Lição 04 – 25 de julho de 2021 – Editora BETEL
As lições de uma figueira infrutífera
SLIDES / VISUALIZAR / BAIXAR
HINOS SUGERIDOS
♫ Hino 27 ♫
♫ Hino 126 ♫
♫ Hino 341 ♫
Sobre a figueira
infrutífera
Isto é um milagre e
uma parábola. É um milagre singular, e é uma parábola impressionante. É uma
parábola viva, em que o nosso Senhor Jesus nos dá uma lição objetiva. Ele
coloca a verdade diante dos olhos dos homens, nesta passagem, para que a lição
possa causar uma impressão profunda na mente e no coração. Observemos de que
esta é uma parábola, pois, se não olharmos para ela sob esta luz, podemos
interpretá-la mal.
O Senhor Jesus quis ensinar
aos seus discípulos sobre a destruição de Jerusalém. A recepção dada a ele em
Jerusalém estava cheia de promessas, mas das quais nada viria. Seus altos
hosanas iriam mudar para: “Crucifica-o!”
Quando Jerusalém foi
destruída por Nabucodonosor, no tempo oportuno, os profetas não só tinham
falado, tinham usado sinais instrutivos. Mais uma vez, os juízos de Deus
estavam às portas da cidade culpada. As Palavras de Jesus tinham sido
desperdiçadas, e até mesmo as lágrimas do Salvador tinham sido derramadas em
vão, então havia chegado a hora de ser dado um sinal do juízo que estava às
portas.
O Senhor Jesus viu
uma figueira, que por um capricho da natureza, estava coberta com folhas em um
momento em que, no curso normal das coisas, não deveria estar assim; pois as
figueiras somente se cobrem de folhas quando já têm dado os seus frutos. Nosso
Senhor viu nisso uma oportunidade para uma lição muito boa para os seus
discípulos. Quando ele viu que não havia qualquer figo naquela figueira, ele
ordenou que ela ficasse infrutífera para sempre, e imediatamente começou a
secar.
A figueira arruinada
era um símbolo do Estado judeu. A nação havia prometido grandes coisas para
Deus.
Quando todas as
outras nações eram como árvores sem folhas, sem fazer profissão de fidelidade
ao verdadeiro Deus, a nação judaica estava coberta com a folhagem da profissão
religiosa abundante, mas sem qualquer fruto. Nosso Senhor tinha olhado para o
interior do templo, e tinha encontrado a casa de oração senão como um covil de
ladrões. Ele condenou, portanto, a igreja judaica a permanecer como uma coisa
inútil sem vida, e assim foi. A sinagoga permaneceu aberta, mas seu ensino
tornou-se uma forma morta. Israel não tinha nenhuma influência sobre as nações.
A raça judaica tornou-se, durante séculos, uma árvore seca: não tinha nada,
senão profissão externa, exibindo uma pomposa folhagem, mas sem frutos, quando
Cristo veio, e essa profissão se mostrou impotente para salvar, mesmo a cidade
santa. Cristo não destruiu a organização religiosa dos judeus que ele a deixou
permanecer, mas ela se secou a partir da raiz, até que vieram os romanos, e com
suas legiões arrancaram o tronco infrutífero.
Que lição é essa
para as nações! Elas podem fazer uma profissão religiosa, e ainda podem deixar
de expor a justiça que exalta uma nação. Nações podem ser adornadas com toda a
folhagem da civilização e da arte, e do progresso, e da religião, mas se não há
vida interior de piedade, e nenhum fruto de justiça, elas permanecerão por um
tempo, e depois desaparecem.
Que lição é isto
para as igrejas! Há igrejas que têm tido destaque em número e influência, mas a
fé, e amor, e santidade não foram mantidos, e o Espírito Santo deixou-os para a
exibição vã de uma profissão infrutífera; e há igrejas, com o tronco da organização,
e os ramos amplamente estendidos, mas estão mortos, e todos os anos eles se
tornam cada vez mais deteriorados.
