Lição 08 – 06 de fevereiro de 2022 – Editora BETEL
As parábolas do livro de Ezequiel
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Sobre as
parábolas do livro de Ezequiel
No capítulo 15: Repetidas vezes, Ezequiel, em nome de Deus, predisse a completa ruína de
Jerusalém. Mas aparentemente ele julga difícil reconciliar-se com isto e
aquiescer com a vontade de Deus nesta severa dispensação. E por isso Deus
emprega vários métodos, para satisfazê-lo, não somente de que assim deve ser,
mas de que não há remédio: deve ser assim; é adequado que seja assim. Aqui,
neste curto capítulo, Ele lhe mostra (provavelmente com desígnio de que ele
contasse ao povo) que era necessário que Jerusalém fosse destruída, de modo que
os ramos mortos e secos daquela videira fossem arrancados e atirados ao fogo. A
comparação é muito elegante, mas, a explicação da comparação é terrível.
Podemos supor que o profeta estava pensando na cidade gloriosa que era
Jerusalém, acima de qualquer cidade no mundo. Ela era a coroa e a alegria de
toda a terra. E sendo assim, que pena que ela deva ser assim destruída. Era uma
estrutura nobre, a cidade de Deus, e a cidade das solenidades de Israel. Mas se
estes eram os pensamentos do coração do povo, Deus aqui lhes responde,
comparando Jerusalém a uma videira. É verdade que se uma videira for frutífera,
ela é uma árvore muito valiosa, mais do que todas as demais. Foi uma árvore
como esta que foi cortejada para reinar sobre as árvores e o seu fruto é tal
que alegra a Deus e aos homens (Jz 9.12,13). Alegra o coração, Salmos 104.15.
Assim, Jerusalém foi plantada como uma vide escolhida e excelente, uma semente
inteiramente fiel (Jr 2.21). E se ela tivesse produzido frutos adequados ao seu
caráter como uma cidade santa, ela teria sido a glória, tanto de Deus como de
Israel. Era uma videira que a destra de Deus tinha plantado, a raiz de uma
terra seca, que embora a sua origem fosse inferior e desprezível, Deus tinha
fortificado para Si (SI 80.15), para que fosse, para Ele, um nome e um louvor.
Mas se não for frutífera, não servirá para nada, pois será uma produção da
terra tão sem valor e sem utilidade como são os espinhos e os cardos: Que é a
videira, se considerarmos a árvore por si só, sem considerar o fruto? “Que mais
é a madeira da videira que qualquer outro”, que deva receber tanto cuidado
e para que tanto custo lhe seja dedicado? Que é o sarmento, ainda que se
expanda mais do que um ramo que está entre as árvores do bosque, onde cresce
negligenciado e exposto? Ou como entendem alguns, que é a madeira da videira
mais do que qualquer árvore, se o seu sarmento for como as árvores da floresta?
Isto é, se não der fruto, como as árvores da floresta raramente dão, sendo
designada para lenha e não para dar frutos? Há algumas árvores frutíferas que
se não derem frutos, ainda assim têm boa utilidade, pois a sua madeira pode ser
bem avaliada. Mas a videira não é deste tipo: se ela não cumprir a sua
finalidade como árvore frutífera, não valerá nada como lenha.
Observe como esta comparação está expressa aqui. A videira selvagem, que
está entre as árvores do bosque, ou a videira vazia, que não dá mais frutos do
que uma árvore da floresta, não serve para nada. É tão inútil quanto uma sarça,
e pior ainda, pois acrescentará um agravante à cerca viva espinhosa, algo que a
videira não fará. Ele mostra:
1. Que ela não é adequada para uso algum. A sua madeira não é utilizada
em nenhuma obra. Não se pode tomar dela nenhuma estaca, para se pendurar algum
traste. Veja a maneira variada como os dons da natureza são dispensados para o
serviço do homem. Entre as plantas, as raízes de algumas, as sementes ou os
frutos de outras, as folhas de outras e de algumas os caules, são mais úteis
para nós. Da mesma maneira, entre as árvores, algumas são fortes e não
frutíferas, como os carvalhos e os cedros. Outras são fracas, mas muito
frutíferas, como a videira, que é feia, baixa e dependente, mas de grande
utilidade. Raquel é bela, mas estéril, e Léia, feia, mas fértil.
