Lição 02 – 03 de outubro de 2021 – Editora BETEL
As bênçãos advindas da salvação
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Sobre a Salvação
No versículo 4 do capítulo 1 de Efésios temos a participação do Pai
celestial na nossa redenção, como o texto mesmo indica: "... nos elegeu
nele antes da fundação do mundo". As palavras eleger e escolher têm o
mesmo sentido. A forma do verbo escolher no grego está no passado, e o significado
literal da expressão "nos elegeu (escolheu) nele" dá uma ideia
mais forte, que é: "escolheu-nos para si mesmo". Doutra forma,
o Pai nos "elegeu em Cristo” ("n’Ele") para sermos seus.
Há quanto tempo Ele nos escolheu? "... antes da fundação do
mundo". O ato de escolher-nos antes de todas as coisas revela a
presciência de Deus. A questão da presciência divina deu origem à doutrina da
predestinação absoluta. Algumas correntes de interpretação têm procurado
defender o ato soberano de Deus como capaz de escolher a quem quer, como e
quando quer. É claro que o sentido da palavra "escolher" nos obriga a
raciocinar, pois o sentido desse vocábulo implica separar uns e deixar outros.
Por sua presciência, Deus conhece os que hão de se salvar e os que se perderão.
Porém, esse fato não dá direito a nós, objetos ou não dessa eleição, de julgar
ou delimitar a ação da soberania de Deus.
Entendemos a vontade soberana de Deus para fazer e desfazer, salvar ou deixar
de salvar, escolher ou não o que lhe apraz, mas não podemos aceitar a ideia de
que Deus possa, por causa de sua soberana vontade, rejeitar um pecador
arrependido. A vontade soberana de Deus tem seu princípio na justiça, e a
escolha dos crentes é feita segundo a obra expiatória de Cristo Jesus, seu
Filho, que cumpriu a justiça exigida para dar oportunidade a todos quantos o
aceitam por Salvador e Senhor. Assim como a pregação do Evangelho engloba todas
as criaturas na face da terra, também é global o alcance da vontade soberana de
Deus na escolha dos salvos. Nossa fé em Cristo e a aceitação de sua obra
redentora são a base de nossa eleição. Assim como o povo de Israel foi
escolhido em Abraão, os crentes neotestamentários foram escolhidos em Cristo.
"E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo". Esse versículo indica que o destino foi determinado antes. A palavra
"predestinar" mostra que o destino dos eleitos foi feito na
eternidade. A expressão "filhos de adoção por Jesus Cristo"
apresenta a posição atual dos crentes. No passado éramos apenas criaturas de
Deus, afastadas da sua comunhão, mas pela fé em Cristo (Gl 3.6) fomos recebidos
como filhos e conquistamos a posição de filhos legítimos (Jo 1.12).
Fomos feitos filhos de adoção "para si mesmo". Isso revela o
passado e o presente dos crentes. Todos fomos feitos e criados para viver em
comunhão com Deus, como filhos de Deus (Gn 1.26; At 17.28). Pelo pecado, tal
privilégio se perdeu, mas pela graça de Deus, em Cristo e através d’Ele, fomos
restaurados à filiação (Jo 1.12). Esse ato divino foi feito em Cristo segundo "o
beneplácito de sua vontade", isto é, a vontade soberana de Deus e o
seu grande amor (Rm 5.8) promoveram essa eleição. Todos os que nascem de novo
(Jo 3.3) nascem segundo o supremo propósito divino para viver e servir a Deus.
"Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a
si no Amado", versículo 6. Nesse versículo, a
segurança de nossa aceitação como filhos de Deus está no Amado, que é Cristo.
Ele é o Filho amado de Deus (Mt 3.17; 17.5), e em Colossenses 1.13 temos uma expressão
paralela que afirma ser Jesus "o Filho do seu amor". A graça
de Deus se manifestou a nós por causa do seu amado Filho — Jesus!
A parte da redenção compete ao Filho de Deus, Jesus Cristo. Ele é o nosso
Redentor. Para entendermos este assunto devemos conhecer o sentido da palavra
redenção, que significa comprar outra vez. Cristo pagou o preço de nossa
redenção. Visto que Ele foi o preço dessa redenção, fomos libertados para Deus
(Mt 20.28). O homem não pode redimir-se por outro meio que não seja a obra
expiatória de Cristo. Ser redimido é a necessidade básica que o pecador tem da
graça de Deus.
"... em quem temos a redenção". A redenção está ligada à ideia de sacrifício com derramamento de sangue
(Lv 17.11; Hb 9.22). A morte de Jesus com o derramamento do seu precioso sangue
resultou na remissão de nossos pecados. O efeito da redenção é a nossa justificação
(Rm 5.1). Todos os pecados foram expiados pelo sangue de Cristo, como diz ainda
o versículo: "... pelo seu sangue, a remissão das ofensas...".
