Lição 09 – 30 de maio de 2021 – Editora BETEL
A Fidelidade, Bondade e Veracidade de Deus
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Sobre a fidelidade
de Deus
Infidelidade é uma
das características que se sobressai nestes dias maus. Quem nunca sofreu nas
mãos de homens infiéis? E, onde está o homem que de uma maneira ou outra, não
seja culpado deste pecado? No mundo econômico quase todas as falhas são
resultado de devedores ou empregados infiéis. No setor social, a infidelidade
conjugal tem se tornado um terrível mal. Os sagrados laços do matrimônio são
rompidos com a facilidade de quem joga fora roupas velhas. No mundo político,
as promessas antes das eleições são quebradas com a mesma facilidade com que
foram feitas. Nas negociações internacionais, os acordos são considerados como
simples folhas de papel. E no setor religioso, a infidelidade é tão notável
quanto em qualquer outro setor. Multidões que professam crer na Bíblia ignoram
grandes porções dela, pronunciando outras partes como antiquadas, e com
explicações tentam desfazer o que está escrito.
Enojado
com a humanidade
Um repórter de um
dos grandes noticiários americano, que havia testemunhado a batalha de Alcazar
numa Espanha regada pela guerra e ensopada com sangue, ainda hospitalizado,
falou com o chefe no outro lado do oceano e disse: “Estou enojado com a
humanidade”. A raça humana começou a se degradar no Jardim do Éden pela sua
infidelidade ao Criador, e pelo mesmo pecado, destrói a si mesma. Aqui está uma
pergunta com que podemos sondar o nosso coração: Temos sido motivo de tristeza
a outros por motivo de nossa infidelidade? Será que esposa, marido, filhos,
pais, vizinho, pastor, irmão, ou outra pessoa qualquer já se entristeceu por
nossa infidelidade? Lembre-se que as lágrimas causadas por nosso maltratar são
guardadas no odre de Deus para serem evidência no dia de julgamento. Salmo 56.8.
O Deus
fiel
Há alguém que é
grande em Sua fidelidade. A fidelidade é uma perfeição em Deus pela qual Ele é
fiel à sua Palavra e a todos os Seus concertos. Ele nunca quebra um contrato
consigo mesmo nem com Suas criaturas. O que Ele propôs, isto fará, e o que
prometeu, isto executará. A mentira é um dos pecados que mais prevaleceu em
todos os tempos. Foi o acreditar numa mentira que arruinou toda a raça humana.
Adão e Eva deixaram a Palavra de Deus e seguiram o pai das mentiras. E todos os
seus filhos seguiram no mesmo caminho. Os filhos de Israel, literalmente
rogavam, no passado distante, aos profetas a pregarem mentiras a eles. Eles
clamavam: “Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas
aprazíveis, e vede para nós enganos”. Isaías 30.10. Em nossos dias, a
palavra mentira se camuflou com o termo “propaganda”.
Conta-se que em Sião
quem fosse pego contando mentira teria a boca costurada por três dias. Se esta
fosse a lei aqui em nosso país como também em todo o mundo, muitos políticos, homens
de negócios e até líderes religiosos, não poderiam atender ao telefone, e que
muitas senhoras andariam com lindos bordados na boca.
A inclinação de
contar e acreditar numa mentira é um dos fatos mais surpreendentes na história
da humanidade. Da boca de um só Homem, nunca saiu nenhuma mentira. E este foi o
Deus-Homem, Jesus Cristo, a verdade encarnada. Isaías 53.9.
Deus é fiel
a si mesmo
A respeito de Deus
lemos que “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si
mesmo”. 2 Timóteo 2.13. Isto significa que Ele efetuará tudo o que propôs.
Romanos 8.28 diz que tudo opera para o bem dos que amam a Deus e são chamados
segundo seu propósito. Lá na eternidade anterior, havia um povo que dantes
conheceu e predestinou a quem Deus propôs chamar e justificar e glorificar.
Esta era uma proposta secreta, conhecida somente por Deus. Não havia promessa
dada ao homem, pois este nem sequer existia ainda. Portanto, se Deus não
chamasse, justificasse e glorificasse os dantes conhecidos e predestinados, Ele
não seria fiel nem verdadeiro a Si mesmo. Seria como o homem que se propôs a
fazer uma coisa, e depois falhou por inconsistência ou por incapacidade. Deus é
fiel ao Seu próprio propósito, e tem amplo poder para a execução de Seus
planos. “E segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os
moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que
fazes”? Daniel 4.35.
