Lição 03 – 18 de julho de 2021 – Editora BETEL
Uma atitude de fé
SLIDES / VISUALIZAR / BAIXAR
HINOS SUGERIDOS
♫ Hino 25 ♫
♫ Hino 186 ♫
♫ Hino 415 ♫ O Hino 415 está sendo produzido
Devocional – Para quem ainda não
assistiu, uma boa reflexão
Sobre a mulher do
fluxo de sangue
É interessante notar
que o milagre sobre a mulher do fluxo de sangue ocorreu quando Jesus estava
indo realizar outro milagre. Ele estava a caminho da casa de Jairo, cuja filha
até então estava em estado terminal, quando essa mulher tocou suas vestes.
A Bíblia não
registra o nome da mulher que tinha o fluxo de sangue. Tudo o que se sabe é que
provavelmente ela era uma moradora da cidade de Cafarnaum. Antes de se
encontrar com Jesus, ela já havia sofrido por doze anos de uma hemorragia.
Alguns estudiosos
entendem que o fluxo sanguíneo daquela mulher era constante; já outros entendem
que a hemorragia não era necessariamente constante, mas certamente era
frequente. Então periodicamente ela sofria com a perda excessiva de sangue.
Seja como for,
aquela hemorragia lhe deixava debilitava fisicamente. Além disso, o fluxo de
sangue também a tornava impura segundo a Lei Mosaica (Levítico 15.19). Dessa
forma, aquela mulher enfrentava uma série de privações religiosas e sociais.
Ela jamais poderia
ir ao Templo em Jerusalém. Tudo o que ela tocava também era visto como imundo.
Diante da Lei Levítica, a cama em que ela dormia, a cadeira em que ela se
sentava, as coisas que ela usava e as roupas que ela vestia eram todas imundas.
Qualquer um que tocasse a mulher do fluxo de sangue era considerado imundo.
A Bíblia também diz
que a mulher do fluxo de sangue havia procurado ajuda de todas as formas. Ela
gastou tudo o que tinha com os médicos de sua época. Mas nenhum tratamento
médico resolveu seu problema e sua saúde piorava cada vez mais ao longo dos
doze anos (Marcos 5.25-26). Tudo isso indica a situação desesperadora daquela
mulher. Nos últimos doze anos ela havia vivido na solidão, acompanhada da
vergonha.
Jesus estava
seguindo por um caminho em Cafarnaum cercado por uma grande multidão. Ele já
havia curado muitas pessoas naquela região, então era natural que as pessoas o
acompanhassem ali. A multidão era tão grande que acabava dificultando sua
caminhada. Eram muitos esbarrões e Jesus caminhava apertado e com dificuldade.
A mulher do fluxo de
sangue viu em Jesus a oportunidade única de sua vida. Ela creu que se ao menos
tocasse em suas vestes sua hemorragia seria estancada. Então ela veio por detrás
da multidão e tocou na orla do vestido de Jesus, e imediatamente foi curada
(Marcos 5.29).
Mas a mulher do
fluxo de sangue achou que poderia tocar em Jesus silenciosamente, ser curada e
permanecer anônima. Por causa de sua condição, naturalmente ela não desejava se
expor publicamente. Tão logo que tocou na orla das vestes de Jesus, a mulher
entendeu que havia sido curada. Talvez por um instante ela provavelmente
concluiu que Jesus nunca haveria de percebê-la.
Porém, a mulher do
fluxo de sangue estava enganada. Jesus sentiu que alguém havia lhe tocado de
forma diferente. Por isso Ele perguntou: “Quem tocou nas minhas vestes?”
(Marcos 5.30). Os discípulos acharam que a pergunta de Jesus não fazia sentido.
Muitas pessoas estavam tocando o Mestre naquela multidão. Mas Jesus sabia que
alguém lhe havia tocado não apenas com as mãos, mas principalmente com a fé.
Aqui vale dizer que,
como homem, Jesus de fato não sabia quem havia lhe tocado. Mas como Deus, Ele
sabia que em resposta a um toque de fé, poder curador havia saído dele. A
natureza divina de Jesus testificou que o milagre havia ocorrido.
