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Lição 06 - 2º trimestre 2022 - Apocalipse: o livro do trono

Lição 06 – 01 de maio de 2022 – Editora BETEL 

Apocalipse: o livro do trono

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Sobre o trono

No capítulo 4 do livro do Apocalipse, começa o cenário profético; e, como a parte epistolar iniciou com uma visão de Cristo (capítulo 1), assim essa parte é introduzida com uma aparição gloriosa do grande Deus, cujo trono está no céu, cercado das hostes celestiais.

Essa revelação foi feita a João, e aqui:

1. Ele registra a visão celestial que teve (versículos 1 a 7). E então:

2. Ele registra os cânticos celestiais que ouviu (versículos 8 a 11).

Temos aqui o relato de uma segunda visão com a qual o apóstolo João foi agraciado: “Depois destas coisas...”, isto é, não somente “depois de eu ter visto Cristo andando no meio dos castiçais de ouro”, mas “depois de eu ter tomado as mensagens da sua boca, e as ter escrito e enviado às diversas igrejas, de acordo com sua ordem, depois disso tive uma nova visão”. Aqueles que desenvolvem as descobertas que tiveram de Deus já estão preparados por meio disso para mais descobertas, e podem esperá-las. Observe:

1. “...eis que estava aberta uma porta no céu”. Daí aprendemos: (1) Tudo que é realizado na terra é primeiramente projetado e estabelecido no céu; está lá o modelo de todas as obras de Deus; todas elas estão, portanto diante dos seus olhos, e Ele permite que os habitantes do céu vejam o tanto delas que lhes é apropriado. (2) Não podemos saber nada dos eventos futuros além do que apraz a Deus revelar a nós; eles estão além do véu até que Deus abra a porta. Mas: (3) Até o ponto em que Deus revela seus desígnios a nós podemos e devemos recebê-los, e não almejar ser sábios além do que é revelado.

2. Para preparar João para a visão, foi tocada uma trombeta, e ele foi chamado para o céu, para ter uma percepção ali das coisas que seriam depois disso. Ele foi chamado ao terceiro céu. (1) Há um caminho aberto para o lugar mais santo de todos, no qual os filhos de Deus podem entrar pela fé e pelas santas afeições agora, nos seus espíritos quando morrem, e como pessoa completa no dia final. (2) Não devemos intrometer-nos no lugar secreto da presença de Deus, mas esperar até que sejamos chamados para lá.

3. Para preparar-se para essa visão, o apóstolo estava “...em espírito”. Ele estava num arrebatamento, como anteriormente (capítulo 1.10), se no corpo ou fora do corpo não sabemos; talvez nem ele mesmo não soubesse; contudo, todas as ações e sensações do corpo foram suspensas por um tempo, e seu espírito foi possuído pelo espírito da profecia, e estava totalmente sob a influência divina. Quanto mais nos abstraímos de todas as coisas corporais mais aptos estamos para a comunhão com Deus; o corpo é um véu, uma nuvem, e um obstáculo para a mente na sua comunicação com Deus. Nós devemos como que esquecê-lo quando nos apresentamos a Deus em serviço, e devemos estar dispostos a deixá-lo, para que possamos subir a Ele no céu. Esse foi o aparelhamento para a visão. Agora observe:

A visão propriamente dita. Começa com as estranhas aparições que o apóstolo viu, que eram tais como:

1. Ele viu “...um trono posto no céu”, o assento da honra, da autoridade e do juízo. O céu é o trono de Deus; ali Ele reside em glória, e daí encaminha leis à igreja e a todo o mundo, e todos os tronos terrenos estão sob a jurisdição desse trono que está estabelecido no céu.

2. Ele viu um que era glorioso sobre o trono. Esse trono não estava vazio; havia alguém nele que o preenchia, e este era Deus, que é aqui descrito por aquelas coisas que são mais agradáveis e preciosas no nosso mundo: “...era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de sardônica”, Ele não é descrito com nenhuma característica humana, como que para ser representado por uma imagem, mas somente por seu brilho transcendente. O jaspe é uma pedra transparente, que mesmo assim oferece aos olhos uma diversidade das cores mais vívidas, significando a gloriosa perfeição de Deus; a pedra de sardônica é vermelha, significando a justiça de Deus, esse atributo essencial de Deus do qual Ele não se despe nunca a favor de ninguém, mas gloriosamente o exerce no governo do mundo, e especialmente da igreja, por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. Esse atributo é demonstrado tanto no perdão quanto no castigo, na salvação quanto na destruição de pecadores.

