Poderia assistir ao pânico dos judeus enquanto estava no controle. Mesmo que os judeus se aproveitassem da demora e saíssem do império, ainda assim Hamã se livraria deles e tomaria para si quaisquer bens e propriedades que tivessem deixado para trás. Parecia um ótimo plano.

Assim como Satanás, o grande inimigo dos judeus, Hamã também era assassino e mentiroso (Jo 8.44). Para começar, nem sequer deu ao rei o nome das pessoas que, supostamente, estariam transtornando o reino. Sua descrição vaga da situação fez o perigo parecer maior. O fato de esse povo ameaçador estar espalhado por todo o império tornava ainda mais necessário que o rei tomasse uma providência.

Hamã estava certo quando descreveu os judeus como um povo "cujas leis são diferentes das leis de todos os povos" (Et 3.8). Suas leis eram diferentes, pois eram o povo escolhido de Deus e somente eles haviam recebido sua santa lei das mãos do próprio Deus. Moisés perguntou:

"E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje eu vos proponho?" (Dt 4.8), e a resposta é: "Nenhuma!".

O fato de um homem, Mardoqueu, ter desobedecido a uma lei foi exagerado por Hamã de modo a transformar-se na falsa acusação de que todos os judeus desobedeciam a todas as leis do império. O profeta Jeremias havia instruído o povo de Judá que se encontrava no exílio a se comportar como bons cidadãos e a cooperar com aqueles que o haviam levado para o cativeiro (Jr 29.4-7), e tudo indica que o povo obedeceu. Se os judeus no império persa tivessem sido repetidamente culpados de sedição ou de traição, Assuero saberia. Mesmo que alguns judeus em certas cidades desobedecessem às leis do rei, por que a nação inteira de Israel deveria ser destruída pelos crimes de alguns de seu povo?

O golpe de misericórdia de Hamã veio no final de seu discurso, quando ofereceu pagar ao rei dez mil talentos de prata pelo privilégio de livrar o império desse povo perigoso. De acordo com o historiador grego Heródoto (Livro III, Seção 95), a renda anual de todo o império persa era de cerca de quinze mil talentos de prata. Na verdade, Hamã estava oferecendo ao rei uma soma equivalente a dois terços dessa renda exorbitante. Hamã deveria ser um homem absurdamente rico e esperava, sem dúvida alguma, recuperar parte dessa soma com os espólios que tomaria dos judeus.

Em Ester 3.11, a resposta do rei - "Essa prata seja tua" - dá a impressão de que Assuero rejeitou o dinheiro e que se ofereceu para pagar as despesas. Como era costume no Oriente, o rei rejeitou a oferta, esperando Hamã insistir que a aceitasse (ver a negociação entre Abraão e os filhos de Hete em Gn 23). Hamã sabia que as guerras contra os gregos haviam minguado os tesouros do rei e jamais teria oferecido tanto dinheiro a um governante tão poderoso se não tivesse a intenção de pagá-lo (ver Et 4.7).

Sem fazer perguntas, Assuero entregou a Hamã seu anel de selar (Et 3.10), autorizando- o, desse modo, a agir em nome do rei. Hamã poderia redigir qualquer documento que quisesse e colocar nele o selo do rei, e esse documento seria aceito como lei e obedecido. Foi um gesto insensato de Assuero, mas como lhe era típico, primeiro ele tomou uma atitude e depois se arrependeu dela. "Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha." (Pv 18.13).

Toda a humanidade está agora envolvida num grande conflito entre Cristo e Satanás, quanto ao caráter de Deus, Sua lei e Sua soberania sobre o Universo. Esse conflito originou-se no Céu quando um ser criado, dotado de liberdade de escolha, por exaltação própria tornou-se Satanás, o adversário de Deus, e conduziu à rebelião juntamente com parte dos anjos. Ele introduziu o espírito de rebelião neste mundo quando levou Adão e Eva a pecar. Este pecado humano resultou na deformação da imagem de Deus na humanidade, no transtorno do mundo criado e em sua consequente devastação por ocasião do dilúvio mundial. Observado por toda a criação, este mundo tornou-se a arena de um conflito universal, dentro dos quais o Deus de amor será finalmente vitorioso. E para ajudar Seu povo nesse conflito, Cristo envia o Espírito Santo e os anjos leais, para os guiar, proteger e advogar no caminho da salvação.

A história da humanidade é muito mais do que apenas um palco das ações humanas. Na verdade, é palco de uma luta contínua entre as estratégias enganadoras de Satanás, e plano redentor de Deus. Apesar do sucesso de Satanás em enganar a grande maioria dos seres humanos, Deus ainda está no controle de todo esse conflito e lhe permite (Satanás) desenvolver-se apenas dentro de certos limites (Tg 4.7). Sempre que esses limites são ultrapassados, Deus intervém através de Seu julgamento, como na destruição do mundo antediluviano pelo dilúvio (Gn 6) e de Sodoma, Gomorra, (Gn 19.23- 29).

O inimigo está cada vez mais furioso porque sabe que o tempo que lhe resta é pouco. Vemos com espanto o mal se multiplicando entre as nações, conceitos contrários à Palavra de Deus se difundindo entre os povos e tornando os ímpios mais insensíveis e egoístas, amantes de si mesmos, soberbos e orgulhosos.

É tempo de luta. É tempo de reflexão. É tempo de vigiar e orar para não cair em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca! A batalha se intensifica nesses dias em que vivemos, não deixemo-nos esmorecer, pois é Cristo Jesus que nos garante a vitória final!

Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 4º Trimestre de 2020, ano 30 nº 117 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – A importância da Palavra de Deus para o bem estar do ser humano – Pr. Isaqueu Mendes de Freitas.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora CPAD – 2005 – Comentário Bíblico Beacon.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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