Lição 02 – 09 de janeiro de 2022 – Editora BETEL
O profeta e seus desafios no cumprimento da missão
SLIDES / VISUALIZAR / BAIXAR
HINOS SUGERIDOS
♫ Hino 137 ♫ O Hino 137 está sendo produzido
♫ Hino 186 ♫
♫ Hino 204 ♫
♫ Hino 551 ♫
Sobre os desafios do profeta
O que o povo mais precisava era ouvir a Palavra do Senhor. Mesmo antes de
Judá cair, Jeremias os havia advertido a não dar atenção aos falsos profetas,
mas nem os líderes nem o povo obedeceram (Jr 5.30, 31; 6.14; 7.8; 8.10). Deus
havia falado em alto e bom tom por meio da derrota vergonhosa e do cativeiro de
Judá, mas os judeus continuavam apegando-se a palavras enganosas de falsos
profetas na Babilônia (Jr 29.15-32). O coração humano prefere ouvir mentiras
reconfortantes a ouvir verdades que convencem do pecado e que purificam.
Ezequiel proclamou a Palavra de Deus como mensageiro (Ez 3.4-9), sofredor (Ez 3.10-15),
atalaia (Ez 3.16-21) e sinal (Ez 3.22-27).
O mensageiro (versículos 4 a 9). Encontramos três elementos envolvidos na tarefa do mensageiro: falar, receber
(compreender) a mensagem e obedecer. A comissão de Deus foi "Vai [...]
e dize-lhe as minhas palavras" (versículo 4). Ezequiel era o
mensageiro, seu público era o povo de Judá, e a mensagem a ser transmitida, a
Palavra de Deus. O profeta não tinha permissão de enviar um mensageiro substituto
e também não podia alternar a mensagem nem a transmitir a outro público.
Um dos termos do Novo Testamento para pregar é kerusso, que
significa "proclamar como arauto". Na Antiguidade, os governantes enviavam
arautos reais para transmitir suas mensagens ao povo, e era dever dos arautos
transmiti-las exatamente como as haviam recebido. Se Ezequiel desejava ser um arauto
fiel, era necessário que cada parte da comissão de Deus fosse obedecida nos mínimos
detalhes.
O segundo elemento é receber (versículos 5-7). Receber a Palavra de Deus
significa compreendê-la e guardá-la no coração e na mente (Mt 13.19). Uma vez
que Ezequiel era um profeta escolhido de Deus, aquilo que ele dizia era
importante, e o povo tinha a obrigação de receber suas palavras. Ele estava falando
a linguagem deles, de modo que não tinham como inventar desculpas e dizer: "Não
estamos entendendo o que você está dizendo". Ele compreendia a
linguagem do povo e vice-versa. Se Deus tivesse enviado Ezequiel a uma nação
onde precisasse usar um intérprete, esse outro povo teria ouvido sua mensagem e
a teria recebido. Contudo, seu próprio povo fez ouvidos moucos para ele. Jesus
usou uma abordagem semelhante em Mateus 11.21-24, quando condenou as cidades de
Israel por rejeitá-lo. Se ele tivesse feito aqueles mesmos milagres em cidades pagãs,
elas teriam se arrependido e se voltado para o Senhor.
O terceiro elemento é obedecer (Ez 3.7-9). Deus não envia mensageiros
para seu povo a fim de entretê-los ou de dar-lhes bons conselhos. Ele espera
que obedeçamos àquilo que ordena. Infelizmente, os judeus tinham um histórico
triste de desobediência à lei do Senhor e de rebelião contra a vontade de Deus.
Foi o que fizeram durante quarenta anos no deserto (Dt 9.7) bem como ao longo
de mais de oitocentos anos em sua própria terra (2Cr 36.11-21). Nenhuma outra
nação foi abençoada por Deus como Israel, pois os israelitas possuíam a santa
lei do Senhor, as alianças, uma terra rica, o templo e os profetas para lhes
dar advertências e promessas sempre que precisavam delas (Rm 9.1-5). Assim como
o povo de Israel, muitas pessoas hoje em dia ouvem a Palavras, mas não procuram
entendê-la ou, se entendem, recusam-se a lhe obedecer.
Deus garantiu a seu profeta que ele lhe daria tudo o que fosse necessário
para resistir à oposição e desobediência do povo. Em Ezequiel 3.8, encontramos
um jogo de palavras que significa "Deus é forte" ou "Deus
fortalece". Também significa "Deus endurece". Se o
povo endurecesse o coração e a fronte, Deus endureceria seu servo e o manteria fiel
a sua missão. Ele fez uma promessa semelhante a Jeremias (Jr 1.17).
O sofredor (versículos 10 a 15). Ezequiel estava à beira do rio Quebar quando teve a visão e ouviu a
Palavra de Deus (Ez 1:3), mas recebeu a ordem de juntar-se aos outros exilados num
lugar chamado Tel-Abibe. Esse local não foi identificado, mas não era o mesmo
lugar da moderna Tel-Aviv. Havia diversas vilas à beira do rio (Ed 2.59; 8.17),
e alguns dos cativos judeus se assentaram ali, próximos aos babilônios. O
Espírito de Deus levantou o profeta (Ez 3.12,14) e levou-o para o lugar onde os
cativos estavam reunidos, provavelmente orando. Essa experiência extraordinária
se repetiria em outras ocasiões (Ez 8.3; 43.5), e Ezequiel sem dúvida se
lembraria de que o profeta Elias havia sido transportado por Deus de um lugar
para outro (2Rs 2.11, 16; ver 1Rs 18.12; e At 8.39). O profeta havia recebido a
Palavra de Deus e deveria levá-la ao povo de Deus.
Quando o Espírito começou a mover-se, Ezequiel ouviu diversos sons atrás
dele: o tatalar das asas dos querubins, o barulho das rodas e "uma voz
de grande estrondo", como um terremoto. Ele sabia que a glória do
trono de Deus estava se movendo e que o Senhor cumpria seus propósitos. A
oração: "Bendita seja a glória do Senhor" (Ez 3.12) também
pode ser traduzida por: "a glória do Senhor levantou-se de seu
lugar", tratando-se, portanto, de uma descrição e não de uma
declaração. Como veremos nos capítulos 8 a 11, o movimento da glória de Deus é
um tema-chave do livro.
O Senhor levou seu servo a Tel-Abibe para que se sentasse no meio dos cativos
e sentisse sua decepção e pesar. O Salmo 137 revela tanto o estado deplorável
do povo quanto seu ódio contra os babilônios. Os judeus deveriam se arrepender
e buscar a face de Deus. Em vez disso, porém, lamentavam o que havia acontecido
e pediam a Deus que, um dia, pudessem se vingar e derrotar seus captores
babilônios que haviam zombado deles. Ao encontrar-se ali no meio do povo,
sobrepujado por aquilo que o Senhor havia lhe dito e pelo que havia feito por
ele, Ezequiel se deu conta da seriedade de seu chamado e da grande
responsabilidade que Deus havia colocado sobre seus ombros. É bom o servo de
Deus estar no meio de seu povo, chorar com os que choram e alegrar-se com os
que se alegram, pois pode ministrar-lhes melhor quando conhece seu coração e
sente sua dor. Não basta simplesmente proclamar a mensagem de Deus, também devemos
procurar ter o coração afetuoso de Deus.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º
Trimestre de 2022, ano 32 nº 122 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Ezequiel –O profeta com a mensagem de juízo, arrependimento,
restauração e manifestação da glória de Deus – Pastor Valdir Alves de Oliveira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014
- Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014
– Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken,
Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira
Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Nenhum comentário:
Postar um comentário