3. Ele viu “...o arco celeste ao redor do trono e era semelhante à esmeralda” (v. 3). O arco era o selo e o sinal da aliança da providência que Deus fez com Noé e sua posteridade com ele, e é um emblema apropriado daquela aliança da promessa que Deus fez com Cristo como o cabeça da igreja, e todo o seu povo com Ele; essa aliança é como a água de Noé para Deus, uma aliança eterna, segura e ordenada em todas as coisas. Esse arco era semelhante à esmeralda; a cor que mais prevalecia era um verde agradável, para mostrar a natureza vivificante e revitalizante da nova aliança.

4. Ele viu “...vinte e quatro tronos” ao redor do trono, não vazios, mas preenchidos com “...vinte e quatro anciãos”, presbíteros, representando, muito provavelmente, toda a igreja de Deus, tanto do estado do Antigo quanto do Novo Testamento; não os ministros da igreja, mas antes os representantes do povo. O fato de estarem sentados denota a sua honra, o descanso e a satisfação; o fato de estarem sentados ao redor do trono significa sua relação com Deus, sua proximidade com Ele, a vista e o prazer que tem nele, e sua constante consideração por Ele. Eles estão “...vestidos de vestes brancas”, a justiça dos santos, tanto imputada quanto inerente; “...tinham sobre a cabeça coroas de ouro”, significando a honra e a autoridade que lhes foi dada por Deus, e a glória que eles têm com Ele. Todas essas coisas podem ser aplicadas em um sentido menos elevado à igreja do evangelho na terra, nas suas assembleias de adoração; e, no sentido mais elevado, à igreja triunfante no céu.

5. Ele percebeu relâmpagos e trovões que vinham do trono; isto é, aquelas declarações tremendas que Deus faz à sua igreja da sua vontade e seu prazer soberanos. Assim Ele promulgou a lei no monte Sinai; e o evangelho não tem glória e autoridade menores do que a lei, embora seja de natureza mais espiritual.

6. Ele viu que “...diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo”, que são explicadas como sendo “...os sete Espíritos de Deus” (versículo 5), os diversos dons, graças e operações do Espírito de Deus nas igrejas de Cristo; esses são todos repartidos de acordo com a vontade e o prazer daquele que está sentado no trono.

7. Ele viu diante do trono “...um como mar de vidro, semelhante ao cristal”. Como no templo, havia aí uma grande bacia de bronze cheia de água, nas quais os sacerdotes deveriam se lavar quando fossem ministrar diante do Senhor (e isso era chamado de mar), assim na igreja do evangelho o mar ou bacia para a purificação é o sangue do Senhor Jesus Cristo, que purifica a todos dos seus pecados, até mesmo dos pecados do santuário. Nesse sangue, precisam ser lavados todos os que são admitidos à presença bondosa de Deus na terra ou à sua presença gloriosa no céu.

8. Ele viu “...quatro animais”, seres viventes, entre o trono e o círculo de anciãos (como parece mais provável), em pé entre Deus e o povo; esses parecem simbolizar os ministros do evangelho, não somente em virtude dessa sua situação mais próxima de Deus, e entre Ele e os anciãos ou representantes do povo cristão, e porque menor em número do que o povo, mas como são aqui descritos: (1) Por seus muitos olhos, denotando sagacidade, vigilância e circunspeção. (2) Por sua coragem como a de um leão, seu grande labor e diligência (nos quais se parecem com um boi), sua prudência e discrição se tornando homens, e suas sublimes afeições e especulações, pelas quais eles sobem ao céu com asas “...semelhantes a uma águia voando” (versículo 7), e essas asas estão cheias de olhos por dentro, para mostrar que em todas as suas meditações e ministrações devem agir com conhecimento, e especialmente devem estar bem familiarizadas consigo mesmas e o estado da sua própria alma, e ver sua própria preocupação nas grandes doutrinas e tarefas da religião, vigiando sobre a sua própria alma como também sobre a alma das outras pessoas. (3) Por seu uso contínuo, e isto é, louvando a Deus, e não cessando de fazer assim dia e noite. Os anciãos estão sentados e recebem ministração; esses estão em pé e ministram: não têm descanso dia e noite. Isso agora conduz à outra parte da representação, a partir do versículo 8.

Uma semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!

Márcio Celso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 3º Trimestre de 2018, ano 28 nº 108 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano divino de redenção – Pastor César Pereira Roza de Melo.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.

Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.

Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.

Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.

Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.

Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

Editora CPAD – 2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.

Editora Vida – 2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.

Editora Mundo Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.

Editora CPAD – 2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.

Editora Mundo Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento - William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento – Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.

Editora Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 – Tradução: Susana E. Klassen

 

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