Lição 03 – 17 de outubro de 2021 – Editora BETEL
A oração de gratidão pelo conhecimento
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Sobre a oração
Na Carta aos Efésios, a partir do versículo 15, Paulo, com coração
devoto, lembrando-se de seus leitores, orando e agradecendo a Deus por eles,
numa demonstração do seu espírito altruísta e intercessório, ensina-nos uma
grande lição. Nos versos 3 a 14 do mesmo capítulo, nossa posição em Cristo é
assegurada pelas três bênçãos principais que emanam de Deus: fomos eleitos em
Cristo para sermos santos e irrepreensíveis; fomos remidos pelo seu sangue; e
fomos selados com o Espírito Santo até o dia em que corpo, alma e espírito
sejam plenamente livres para o gozo eterno.
Depois que Paulo mostrou essas três bênçãos divinas, orou pelos efésios,
impelido pelo grande amor que tinha para com aqueles irmãos na fé. Orou pelo
crescimento espiritual da igreja e, no verso 16, disse ainda: "Não
cesso de dar graças a Deus por vós".
Dois aspectos da vida de oração do apóstolo são destacados no versículo
16. Em primeiro lugar, sua constância na oração e o contínuo apelo aos crentes
para que orassem sem cessar (Rm 12.12; Ef 5.18; Cl 4.2; 1Ts 5.17). O segundo
aspecto de sua oração está no agradecimento. Ele ensinou à igreja que a
intercessão deve estar acompanhada de louvores ao Senhor (Ef 5.19; Fp 4.6; Cl
3.15-17; 4.2; 1Ts 5.18).
A intercessão na oração é eficaz em seus resultados e denota um espírito
altruísta e desprendido de si mesmo. Paulo preocupava-se constantemente com o
nível espiritual dos crentes em Éfeso, por isso, mesmo estando numa prisão em
Roma, intercedia por aqueles irmãos. A oração do "apóstolo das
gentes" teve três pedidos especiais para os crentes da igreja em Éfeso.
Ele começa com as palavras [que Ele] vos dê" (v. 17) e apresenta a seguir os
três pedidos. Primeiro, "o espírito de sabedoria". Segundo, "[o
espírito] de revelação". Terceiro, que lhes fossem "iluminados
os olhos do... entendimento".
A palavra "espírito" nesse versículo refere-se ao
espírito humano, não a outro espírito (Rm 1.9; 2 Co 7.13; Ef 4.23; Cl 1.9).
Entretanto, entendemos que é o Espírito Santo quem opera no próprio espírito do
crente. O pedido de Paulo para que Deus desse "o espírito de sabedoria
e de revelação" refere-se à experiência cristã vivida pelos efésios,
por isso desejava que tal experiência fosse fortalecida na fé. Que sabedoria
era essa? A sabedoria espiritual, a fim de que tivessem pleno conhecimento da
verdade divina, e ainda uma visão clara e racional do significado da vida
cristã. "O espírito de sabedoria" é dado pelo Espírito Santo
que habita no interior do crente em Cristo e contrasta com a simples sabedoria humana.
Ter o "espírito de sabedoria" é ter conhecimento de Deus. E
penetrar nos seus tesouros imensuráveis. No capítulo 12.8 da Primeira Carta aos
Coríntios, o apóstolo Paulo, quando fala acerca dos dons do Espírito,
apresenta, entre os demais dons, aquele que ele denomina de "dom de
sabedoria". Sem dúvida, quando ele ora em favor dos efésios, pede que
Deus lhes dê esse dom, que habilita o crente a saber viver uma vida cristã
vitoriosa, podendo distinguir todos os valores espirituais. Ter o "espírito
de sabedoria" é ter a ação do Espírito Santo aclarando os mistérios
espirituais através da mente; é ter luz sobre a glória do Cristo ressurreto; é
a capacitação para saber distinguir entre o bem e o mal; é o poder para conhecer
a Jesus Cristo na Bíblia e, automaticamente, conhecer a Deus.
