Lição 04 – 24 de abril de 2022 – Editora BETEL
A realidade do arrebatamento
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Sobre o
arrebatamento
Apocalipse 3.10 - Um dos exemplos do favor que o Senhor Jesus Cristo promete à igreja de
Filadélfia é a graça perseverante nos tempos mais difíceis (versículo 10), e
isso vale como recompensa por sua fidelidade em tempos passados. Aquele que tem
se dará. Observe aqui:
1. O evangelho de Cristo é a palavra da sua paciência. E o fruto da
paciência de Deus para com o mundo pecador; coloca diante dos homens a
paciência exemplar de Cristo em todos os seus sofrimentos pelos homens; chama os
que o recebem ao exercício da paciência em conformidade com Cristo.
2. Esse evangelho deve ser guardado cuidadosamente por aqueles que dele
desfrutam; eles devem viver à altura da fé, e prática, e adoração prescrita no
evangelho.
3. Depois de um dia de paciência precisamos contar com uma hora de
tentação; um dia de paz e liberdade do evangelho é um dia da paciência de Deus e
raramente está tão desenvolvido como deveria estar, e por isso com frequência é
seguido de uma hora de aflição e tentação.
4. Às vezes a provação é mais geral e universal; vem sobre todo o mundo
e, quando é assim geral, comumente é mais breve.
5. Os que guardam o evangelho em tempos de paz serão guardados por Cristo
na hora da tentação. Ao guardarem o evangelho, eles estão sendo preparados para
a provação; e a mesma graça que os tornou frutíferos em tempos de paz vai torná-los
fiéis em tempos de perseguição.
Cristo chama a igreja àquela tarefa para a qual Ele prometeu capacitá-la,
que é: a perseverar, a guardar o que ela possuía. A tarefa em si: “Guarda o
que tens,” a fé, a verdade, a força da graça, o zelo, o amor aos irmãos; tu
foste tomado por esse excelente tesouro; guarda-o firmemente.
Os motivos, tomados da rápida aparição de Cristo: “Eis que venho sem
demora.” Vê, estou para vir para aliviá-los nessa provação, para
recompensar a sua fidelidade e para castigar os que se desviam; estes perderão
a coroa à qual antes tinham direito, pela qual esperavam, e na qual se
alegravam quando nela pensavam. Os cristãos que perseverarem receberão o prêmio
dos que professavam a sua fé e apostataram, estes que antes o esperavam.
1 Coríntios 15.51 – Paulo diz
aos cristãos de Corinto nesse ponto o que tinha sido oculto deles, ou era
desconhecido deles até então - que nem todos os santos morreriam, mas todos
seriam transformados. Todos aqueles que estiverem vivos na vinda de nosso
Senhor serão arrebatados até as nuvens, sem passar pela morte (1Ts 4.11).
Mas fica claro a partir dessa passagem que não será sem uma mudança da
corrupção para a incorrupção. A estrutura de seus corpos vivos vai ser
alterada, bem como a dos que estão mortos; e isso “num momento, num abrir e
fechar de olhos” (versículo 52). O que um Deus Todo-Poderoso não pode
fazer? O poder que chama os mortos à vida pode com certeza da mesma forma e
repentinamente mudar os vivos; pois mudados eles devem ser, assim como os
mortos, porque carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus. Este é o
mistério que o apóstolo revela aos coríntios: “Eis aqui vos digo um
mistério”; ou trago à luz uma verdade obscura e desconhecida anteriormente.
Muitos mistérios nos são revelados no evangelho; muitas verdades que
antes eram completamente desconhecidas são nele reveladas; muitas verdades que
eram ocultas e obscuras antes são nele trazidas à luz do dia, e plenamente
reveladas; e muitas coisas que são em parte reveladas nunca serão plenamente conhecidas,
nem talvez claramente entendidas.
O apóstolo faz conhecida aqui uma verdade desconhecida antes, de que os santos
vivos por ocasião da vinda de nosso Senhor não morrerão, mas serão
transformados, que essa mudança será feita em um momento, num abrir e fechar de
olhos, e “ante a última trombeta”; pois como ele nos diz em outro lugar,
“o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a
trombeta de Deus” (1Ts 4.16), do mesmo modo diz aqui, “a trombeta soará”.
Essa será a convocação em alta voz dos vivos e de todos os mortos, para vir e
comparecer ao tribunal de Cristo.
