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Lição 03 - 1º trimestre 2022 - Ezequiel, o atalaia sobre a casa de Israel

 Lição 03 – 16 de janeiro de 2022 – Editora BETEL

Ezequiel, o atalaia sobre a casa de Israel 

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Sobre Ezequiel, o atalaia de Deus

Os atalaias nos muros eram importantes para a segurança da cidade, e essa figura aparece com frequência nas Escrituras (Is 21.11, 12; 56.10; 62:6; Jr 6.1 7; Sl 127.1; 130.6; Hb 13.17). A ênfase aqui é sobre o juízo, enquanto em Ezequiel 33 é sobre a esperança, mas a mensagem é a mesma: o profeta deve ser fiel em advertir o povo sobre o juízo, e o povo deve dar ouvidos às advertências e deixar seu pecado.

Em termos espirituais, o "muro" que protegia Israel era seu relacionamento de aliança com o Senhor. Se eles obedecessem às estipulações da aliança declaradas por Moisés, Deus cuidaria de seu povo, os protegeria e os abençoaria, mas se desobedecessem, Deus os disciplinaria. Contudo, quer estivesse disciplinando quer abençoando, Deus sempre seria fiel a sua aliança. (Ver Lv 26 e Dt 28.).

Ezequiel é o profeta da responsabilidade humana. Alguns dos cativos estavam culpando a Deus por sua triste sina, enquanto outros culpavam seus antepassados. Ezequiel deixou claro que, diante de Deus, todo indivíduo é responsável e deve prestar contas (ver Ez 18). Ele apresentou quatro situações. A primeira é a do povo morrendo porque o atalaia foi infiel e não os alertou (Ez 3.18). Suas mãos estariam manchadas de sangue e ele seria responsabilizado (ver v. 20; 18.13; 33.4-8). A figura de sangue nas mãos (ou sobre a cabeça) remonta a Gênesis 9:5 e aparece na lei de Moisés (Lv 20; ver também Js 2.19; 2Sm 1.16 e 3.29; e Is 1.15 e 59.3). Jesus usou essa figura em Mateus 23.35 e Lucas 11.50-51 (ver também At 5.28; 18.6 e 20.26). A segunda situação é óbvia.

A segunda situação retrata o atalaia sendo fiel em advertir os perversos, mas estes se recusam a ouvi-lo (Ez 3.19). Esse foi o problema que Ezequiel enfrentou ao pregar para os judeus cativos e de coração endurecido na Babilônia. Jesus chorou por Jerusalém, pois o povo não se achegou a ele (Mt 23.37-39). A terceira situação descreve os justos morrendo porque deixaram de obedecer à aliança e não foram advertidos pelo atalaia (Ez 3.20). O profeta-atalaia não deveria apenas advertir os pecadores a deixar seu pecado, mas também advertir os que estavam obedecendo à aliança (os "justos") a que não deixassem de fazê-lo e desobedecessem a Deus. Toda sua obediência anterior de nada valeria, se eles se rebelassem deliberadamente contra Deus.

Porém, seu sangue estaria nas mãos do atalaia, se ele não os advertisse. Ao colocar uma barreira no caminho, o Senhor procura evitar que o justo peque; contudo, isso não serve de desculpa para o atalaia deixar de vigiar e de advertir.

A última situação é aquela em que os justos ouvem as advertências do atalaia e não são julgados (v. 21). Era algo muito sério o povo judeu tratar com descaso a aliança selada no Sinai (Êx 19 - 20). Se o profeta-atalaia visse fiéis prestes a quebrar a aliança, deveria alertá-los de que seriam julgados. Algumas vezes, pessoas piedosas pensam que sua obediência lhes dá o direito de fazer o que bem entendem, mas essa ideia não passa de uma grande mentira. Deus dá muitos privilégios a seu povo, mas jamais lhes concede o privilégio de pecar.

Esses quatro exemplos foram dados ao povo judeu sob a antiga aliança e estão relacionados à obediência à lei e ao perigo de morte física. A justificação da lei era exterior, mas a justificação que temos pela fé em Jesus Cristo é interior. Não devemos confundi-las (Rm 9.30 – 10.13). A justificação pela fé é um dom de Deus àqueles que crêem em Jesus Cristo, e sua situação diante

de Deus não depende de suas boas obras (Rm 3 - 4). No entanto, nossa comunhão com o Pai depende de um coração obediente (2Co 6.14 – 7.1) e ele disciplinará aqueles dentre seus filhos que se opuserem deliberadamente à vontade dele (Hb 12.1-11). Se continuarem resistindo à vontade de Deus, pode tirar-lhes a vida (Hb 12.9). "Há pecado que é para a morte" (1Jo 5.16-17). A responsabilidade pessoal é essencial tanto para o atalaia quanto para o povo de Deus.

Se os judeus sob a antiga aliança eram responsáveis por seus atos, quanto mais os cristãos dos dias de hoje que têm a Bíblia completa, o Espírito habitando dentro deles e a revelação de Deus por meio de Jesus Cristo? (Ver Hb 12.12-28.)

Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 1º Trimestre de 2022, ano 32 nº 122 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos – Professor – Ezequiel –O profeta com a mensagem de juízo, arrependimento, restauração e manifestação da glória de Deus – Pastor Valdir Alves de Oliveira.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora CPAD – 2005 – Comentário Bíblico Beacon.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.

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