O sentido da palavra "revelação" indica a importância do
pedido de Paulo em favor dos efésios. Revelação significa tirar o véu sobre
alguma coisa obscura ou escondida. É ter uma revelação espiritual, isto é, uma
visão espiritual dos valores espirituais. É a visão que penetra no conhecimento
de Deus. Há um conhecimento inacessível ao homem natural — o conhecimento das
coisas divinas: só pelo "espírito de revelação" será possível
conhecer essas coisas. O "espírito de revelação" é dado pelo
Espírito Santo. Não significa uma nova revelação além daquilo que já está
revelado nas Escrituras, mas diz respeito a uma iluminação da parte do Espírito
Santo no espírito do crente para que ele possa ver claro as verdades
espirituais. Não significa aquela iluminação natural e gradual que pode
acontecer com o estudante da Palavra de Deus, mas importa num conhecimento
pleno e profundo dos mistérios espirituais escondidos na Bíblia Sagrada.
"Tendo os olhos iluminados do vosso entendimento..." A sabedoria divina só poderá ser vista por "olhos iluminados",
que não são olhos naturais, mas "os olhos do vosso entendimento".
1. A expressão "tendo os olhos iluminados do entendimento"
fornece três possibilidades:
O
entendimento iluminado, que nos possibilita compreender os motivos de nossa separação
do mundo. Fomos salvos para servir a Deus aqui na terra e desfrutarmos a herança
com Cristo na eternidade. Enquanto se está em trevas, todas as coisas
espirituais sã obscuras, mas quando Cristo entra em nós, o Espírito Santo
desfaz as trevas e nos dá uma nova visão, uma nova compreensão.
É quando temos condições de, com o entendimento iluminado, notar a
diferença entre o salvo e o perdido. Em algumas versões temos uma variante
textual que, ao invés de "entendimento" aparece a palavra "coração",
ou seja, "tendo iluminados os olhos do vosso coração". O texto
correto encontrado em todos os manuscritos iniciais realmente é "coração",
cujo sentido pode ser também tomado por "entendimento".
Certamente algum escriba, ao copiar o texto original, preferiu a segunda opção.
A iluminação do coração, ou do entendimento, não é a simples descoberta ou acuidade
intelectual, mas é a ação do Espírito Santo fazendo penetrar sua luz radiante
sobre as grandes verdades divinas. Aquilo que a mente natural não pode
perceber, a alma pode ter olhos que vejam, mediante o Espírito Santo.
2.
A capacidade de olhar para as riquezas de sua glória com olhos espirituais.
Essa glória é o reflexo do caráter de Cristo revelado na obra expiatória e
conhecida na sua glorificação. E a glória da herança que o Pai Celestial tem
para nós (Jo 17.24).
3. Tendo "os olhos iluminados" do nosso interior,
poderemos ver a "suprema grandeza do seu poder" (v. 19). Ora,
depois de termos uma visão da glória de Cristo e estarmos conscientizados de nossa
vocação celestial, precisaremos ainda de poder. Essa experiência ocorre "segundo
a operação da força do seu poder" (v. 19). Que poder é esse? Ele se manifesta
pela vontade do Espírito Santo. É a capacitação dada pelo Espírito para penetrarmos
nas riquezas espirituais.
Ninguém jamais poderá, por capacidade intelectual ou apenas por desejo
próprio, penetrar nessas riquezas sem a obtenção desse poder. Esse poder nos
fornece a chave dos tesouros divinos. O poder que nos regenerou é o mesmo que
nos habilita a viver uma vida de vitória sobre o pecado.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2021, ano 31 nº 120 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Triunfando sobre as batalhas e adversidades da vida – Aplicando
os princípios bíblicos para prevalecer nas aflições do tempo presente – Bispo
Samuel Cássio Ferreira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes
Fernandes.
Editora Vida – 2014
– Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland
Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira
Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
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