Lição 09 – 28 de fevereiro de 2021 – Editora BETEL
Deus trabalha em favor dos que n’Ele confiam
SLIDES / VISUALIZAR / BAIXAR
HINOS SUGERIDOS
♫ Hino 126 ♫
♫ Hino 127 ♫
♫ Hino 303 ♫
Sobre confiar em
Deus
É bem provável que você já tenha visto, em algum lugar, essa frase
conhecida: "Hoje é o primeiro dia do resto de sua vida". Se alguém
tivesse dito isso a Hamã quando saiu de casa logo cedo e se apressou para o palácio,
teria se enganado. O mais apropriado seria dizer: "Hamã, hoje é o último
dia de sua vida!"
"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte
do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva." (Ez 33.11).
"[O Senhor] é longânimo para convosco, não querendo que nenhum
pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento." (2Pe 3.9).
"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te
foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha
ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!" (Mt 23.37).
Tomando por base esses três versículos, podemos concluir que o desejo de
Deus para os pecadores não é que morram, mas sim que deixem seus pecados e que
sejam salvos. Há grande alegria no céu quando um pecador se arrepende (Lc 15.7,
10), mas o Senhor não obriga as pessoas a dar as costas aos pecados e se voltar
para seu Filho.
Por mais que detestemos Hamã e seus atos perversos, devemos sempre
lembrar que Deus ama os pecadores e quer salvá-los. Deus é longânimo e
providencia para que o coração da pessoa seja tocado por várias influências,
visando, com isso, fazê-las deixar seus maus caminhos. Veremos algumas dessas
influências operando nos acontecimentos deste capítulo.
Percebemos a mão soberana de Deus agindo de modo invisível na vida do rei
Assuero. Quer o rei soubesse disso, quer não, Deus estava cumprindo seus
propósitos, e podemos ver demonstrações da providência divina.
"Inquieta se deita a cabeça que usa a coroa", escreveu Shakespeare. Salomão concordou: "Doce é o sono do
trabalhador, quer coma pouco, quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir."
(Ec 5.12). Foram as preocupações com assuntos de Estado que não deixaram o rei
dormir? Estava preocupado com suas finanças? Será que comeu e bebeu demais no
banquete da rainha? Ou será que estava intrigado com o pedido misterioso de
Ester?
Algumas dessas preocupações, ou uma combinação de todas elas, pode ter
contribuído para a insônia do rei, mas por trás delas estava a mão soberana de
Deus, que cuida de seu povo e nunca dormita nem dorme (Sl 121.3-4). Deus queria
que o rei ficasse acordado, pois tinha algo a lhe dizer.
As misericórdias de Deus nunca falham, mas se renovam "cada
manhã" (Lm 3.22-23), pois Deus nunca dorme nem para de trabalhar, a fim de
que todas as coisas cooperem para o nosso bem (Rm 8.28).
Entretenimento era algo que não faltava a Assuero! Poderia ter chamado
uma concubina do harém ou ter trazido os músicos da corte a fim de tocar para
ele. Poderia ter jogado alguma coisa com seus guardas ou ter pedido um trovador
para entretê-lo com uma balada. Sem dúvida, sua decisão de pedir que lessem
para ele veio de Deus. Deus pode nos orientar até mesmo em coisas secundárias
como nossa recreação? Claro que sim. Deus orientou Assuero a pedir que lessem para
ele as crônicas do reino (um remédio garantido para qualquer insônia!). Mas
Deus também orientou o servo de modo que este tirasse da estante exatamente o
livro em que se encontrava registrado o serviço prestado por Mardoqueu ao rei
cinco anos antes. Sem dúvida, havia outros volumes disponíveis, mas foi esse
que o servo escolheu.
Deus pode orientar nas escolhas que as pessoas fazem de livros? Claro que
sim. No final de fevereiro de 1916, um aluno inglês comprou um livro num sebo
numa estação de trem. Havia visto aquele livro e decidira não o comprar pelo
menos uma dúzia de vezes antes, mas naquele dia, resolveu levá-lo. O livro era
Phantastes, de George MacDonald, e a leitura daquele livro acabou levando o
rapaz a se converter. O nome desse rapaz? C. S. Lewis, possivelmente um dos
maiores e mais conhecidos apologistas da fé cristã de meados do século XX.