Podemos ter um
grande número de pessoas que vêm para ouvir a Palavra, e um considerável corpo
de homens e mulheres que professam ser convertidos, mas a menos que a piedade
vital esteja no interior deles, que são estas congregações e igrejas? Podemos
ter um ministério valorizado, mas o que seria esse sem o Espírito de Deus?
Podemos ter grandes serviços, mas o que são eles sem o espírito de oração, o espírito
de fé, o espírito de graça e de consagração?
Há pessoas que
parecem desafiar as estações do ano. Ainda não era o momento de figos, mas eles
são como esta figueira coberta com aquelas folhas que geralmente indicavam
figos maduros. Quando uma figueira está cheia de folhas, você espera encontrar
figos nela, e se você não os encontrar é porque ela não vai ter qualquer figo
nessa temporada. Esta árvore era uma aberração da natureza, e não um resultado
saudável de verdadeiro crescimento. Tais aberrações da natureza ocorrem nas
florestas e nas vinhas, e podem ser encontradas também no mundo moral e
espiritual.
Alguns homens e
mulheres parecem muito excelentes ante aqueles ao seu redor, e nos surpreendem
por suas virtudes especiais externas. Eles são melhores do que o melhor, mais
somente na aparência. Elas são pessoas muito superiores, cobertas com virtudes,
como esta figueira com folhas.
Observe-se, que eles
saltam por cima da regra normal de crescimento. Como já foi dito, a regra é, em
primeiro lugar o figo, e depois as folhas da figueira, mas temos visto pessoas
que fazem uma profissão antes de terem produzido o menor fruto para justificá-la.
Essas pessoas
participam de um encontro de avivamento, e se declaram salvas, embora não
tenham sido renovadas no coração, e não possuam nem arrependimento nem fé. Eles
vêm para a frente para confessar uma mera emoção. Eles não têm nada melhor do
que uma resolução. Nada contra a rapidez da conversão, pelo contrário, é admirável,
se verdadeira, mas não podemos julgar até que vejamos o fruto e as evidências nessas
vidas. Se a mudança de conduta é distinta e verdadeira, não importa o quão rápido
o trabalho é feito, mas há que se ver a mudança.
Onde aqueles que são
proeminentes vêm a ser tudo o que eles professam ser, eles são uma grande
bênção. Teria sido bom se naquela manhã houvesse figos naquela figueira. Teria
sido um grande refrigério para o Salvador se tivesse sido alimentado pelo seu
fruto.
O primeiro Adão veio
à figueira para procurar folhas, mas o segundo Adão procura figos. Ele examina
a nossa personalidade por completo, para ver se há alguma fé verdadeira,
qualquer amor verdadeiro, qualquer esperança viva, qualquer alegria que é fruto
do Espírito, qualquer paciência, qualquer autonegação, qualquer fervor na
oração, qualquer caminhada com Deus, qualquer habitação do Espírito Santo, e se
ele não vê essas coisas, ele não fica satisfeito – ir à igreja, reuniões de
oração, comunhões, sermões, leituras da Bíblia, pois tudo isso pode não ser
mais do que folhagem. Se o Senhor não vê o fruto do Espírito em nós, ele não
fica satisfeito conosco, e sua inspeção levará a medidas severas. Observe que o
que Jesus procura não é suas palavras, suas resoluções, suas confissões, mas
sua sinceridade, sua fé interior, o que está sendo de fato produzido pelo
Espírito de Deus para trazer os frutos do Seu reino.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2021, ano 31 nº 119 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Os atributos de Deus – Conhecendo a Natureza, o Caráter e a
Supremacia de Deus nas Escrituras – Pr. Valdir Alves de Oliveira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida – 2014
– Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland
Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Amém pastor! Que Deus te abençoe. Seus comentários são de grande ajuda nas aulas da EBD.
ResponderExcluir