Nessa convocação túmulos serão abertos, os santos mortos ressurgirão incorruptíveis,
e os santos vivos serão transformados no mesmo estado de incorruptibilidade (versículo
52).
1 Tessalonicenses 4.16-18 – Paulo, a
partir do versículo 13, conforta os tessalonicenses que lamentavam a morte dos
seus familiares e amigos que morreram no Senhor. Ele busca dissuadi-los do
pesar excessivo, ou da tristeza imoderada, sobre esse assunto. Todo luto pela
morte de amigos não é de forma alguma contrário à lei; podemos chorar pelo
menos por nós mesmos se não chorarmos por eles, chorar pela própria perda,
embora seja o ganho deles. No entanto, não devemos ser imoderados em nossa tristeza.
Isso dá a entender que não temos esperança (versículo 13). Dessa forma,
somos muito semelhantes aos gentios, que não têm esperança de uma vida melhor
depois desta; ao passo que, nós cristãos, que temos uma esperança segura, a
esperança de vida eterna depois desta vida terrena, a qual Deus, que não pode
mentir, prometeu, deveríamos moderar todas as nossas alegrias e nossas tristezas
no interesse das coisas mundanas. Essa esperança é mais do que suficiente para
equilibrar todas as nossas tristezas, se comparada com qualquer uma das cruzes
do tempo presente.
Esse é um resultado da ignorância em relação àqueles que estão mortos (versículo
13). Existem algumas coisas nas quais continuaremos ignorantes em relação àqueles
que já dormem; porque a terra para a qual foram transferidos é uma terra de
escuridão, da qual sabemos muito pouco e com a qual não temos como nos corresponder.
Ir ao meio dos mortos é ir ao meio dos que não conhecemos e dos que não sabemos
como vivem. A morte é uma coisa desconhecida, e não conhecemos muito acerca do
estado dos mortos, ou o estado após a morte. No entanto, existem algumas coisas
especialmente em relação àqueles que morreram no Senhor das quais não
precisamos, ou não deveríamos, ser ignorantes; e, se essas coisas forem realmente
entendidas e devidamente consideradas, elas serão suficientes para tranquilizar
nossas tristezas quanto aos mortos.
1. Eles dormem em Jesus (versículo 13). Eles dormiram em Cristo (1Co
15.18). A morte não os aniquila. É apenas um sono para eles. É um descanso, um
descanso imperturbado. Eles se retiraram deste mundo atribulado, para descansar
dos seus trabalhos e tristezas, e dormem em Jesus (versículo 14). Continuando
em união com Ele, dormem em seus braços e estão debaixo da sua proteção e cuidado
especiais. A alma deles está na sua presença, e seu pó está debaixo do seu
cuidado e poder; assim, eles não estão perdidos, nem são perdedores, mas são grandes
ganhadores por meio da morte, e a transferência deles para fora deste mundo é
para um lugar melhor.
2. Eles serão ressuscitados da morte, e despertados do seu sono, porque
Deus os tornará a trazer com Ele (versículo 14). Eles então estão com Deus, e
estão num estado melhor onde estão do que quando estavam aqui; e quando Deus vier,
Ele os trará consigo. A doutrina da ressurreição e da segunda vinda de Cristo é
um grande antídoto contra o medo da morte e a tristeza excessiva pela morte dos
nossos amigos cristãos; e essa doutrina é certa, “porque cremos que Jesus
morreu e ressuscitou” (versículo 14). Assume-se que, como cristãos eles
sabiam e criam nisso. A morte e a ressurreição de Cristo são artigos
fundamentais da religião cristã, e nos dão esperança de uma ressurreição
alegre; “porque Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as primícias dos
que dormem”; e, portanto, os que dormiram em Cristo não pereceram nem estão
perdidos (1Co 15.18,20). Sua ressurreição é uma completa confirmação de tudo
que é dito no evangelho, ou pela palavra do Senhor, que trouxe à luz a vida e a
incorrupção.
3. Seu estado e condição serão gloriosos e felizes na segunda vinda de
Cristo. O apóstolo traz essa informação aos tessalonicenses pela Palavra do
Senhor (versículo 15), pela divina revelação do Senhor Jesus; porque embora a
ressurreição dos mortos e um futuro estado de bem-aventurança fizessem parte do
credo dos santos do Antigo Testamento, são muito mais claramente revelados pelo
evangelho.