Lewis escreveu a um amigo, contando que pegara aquele livro "por
acaso", mas creio que foi Deus quem orientou sua escolha.
Deus pode até nos orientar quanto àquilo que lemos num livro. Um jovem no
Norte da África desejava encontrar a paz, procurando-a primeiro em prazeres
sensuais e, posteriormente, na filosofia, nas só se sentiu mais miserável. Um
dia, ele ouviu a criança do vizinho brincando e dizendo: "Pegue e leia!
Pegue e leia!". No mesmo instante, o rapaz pegou as Escrituras e abriu
"por acaso" em Romanos 13.13-14, e aqueles versículos o levaram a
crer em Cristo. Conhecemos esse rapaz como Agostinho, Bispo de Hipona e autor
de diversas obras clássicas cristãs.
O servo do rei escolheu justamente o livro que falava da boa ação de Mardoqueu
e leu aquele trecho para Assuero. Como a providência de Deus é maravilhosa!
Trata-se de um momento crítico, pois se Mardoqueu tivesse sido honrado cinco
anos antes, os acontecimentos desse dia decisivo poderiam não ter ocorrido. As
recompensas e castigos eram elementos fundamentais do sistema persa de incentivo
à lealdade, e era raro um serviço meritório não ser recompensado. Então, por que
a boa ação de Mardoqueu havia sido escrita e esquecida? Algum cronista
inexperiente da máquina burocrática não gostava de Mardoqueu? Algum memorando
oficial se perdeu? Não sabemos. Mas de uma coisa estamos certos: Deus estava no
controle e já havia escolhido o dia em que Mardoqueu seria honrado.
Deus está no controle da sequência dos acontecimentos? Sem dúvida! Depois
de fazer amizade com o copeiro do Faraó, José pensou que isso resultaria em sua
libertação da prisão, mas teve de esperar dois anos até que chegasse o tempo
escolhido por Deus para esse hebreu tornar-se o segundo no poder no Egito (Gn
40.23; 41.1). Deus selecionou um dia específico para os hebreus deixarem o
Egito (Êx 12.40-42; ver Gn 15.13-16) e até mesmo o nascimento de Cristo em
Belém ocorreu na "plenitude do tempo" (Gl 4.4). Em meio a um mundo confuso
e agitado, o cristão pode dizer: "Nas tuas mãos, estão os meus
dias" (Sl 31.15) e encontrar paz na vontade de Deus.
A demora de Deus não é uma recusa. Por vezes, ficamos impacientes e nos
perguntamos por que os ímpios prosperam, enquanto os justos sofrem, mas Deus
nunca está com pressa. Ele é longânimo para com os perversos, pois deseja que
se arrependam, e é paciente com seu povo, pois deseja que recebam a recompensa
certa, na hora certa, com o propósito certo. Se, em algum momento, Mardoqueu se
perguntou por que o rei promoveu Hamã e o ignorou, não tardaria a descobrir que
Deus não havia se enganado.
Deus, do alto de sua benignidade e graça, trabalha incessantemente para
aqueles que o adoram, pois sabe que Seus filhos somente n’Ele esperam. Assim,
cabe a nós, andarmos guiados pela fé, sabendo que, por mais dura que seja a
prova pela qual passamos, a providência do Senhor não tarda. A nossa atitude
esperançosa e positiva de vida vai de encontro diretamente ao Trono da Graça,
ligando-nos à vontade divina e guiando-nos passo a passo, por essa vida, desviando-nos
de toda pedra de tropeço, até que possamos estar definitivamente com o Senhor,
na glória!
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º
Trimestre de 2021, ano 31 nº 118 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Ester – A soberania do poder de Deus na preservação do Seu povo –
Bispo Abner Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Nenhum comentário:
Postar um comentário