Deus é
fiel a Seu Filho
Existem certas
promessas feitas a Cristo, que é simbolizado por Davi espiritualmente, com a
condição de que executasse Seus deveres como Mediador do novo concerto. E Deus
jurara não mentir a Davi, isto é, a Cristo, o Davi espiritual. Ele veria Sua
semente e o labor de Sua alma e ficaria satisfeito. Em relação ao concerto da
graça, do qual as três pessoas da Trindade fizeram parte, não podemos fazer
melhor que citar B. H. Carroll: “Antes de haver o mundo, um concerto de graça e
misericórdia foi feito pelo Pai, Filho e Espírito Santo, cujas evidências são
plenas no N. T., e a parte a ser executada por cada um são claramente
definidas, a saber: A graça do Pai em concordar que seu o Filho viesse, suas
obrigações para com o concerto de dar uma semente ao Filho, Sua presciência
desta semente, Sua predestinação da semente, e a justificação e adoção destes
em bom tempo. O concerto do Filho inclui a obrigação de assumir a natureza
humana em Sua encarnação, voluntariamente renunciando à glória que tinha com o
Pai antes do mundo para tornar-Se obediente até a morte e morte de cruz. A
consideração como esperança à Sua frente, induzindo-O a suportar a desgraça da
cruz, e o galardão dado pela obediência, foi Sua ressurreição, Sua glorificação,
Sua exaltação ao trono real de sacerdote e Seu investimento com direito a
julgar. E as obrigações do Espírito Santo eram de aplicar Sua obra de redenção
em chamar, convencer, regenerar, santificar e levantar dos mortos a semente
prometida ao Filho. Tudo isto mostra que o plano de salvação não foi um
pensamento secundário; que as raízes dele na eleição e predestinação estão
tanto na eternidade quanto da existência do mundo, e os frutos dele estão na
eternidade após o julgamento. O crente deve considerar esta corrente, testar
cada elo, sacudi-la e ouvir seu som, ligado de eternidade a eternidade. Cada um
que Deus escolheu é atraído pelo Espírito a Cristo. Cada um predestinado é
chamado pelo Espírito em tempo, justificado em tempo e será glorificado quando
o Senhor vier”.
A morte de
Cristo não foi uma experiência
A morte de Cristo
não foi uma experiência, incerta nos resultados. A obra do Espírito Santo não é
mera tentativa para ver o quanto Ele pode efetuar. Jamais poderíamos aprovar a
doutrina dum Pai infiel, um Espírito Santo derrotado e um Filho decepcionado. Cremos
num Deus fiel, num Espírito Santo invencível e num Cristo vitorioso. Spurgeon
diz: “Creio firmemente que toda alma pela qual Cristo verteu Seu sangue como
substituto, Ele reivindicará como Sua, e terá como Sua por direito. Amo esta
verdade e deleito-me em proclamá-la. Nem todos os poderes da terra ou inferno,
nem a obstinação da vontade humana, nem a profunda depravação da mente humana,
podem impedir Cristo de ver o labor de Sua alma e de ficar satisfeito. João 6.13-40.
Mas, melhor ainda
são as palavras proferidas pelos lábios da Verdade em carne… ouçam-na: “Todo
que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei
fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade
daquele que me enviou. E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum de
todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia”.
João 6.37-40.
A base de
nossa segurança
A base da nossa
segurança é a fidelidade de Deus a seu Filho. “Fiel é Deus, pelo qual fostes
chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor”. 1
Coríntios 1.9. De acordo com o concerto, Jesus Cristo teria companheiros. Pelo
chamado de Deus (o chamado eficaz do Espírito pela Palavra) fomos primeiramente
admitidos na comunhão com Cristo, e o objetivo final é nossa presença com Ele
na glória. E isto é garantido pela fidelidade de Deus, que nos confirmará no
fim (1 Coríntios 1.8), pois os chamados serão justificados e glorificados. Os
que Ele chamou e justificou estão seguros enquanto Deus for fiel à Sua Palavra
para com o Filho. Livrar-se da correção depende da boa conduta do crente, mas a
certeza da glória se baseia na fidelidade de Deus para com Seu Filho.
“Se os seus filhos
deixarem a minha lei, e não andarem nos meus juízos, se profanarem os meus
preceitos, e não guardarem os meus mandamentos, então visitarei com vara, e a
sua iniquidade com açoites. Mas não retirarei totalmente dele a minha
benignidade, nem faltarei à minha fidelidade. Não quebrarei a minha aliança,
não alterarei o que saiu dos meus lábios. Uma vez jurei por minha santidade que
não mentirei a Davi. A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será
como o sol diante de mim”. Salmo 89.30-36.
Que firme fundamento
para nossa fé! Nossa segurança não jaz em nossa fidelidade a Deus, mas na
fidelidade de Deus ao Seu Filho. Aleluia!
