Lição 09 – 29 de maio de 2022 – Editora BETEL
As duas bestas da Grande Tribulação
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Sobre as duas
bestas da Grande Tribulação
Apocalipse 13 – O mar simboliza
as nações gentias (Ap 17.15). De uma dessas nações, Satanás fará surgir seu
"Superlíder", o homem que chamamos de anticristo. Até aqui, o
anticristo havia liderado a coalizão de dez nações europeias; mas agora, está
prestes a iniciar uma nova carreira como ditador mundial a serviço de Satanás.
É
importante lembrar que o anticristo começará sua carreira como pacificador (Ap
6.2), chegando até a "resolver"
os conflitos entre árabes e israelitas ao fazer uma aliança com os judeus,
garantindo-lhes proteção durante sete anos (Dn 9.27). Com essa proteção, Israel
poderá reconstruir o templo e reinstituir os rituais religiosos (Dn 9.27; Ap
11.1). Mas, no meio desse período de sete anos, o anticristo rompe seu acordo,
suspende as cerimônias e coloca a si mesmo como deus no templo (Dn 9.27; 2Ts 2.1-12).
A
descrição simbólica da "besta" revela algo acerca de sua origem e
caráter. Deus não o vê como um homem feito à imagem do Criador, mas sim como um
animal selvagem sob o controle de Satanás. É um ser humano (Ap 13.18), mas é
impelido pelo inferno, pois vem do abismo (Ap 11.7; 17.8). Assim como Jesus
Cristo é Deus em carne, a "besta" é Satanás em corpo humano (ver Jo
13;2, 27).
As sete
cabeças representam sete montanhas (Ap 17.9), e uma vez que Roma era construída
sobre sete colinas, é possível que se trate de uma referência velada a essa
cidade poderosa (ver Ap 17.18) - uma alusão extremamente significativa na época
de João!
Os dez
chifres representam dez reinos (Dn 7.24; Ap 17.12). Ao que parece, o anticristo
governará os "Estados Unidos da
Europa" (União Europeia?), um império romano reavivado, antes de se
tornar ditador do mundo. Por certo, todas as nações terão grande admiração por
ele e lhe serão gratas pela "paz" que ele promoveu, sem suspeitar da
enorme aflição e destruição que trará ao mundo.
Os três
animais citados em Apocalipse 13.2 lembram as quatro feras que Daniel viu em
seu sonho (Dn 7): um leão (a Babilônia), um urso (a Média-Pérsia), um leopardo
(a Grécia) e um "animal
terrível" (o anticristo). João vê esses animais, ou reinos, na ordem
inversa, uma vez que olha para o passado, enquanto Daniel olha para o futuro. O
último império mundial será alicerçado sobre todos os impérios anteriores e
concentrará todo o seu mal e poder. Além da ferocidade desses animais, também
agregará o poder, o trono e a autoridade do próprio Satanás!
O que
acontecerá depois que Satanás apresentar ao mundo sua grande
"obra-prima", o falso Cristo?
Primeiro,
todos ficarão maravilhados (Ap 13.3). Sem dúvida, o mundo aterrorizado se
espantará com o poder do anticristo e sua ascensão repentina à fama e
autoridade internacional. Mas a humanidade também se espantará com a cura de
sua "ferida". O que vem a ser essa "ferida"? João não
explica, mas talvez o que ele escreve mais adiante (Ap 17.9-13) possa ajudar a
interpretar esse simbolismo. A "ferida" deve ser importante, pois
João a menciona em três ocasiões (Ap 13.3, 12 e 14), incluindo o fato de que
foi causada por uma espada.
As sete
cabeças representam não apenas sete montanhas, mas também sete reis ou reinos
(Ap 17.10). O anticristo ou a "besta" é um desses sete reis (Ap 17.11),
mas também é o oitavo. Ao que parece, ele reina duas vezes. Mas como isso é
possível? Alguns estudiosos sugerem que "a besta" será um líder europeu
que formará uma federação de dez nações (Ap 17.12), mas será assassinado
durante esse processo. Apocalipse 11.7 e 17.8 afirmam que a "besta"
surgirá do abismo. Dá para imaginar que (com a permissão de Deus) Satanás
ressuscitará um homem? Se Satanás tem poder para dar vida a um ídolo morto (Ap
13.15), será que também não pode dar vida a um corpo morto?
Se a
"besta" governou como um dos sete reis, foi morta e ressuscitada,
pode, então, governar como o oitavo rei. Se, porém, essa imagem é considerada
uma representação de reinos, não de indivíduos, temos o reaparecimento de um
reino que se encontrava "morto" no cenário internacional. No entanto,
é difícil entender de que maneira um reino poderia ser morto por uma espada. Talvez
seja mais apropriado aplicar essa profecia a indivíduos.
O mundo
não apenas ficará maravilhado como também prestará culto (Ap 13.4). A adoração
é justamente o que Satanás sempre quis (Mt 4.8-10), e receberá, por meio da
"besta". A segunda "besta" descrita na última metade deste
capítulo organizará e promoverá o culto ao anticristo, instituindo- o como
religião oficial do mundo.
Também
haverá palavras (Ap 13.5, 6). Quase todos os ditadores alcançaram o poder
controlando as pessoas com suas palavras. Alguns ainda se lembram de quando Adolf
Hitler estava em ascensão e de como ele encantava grandes multidões com seus
discursos. Satanás fará com que a "besta" seja um grande orador,
cujos discursos blasfemarão contra Deus, Seu nome, Seu tabernáculo (o céu) e os
santos no céu. Uma vez que, a essa altura, Satanás terá acabado de ser expulso
do céu, tal blasfêmia não é inesperada.