2. Que por isto, ela é usada como combustível. Ela servirá para aquecer o
forno. Por não ser adequada para nenhuma obra, ela é lançada ao fogo. Quando
ela não serve para nada mais, ela se torna útil desta maneira e atende a uma
necessidade, pois o combustível é algo que precisamos ter, e queimar como
combustível algo que serve para outra obra é má administração. Qual é o
objetivo desta queima? A videira infrutífera é disposta da mesma maneira que os
espinhos e cardos que são rejeitados e cujo fim é serem queimados, (Hb 6.8). E
que cuidado se tem com ela? Se um pedaço de madeira sólida cair no fogo, talvez
alguém o tire do fogo como um ramo, dizendo, “É uma pena queimá-lo, pois
pode ser destinado a um uso melhor”, mas se o ramo da videira estiver em
chamas, e como costuma ser, tanto as suas extremidades como o seu meio
estiverem queimando, ninguém se preocupará em salvá-lo. Se estando inteiro, não
servia para obra alguma, quanto menos sendo consumido pelo fogo. Nem mesmo as
suas cinzas merecem ser salvas.
No capítulo 16: Deus ainda está se justificando pelas desolações que está prestes a
trazer sobre Jerusalém. E neste capítulo Ele mostra, muito detalhadamente ao
profeta, e lhe ordena que ele mostre ao povo, que Ele apenas os punia como
mereciam seus pecados. No capítulo anterior Ele tinha comparado Jerusalém a uma
videira infrutífera, que não servia para nada, exceto o fogo.
Neste capítulo, Ele a compara a uma mulher adúltera, que segundo a
justiça, deveria ser abandonada e exposta, e por isto o profeta deve mostrar ao
povo as suas abominações, para que possam ver a pouca razão que tinham de se
queixar dos juízos sob os quais se encontravam. Neste longo sermão, são
apresentados:
1. O desprezível e deplorável início daquela igreja e nação.
2. As muitas honras e benevolências que Deus lhes tinha concedido.
3. Os traiçoeiros e ingratos afastamentos do povo em relação ao Senhor
para servir e adorar a ídolos, aqui representados pela mais atrevida
prostituição.
4. Uma ameaça de juízos terrivelmente destruidores, que Deus traria sobre
eles, por causa do pecado.
5. Um agravamento, tanto do seu pecado, quanto da sua punição, em
comparação com Sodoma e Samaria.
6. Uma promessa de misericórdia no final, que Deus mostraria aos
restantes, penitentes. E isto se destina a ser uma advertência para nós.
Agora, Ezequiel está entre os cativos na Babilônia. Mas assim como
Jeremias, em Jerusalém, escreveu para o uso dos cativos, ainda que tivessem
Ezequiel ali com eles (Jr 29), também Ezequiel escreveu para o uso de
Jerusalém, ainda que ele próprio estivesse residindo ali. E, no entanto, eles
estavam longe de considerar a ajuda de um ao outro como uma afronta, tanto pela
pregação quanto pela escrita.
Jeremias escreveu para os cativos, para seu consolo, que era o que eles
necessitavam. Ezequiel, aqui, é instruído a escrever aos moradores de
Jerusalém, para sua convicção e humilhação, que era o que eles necessitavam.
