Lição 13 – 26 de setembro de 2021 – Editora BETEL
Aprendendo com os heróis da fé
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Sobre os heróis
da fé
Sem sombra de dúvida, a Epístola aos Hebreus é o mais importante e útil
de todos os escritos apostólicos. Todas as doutrinas do Evangelho nela estão
incorporadas, ilustradas e impostas como Lei de maneira mais lúcida, por alusão
e exemplos, os mais impressionantes e ilustres, e, por argumentos, os mais
convincentes. É um epítome das dispensações de Deus aos homens, desde a
fundação do mundo até o advento de Cristo. Não é somente a súmula do Evangelho,
mas súmula e complemento da Lei, da qual é também o mais belo e brilhante comentário.
Sem esta, a Lei de Moisés não teria sido jamais compreendida na íntegra, nem os
desígnios de Deus ao entregá-la. Com esta, tudo se torna claro e simples, e os
caminhos de Deus com os homens, coerentes e harmoniosos.
Parece que o autor tomou certa porção de uma de suas próprias Epístolas
como teto: “Cristo é o cumprimento da Lei para justiça daqueles que crêem”
(cf. Romanos 10.4, na versão Revista e Corrigida: “Porque o fim da Lei é
Cristo para justiça de todo aquele que crê”) e demonstrou sua proposição da
maneira mais ampla e admirável.
Todos os ritos, cerimônias e sacrifícios da Lei Mosaica, demonstra ele, tiveram
Cristo por seu objeto e finalidade; não tiveram intenção nem significado, senão
com referência a Ele; sem Ele, como sistema, não têm fundamento; como Lei, são
destituídos de razão; e seus decretos são impossíveis e absurdos se tomados
fora desta referência e conexão (Cristo).
Nunca as premissas foram mais claramente expressas; jamais foi um
argumento tratado de modo mais magistral, e a conclusão apresentada, mais
legítima e satisfatoriamente.
O assunto, do princípio ao fim, é o mais cativante e persuasivo, e a
linguagem é a que se adapta, da maneira mais bela, ao todo; a cada passo
apropriada, sempre vigorosa e energética; possui a dignidade do seu assunto; é
pura e elegante como a dos autores gregos mais esmerados; tem a harmonia e a
diversidade da música das esferas (superiores).
Tantas são as belezas, tão grande a excelência, tão instrutiva a matéria,
tão agradável a maneira e tão sumamente interessante o todo, que a obra pode
ser lida cem vezes sem denunciar monotonia, e sempre com acréscimo de
informações a cada nova leitura.
Essa última qualidade pertence ao todo da revelação de Deus, mas a
nenhuma parte dela de modo tão peculiar e supereminente como à Epístola aos
Hebreus.
Hebreus 11 é um dos textos mais grandiosos da Bíblia. Melhor será
considerá-lo como uma galeria de retratos, cada um pintado com pena magistral e
todos dispostos em agrupamentos magníficos. Nele, estão os heróis e mártires
que os judeus e cristãos se deleitam em honrar; o orgulho e a glória de todo filho
e toda filha de Abraão.
Todos esses heróis da fé creram nas promessas de Deus e confiaram no
então invisível pelo que pacientemente esperavam e aguardavam. Dá-se testemunho
de sua fé em promessas que tardaram muito a cumprir-se, em feitos notáveis, em
torturas atrozes e até martírio, pois eles não reputavam a própria vida como
preciosa.
É como se o escritor de Hebreus tivesse o Antigo Testamento aberto diante
de si e, principiando por Gênesis, perscrutasse toda a história, os nomes dos
antigos heróis da fé, inscrevendo-lhes em um rol imortal. Parece que o autor da
Epístola tinha em mente organizar uma lista completa, mas tão extensa ela se
tornou que achou impossível continuar. Então, sem mencionar nomes, o escritor
passa a dispô-los em grupos: primeiro, quanto aos seus grandes feitos; segundo,
quanto ao seu paciente sofrimento, encerrando a lista com a citação de um
grande grupo que peregrinou pelos desertos e pelas montanhas e em todas as
covas e cavernas da terra. Todos estes, diz ele, obtiveram bom testemunho por
sua fé.
Após uma palavra preliminar a respeito da natureza da fé, o escritor da
Epístola aos Hebreus passa a nomear estas testemunhas históricas da fé,
evidentemente colocando em proeminência as principais escolhidas dentre os
diversos períodos da história de Israel.
Antes de descrever os feitos dos antigos heróis, o autor da Epístola se
detém para observar que o próprio mundo em que estas testemunhas viveram e
demonstraram a sua fé é a manifestação do que é invisível, e que esta convicção
é ela própria um ato de fé. Portanto, a fé trata não apenas do futuro, mas do
passado e do presente. A criação, sendo a primeira revelação de Deus ao homem,
torna-se, assim, a prova suprema da fé.
Deve-se observar também que os nomes dos antigos heróis da fé não são só
mencionados, mas também catalogados segundo os principais períodos da história
de Israel:
1) Antediluviano — Abel, Enoque e Noé;
2) Patriarcal — Abraão, Isaque, Jacó e José;
3) do Êxodo — Moisés;
4) da Conquista — Josué (não mencionado por nome, mas identificado pela
queda de Jericó);
5) dos Juízes — Gideão, Baraque, Sansão e Jefté; e
6) do Reinado — Davi, o único rei mencionado; Samuel e os profetas
(Samuel assinalou a transição dos juízes para os reis).
A seguir, o autor da Epístola trata somente de grupos e encerra com os
peregrinos e exilados — todos estes formando a nuvem de testemunhas mencionada
no capítulo seguinte.
Tão rica e variada é a obra da fé apresentada neste capítulo e tão digna
de estudo minucioso e intensivo que livros inteiros foram escritos apenas sobre
Hebreus 11.
A Epístola aos Hebreus é um tratado sobre a fé, a fé de quem não viu, mas
já tem em seu coração a certeza de que tudo o que Deus nos prometeu, seja na
antiga ou na Nova Aliança, Ele vai cumprir, sem que de Sua Palavra nada seja
suprimido. A Palavra de Deus é perfeita e altamente eficaz para nos fazer compreender
o objetivo de nossas vidas e o que o Senhor tem preparado para nós, e Hebreus
11 nos dá um excelente e poético exemplo de tantos heróis que, sem atingirem a
plenitude dos tempos, creram. Estes, agora, de forma sublime estão
recompensados pela sua perseverança e propósito, descansando no Senhor.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2021, ano 31 nº 120 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Triunfando sobre as batalhas e adversidades da vida – Aplicando
os princípios bíblicos para prevalecer nas aflições do tempo presente – Bispo
Samuel Cássio Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida – 2014
– Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland
Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira
Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
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