Lição 12 – 20 de junho de 2021 – Editora BETEL
O Deus Onisciente, Onipresente e Onipotente
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Sobre a onisciência,
onipresença e onipotência de Deus
Conhecer bem a Deus
é o que absorverá as nossas mentes por toda a eternidade. Com certeza, não
podemos esperar esgotar este assunto. Deus é incompreensível à mente humana.
Não se trata d’Ele tentar se esconder do homem; pelo contrário, Ele anseia por
ser conhecido e se revelou.
A dificuldade humana
em compreender a Deus não se deve a nenhuma falta de vontade por parte d’Ele no
sentido de Se revelar, mas às nossas limitações. Por ter condescendido em Se
revelar ao homem, Ele é conhecível até certo ponto. Conhecer a Deus é ter vida
eterna (João 17.3). Deveria ser nosso alvo constante conhecer melhor a Deus,
ainda que seja impossível entender totalmente as Suas perfeições.
Dizem que Rowland
Hill, um pregador norte-americano, certa vez estava tentando transmitir a um
público algo sobre o amor de Deus. De repente, ele parou e, erguendo os olhos
para o céu, exclamou: “Eu não consigo compreender este grandioso tema, no
entanto não penso que o peixe mais minúsculo do oceano reclame da vastidão do
oceano. Assim acontece comigo. Com as minhas débeis forças posso me lançar com
prazer num assunto, cuja imensidão jamais poderei compreender”.
Foi uma sensação
semelhante a esta a que fez Paulo exclamar uma de suas maravilhosas doxologias:
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!”
(Romanos 11.33).
Esta deve ser a
linha mestra do nosso pensamento ao estudarmos a infinitude de Deus. “Grande
é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir”
(Salmos 147.5). O termo “não se pode medir” transmite a ideia de ausência de
todas as limitações.
Não há nada além da
bússola de Deus. Ele é imensurável. Não se pode imaginar limites para a Sua
grandeza.
Alguns dos atributos
de Deus — como amor, misericórdia e justiça — encontram pelo menos uma analogia
aproximada em certos seres humanos, enquanto outros desses atributos não podem nem
ser descritos. Para alguns de Seus atributos metafísicos, não há nada análogo
na mente humana, e os termos descritivos que temos são inadequados para
mostrá-los. Devemos usar a linguagem que tivermos e as ilustrações que encontrarmos,
nos lembrando, ao mesmo tempo, de que elas são insuficientes.
Observemos primeiro o
atributo que designamos como “onipresença”. A palavra não ocorre nas
Escrituras, mas por toda a Bíblia o fato de que Deus está em todo lugar é
ensinado e está implícito. Nenhum conceito da revelação é mais difícil para o
homem compreender do que este: a onipresença de Deus. Ele não é limitado pelos conceitos
de tempo e espaço. Sabemos de duas unidades de existência: Deus e o universo.
Isto inclui Deus e tudo o que não é Deus. Onipresença implica que Deus, uma unidade,
penetra e preenche a outra unidade, o universo, em todas as suas partes. Deus
está em todo lugar. Isto não quer dizer que exista uma parte d’Ele em todo
lugar, mas que a Sua totalidade está em cada lugar. Paulo declarou em seu sermão
no Areópago, em Atenas, que Deus “não está longe de cada um de nós”
(Atos 17.27). Ele está tão perto de uma pessoa no outro lado do planeta, neste
exato momento, quanto está de nós. Deus nunca precisa se mover para algum lugar
onde ele queira operar ou responder uma oração. Ele habita completamente na Sua
criação.
Não existe nenhum
lugar no universo em que você poderia estar mais perto de Deus do que onde você
está agora neste exato momento. Achegar-Se a Deus não requer uma peregrinação, mas
arrependimento, humildade e obediência.
Aproximar-Se d’Ele
significa tornar-se semelhante a Ele; inversamente, apartar-se d’Ele significa tornar-se
menos parecido com Ele.
Você pode perguntar:
“Não é verdade que Deus está nos céus?” Sim, mas Ele não está só nos céus. “Ocultar-se-ia
alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? — diz o SENHOR; porventura,
não encho eu os céus e a terra? — diz o SENHOR” (Jeremias 23.24). Salomão
disse: “Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto
menos esta casa que eu edifiquei” (1 Reis 8.27). Jesus também ensinou que
Deus é espírito, não devendo ser, portanto, limitado a um lugar (João 4.24).
Muitos pensam em Deus como um Ser distante da Terra, residindo no alto céu; mas
Deus está em todos os lugares e é acessível em todos os lugares. Alguém disse
que Deus é um círculo cujo centro está em qualquer lugar e cuja circunferência
não existe.
Duas palavras vieram
a ser usadas para mostrar a relação entre Deus e o universo: “imanência” e
“transcendência”. Tendo em mente a ideia de que existem duas unidades de existência,
Deus e o universo (Deus e tudo o que não é Deus), “transcendência” significa
que Deus excede a outra unidade, que Ele é mais do que o mundo e que Ele está
acima do mundo. Embora Ele transcenda o mundo, Ele ainda habita nele e penetra
nele, aproximando-Se dele com amor e continuando a operar nele. Este é o
significado de “imanência”. Deus não age sobre o Seu universo mantendo-Se
distante.
Imanência também
inclui o conceito de Deus habitando o tempo e também o espaço. Isaías referiu-se
a Deus como “o Alto, o Sublime, que habita a eternidade” (Isaías 57.15).
O salmista falou de Deus como Aquele que existiu “antes que os montes
nascessem e se formassem a terra e o mundo”, e acrescentou: “…de
eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmos 90.2). Isto mostra a
infinitude de Deus relacionada ao tempo. Ele habita a eternidade! Ele habita
naquilo que conhecemos como o passado, o presente e o futuro.