Deus é
fiel a Seus santos
Deus fez promessas
aos crentes pobres, fracos e entristecidos que creram no Senhor Jesus Cristo e
Ele, fielmente, cumprirá cada promessa que fez. “Porque os dons e a vocação
de Deus são sem arrependimento”. Romanos 11.29. Isto significa que Deus é
fiel às Suas promessas do concerto, e não falhará na glorificação dos que
chamou. Todas as promessas de Deus em Cristo são “sim” (certas) para que cada
crente possa dizer “amém” à glória de Deus. 2 Coríntios 1.20.
Preservação
Deus é fiel na
preservação de Seu povo. “Porque o Senhor ama o juízo e não desampara os
seus santos, eles são preservados para sempre”. Salmo 37.28. “As minhas
ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida
eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai,
que, mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu
Pai”. João 10.27-29. Aquele que é preservado não tem o poder para
guardar-se a si mesmo. Os santos são fracos, mas são guardados pelo poder de
Deus. 1 Pedro 1.5. A promessa de Deus ao crente é a vida eterna. E isto não
significa existência eterna, mas favor ou justificação eterno para que ele
nunca mais fique debaixo da condenação. João 5.24.
“E o mesmo Deus de
paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, e alma, e corpo, sejam
plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará”. 1 Tessalonicenses 5.23-24.
Aqui jaz a completa santificação e livramento do pecado e isto pela dependência
do crente na fidelidade de Deus. Os chamados não são apenas justificados, mas
também glorificados, pois Deus é fiel. Deus nunca chamaria os pecadores com o chamado
eficaz de vida eterna para depois deixá-los pelo meio do caminho que leva à
glória. A obra de Deus para com Seus santos é perfeita. Aqueles que fugiram da
tempestade da ira divina, têm a Palavra de Deus, e Seu juramento como base de
esperança, estas duas coisas sendo imutáveis, nas quais Deus não pode mentir.
Disciplina
Deus é fiel ao
disciplinar Seus filhos. “Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são
justos, e que segundo a tua fidelidade me afligiste”. Salmo 119.75. Aqui
Davi submete-se à disciplina de Deus e a aceita como justa e boa. Na teologia
de Davi não havia lugar para sorte nem chance. Ele cria que tudo o que
acontecia, era ordenado por Deus. Suas aflições foram grandes, mas ele via a
mão de Deus em todas elas, e acreditava serem para o seu próprio bem. Ele ainda
acrescenta que Deus era fiel em mandá-las. Deus estava operando para o bem de
Davi, e sabia o que ele necessitava. Deus é tão fiel aos Seus em discipliná-los
quanto em preservá-las. Deus não é um Eli indulgente e infiel. Ele não
permitirá que Seus filhos pequem sem serem disciplinados. “O que não faz uso
da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga”. Provérbios
13.24.
Devemos louvar a
Deus por Sua fidelidade em nos açoitar, a fim de levar-nos de volta a Si mesmo
e às veredas da obediência. Os santos têm certas tendências das ovelhas e são
propensos a se desviarem. Deus é o fiel pastor que sabe usar a vara para
levar-nos de volta ao rebanho. Ouça a Davi, novamente: “Antes de ser
afligido andava errado; mas agora tenho guardado a tua palavra”. Salmo 119.67.
E a doutrina permanece a mesma, seja no Velho ou no Novo Testamento. Em Hebreus
12.11, lemos: “E, na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de
gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos
exercitados por ela”. Temos esta gloriosa verdade escrita por um dos
puritanos, Thomas Washburn (1606-1687):
À medida que o santo
cresce na sabedoria da verdade quanto a Deus e ao homem, ele repudiará a si
mesmo e admirará mais e mais a Deus. Quando a verdade a respeito de Deus e do
indivíduo se interiorizarem, então faremos o que é justo, amaremos
misericórdia, e andaremos em humildade diante de Deus. Miquéias 6.8.
Ó, quanto nós, Seus filhos comprados com sangue, devemos ser fiéis Àquele que jamais faltará em fidelidade para conosco! Isto é o que Ele requer de nós como mordomos de Seus bens. Pouco importará quando morrermos, se tivemos riquezas e honras neste mundo, mas importará grandemente se fomos fiéis ao nosso Redentor. Que a fidelidade de Deus produza em nós, fontes donde corram águas de fidelidade em Seu serviço glorioso.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2021, ano 31 nº 119 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Os atributos de Deus – Conhecendo a Natureza, o Caráter e a
Supremacia de Deus nas Escrituras – Pr. Valdir Alves de Oliveira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland
Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
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