A partir do versículo 15, temos um relato da grande iniquidade do povo de
Israel, especialmente ao adorar ídolos, apesar das grandes benevolências que
Deus lhes tinha conferido, pelas quais, era de se esperar, eles deveriam ter se
comprometido para sempre com Ele. Esta iniquidade do povo é aqui representada
pelo modo de vida escandaloso e libertino daquela formosa jovem que foi
resgatada da destruição criada e cuidada por um gentil amigo e benfeitor, que
tinha sido em todos os aspectos como um pai e um marido para ela. A sua
idolatria era o pecado mais provocador de que eram culpados. Ela teve início no
final da era de Salomão (pois desde a era de Samuel até então, eu não me lembro
de que tivéssemos lido qualquer coisa sobre isto), e a partir de então,
continuou sendo o pecado clamoroso daquela nação, até o cativeiro. E, embora de
vez em quando ela encontrasse alguma censura por parte dos reis que faziam
reformas, jamais foi totalmente suprimida, e na maioria dos casos, aparecia de
forma atrevida e desavergonhada. Não somente adoravam ao Deus verdadeiro, por
meio de imagens, como as dez tribos, pelos bezerros em Dã e Betei, mas adoravam
falsos deuses, Baal e Moloque, e toda a ralé sem sentido das divindades pagãs.
E isto que aqui é representado (como frequentemente em outras passagens)
na comparação de prostituição e adultério:
1. Porque é a violação do concerto de casamento com Deus, abandonando-o e
abraçando o seio de um estranho; é dar aos Seus rivais aquele afeto e adoração
que são devidos somente a Ele.
2. Porque é a corrupção e a contaminação da mente, e a escravização da
parte espiritual do homem, sujeitando-a ao poder e ao domínio dos sentidos, como
é o caso da prostituição.
3. Porque ela perverte a consciência, insensibilizando- a e
endurecendo-a. E aqueles que por sua idolatria desonram a natureza divina, e
mudam a verdade de Deus em mentira, e convertem a Sua glória em infâmia, Deus,
com razão, os pune, entregando-os a um sentimento perverso, para desonrar a
natureza humana com paixões infames, (Rm 1.23 e versículos seguintes). É um
pecado que enlouquece e enfeitiça. E, quando os homens são entregues a ele,
dificilmente se recuperam da armadilha.
4. Porque o fato daqueles que se uniram ao Senhor se unirem a um ídolo, é
um pecado escandaloso e vergonhoso. Observe aqui: Quais eram as causas deste
pecado. Como pôde o povo de Deus desviar-se para servir a ídolos? Como pôde uma
virgem tão bem ensinada, tão bem educada, ser enganada? Quem teria pensado que
isto iria acontecer? Mas:
1. Eles ficaram orgulhosos (v. 15): “Confiaste na tua formosura, e
esperaste que isto te traria algum benefício, e te corrompeste por causa da tua
fama”. Eles pensaram que por serem tão cumprimentados e admirados por seus
vizinhos (além de se satisfazerem com isto e retribuírem seus cumprimentos),
deveriam unir-se a eles na sua adoração, e adotar os seus costumes. Salomão
aceitou a idolatria, para satisfazer a suas esposas e aos parentes delas.
Observe que uma grande quantidade de jovens é destruída pelo orgulho, e,
particularmente, pelo orgulho que têm de sua beleza.
“Rara est coneordia formae atque pudicitiae.” - A beleza e a pureza raramente andam juntas.
2. Eles se esqueceram do seu início (v. 22): “Não te lembraste dos
dias da tua mocidade, de como eras pobre, inferior e desprezível, e das grandes
coisas que Deus fez por ti, e das obrigações eternas que Ele pôs sobre ti”.
Observe que seria um controle eficaz para o nosso orgulho e a nossa
sensualidade, considerar quem somos, e o quanto somos devedores à graça
gratuita de Deus.
3. Eles eram fracos de entendimento e de resolução (v. 30): “Quão
fraco é teu coração... fazendo tu todas essas coisas”. Observe que a força
dos desejos dos homens é uma evidência da fraqueza dos seus corações. Eles não
conhecem a si mesmos, nem controlam a si mesmos. Ela é fraca, no entanto é uma
meretriz imperiosa. Observe que aqueles que são mais tolos normalmente são mais
imperiosos, e se julgam adequados para controlar outros, quando estão longe de
serem capazes de controlar a si mesmos.