A remissão dos pecados foi um ato do amor grandioso de Deus, conforme registra
a Escritura em continuação: "... segundo as riquezas da sua graça".
O acesso às riquezas da graça de Deus é precedido pela remissão dos pecados,
que deve ter ação constante contra os pecados involuntários que cometemos, pois
se a pena do pecado foi apagada na cruz, temos agora de vigiar contra o poder
do pecado que procura impedir nossa comunhão verdadeira com Deus.
"Que ele fez abundar para conosco".
A abundância das "riquezas da sua graça" (versículo 7) terá
sua efetivação mediante o perdão dos pecados, "em toda a sabedoria e
prudência". O sentido dessa expressão indica o pleno conhecimento que todo
crente deve ter de si mesmo, de sua salvação, de seu estado moral e de suas
relações com Cristo. A forma de vida que adotamos como crentes é que determina
a disposição de Deus para que abundemos nas "riquezas da sua graça".
A bênção da redenção no verso oito é estritamente divina, sem nenhum mérito
humano.
O plano de Deus é o Seu propósito com relação a tudo o que existe e acontece.
O ensino geral da Bíblia afirma que Deus tem um plano e que Ele atua na
condução de todas as coisas para que esse plano seja cumprido. Então podemos
afirmar que neste momento o plano de Deus está sendo concretizado.
O plano de Deus não é algo distante da nossa experiência de vida, ao
contrário, ele a inclui. Se o plano de Deus abrange todas as coisas, obviamente
cada um de nós também está incluso nesse plano.
Frequentemente nós falamos do plano de Deus na forma plural, ou seja,
falamos sobre Seus decretos e planos. Inclusive, até mesmo alguns versículos
bíblicos falam dos planos de Deus (cf. Jó 42.2). Contudo, isso não significa
que Deus tenha vários planos independentes e desconexos uns dos outros.
Deus é onisciente, o que implica que o conhecimento para Ele não é algo
sucessivo como é para nós. Em nossa experiência humana, nós obtemos
conhecimento à medida que aprendemos novas informações. Então fazemos planos e
alteramos esses planos conforme o nosso conhecimento aumenta ou se modifica.
Por isso que para o homem é impossível ter um só plano.
Mas o conhecimento para Deus é sempre imediato e simultâneo. Não há nada
que Ele tenha que aprender, porque Ele possui todo conhecimento e sua
compreensão acerca de tudo é sempre completa. Então por isso o plano divino é
essencialmente um único ato da vontade de Deus que contempla tudo o que existe
e acontece.
Portanto, quando um escritor bíblico fala sobre os planos de Deus no
plural, podemos considerar que ele está aplicando um tipo de linguagem do
observador. Esta é uma expressão correta do ponto de vista humano. Falamos nos
“planos de Deus” porque embora esse plano seja único e absolutamente imediato e
simultâneo na mente de Deus, ele é também executado no espaço e no tempo.
Então a nossa mente limitada naturalmente nos leva a enxergar esse plano
divino como se fosse uma série de planos ou decretos. Tudo bem pesarmos assim,
mas não podemos nos esquecer jamais que esses planos na verdade possuem uma
unidade inquebrável, ou seja, eles são “o conselho de Deus”.
A salvação é um dom de Deus (Ef 2.8). Ela é oferecida graciosamente, é de
graça. Não podemos merecê-la com nossas obras nem pagar por ela com nossos
recursos financeiros. Ela é dada graciosamente por Deus. Tudo o que precisamos
fazer é aceitá-la pela fé, que também é dada por Deus.
A salvação é a ação de Deus que nos tira do império das trevas e nos
conduz graciosamente ao reino de seu Filho. Esta salvação oferecida
graciosamente por Deus em Cristo é a única solução para o problema do pecado e
o único recurso dado por Deus para que o homem não seja condenado ao inferno,
mas desfrute da eterna e gloriosa comunhão com seu Senhor.
Regozijemo-nos, pois, no Senhor nosso Deus através da obra salvífica de
Jesus Cristo, que nos libertou da escravidão e da morte eternas por um preço
impagável: Sua morte na cruz do Calvário. Hoje temos liberdade para adorar ao
Senhor, responsabilidade para disseminar o Evangelho de Graça e fé e esperança
no mundo vindouro que nos aguarda, junto a nosso Senhor Jesus Cristo!
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2021, ano 31 nº 120 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Triunfando sobre as batalhas e adversidades da vida – Aplicando
os princípios bíblicos para prevalecer nas aflições do tempo presente – Bispo
Samuel Cássio Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida – 2014
– Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland
Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira
Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
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