Então a mulher que
havia sofrido com o fluxo de sangue escutou a pergunta de Jesus e percebeu que
Ele a procurava no meio da multidão. Ela entendeu que não poderia se esconder.
Sua fé oculta seria revelada.
A Bíblia diz que
naquele momento a mulher se aproximou de Jesus temendo e tremendo, e lhe
declarou toda a verdade. Aqui é preciso entender que aquela era uma situação
embaraçosa para aquela mulher. De acordo com a cultura de sua época, era
inapropriado que ela ficasse em evidência pública. Além disso, ela sabia que
sua doença a tornava impura e ela não podia tocar em alguém.
Então ela não sabia
exatamente se Jesus iria repreendê-la por causa do que havia sido feito. Mas
mesmo assim ela se prostrou diante de Jesus e lhe contou tudo. Provavelmente
foi nessa hora que ela explicou o sofrimento que havia enfrentado por doze
anos. Mas ao invés de repreendê-la, Jesus a confortou de forma amorosa. Ele
disse: “Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz, e fica livre do teu mal”
(Marcos 5.34).
Com essas palavras
Jesus não apenas garantiu que a saúde da mulher do fluxo de sangue havia sido
restaurada, mas também restaurou sua vida social e religiosa. Agora aquela
mulher poderia finalmente ir em paz.
A história da mulher
do fluxo de sangue certamente tem muito a nos ensinar. Em primeiro lugar,
aprendemos que Jesus é a esperança para os desesperançados. Aquela mulher tinha
esgotado todos os seus recursos. Humanamente falando, não havia mais nada que
pudesse ser feito a seu favor.
Ela estava presa
numa solidão terrível. Ela não tinha paz e era refém da agonia. Aos olhos de
todos, a mulher do fluxo de sangue era imunda e não havia esperança de que ela
deixasse aquela posição amaldiçoada. Mas aos olhos de Jesus, a mulher
desprezada que sofria com um fluxo de sangue era tão próxima quanto uma filha.
Em segundo lugar, a
história da mulher do fluxo de sangue nos ensina sobre a supremacia da
santidade de Cristo. Pela lógica humana, quando algo impuro tem contato com
algo limpo, o impuro contamina o que é puro. Um copo de água poluída torna sujo
todo um tanque de água potável. Assim, se uma pessoa considerada limpa tivesse
contato com algo imundo, ela também seria considerada impura.
Mas com Jesus é
diferente. Sua pureza é sem igual! Ele próprio é a fonte da genuína santidade.
Quando a mulher do fluxo de sangue lhe tocou Ele não ficou impuro, ao
contrário, foi ela quem ficou pura. Por isso mesmo somente Ele pode transformar
pecadores impuros e imperfeitos em filhos santificados de Deus, dando-lhes
vestes brancas como a neve (Apocalipse 3.5; 7.13-14).
Em terceiro lugar, a
história da mulher do fluxo de sangue nos ensina que a fé é um instrumento para
a manifestação do poder de Deus. Através da fé, Cristo curou aquela mulher
física e espiritualmente. Seu corpo e sua alma foram restaurados. Por isso Ele
disse: “A tua fé de salvou”.
Mas isso não
significa que essa fé era fruto da própria capacidade pessoal daquela mulher.
Muito pelo contrário, o próprio Jesus era a causa dessa fé! Sem Ele a mulher do
fluxo de sangue jamais teria possuído e exercitado tamanha fé (Efésios 2.8;
Hebreus 12.2).
Além disso, ao
enfatizar a fé como o instrumento desse milagre, Jesus automaticamente tratou
de acabar com qualquer tipo de superstição de que sua peça de roupa teria
contribuído para a cura da mulher do fluxo de sangue. Definitivamente quem cura
e restaura é Jesus em resposta à fé, e não um tecido ou qualquer objeto
supostamente místico ou sagrado.
Texto de Daniel
Conegero para o blog www.estiloadoração.com/
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2021, ano 31 nº 119 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Os atributos de Deus – Conhecendo a Natureza, o Caráter e a
Supremacia de Deus nas Escrituras – Pr. Valdir Alves de Oliveira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida – 2014
– Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland
Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Nenhum comentário:
Postar um comentário