Por essa palavra do Senhor, sabemos:
(1) Que o Senhor Jesus virá do céu com toda pompa e poder do mundo acima
(versículo 16): “o mesmo Senhor descerá do céu com alarido”. Ele subiu
aos céus depois da sua ressurreição, e passou por esses céus materiais até o
terceiro céu, onde aguarda até a restituição de todas as coisas; e então virá outra
vez e aparecerá em sua glória. Ele descerá do céu e aparecerá nos ares (versículo
17). A aparição será com pompa e poder, “com alarido” - o alarido de um
rei, e o poder e autoridade de um rei e conquistador poderoso, com voz de
arcanjo; uma companhia inumerável de anjos o servirá. Talvez um, como o general
do exército do Senhor, notificará a sua chegada, e a aparição gloriosa desse
grande Redentor e Juiz será proclamada e prenunciada pela trombeta de Deus. “Porque
a trombeta soará”, e ela despertará aqueles que dormem no pó da terra, e
convocará o mundo inteiro a aparecer. Porque:
(2) Os mortos serão ressuscitados: “os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro” (v. 16), antes daqueles que ficarem vivos para a
vinda de Cristo, os quais serão transformados; e assim mostra-se que os que
ficarem vivos não precederão os que dormem (versículo 15). O primeiro cuidado
do Redentor naquele dia será com os seus santos que morreram antes; Ele os
ressuscitará antes que a grande mudança ocorra nesses que estão vivos: assim
que esses que não dormiram na morte não terão maior privilégio ou alegria
naquele dia do que esses que adormeceram em Jesus.
(3) Esses que ficarem vivos serão então transformados e “serão
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares”
(versículo 17). No arrebatamento nas nuvens, ou imediatamente antes, esses que
estão vivos sofrerão uma poderosa transformação, que será equivalente ao
morrer. Essa transformação é tão misteriosa que não podemos compreendê-la: sabemos
pouco ou nada a respeito dela (1Co 15.51). Somente, de modo geral, sabemos que “isto
que é mortal deve se revestir da imortalidade”, e esses corpos serão adaptados
para herdar o Reino de Deus, que carne e sangue no seu estado presente não
podem herdar. Essa mudança será “num momento, num abrir e fechar de olhos”
(1Co 15.52), num instante, ou logo depois da ressurreição desses que dormiram
em Jesus. E esses que ressuscitarem e forem transformados se encontrarão nas
nuvens, e lá se encontrarão com seu Senhor, para saudá-lo na sua vinda, para
receber a coroa da glória que Ele então entregará a eles; eles serão
assistentes dele no julgamento, aprovando e aplaudindo a sentença que Ele
anunciará ao príncipe das potestades do ar, e a todos os ímpios, que serão condenados
à destruição com o Diabo e seus anjos.
(4) Lemos acerca da felicidade dos santos naquele dia: eles estarão
sempre com o Senhor (versículo 17). Uma parte da felicidade deles é que todos
os santos se reunirão, e permanecerão juntos para sempre; mas a maior
felicidade do céu é a seguinte: estar com o Senhor, vê-lo, morar com Ele e desfrutá-lo,
para sempre. Isso deveria confortar os santos quando seus amigos morrem; embora
a morte tenha ocasionado a separação, a alma e o corpo deles se encontrarão novamente;
nós e eles nos uniremos novamente; nós e eles com todos os santos nos uniremos
com nosso Senhor e estaremos com Ele para sempre, para não sermos mais
separados dele e uns dos outros. E o apóstolo deseja que nos consolemos uns aos
outros com estas palavras (versículo 18). Deveríamos nos empenhar em apoiar uns
aos outros em tempos de tristeza, não amortecendo o espírito uns dos outros,
nem enfraquecendo as mãos uns dos outros, mas confortando-nos mutuamente; e
isso pode ser feito por meio de considerações e discursos sérios sobre as
muitas boas lições a serem aprendidas da doutrina da ressurreição dos mortos,
da segunda vinda de Cristo e da glória dos santos naquele dia.
Uma semana abençoada para todos os irmãos na Graça e na Paz do Senhor Jesus
Cristo!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 2º
Trimestre de 2022, ano 32 nº 123 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Adultos
– Professor – Apocalipse – Mensagem sobre o triunfo de Cristo, exortação e
promessas ao povo de Deus – Pastor William Barros.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014
- Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014
– Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel
– 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken,
Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora CPAD –
2005 – Comentário Bíblico Beacon.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional
– Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo Cristão
– 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD – 2010
– Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira
Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo Cristão
– 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald
- editada com introduções de Art Farstad.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 –
Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen.
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