Um fato que
acompanha a onipresença é a onisciência, o conhecimento perfeito de Deus. Onipresença
implica onisciência; poderíamos até chamar a onisciência de uma parte da
onipresença. Deus está presente em tudo e ausente de nada. Ele está presente,
portanto, com todo o Seu poder de conhecimento. A mente perfeita de Deus não pode
estar presente sem conhecer o que está em Sua presença. Em outras palavras,
Deus não pode ser onipresente sem saber tudo. Em Salmos 139, o escritor estava
celebrando tanto os dois atributos, onipresença e onisciência, com uma alegria reverente.
A ideia transmitida pelo salmista é de que Deus sabe tudo porque Ele está em
todo lugar.
Ele está em todo
lugar no universo e na eternidade. Se não podemos fugir do conhecimento de Deus
é porque não podemos fugir da presença de Deus. Uma das duas unidades de
existência, Deus, possui o conhecimento perfeito da outra unidade, o universo.
Além disso, Deus conhece perfeitamente a Si mesmo.
Todo o conhecimento
humano é imperfeito. Não entendemos nada por completo, nem a coisa que mais
conhecemos, porque não entendemos completamente o todo ao qual as coisas
pertencem.
Nossa experiência,
portanto, nos dá poucas condições para entender a onisciência de Deus. Isto é
diferente de todo o conhecimento que é possível a nós. Todo o nosso
conhecimento é ignorância e insensatez comparado ao conhecimento de Deus. Todo
o conhecimento combinado dos homens mais sábios que já viveram nada acrescentaria
à onisciência divina. Onisciência significa o conhecimento simultâneo de todas
as coisas do passado, presente e futuro. O Senhor faz todas as coisas “conhecidas
por toda a eternidade” (Atos 15.18). Como é abrangente o conhecimento de
Deus! Pedro disse: “Senhor, tu sabes todas as coisas” (João 21:17). Jó
disse: “Ele perscruta até as extremidades da terra, vê tudo o que há debaixo
dos céus” (Jó 28.24). Falando das estrelas, Isaías revelou: “Aquele que faz
sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo
nome” (Isaías 40.26). Deus conhece o universo em sua totalidade.
O nosso Deus sabe
todas as coisas pertinentes ao homem. Ele não só sabe tudo o que já aconteceu, mas
Seu conhecimento se estende até o que teria acontecido se algum outro curso
tivesse sido tomado. Jesus disse que Tiro e Sidom teriam se arrependido se
tivessem visto os milagres realizados na geração d’Ele (Mateus 11.21). Deus sabe
o que está no interior do homem: “Os olhos do SENHOR estão em todo lugar,
contemplando os maus e os bons” (Provérbios 15.3).
E não há criatura
que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas
e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas (Hebreus 4.13). Quando
os apóstolos oraram a Deus em certa ocasião, eles se dirigiram a Ele como “o
Senhor que conhece o coração de todos” (Atos 1.24).
Jesus nos garantiu
que até os cabelos de nossas cabeças estão contados e que Deus está ciente de cada
pardal que cai (Mateus 10.29-30). Ele também nos assegurou: “Deus, o vosso
Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais” (Mateus 6.8).
O conhecimento de Deus inclui todas as coisas e não tem limite.
Quando Abraão tinha
noventa e nove anos, o Senhor apareceu a ele e disse: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso;
anda na minha presença e sê perfeito” (Gênesis 17.1). Este nome sugere a
força e o poder de Deus. Depois de Deus ter prometido a Abraão um herdeiro, e
depois de Sara ter rido da promessa, Deus perguntou a Abraão: “Acaso, para o
SENHOR há coisa demasiadamente difícil? Daqui a um ano, neste mesmo tempo,
voltarei a ti, e Sara terá um filho” (Gênesis 18.14). Aqueles que conhecem
a Deus como Ele é apresentado nas páginas da Bíblia e é visto em Cristo Jesus devem
responder à pergunta acima com um firme “não”. O poder de Deus é o Seu atributo
mais óbvio. “Para Deus tudo é possível”, declarou Jesus (Mateus 19.26).
Quando o anjo apareceu a Maria e informou-lhe que Deus a havia escolhido para
ser mãe do Senhor, ele acrescentou: “Porque para Deus não haverá impossíveis
em todas as suas promessas” (Lucas 1.37).
Milagres
certificaram em favor do poder de Deus. Ele foi poderoso para reter o fogo a
Sadraque, Mesaque e Abednego. Foi poderoso para partir as águas do mar
Vermelho, para fazer a cabeça de um machado flutuar no rio; para acalmar uma
tempestade severa e para transformar água num delicioso vinho. A criação da
matéria a partir do nada demonstra um infinito poder. O trabalho manual de Deus
é visto no firmamento estrelado; os céus declaram a Sua glória. O poder de Deus
é visto na natureza, na história e na redenção. Uma de suas maiores exibições
de poder foi a que “exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos
e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais” (Efésios 1.20).
A onipotência está
intimamente relacionada à onipresença e onisciência de Deus. O fato d’Ele estar
em todo lugar O capacita a saber todas as coisas e a agir em todo lugar. Deus é
poderoso, adequado e suficiente. Ele é o Mestre do universo, o Todo-Poderoso,
sustentando o universo sob Seu controle. Ele é competente para fazer tudo que
precisa ser feito. O Seu poder se estende muito além de qualquer coisa que Ele
já tenha feito na história da humanidade. Esse poder age conforme Sua própria
natureza e caráter e em tudo o que o Seu universo requer.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2021, ano 31 nº 119 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Os atributos de Deus – Conhecendo a Natureza, o Caráter e a
Supremacia de Deus nas Escrituras – Pr. Valdir Alves de Oliveira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland
Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
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