No encerramento do capítulo, a partir do versículo 60, depois da mais
vergonhosa convicção do pecado e de uma terrível declaração dos juízos, a
misericórdia é lembrada, ela está reservada para aqueles que virão. Assim como
aconteceu quando Deus jurou, no Seu furor, a respeito daqueles que saíram do
Egito, que não entrariam em Canaã, “No entanto” (diz Deus), “os seus filhos
entrarão”, também aqui. E alguns pensam que o que está escrito, sobre o
retorno de Sodoma e Samaria e Jerusalém, com elas, é uma promessa. Assim pode
ser interpretado, se, por Sodoma, entendermos os moabitas e amonitas, os
descendentes de Ló, que viveram em Sodoma. Os seus cativos retornaram (Jr
48.47; 49.6), como aconteceu com muitas das dez tribos e os de Judá, com eles.
Mas estes versos finais são, sem dúvida, uma promessa prévia, que foi, em
parte, cumprida no retorno dos judeus penitentes e reformados da Babilônia, mas
teria o seu pleno cumprimento nos tempos do Evangelho, e naquele arrependimento
e naquela remissão dos pecados que seriam, então, pregados com sucesso a todas
as nações, a começar por Jerusalém.
Observe aqui: de onde surgiria esta misericórdia - do próprio Deus - e da
Sua lembrança do Seu concerto com eles (v. 60): Embora eles tivessem sido tão
provocadores, e Deus tivesse sido provocado a tal ponto que seria de se pensar
que eles jamais se reconciliariam outra vez, Deus diz: “Eu me lembrarei do
meu concerto que contigo fiz nos dias da tua mocidade, e o renovarei”.
Embora vocês tenham quebrado o concerto (v. 59), Eu me lembrarei dele, e ele
prosperará outra vez.
Veja como nos é consolador e benéfico que Deus se alegre em lidar conosco
sob a forma de um concerto, pois assim as suas misericórdias virão a ser
misericórdias garantidas e perpétuas (Is 55.3). E, se envelhecer na terra a sua
raiz, haverá a esperança para a árvore, que, se for cortada, ao cheiro das águas
brotará. Nós não vemos que eles lembrem a Deus sobre o concerto, mas ex mero
motu - pelo Seu simples bom prazer, Ele se lembra do concerto, como tinha
prometido Lv 26.42). “Também eu me lembrarei do meu concerto... e da terra
me lembrarei”. Aquele que nos pede que sempre nos lembremos do concerto,
sem dúvida, sempre se lembrará dele, da palavra que mandou, (e o que Ele ordena
permanece para sempre) até milhares de gerações (SI 105.8).
Como eles seriam preparados e qualificados para esta misericórdia (v.
61): “Então, te lembrarás dos teus caminhos,” dos teus maus caminhos.
Deus fará com que te lembres deles, e os apresentará diante de ti, para que te
envergonhes deles. Observe que a boa obra de Deus em nós começa com a Sua boa
vontade com relação a nós, e a acompanha.
Quando Ele se lembra do Seu concerto conosco, para que não se lembre dos
nossos pecados, Ele faz com que nos lembremos de nossos pecados contra nós. E,
se nós apenas formos levados a nos lembrar de nossos caminhos, do quanto eles
foram tortuosos e perversos, e como andamos contrários ao Senhor, neles, não
poderemos deixar de nos sentirmos envergonhados. E, quando isto acontecer,
estaremos mais bem preparados para receber a honra e o consolo de um perdão
irrevogável, e uma paz estabelecida.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º
Trimestre de 2022, ano 32 nº 122 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Ezequiel –O profeta com a mensagem de juízo, arrependimento,
restauração e manifestação da glória de Deus – Pastor Valdir Alves de Oliveira.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014
- Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014
– Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken,
Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira
Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.
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