Satanás
não pode fazer coisa alguma sem a permissão de Deus (ver Jó 1 e 2; Lc 22.31-32),
de modo que a autoridade da "besta" é delegada, não herdada. Terá
duração definida de três anos e meio, a última metade da Tribulação.
Em sua
visão noturna, Daniel distinguiu a "besta" como o quarto e último
império (Dn 7.19-28). Tanto em sua visão quanto na de João, se tem a imagem dos
dez chifres, com a revelação adicional de que a "besta" deve derrotar
três dos reis para conseguir o controle. Daniel também ouviu as palavras
blasfemas da "besta" (Dn 7.25).
Por fim,
haverá guerra (Ap 13.7-10). Deus permitirá que o anticristo lute contra seu
povo ("e os santos lhe serão
entregues nas mãos", Dn 7.25) e até derrote alguns deles. João
profetiza que alguns santos serão capturados, outros, martirizados. Mas, por
causa de sua fé, terão paciência ou perseverança (ver Hb 6.12; Ap 1.9) e não
negarão o Senhor, apesar da perseguição e da morte.
A
população do mundo ficará dividida: os salvos, cujos nomes estão no livro de
Deus, não se sujeitarão à "besta"; os perdidos - os habitantes da
Terra - adorarão a "besta" e obedecerão a suas ordens. É interessante
observar que Apocalipse 13.9 aplica essa verdade a "alguém", ou seja,
a qualquer pessoa em qualquer época. Sem dúvida, no tempo de João, essas
verdades eram significativas, pois todo cidadão romano deveria reconhecer que
"César é Senhor". Semelhantemente, ao longo da história da Igreja, os
verdadeiros cristãos sempre tiveram de assumir uma posição firme em Cristo, a
despeito das circunstâncias.
É
preciso ter em mente que a "besta" é um Cristo falsificado. O mundo
não recebeu Jesus Cristo, mas aceitará o anticristo (Jo 5.43). O mundo recusou
a verdade, mas acreditará na mentira (2Ts 2.8-12). Jesus proferiu (e continua a
proferir) palavras cheias de graça e de salvação, e os homens fizeram ouvidos
moucos; mas darão ouvidos às palavras blasfemas da "besta". O mundo
recusa adorar o Cristo, mas se curvará diante do anticristo.
Em
Apocalipse 17, veremos que a "besta" sobe ao poder por meio da
"meretriz", um símbolo da Igreja apóstata do mundo. Não se trata de
uma denominação ou religião específica, mas sim do sistema religioso do mundo
que rejeitou o Filho de Deus e a verdade de Deus. Quando, porém, a
"besta" alcançar o poder universal, não precisará mais da
"meretriz" e, portanto, a destruirá e instituirá a própria religião
satânica.
Em
Apocalipse 16.13; 19.20 e 20.10, a besta da Terra é chamada de "falso
profeta". O dragão ou Satanás é uma falsificação do Pai ("serei semelhante ao Altíssimo"),
a "besta" é uma falsificação de Cristo, e o falso profeta é uma
falsificação do Espírito Santo, completando, assim, a trindade satânica.
Um dos
ministérios do Espírito Santo é glorificar a Cristo e levar as pessoas a crer
no Senhor e a adorá-lo (Jo 16.7-15). O falso profeta apontará para o anticristo
e sua imagem e obrigará as pessoas a adorar Satanás por meio da
"besta".
A imagem
dos chifres (Ap 13.11) sugere que o falso profeta possui autoridade, mas a
ausência de uma coroa indica que sua autoridade não é política. Jesus advertiu
que haveria falsos profetas (Mt 24.11-24), e este será o maior de todos eles.
Terá "aparência" de cordeiro, mas voz de dragão. Será um grande
enganador, e o mundo lhe dará ouvidos!
Quando
Jesus ministrava na Terra, os líderes judeus pediram, em várias ocasiões, que
ele lhes desse um sinal de que era, verdadeiramente, o Messias - pedido que
Jesus não atendeu. Mas o falso profeta realizará sinais enganosos que levarão o
mundo todo a adorar ao diabo (ver 2Ts 2.9). Seu maior sinal será o "abominável da desolação",
mencionado por Daniel (Dn 9.27; 11.36), Jesus (Mt 24.15) e Paulo (2Ts 2.4).
Uma
semana abençoada para todos os irmãos, na Paz do Senhor Jesus!
Márcio Celso
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º
Trimestre de 2018, ano 28 nº 108 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens
e Adultos – Professor – Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano
divino de redenção – Pastor César Pereira Roza de Melo.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e
Corrigida.
Sociedade Bíblica
do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e
Atualizada.
Editora Vida –
2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso
Eronildes Fernandes.
Editora Vida –
2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher,
Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central
Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D.
Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida –
2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central
Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia –
Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Editora CPAD –
2017 – História dos Hebreus – Flávio Josefo.
Editora Vida –
2014 – Manual Bíblico de Halley – Edição revista e ampliada – Nova versão
internacional – Henry Hampton Halley – tradução: Gordon Chown.
Editora Mundo
Cristão – 2010 – Comentário Bíblico Africano - editor geral Tokunboh Adeyemo.
Editora CPAD –
2010 – Comentário Bíblico Mathew Henry – Tradução: Degmar Ribas Júnior, Marcelo
Siqueira Gonçalves, Maria Helena Penteado Aranha, Paulo José Benício.
Editora Mundo
Cristão – 2011 - Comentário Bíblico Popular — Antigo e Novo Testamento -
William MacDonald - editada com introduções de Art Farstad.
Editora
Geográfica – 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Antigo Testamento –
Volume 2 – Tradução: Susana E. Klassen.
Editora Geográfica
– 2007 – Comentário Bíblico Expositivo Wiersbe – Novo Testamento – Volume 1 –
Tradução: Susana E. Klassen
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