Lição 07 – 16 de maio de 2021 – Editora BETEL
A Santidade de Deus
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Sobre a Santidade
de Deus
Deus é separado e
distinto em seu poder. “Ó SENHOR, Deus dos Exércitos, quem é poderoso como
tu és, SENHOR, com a tua fidelidade ao redor de ti?! Dominas a fúria do mar;
quando as suas ondas se levantam, tu as amainas” (Salmo 89.8-9).
Deus é separado e
distinto em sua moralidade. “Justiça e direito são o fundamento do teu
trono; graça e verdade te precedem” (Salmo 89.14).
Os atributos de Deus
são manifestações do seu caráter santo. Por exemplo, a santidade de Deus é
demonstrada através do seu amor por aqueles que pela fé Ele torna justos. “O
SENHOR abre os olhos aos cegos, o SENHOR levanta os abatidos, o SENHOR ama os
justos” (Salmo 146.8). “Pois tu não és Deus que se agrade com a
iniquidade, e contigo não subsiste o mal. Os arrogantes não permanecerão à tua
vista; aborreces a todos os que praticam a iniquidade” (Salmo 5.4-5).
Visto que toda
qualidade de Deus manifesta sua santidade, considerar qualquer atributo à parte
desta santidade significa distorcer seu caráter. Em nenhum outro lugar essa
distorção é tão evidente quanto nas concepções populares a respeito do amor de
Deus. Raro é o homem que compreende conscientemente que o amor de Deus é apenas
uma manifestação da sua santidade.
O evangelicalismo
moderno tem imaginado um deus que personifica o amor supremo separado da
santidade, um deus que possui a santidade como um efeito secundário. No
pensamento popular, a santidade de Deus está erroneamente subordinada ao seu
amor.
Tal pensamento cria
a imagem de um vovozinho impotente, incapaz de manter seu próprio padrão. Esta
atitude reduz o amor santo de Deus a um nível sentimentalista, desprovido de
justiça e juízo, que constituem a base do seu trono. Esta concepção produz um
entendimento frívolo e trivial d’Aquele a quem serafins, com faces cobertas,
clamam: “Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos” (Isaías 6.3).
Consequentemente,
Aquele que faz os demônios tremerem nada mais é do que “o cara lá de cima”, o
copiloto da vida. Ao participar de competições, times de desportistas oram
pedindo vitória Àquele em cuja presença “ninguém” deve se vangloriar (1 Coríntios
1.29). Essa petição visa receber de Deus a vanglória da carne. Em contraste, as
Escrituras dizem: “Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as
nações julgadas na tua presença. Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações
que não passam de mortais” (Salmo 9.19-20).
A santidade
identifica Deus como independente de tudo. Esta separação divina foi
manifestada quando o monte Sinai fumegou, porque “o SENHOR descera sobre ele
em fogo” (Êxodo 19.18). Por ordem divina, o monte tinha sido demarcado por
limites invioláveis; traspassar estes limites significava morte certa. Sobre
todas as coisas, Deus será reconhecido pela sua separação, sua santidade.
O tabernáculo era a
habitação de Deus, onde o homem encontrava-se com a Divindade. Somente no Santo
dos Santos, podia ser feita a expiação pelos pecados. Mas ali ninguém podia
entrar, exceto o sumo sacerdote, apenas uma vez por ano. E mesmo naquele dia de
expiação, ele não podia entrar confiando em seus próprios recursos, e sim no
recurso ordenado por Deus — o sangue de um sacrifício prescrito por Ele. Na
expiação, aquele sacrifício que mais revela seu amor, Deus lembra aos homens
que, acima de todos os outros atributos, Ele é um Deus santo, destituído de
qualquer corrupção.
Deus nos outorga
repetidas afirmações sobre sua santidade, para que o coração humano, “enganoso”
e “desesperadamente corrupto” (Jeremias 17.9), não esqueça essa característica
áurea. “Eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu
seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo”
(Levítico 11.45); “Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e
separei-vos dos povos, para serdes meus” (Levítico 20.26).
Quando Deus escolheu
Abraão para ser recipiente da sua graça especial, Ele o separou de sua família
e de seu país, porque seu propósito era tornar a descendência de Abraão um povo
distinto. Mesmo a libertação do povo de Israel da escravidão do Egito mostrou o
propósito de Deus em separá-los para Si mesmo, tornando-os uma nação santa. A
santidade de Israel era confirmada por serem eles separados do estilo de vida e
de adoração dos pagãos. A morte, a separação crucial, era prescrita àqueles que
mantinham crenças e práticas pagãs entre o povo de Deus.
A observância da
separação por parte do povo de Deus continua no Novo Testamento: “Segundo é
santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o
vosso procedimento” (1 Pedro 1.15). Esta ordenança não é um ritual ou um
preceito ético estabelecido por algum líder religioso, e sim uma manifestação
do Deus santo: “Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pedro 1.16). Ele
não deixa seu povo sem recursos ou auxílio para se manterem separados – “pelo
seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à
piedade… pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes
promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina,
livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pedro 1.3-4).
Não há dúvidas
quanto à ordenança de que os cristãos devem se manter separados do pecado e da
apostasia. A presença do Espírito Santo é um testemunho contínuo para que se
cumpra este mandato de separação. Como resultado, os cristãos sensíveis à sua
presença sofrem com o pecado. Pelo poder do sangue de Cristo e pela obra do
Espírito Santo, eles desejam ardentemente confessar, abandonar e se manterem
separados do pecado.
A santidade de Deus
é a raiz incontestável da separação pessoal e eclesiástica. Pregadores,
igrejas, denominações… e outros grupos pseudo-religiosos, que negam e distorcem
as Escrituras, são profanos e estão em rebeldia contra Deus. Obedecê-Lo
significa separar-se dos que praticam tais pecados, pois estão violando a
própria natureza de Deus. Os verdadeiros crentes estabelecem marcas bem visíveis
de separação entre eles e os falsos e desobedientes empreendimentos religiosos,
“porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que
comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que
união, do crente com o incrédulo? Que ligação entre o santuário de Deus e os
ídolos?” (2 Coríntios 6.14-16).
Devemos nos manter
separados por meio de um padrão essencialmente bíblico, unindo-nos àqueles que
praticam e sustentam esse mesmo padrão. Precisamos fazer isso para agradar a
Deus, cuja santidade inclui separação da desobediência e da incredulidade.
Portanto, para agradar e glorificar a Deus, temos de nos separar de religiosos
que negam a Bíblia e de cristãos rebeldes. Agindo assim, honramos a Palavra de
Deus, a qual nos instrui: “Retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o
SENHOR; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei; serei vosso Pai, e
vós sereis para mim filhos e filhas, diz o SENHOR Todo-Poderoso” (2
Coríntios 6.17-18).
Que promessa
maravilhosa! A aliança com o mundo jamais poderá rivalizar com a bênção
experimentada pelos crentes que, em obediência, mantêm-se separados para o Pai.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2021, ano 31 nº 119 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Os atributos de Deus – Conhecendo a Natureza, o Caráter e a
Supremacia de Deus nas Escrituras – Pr. Valdir Alves de Oliveira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
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