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Lição 02 - 1º trimestre 2022 - O profeta e seus desafios no cumprimento da missão

 Lição 02 – 09 de janeiro de 2022 – Editora BETEL

O profeta e seus desafios no cumprimento da missão

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Sobre os desafios do profeta

O que o povo mais precisava era ouvir a Palavra do Senhor. Mesmo antes de Judá cair, Jeremias os havia advertido a não dar atenção aos falsos profetas, mas nem os líderes nem o povo obedeceram (Jr 5.30, 31; 6.14; 7.8; 8.10). Deus havia falado em alto e bom tom por meio da derrota vergonhosa e do cativeiro de Judá, mas os judeus continuavam apegando-se a palavras enganosas de falsos profetas na Babilônia (Jr 29.15-32). O coração humano prefere ouvir mentiras reconfortantes a ouvir verdades que convencem do pecado e que purificam. Ezequiel proclamou a Palavra de Deus como mensageiro (Ez 3.4-9), sofredor (Ez 3.10-15), atalaia (Ez 3.16-21) e sinal (Ez 3.22-27).

O mensageiro (versículos 4 a 9). Encontramos três elementos envolvidos na tarefa do mensageiro: falar, receber (compreender) a mensagem e obedecer. A comissão de Deus foi "Vai [...] e dize-lhe as minhas palavras" (versículo 4). Ezequiel era o mensageiro, seu público era o povo de Judá, e a mensagem a ser transmitida, a Palavra de Deus. O profeta não tinha permissão de enviar um mensageiro substituto e também não podia alternar a mensagem nem a transmitir a outro público.

Um dos termos do Novo Testamento para pregar é kerusso, que significa "proclamar como arauto". Na Antiguidade, os governantes enviavam arautos reais para transmitir suas mensagens ao povo, e era dever dos arautos transmiti-las exatamente como as haviam recebido. Se Ezequiel desejava ser um arauto fiel, era necessário que cada parte da comissão de Deus fosse obedecida nos mínimos detalhes.

O segundo elemento é receber (versículos 5-7). Receber a Palavra de Deus significa compreendê-la e guardá-la no coração e na mente (Mt 13.19). Uma vez que Ezequiel era um profeta escolhido de Deus, aquilo que ele dizia era importante, e o povo tinha a obrigação de receber suas palavras. Ele estava falando a linguagem deles, de modo que não tinham como inventar desculpas e dizer: "Não estamos entendendo o que você está dizendo". Ele compreendia a linguagem do povo e vice-versa. Se Deus tivesse enviado Ezequiel a uma nação onde precisasse usar um intérprete, esse outro povo teria ouvido sua mensagem e a teria recebido. Contudo, seu próprio povo fez ouvidos moucos para ele. Jesus usou uma abordagem semelhante em Mateus 11.21-24, quando condenou as cidades de Israel por rejeitá-lo. Se ele tivesse feito aqueles mesmos milagres em cidades pagãs, elas teriam se arrependido e se voltado para o Senhor.

O terceiro elemento é obedecer (Ez 3.7-9). Deus não envia mensageiros para seu povo a fim de entretê-los ou de dar-lhes bons conselhos. Ele espera que obedeçamos àquilo que ordena. Infelizmente, os judeus tinham um histórico triste de desobediência à lei do Senhor e de rebelião contra a vontade de Deus. Foi o que fizeram durante quarenta anos no deserto (Dt 9.7) bem como ao longo de mais de oitocentos anos em sua própria terra (2Cr 36.11-21). Nenhuma outra nação foi abençoada por Deus como Israel, pois os israelitas possuíam a santa lei do Senhor, as alianças, uma terra rica, o templo e os profetas para lhes dar advertências e promessas sempre que precisavam delas (Rm 9.1-5). Assim como o povo de Israel, muitas pessoas hoje em dia ouvem a Palavras, mas não procuram entendê-la ou, se entendem, recusam-se a lhe obedecer.

Deus garantiu a seu profeta que ele lhe daria tudo o que fosse necessário para resistir à oposição e desobediência do povo. Em Ezequiel 3.8, encontramos um jogo de palavras que significa "Deus é forte" ou "Deus fortalece". Também significa "Deus endurece". Se o povo endurecesse o coração e a fronte, Deus endureceria seu servo e o manteria fiel a sua missão. Ele fez uma promessa semelhante a Jeremias (Jr 1.17).

O sofredor (versículos 10 a 15). Ezequiel estava à beira do rio Quebar quando teve a visão e ouviu a Palavra de Deus (Ez 1:3), mas recebeu a ordem de juntar-se aos outros exilados num lugar chamado Tel-Abibe. Esse local não foi identificado, mas não era o mesmo lugar da moderna Tel-Aviv. Havia diversas vilas à beira do rio (Ed 2.59; 8.17), e alguns dos cativos judeus se assentaram ali, próximos aos babilônios. O Espírito de Deus levantou o profeta (Ez 3.12,14) e levou-o para o lugar onde os cativos estavam reunidos, provavelmente orando. Essa experiência extraordinária se repetiria em outras ocasiões (Ez 8.3; 43.5), e Ezequiel sem dúvida se lembraria de que o profeta Elias havia sido transportado por Deus de um lugar para outro (2Rs 2.11, 16; ver 1Rs 18.12; e At 8.39). O profeta havia recebido a Palavra de Deus e deveria levá-la ao povo de Deus.

Quando o Espírito começou a mover-se, Ezequiel ouviu diversos sons atrás dele: o tatalar das asas dos querubins, o barulho das rodas e "uma voz de grande estrondo", como um terremoto. Ele sabia que a glória do trono de Deus estava se movendo e que o Senhor cumpria seus propósitos. A oração: "Bendita seja a glória do Senhor" (Ez 3.12) também pode ser traduzida por: "a glória do Senhor levantou-se de seu lugar", tratando-se, portanto, de uma descrição e não de uma declaração. Como veremos nos capítulos 8 a 11, o movimento da glória de Deus é um tema-chave do livro.

O Senhor levou seu servo a Tel-Abibe para que se sentasse no meio dos cativos e sentisse sua decepção e pesar. O Salmo 137 revela tanto o estado deplorável do povo quanto seu ódio contra os babilônios. Os judeus deveriam se arrepender e buscar a face de Deus. Em vez disso, porém, lamentavam o que havia acontecido e pediam a Deus que, um dia, pudessem se vingar e derrotar seus captores babilônios que haviam zombado deles. Ao encontrar-se ali no meio do povo, sobrepujado por aquilo que o Senhor havia lhe dito e pelo que havia feito por ele, Ezequiel se deu conta da seriedade de seu chamado e da grande responsabilidade que Deus havia colocado sobre seus ombros. É bom o servo de Deus estar no meio de seu povo, chorar com os que choram e alegrar-se com os que se alegram, pois pode ministrar-lhes melhor quando conhece seu coração e sente sua dor. Não basta simplesmente proclamar a mensagem de Deus, também devemos procurar ter o coração afetuoso de Deus.

Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 1º Trimestre de 2022, ano 32 nº 122 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – Ezequiel –O profeta com a mensagem de juízo, arrependimento, restauração e manifestação da glória de Deus – Pastor Valdir Alves de Oliveira.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora CPAD – 2005 – Comentário Bíblico Beacon.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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