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Lição 09 - Deus trabalha em favor dos que n'Ele confiam

  Lição 09 – 28 de fevereiro de 2021 – Editora BETEL

Deus trabalha em favor dos que n’Ele confiam

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Sobre confiar em Deus

É bem provável que você já tenha visto, em algum lugar, essa frase conhecida: "Hoje é o primeiro dia do resto de sua vida". Se alguém tivesse dito isso a Hamã quando saiu de casa logo cedo e se apressou para o palácio, teria se enganado. O mais apropriado seria dizer: "Hamã, hoje é o último dia de sua vida!"

"Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva." (Ez 33.11).

"[O Senhor] é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento." (2Pe 3.9).

"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!" (Mt 23.37).

Tomando por base esses três versículos, podemos concluir que o desejo de Deus para os pecadores não é que morram, mas sim que deixem seus pecados e que sejam salvos. Há grande alegria no céu quando um pecador se arrepende (Lc 15.7, 10), mas o Senhor não obriga as pessoas a dar as costas aos pecados e se voltar para seu Filho.

Por mais que detestemos Hamã e seus atos perversos, devemos sempre lembrar que Deus ama os pecadores e quer salvá-los. Deus é longânimo e providencia para que o coração da pessoa seja tocado por várias influências, visando, com isso, fazê-las deixar seus maus caminhos. Veremos algumas dessas influências operando nos acontecimentos deste capítulo.

Percebemos a mão soberana de Deus agindo de modo invisível na vida do rei Assuero. Quer o rei soubesse disso, quer não, Deus estava cumprindo seus propósitos, e podemos ver demonstrações da providência divina.

"Inquieta se deita a cabeça que usa a coroa", escreveu Shakespeare. Salomão concordou: "Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco, quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir." (Ec 5.12). Foram as preocupações com assuntos de Estado que não deixaram o rei dormir? Estava preocupado com suas finanças? Será que comeu e bebeu demais no banquete da rainha? Ou será que estava intrigado com o pedido misterioso de Ester?

Algumas dessas preocupações, ou uma combinação de todas elas, pode ter contribuído para a insônia do rei, mas por trás delas estava a mão soberana de Deus, que cuida de seu povo e nunca dormita nem dorme (Sl 121.3-4). Deus queria que o rei ficasse acordado, pois tinha algo a lhe dizer.

As misericórdias de Deus nunca falham, mas se renovam "cada manhã" (Lm 3.22-23), pois Deus nunca dorme nem para de trabalhar, a fim de que todas as coisas cooperem para o nosso bem (Rm 8.28).

Entretenimento era algo que não faltava a Assuero! Poderia ter chamado uma concubina do harém ou ter trazido os músicos da corte a fim de tocar para ele. Poderia ter jogado alguma coisa com seus guardas ou ter pedido um trovador para entretê-lo com uma balada. Sem dúvida, sua decisão de pedir que lessem para ele veio de Deus. Deus pode nos orientar até mesmo em coisas secundárias como nossa recreação? Claro que sim. Deus orientou Assuero a pedir que lessem para ele as crônicas do reino (um remédio garantido para qualquer insônia!). Mas Deus também orientou o servo de modo que este tirasse da estante exatamente o livro em que se encontrava registrado o serviço prestado por Mardoqueu ao rei cinco anos antes. Sem dúvida, havia outros volumes disponíveis, mas foi esse que o servo escolheu.

Deus pode orientar nas escolhas que as pessoas fazem de livros? Claro que sim. No final de fevereiro de 1916, um aluno inglês comprou um livro num sebo numa estação de trem. Havia visto aquele livro e decidira não o comprar pelo menos uma dúzia de vezes antes, mas naquele dia, resolveu levá-lo. O livro era Phantastes, de George MacDonald, e a leitura daquele livro acabou levando o rapaz a se converter. O nome desse rapaz? C. S. Lewis, possivelmente um dos maiores e mais conhecidos apologistas da fé cristã de meados do século XX. Lewis escreveu a um amigo, contando que pegara aquele livro "por acaso", mas creio que foi Deus quem orientou sua escolha.

Deus pode até nos orientar quanto àquilo que lemos num livro. Um jovem no Norte da África desejava encontrar a paz, procurando-a primeiro em prazeres sensuais e, posteriormente, na filosofia, nas só se sentiu mais miserável. Um dia, ele ouviu a criança do vizinho brincando e dizendo: "Pegue e leia! Pegue e leia!". No mesmo instante, o rapaz pegou as Escrituras e abriu "por acaso" em Romanos 13.13-14, e aqueles versículos o levaram a crer em Cristo. Conhecemos esse rapaz como Agostinho, Bispo de Hipona e autor de diversas obras clássicas cristãs.

O servo do rei escolheu justamente o livro que falava da boa ação de Mardoqueu e leu aquele trecho para Assuero. Como a providência de Deus é maravilhosa!

Trata-se de um momento crítico, pois se Mardoqueu tivesse sido honrado cinco anos antes, os acontecimentos desse dia decisivo poderiam não ter ocorrido. As recompensas e castigos eram elementos fundamentais do sistema persa de incentivo à lealdade, e era raro um serviço meritório não ser recompensado. Então, por que a boa ação de Mardoqueu havia sido escrita e esquecida? Algum cronista inexperiente da máquina burocrática não gostava de Mardoqueu? Algum memorando oficial se perdeu? Não sabemos. Mas de uma coisa estamos certos: Deus estava no controle e já havia escolhido o dia em que Mardoqueu seria honrado.

Deus está no controle da sequência dos acontecimentos? Sem dúvida! Depois de fazer amizade com o copeiro do Faraó, José pensou que isso resultaria em sua libertação da prisão, mas teve de esperar dois anos até que chegasse o tempo escolhido por Deus para esse hebreu tornar-se o segundo no poder no Egito (Gn 40.23; 41.1). Deus selecionou um dia específico para os hebreus deixarem o Egito (Êx 12.40-42; ver Gn 15.13-16) e até mesmo o nascimento de Cristo em Belém ocorreu na "plenitude do tempo" (Gl 4.4). Em meio a um mundo confuso e agitado, o cristão pode dizer: "Nas tuas mãos, estão os meus dias" (Sl 31.15) e encontrar paz na vontade de Deus.

A demora de Deus não é uma recusa. Por vezes, ficamos impacientes e nos perguntamos por que os ímpios prosperam, enquanto os justos sofrem, mas Deus nunca está com pressa. Ele é longânimo para com os perversos, pois deseja que se arrependam, e é paciente com seu povo, pois deseja que recebam a recompensa certa, na hora certa, com o propósito certo. Se, em algum momento, Mardoqueu se perguntou por que o rei promoveu Hamã e o ignorou, não tardaria a descobrir que Deus não havia se enganado.

Deus, do alto de sua benignidade e graça, trabalha incessantemente para aqueles que o adoram, pois sabe que Seus filhos somente n’Ele esperam. Assim, cabe a nós, andarmos guiados pela fé, sabendo que, por mais dura que seja a prova pela qual passamos, a providência do Senhor não tarda. A nossa atitude esperançosa e positiva de vida vai de encontro diretamente ao Trono da Graça, ligando-nos à vontade divina e guiando-nos passo a passo, por essa vida, desviando-nos de toda pedra de tropeço, até que possamos estar definitivamente com o Senhor, na glória!

Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 1º Trimestre de 2021, ano 31 nº 118 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – Ester – A soberania do poder de Deus na preservação do Seu povo – Bispo Abner Ferreira.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora CPAD – 2005 – Comentário Bíblico Beacon.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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